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MÓDULO: TEMPOS DE PANDEMIA

PROFESSOR(A): TICIANO LAVOR

PRIMEIRAMENTE VAMOS ENTENDER ALGUNS CONCEITOS BÁSICOS:


✓ CORONA não é o nome do vírus que está ocasionando a atual pandemia,
nem o nome da doença causada pelo vírus.
✓ CORONA é uma “família” de vírus já conhecida há décadas, que tem
como uma de suas características causarem complicações respiratórias.
✓ Em dezembro de 2019, foi descoberto (na cidade chinesa de Wuhan,
localizada na província de Hubei) um “novo membro” dessa família. Esse
sim, chamado de NOVO CORONAVÍRUS.
✓ Cientificamente, no início, foi dado o nome “2019 n COV”. (o “n”
significaria “novo”, enquanto “COV” seria “coronavírus”).
✓ A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomendou que não se
chamasse a doença ocasionada pelo novo coronavírus de “Doença de
Wuhan” (como muitos estavam fazendo), então a doença (não o vírus)
passou a ser chamada de “COVID 19”.
✓ “CO” (de Corona), “VI” (de vírus), “D” (de doença) e 19 (o ano de 2019).
✓ Na sua forma mais grave, essa doença pode causar um sintoma chamado
de SÍDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SARS). Então,
cientificamente o vírus passou a se chamar “SARS COV 2”.
✓ A COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, que
apresenta um quadro clínico que varia de infecções assintomáticas a quadros respiratórios
graves. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a maioria dos pacientes
com COVID-19 (cerca de 80%) podem ser assintomáticos e cerca de 20% dos casos
podem requerer atendimento hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória e desses
casos aproximadamente 5% podem necessitar de suporte para o tratamento de
insuficiência respiratória (suporte ventilatório).
O QUE É PANDEMIA?
✓ No dia 11 de março de 2020 a OMS decretou oficialmente que a doença
tinha se tornado uma PANDEMIA: é quando ela já se espalhara por todo
o planeta, os continentes, com “transmissão sustentada”.
✓ O primeiro epicentro dessa pandemia foi justamente a China.
✓ A primeira morte fora da China foi nas Filipinas, logo em seguida foi no
Japão (países também asiáticos).
✓ A primeira morte fora da Ásia foi na França.
✓ O epicentro, após a China, passou a ser a Itália, posteriormente os EUA.
✓ O primeiro caso da doença na América Latina foi no Brasil, em São Paulo
(Um homem de 62 anos).
✓ A primeira morte na América Latina foi na Argentina.
✓ O primeiro caso da doença na África foi no Egito.

OS SINTOMAS DA COVID-19 podem variar de um simples resfriado até uma


pneumonia severa. Sendo os sintomas mais comuns: (https://coronavirus.saude.gov.br/)

 Tosse
 Febre
 Coriza
 Dor de garganta
 Dificuldade para respirar

* OBS.: Acredita-se que o tempo de incubação do vírus seja de 14 dias.


COMO É TRANSMITIDO O VÍRUS

A transmissão acontece de uma pessoa doente para outra ou por contato próximo por meio
de: (https://coronavirus.saude.gov.br/)

 Toque do aperto de mão;


 Gotículas de saliva;
 Espirro;
 Tosse;
 Catarro;
 Objetos ou superfícies contaminadas, como celulares, mesas, maçanetas,
brinquedos, teclados de computador etc.

COMO SE PROTEGER

As recomendações de prevenção à COVID-19 são as seguintes:


(https://coronavirus.saude.gov.br/)

 Lave com frequência as mãos até a altura dos punhos, com água e sabão, ou então
higienize com álcool em gel 70%.
 Ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com lenço ou com o braço, e não com as
mãos.
 Evite tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
 Ao tocar, lave sempre as mãos como já indicado.
 Mantenha uma distância mínima de cerca de 2 metros de qualquer pessoa tossindo
ou espirrando.
 Evite abraços, beijos e apertos de mãos. Adote um comportamento amigável sem
contato físico, mas sempre com um sorriso no rosto.
 Higienize com frequência o celular e os brinquedos das crianças.
 Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, toalhas, pratos e copos.
 Mantenha os ambientes limpos e bem ventilados.
 Evite circulação desnecessária nas ruas, estádios, teatros, shoppings, shows,
cinemas e igrejas. Se puder, fique em casa.
 Se estiver doente, evite contato físico com outras pessoas, principalmente idosos
e doentes crônicos, e fique em casa até melhorar.
 Durma bem e tenha uma alimentação saudável.
 Utilize máscaras caseiras ou artesanais feitas de tecido em situações de saída de
sua residência.

