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Ecologia e conservação dos anfíbios e répteis em 18 áreas protegidas na Mata Atlântica do Espírito Santo, sudeste do Brasil View project
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EDITORA
Technical Books, Rio de Janeiro
Esta publicação foi financiada com recursos de medida compensatória ambiental, conforme
as Resoluções SMAC nº 497-2011 e 502-2011; Portaria SMAC nº 01-2011 e nos processos
administrativos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC) 14/200.832/2012 e
14/000.882/2012.
Jorge Antônio Lourenço Pontes
( Organizador )
Biodiversidade Carioca
segredos revelados
1 ª- edição
Rio de Janeiro
2015
biodiversidade carioca: S egredos R evelados
1ª edição
©
Copyright 2015 Jorge Antônio Lourenço Pontes
É proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem a expressa autorização do Organizador
e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Rio de Janeiro.
Os autores desta obra envidaram os seus melhores esforços no sentido de referenciar todas as
fontes bibliográficas e virtuais consultadas e creditar todas as fotografias e ilustrações utilizadas e,
antecipadamente, pedem desculpas por eventuais omissões, comprometendo-se, desde já, a sanar quaisquer
falhas na próxima edição.
“In the end, we will conserve only what we love, we will love only what
we understand, we will understand only what we are taught.”
Baba Dioum
(Conservacionista senegalês)
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS .................................................................................... XV
CAPÍTULO 1
AS PESQUISAS NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA
MUNICIPAIS .............................................................................................. 18
CAPÍTULO 2
USO RACIONAL DA BIODIVERSIDADE CARIOCA .................................... 28
CAPÍTULO 3
A FLORA E A FAUNA DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA CIDADE DO RIO
DE JANEIRO ............................................................................................................................ 78
As Bromélias do Mendanha como Chave para a Conservação da Biodiversidade Local ..... 100
Thereza Christina Rocha-Pessôa e Carlos Frederico Duarte Rocha
Jacarés Urbanos: O Jacaré de Papo Amarelo (Caiman latirostris Daudin, 1802) nos
Parques Naturais Urbanos da Zona Oeste do Rio de Janeiro ............................................. 160
Ricardo Francisco Freitas Filho
Bicho Preguiça (Bradypus variegatus) do Parque Natural da Prainha, Rio de Janeiro, RJ ......... 224
Ana Carolina Maciel Boffy, Shery Duque Pinheiro e Helena de Godoy Bergallo
CAPÍTULO 4
CONHECENDO AS RELAÇÕES ECOLÓGICAS LOCAIS ......................................................... 258
CAPÍTULO 6
O HOMEM E AS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ................................................................. 342
CARTA DO SECRETáRIO
MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE
O
s trabalhos científicos que aqui estamos apresentando foram
desenvolvidos nas Unidades de Conservação (UC) existentes na
Cidade do Rio de Janeiro nos últimos anos.
Até 2009 apenas uma Unidade de Conservação possuía Plano de Manejo. Atualmente,
através do esforço da equipe, temos dez planos elaborados e três em fase de execução. Assim
vamos disponibilizar aos cariocas áreas onde o lazer pode conviver harmonicamente com
nossos espaços preservados.
Portanto, com grande orgulho, entregamos esta publicação, com a expectativa de dar
a merecida divulgação aos trabalhos técnicos existentes, incentivar outros pesquisadores a
contribuírem com novos estudos e ampliar o conhecimento dos cariocas acerca das unidades
de conservação.
APRESENTAÇÃO
‘
A
té cerca de três décadas atrás as poucas áreas livres e com
características ainda próximas dos ecossistemas naturais na
segunda maior cidade brasileira, o Rio de Janeiro, eram praticamente
desconhecidas. Esta metrópole, tão conhecida internacionalmente por estar
situada entre o mar e as montanhas, não sabia quase nada sobre suas
maiores joias, verdadeiras esmeraldas: a biodiversidade carioca preservada
em unidades de conservação da natureza sob tutela municipal. Este atrativo
científico, cultural e turístico esteve mergulhado em obscuridade, pois a
maioria das pessoas, mesmo sendo do meio científico, quase nada sabia
sobre esta variedade de organismos e suas relações, especialmente com
o próprio meio urbano. Podemos citar os habitantes florestais, alguns tão
pequenos e camuflados que eram desconhecidos da ciência até agora,
que vivem em pequenos córregos e na serrapilheira sobre o solo.
