ESCOLA DE ENFERMAGEM

SANTA BARBARA

Saúde Coletiva II
SORO
ANTIRRÁBICO
Profº Enfº Luiz Cordeiro
Amazonense é 5ª pessoa no mundo a
sobreviver à raiva humana
• O adolescente Mateus Castro, de 14 anos, é
considerado a quinta pessoa no mundo, e a
segunda no Brasil, a sobreviver à raiva humana,
de acordo com os registros existentes. O
primeiro caso brasileiro ocorreu em 2008, em
Pernambuco. No restante do mundo, existem
relatos de apenas mais três outras situações de
cura: duas nos Estados Unidos, em 2004 e 2011,
respectivamente; e a outra na Colômbia, em
2008 — sendo que este paciente morreu mais
tarde, por outras causas associadas
O Protocolo de Milwaukee é um tratamento experimental para a raiva em
seres humanos. O tratamento consiste em colocar o paciente em coma induzido
e administrar medicamentos antivirais. Foi criado por Rodney Willoughby Jr.,
baseando-se no tratamento bem sucedido de Jeanna Giese. Giese, uma
adolescente de Wisconsin, foi a primeira de três pacientes que sobreviveram à
raiva sem receber a vacina antirrábica.

Em setembro de 2009, foi confirmado no Brasil o primeiro caso de cura da raiva.

Marciano Menezes da Silva, um jovem de 15 anos contraiu a doença após ser
mordido por um morcego e foi curado no Hospital Oswaldo Cruz, em Recife.
Exames laboratoriais do Instituto Pasteur de São Paulo indicaram a ausência do
vírus após a aplicação do Protocolo, determinando a cura
 A PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO
• médicos veterinários;
• biólogos;
• auxiliares e demais funcionários de laboratório
de virologia e anatomopatologia para raiva;
• estudantes de Veterinária, Biologia e
Agrotécnica;pessoas que atuam no campo na
captura, vacinação, identificação e classificação
de mamíferos passíveis de portarem o vírus,
bem como funcionários de zoológicos;
A PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO
 Esquemadeprofilaxiadaraivapós-exposição

Apresentadas sob
Vacinasde aformaliofilizada,
Potentes eseguras
cultivo acompanhadas
celular dediluente.
 ESQUEMA DE PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA PÓS-EXPOSIÇÃO

Condições Cão ou Gato sem Suspeita de Cão ou gato clinicam ente Cão ou Gato não passível de Morcegos e m amíferos
do Anim al Raiva no Momento da Agressão suspeito de Raiva (*) observação; Animais domésticos silvestres (inclusive os
Agressor (*) de interesse econômico dom iciliados)
(bovídeos, equídeos, caprinos,
suínos e ovinos).
Tipo de
Exposição

Contato Indireto Não tratar Não tratar Não tratar Não tratar.
Ex. manipulação de utensílios
potencialmente contaminados,
lambedura de pele íntegra,
acidentes com agulhas durante
a aplicação de vacina
animal.

Acidentes Leves Observar o animal por dez dias Iniciar esquema de vacina (4 doses Iniciar imediatamente o esquema com Acidentes causados por estes
Ferimento superficial no tronco nos dias 0, 3, 7, 14) 4 doses de vacina administradas nos animais são classif icados como
ou nos membros, exceto mãos - seoanimal permanecer sadio,encerraro caso; dias 0, 3, 7, 14. graves.
e pés; - seoanimal morrer, desaparecer ousetornar Se a raiva for afastada clinicamente
Lambedura de lesões raivoso:vacina (4dosesnosdias0,3,7, 14); ou por exame laboratorial, suspender Profilaxia indicada: soro vacinação
superficiais. a profilaxia. Se o animal morrer, (**)
desaparecer ou a suspeita de raiva
persis tir, manter a profilaxia. Avaliar O morcego é o principal reservatório
a interrupção da profilaxia no 10º dia do vírus da raiva em nosso meios,
se o animal pode transmitir o vírus diretamente
estiver vivo. para o homem por meio de acidentes
discretos e, às vezes, imperceptíveis.
Acidentes Graves Observar o animal por 10 dias Iniciar o esquema de soro vacinação Iniciar imediatamente o esquema de
Ferimento nas mucosas, no (soro vacinação** ). soro vacinação (com 4 doses de
segmento cefálico, nas mãos - se animal permanecer sadio, encerrar o Se a raiva for afastada clinicamente vacina e soro**).
ou nos pés; ferimento profundo, caso; ou por exame laboratorial, suspender
mesmo que puntiformes; - seanimal morrer,desaparecer ousetornar a profilaxia. Se o animal morrer,
ferimento raivoso: Iniciar o esquema de soro desaparecer ou a suspeita de raiva
s múltiplos ou extensos, que vacinação(**). persis tir, manter a profilaxia. Avaliar
qualquer região do corpo; a interrupção da profilaxia no 10º dia
lambedura de lesões profundas se o animal estiver vivo.
ou de mucosas,
mesmo que intactas; ferimento
causado por morcego
ou outros mamíferos silvestres.
 ViaIntramuscular (IM) Viaintradérmica(ID)*
Dosede0,5ml ou1ml, Dosede0,1ml.
dependendodo
fabricante. Aplicadasomentenosbraços, na
Aplicaçãoprofunda, nodeltoide inserçãodomúsculodeltoide;
ouvastolateral dacoxa, nãodeveser aplicadano
nãoaplicar noglúteo. glúteo.
Emcriançasaté2anosé Dia0–2dosesem2locais
aplicadanovastolateral da distintos; 3º dia–2dosesem2
coxa. locaisdistintos; 7º dia–2doses
4dosesdavacinaraiva em2locaisdistintos; 28º dia–2
*Avia(inativada)
(ID) nãoestá
nosrecom
dias0,endada doses
parapacientes
3, 7e14. em2locais
imunodeprim distintos.
idos ouqueestejam
utilizandoomedicamentocloroquina, por nãoproporcionar respostaimuneadequada
 Viadeaplicação, doseeintervalos
Aplicaçãoviaintramuscular(IM)

Aplicar umadose(0,5ml)intramuscularnosdias0–3–7–14.

Aplicaçãoviaintradérmica(ID)

Adoseéde(0,2ml), devendoser divididaem2dosesde0,1mlda

vacinaeseraplicada, viaintradérmica, em2sítiosdiferentesnosdias0
–3–7–28dias.
 Recomendaçõessobreaprofilaxiacontraaraiva
• A limpeza deve ser cuidadosa, visando eliminar as sujidades sem agravar o
ferimento. Emseguida, deverãoser utilizados antissépticos que inativemo vírus
1 daraiva(ex.: opolvidineougluconatodeclorexidineouálcool-iodado).

• Os antissépticos deverão ser utilizados uma única vez, na primeira consulta.

Posteriormente, sempre que possível, a região deve ser lavada com solução
2 fisiológica.

• Não se recomenda sutura do ferimento. Caso seja extremamente necessário,

deve-serealizar pontos alternadoserealizar umahoraantesosoroantirrábico.
3

• Osoroantirrábiconãodeveser utilizadoemsituações dereexposiçãoaovírus

daraivaouempessoas quejátenhamfeitoseuusoanterior.
4
 5. S O R O AN TIR R Á B IC O H ETER Ó LO G O

D O SE: A dose de SAR heterólogo é 40 UI/kg ou 0,2 m L/Kg de peso corporal.

D eve ser utilizado logo após a abertura do frasco.