O CASO DA REPATRIAÇÃO DOS 34 BRASILEIROS:


✓ No dia 05 de fevereiro de 2020, dois aviões da FAB decolaram com
destino a Wuhan para buscar 34 brasileiros que lá se encontravam.
✓ Os aviões partiram de Brasília e fizeram inclusive escala em Fortaleza.
✓ No dia 09 de fevereiro os aviões retornam para a Base Aérea de Anápolis
(GO) onde todos tiveram que permanecer de quarentena.
✓ Vale ressaltar que as regras dessa quarentena tiveram que passar por uma
aprovação do Congresso. No dia 04 de fevereiro a Câmara aprovou, no dia
seguinte foi a vez do Senado aprovar.
✓ Inicialmente a quarentena desses brasileiros duraria 18 dias, no entanto
eles foram liberados 14 dias depois, em 23 de fevereiro.
* CUIDADO!

Quarentena, isolamento, distanciamento social e lockdown. Em meio à


pandemia de covid-19, esses quatro termos tornaram-se frequentes no nosso vocabulário
e na nossa realidade atual. Apesar de todos serem regimes que nos mantêm em casa para
combater a doença, eles não são sinônimos. Entender a diferença entre eles é importante,
já que cada termo possui um nível de alerta sanitário e de liberdade da mobilidade da
população, podendo variar entre voluntário ou obrigatório, de acordo com cada situação.
✓ Distanciamento social
O distanciamento social busca, de forma voluntária, restringir a aproximação
entre as pessoas como forma de controlar a disseminação da doença. No caso da covid-
19, por exemplo, as autoridades de saúde recomendam manter uma distância de 2 metros
de outras pessoas.
✓ Isolamento
O isolamento também é uma medida não obrigatória para evitar a propagação do
vírus. Ele serve para separar pessoas sintomáticas ou assintomáticas, que foram
contaminadas.
✓ Quarentena
A quarentena restringe o acesso ou circulação de pessoas que foram ou podem ter
sido expostas ao vírus.
✓ Lockdown
O lockdown é uma paralisação total e obrigatória dos fluxos e deslocamentos. A
circulação de carros e pessoas também é reduzida, sendo autorizada apenas a saída de
casa para a compra de alimentos, medicamentos e transporte de indivíduos para hospitais.
Nesta etapa, o governo pode usar as forças armadas e aplicar multas e detenções para
quem desrespeitar a medida. A medida foi adotada, por exemplo, em Wuhan, na
China, primeiro epicentro do novo coronavírus. No Brasil, a primeira região a anunciar o
regime mais fechado de quarentena foi o entorno da Grande São Luís, no Maranhão.