Boa leitura!
AGRADECIMENTOS
A
gradecemos imensamente a todos os pesquisadores e
colaboradores, que dedicaram muitas horas de seu precioso
tempo desvendando os segredos da biodiversidade carioca, abrigada
nas unidades de conservação da natureza municipais. E também por
prepararem e enviarem seus manuscritos ricamente ilustrados que
compõem esta obra.
1
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Faculdade de Formação de Professores, Departamento de Ciências Biológicas,
Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências, Ambiente e Sociedade. Rua Dr. Francisco Portela, nº 1.470, Patronato,
São Gonçalo, RJ, Brasil, CEP: 24435-005.
2
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Museu Nacional, Departamento de Vertebrados. Quinta da Boa Vista, s/n, São
Cristóvão, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, CEP: 20940-040.
3
Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO). Rua Professor José de Souza Herdy, nº 1.160, Jardim Vinte e Cinco de Agosto,
Duque de Caxias, RJ, Brasil, CEP: 25071-202.
4
Faculdades Integradas Maria Thereza (FAMATH). Av. Visconde do Rio Branco, nº 869, São Domingos, Niterói, RJ, Brasil, CEP:
24210-006.
5
Universidade Veiga de Almeida (UVA). Rua Ibituruna, nº 108, Tijuca, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, CEP: 20271-020.
6
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Instituto de Biologia Roberto de A. Gomes, Departamento de Ecologia,
Laboratório de Ecologia de Vertebrados. Rua São Francisco Xavier, nº 524, pavilhão Haroldo Lisboa, Sala 220, Maracanã, Rio
de Janeiro, RJ, Brasil, CEP: 20550-019.
* Contatos: pontesjal@hotmail.com / (21) 99998-2525
Resumo
Estudamos a fauna de anfíbios e répteis de três unidades de conservação da natureza da cidade do Rio
de Janeiro: Parque Natural Municipal Bosque da Barra; Parque Natural Municipal da Prainha e Parque Natural
Municipal da Serra do Mendanha em um período de cerca de 10 anos. Utilizamos a busca visual em diferentes
horários, armadilhas de queda e parcelas cercadas de 25 m2 para encontro e captura dos animais, os quais
foram medidos biometricamente, marcados com técnicas usuais para cada grupo e libertados no mesmo ponto
da captura. Também recolhemos dados do ambiente no local da captura para relacionarmos a abundância e a
densidade das espécies com as variáveis abióticas e verificarmos a existência de impactos antrópicos sobre a
herpetofauna nos parques pesquisados. É conhecido um total de 102 espécies que compõem a herpetofauna
destas áreas, algumas ameaçadas de extinção, sendo que os anuros representam 51% (n = 52). O Parque Natural
Municipal da Serra do Mendanha concentra 83,3% (n = 85) de toda a herpetofauna conhecida, inclusive com a
descoberta de uma nova espécie de anfíbio (Brachycephalus sp.). Foram encontradas duas espécies exóticas
invasoras (Hemidactylus mabouia e Lithobates catesbeianus). Os microambientes que abrigam o maior número
de espécies, nestas unidades de conservação, são a serrapilheira florestal e os alagados. A visitação pública
intensa, sem um maior controle, provoca diversos impactos sobre a herpetofauna local. Obras e ocupações no
entorno direto destas unidades, como no caso do Bosque da Barra, afetaram a reprodução dos anuros e do
jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris).
Jorge A. L. Pontes, Rafael C. Pontes, Rubevaldo F. Rocha, Patrícia M. Lindenberg, Karen P. Silva, Wagner A. Santos, Nelson A. Lemos, Paulo G. A.