A POLÊMICA SOBRE O USO DA HIDROXICLOROQUINA

Inicialmente vale ressaltar que existe uma diferença entre Hidroxicloroquina e


Cloroquina. A Hidroxicloroquina é um derivado da Cloroquina. O uso da cloroquina e
seu derivado, a hidroxicloroquina, no tratamento de pacientes com covid-19 tem gerado
muita repercussão pelo mundo. Alguns estudos feitos em caráter emergencial descartam
a eficácia desses medicamentos no combate à covid-19, mas há especialistas que
defendem o uso. O que sabemos é que até o encerramento da edição desse material não
havia nenhuma comprovação científica reconhecida pela comunidade médica
internacional, nenhum estudo conclusivo acerca da eficácia desses medicamentos no
tratamento contra a covid-19.
No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro nunca escondeu ser a favor da utilização de
tais produtos no tratamento com pacientes com a doença.
O pensamento segue a mesma linha do presidente dos EUA, Donald Trump.
Inclusive, o fato de o presidente Jair Bolsonaro ser favorável ao uso, foi um dos motivos
que levaram à saída do então Ministro da Saúde, Luís Henrique Mandetta (que não
defendia o uso de tais medicamentos nos casos de covid-19) do Ministério, assumindo
no seu lugar o médico Nelson Teich, que viria a deixar também o Ministério apenas um
mês depois de substituir Mandetta.
Outro motivo de divergências entre o presidente Jair Bolsonaro e o então Ministro
da Saúde, Luís Henrique Mandetta, foi acerca da questão do “isolamento” (como queiram
chamar). O presidente Jair Bolsonaro sempre se disse a favor do chamado “isolamento
vertical” (apenas para quem faz parte do grupo de risco), enquanto Mandetta, dizendo
seguir orientações da comunidade científica e da OMS, defendia o “isolamento
horizontal”.
Mas, voltando à questão da Hidroxicloroquina e Cloroquina. No dia 31 de março
de 2020, o Ministério da Saúde divulgou, por meio da ANVISA
(http://portal.anvisa.gov.br/noticias), que disponibilizaria os medicamentos cloroquina e
hidroxicloroquina para uso em pacientes com formas graves da Covid-19, a critério
médico. A decisão, segundo consta no site, “foi baseada em estudos promissores que
demonstram o potencial benefício do uso em pacientes graves”. No mesmo informativo
lê-se: “nesse caso, devido à emergência em saúde pública causada pela pandemia da
Covid-19, o Ministério autorizou o uso desses medicamentos a partir dos dados
preliminares disponíveis. Esse é o chamado uso compassivo (por compaixão), já que não
há alternativa terapêutica específica para esses pacientes”. Vale ressaltar que esses
medicamentos já eram registrados pela ANVISA, mas para o tratamento da artrite, lúpus
eritematoso, doenças fotossensíveis e malária.
Já no dia 20 de maio de 2020, o Ministério da Saúde divulgou em seu site
(www.saude.gov.br) que estaria ampliando o acesso de pacientes com COVID-19 ao
tratamento medicamentoso precoce com a cloroquina e hidroxicloroquina, ou seja, nos
primeiros dias de sintomas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A escolha do
melhor tratamento para a doença poderia variar de acordo com os sinais e sintomas e a
fase em que o paciente se encontra, ou seja, o uso da cloroquina ou hidroxicloroquina
poderia ser aplicado também em casos “não graves”. Vale ressaltar que o uso da
cloroquina ou hidroxicloroquina no caso de covid-19 é associado ao uso de outro
medicamento: azitromicina.
No dia 15 de junho de 2020, a FDA (Food and Drug Administration, em inglês),
agência que atua como a ANVISA nos Estados Unidos, revogou a permissão de emergência
para o tratamento com a cloroquina e a hidroxicloroquina contra a Covid-19 alegando “não é
maisrazoávelacreditarqueasformulaçõesoraisdehidroxicloroquinaedecloroquinapossam ser
eficazes". A agência explicou que tomou a decisão com base em novas informações e em
umareavaliaçãodosdadosdisponíveisnomomentodaliberaçãodeemergênciaparapacientes
com Covid-19 no país, publicada em 28 de março de 2020.

AS CONSEQUÊNCIAS ECONÔMICAS DA PANDEMIA

No dia 10 de junho de 2020, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento


Econômico (OCDE) declarou que haveria uma recessão mundial de 6% para 2020 caso a
pandemia de coronavírus permanecesse sob controle e uma retração de 7,6% no ano em
caso de uma “segunda onda” da pandemia.
"A pandemia da Covid-19 provocou a recessão econômica mais grave em quase um
século e está a originar enormes prejuízos para a saúde, o emprego e o bem-estar das
pessoas",destacou aOCDE.Para2021,a OCDEantecipouuma forte recuperação em caso de
pandemia sob controle, com um crescimento de 5,2%, que seria limitado a 2,8% no caso de
uma segundaonda.
Já segundo a economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita
Gopinath, “as consequências econômicas da pandemia de coronavírus podem causar
cicatrizes significativas em todo mundo, e as perspectivas de recuperação são altamente
incertas”. (economia.uol.com.br 12/06/20). A economista fez essa afirmação em um
vídeo exibido no 7º Fórum Anual de Política Monetária da Ásia.
No dia 24 de junho de 2020,o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou suas
previsões econômicas para 2020 e 2021, no informe "Perspectivas da economia mundial"
(WEO, na sigla em inglês).

* Segundo o FMI

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