Hassan, Alex O. Alves, Luiz F. B. A. Lopes, Laiz C. T. Perro, Ana P. Boldrini, Érica C. F. Nunes, Lilian F. Costa, Rafael W. Kisling e Carlos F. D. Rocha 177
Abstract
We studied through for about 10 years the amphibian and reptile fauna from three conservation units at
municipality of Rio de Janeiro: Parque Natural Municipal Bosque da Barra; Parque Natural Municipal da Prainha
and Parque Natural Municipal da Serra do Mendanha. Our samples consisted in visual searches in different
periods of the day and the night, pitfall traps, and inspection of plots with 25 m² to capture animals. After capture,
animals were measured according several biometrical variables and marked using different techniques according
specifications. We also gathered data from the area where animals were captured in order to correlate abundance
and density of species with abiotic variables. Additionally, we pointed out the occurrence of anthropogenic impacts
on herpetofauna communities in studied areas. We recorded a composition of 102 species of herpetofauna in these
areas, few of them threatened of extinction, being anurans the richest group with 51% (n = 52). The Parque Natural
Municipal da Serra do Mendanha harbors 83.3% (n = 85) of all known herpetofauna, including an undescribed
taxon of amphibian (Brachycephalus sp.). We registered two alien species in the region (Hemidactylus mabouia and
Lithobates catesbeianus). The microhabitats that harbor the highest number of species in these conservation units
were leaf litter and flooded areas. We suggest that intense public visitation, without strict control, could cause a wide
gama of impacts under local herpetofauna. Constructions and irregular occupancy of neighbor areas, as observed
at Bosque da Barra, could impact the reproduction of anurans and the broad-snouted-caiman (Caiman latirostris).
Introdução
No mundo, diversas regiões e biomas ainda abrigam uma riqueza de espécies elevada, mas encontram-se
ameaçados de desaparecer por pressões antrópicas. Estas áreas são conhecidas internacionalmente como
hotspots e entre elas se destaca a Mata Atlântica, um bioma de elevada biodiversidade e alto nível de endemismo,
considerado um dos cinco principais entre os 34 hotspots mundiais reconhecidos. Neste quadro contamos com
35,9% de áreas protegidas como hotspots, que abrigam 567 (2,1%) espécies de vertebrados endêmicos do mundo
(CONSERVATION INTERNATIONAL DO BRASIL 2000, MYERS et al., 2000; MITTERMEIER et al., 2005).
O Brasil desponta como um dos países com a maior riqueza, em termos de espécies, de herpetofauna
(anfíbios e répteis). São conhecidas 1.026 espécies de anfíbios (Anura, Caudata, Gymnophiona) e 760 de répteis
(Crocodylia, Squamata, Testudines), segundo a consolidação de dados da Sociedade Brasileira de Herpetologia
(SBH) (Costa, Bérnils, 2014; SegalLa et al., 2014).
Diversas espécies da herpetofauna, devido às suas características anatômicas, ecológicas e fisiológicas, em
especial os anuros que habitam os riachos e o solo de florestas tropicais, podem ser usadas como bioindicadores
de qualidade ambiental. Estes são sensíveis às pequenas mudanças do ambiente onde vivem, como altitude,
alteração na composição química do ambiente, temperatura e umidade (POUGH et al., 2006; Van Sluys et al.,
2009; PONTES, ROCHA, 2010; COELHO et al., 2012; HADDAD et al., 2013; Siqueira, Rocha, 2013). Diversas
espécies, em especial de anfíbios, estão desaparecendo em diferentes regiões do planeta como consequência
dos impactos antrópicos (STUART et al., 2004; HADDAD et al., 2013).
O município do Rio de Janeiro, apesar de estar situado na porção central da região metropolitana, ainda mantém
importantes remanescentes florestais de mata atlântica, caracterizados pelo pouco conhecimento sobre a fauna e
a flora que abrigam. Entre eles destacam-se as florestas que cobrem os maciços da Pedra Branca e do Gericinó-
Mendanha (IBAM/DUMA, PCRJ/SMAC, 1998; SEMADS, 2001; ROCHA et al., 2003; PONTES, ROCHA, 2008).
Apesar de uma maior concentração no sudeste brasileiro, a herpetofauna carioca é muito pouco conhecida, contando
com poucos estudos publicados (Izecksohn, Carvalho-e-Silva, 2001; PONTES, ROCHA, 2008; PONTES et
al., 2009; PONTES, et al., 2010; PONTES, ROCHA, 2010). Neste capítulo reunimos os principais resultados, após
12 anos de pesquisas, em três unidades de conservação da natureza no município do Rio de Janeiro.
178 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO: HOTSPOTS DA HERPETOFAUNA CARIOCA
A
Jorge A. L. Pontes, Rafael C. Pontes, Rubevaldo F. Rocha, Patrícia M. Lindenberg, Karen P. Silva, Wagner A. Santos, Nelson A. Lemos, Paulo G. A.
Hassan, Alex O. Alves, Luiz F. B. A. Lopes, Laiz C. T. Perro, Ana P. Boldrini, Érica C. F. Nunes, Lilian F. Costa, Rafael W. Kisling e Carlos F. D. Rocha 179
8) Alguns exemplares foram eutanasiados (AVMA, para fichas individuais e, posteriormente, para
2000), fixados para material testemunho de arquivos digitais (Excel e Word) e analisados
acordo com licenças ambientais específicas estatisticamente (ANOVA, índices de similaridade,
para análises citogenéticas (MCDIARMID, de diversidade e de riqueza, PCA, regressões
1994; JACOBS, HEYER, 1994; MCDIARMID, lineares) (MAGURRAN, 1988; ZAR, 1999) por
ALTIG, 1999) e depositados na coleção de meio de diferentes programas estatísticos (Excel,
anfíbios e na coleção de répteis do Setor de Systat 11, EstimateS 8.2 e Statistica 9).
Herpetologia do Museu Nacional, Rio de Janeiro.
10) Mapas foram elaborados com os programas
9) Todas as informações e dados obtidos foram Arc GIS 9.0 ® e Arc MAP 9.3® e editados em
anotados em cadernetas de campo, repassados Corel X3®.
A B
C D
E F
Figura 2 Metodologias utilizadas no estudo da herpetofauna: coleta de dados ambientais, PNMBB (A); procura por anfíbios na
serrapilheira em parcelas cercadas (B); verificação de armadilhas de queda, PNMSM (C); coleta de girinos em poça, PNMSM
(D); biometria de serpente peçonhenta, PNMSM (E); preparo de espécimes-testemunho, em campo, para coleção do Museu
Nacional (F). Município do Rio de Janeiro (Fotos: Jorge Pontes).
Jorge A. L. Pontes, Rafael C. Pontes, Rubevaldo F. Rocha, Patrícia M. Lindenberg, Karen P. Silva, Wagner A. Santos, Nelson A. Lemos, Paulo G. A.
Hassan, Alex O. Alves, Luiz F. B. A. Lopes, Laiz C. T. Perro, Ana P. Boldrini, Érica C. F. Nunes, Lilian F. Costa, Rafael W. Kisling e Carlos F. D. Rocha 181
Tabela 1 Lista de espécies da herpetofauna (anfíbios, anfisbênia, lagartos, serpentes, crocodilianos) registradas,
com o uso de diferentes metodologias, para os três parques naturais municipais estudados (BB = Bosque da
Barra, PR = Prainha e SM = Serra do Mendanha). Município do Rio de Janeiro, RJ.
PARQUES NATURAIS
TAXA DA HERPETOFAUNA MUNICIPAIS
BB PR SM
ANURA 21 19 45
Família Brachycephalidae
Brachycephalus sp. x
Ischnocnema guentheri (Steindachner, 1864) x
Ischnocnema octavioi (Bokermann, 1965) x x
Ischnocnema parva (Girard, 1853) x
Família Bufonidae
Rhinella icterica (Spix, 1824) x
Rhinella ornata (Spix, 1824) x x x
Família Craugastoridae
Haddadus binotatus (Spix, 1824) x x
Família Cycloramphidae
Cycloramphus brasiliensis (Steindachner, 1864)1 x
Thoropa miliaris (Spix, 1824) x x
182 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO: HOTSPOTS DA HERPETOFAUNA CARIOCA
Tabela 1 Continuação.
Zachaenus parvulus (Girard, 1853) x x
Família Hemiphractidae
Fritziana goeldii (Boulenger, 1895 “1894”) x
Família Hylidae
Aparasphenodon brunoi (Miranda-Ribeiro, 1920) x
Aplastodiscus albofrenatus (A. Lutz, 1924) x
Bokermannohyla circumdata (Cope, 1871) x
Dendropsophus aff. oliveirai (Bokermann, 1963) x
Dendropsophus anceps (A. Lutz, 1929) x
Dendropsophus bipunctatus (Spix, 1824) x x
Dendropsophus decipiens (A. Lutz, 1925) x x
Dendropsophus elegans (Wied-Neuwied, 1824) x x
Dendropsophus meridianus (B. Lutz, 1954) x x
Dendropsophus minutus (Peters, 1872) x x
Dendropsophus pseudomeridianus (Cruz, Caramaschi & Dias, 2000) x x
Hypsiboas faber (Wied-Neuwied, 1821) x x
Hypsiboas albomarginatus (Spix, 1824) x x x
Hypsiboas semilineatus (Spix, 1824) x
Itapotihyla langsdorffii (Duméril & Bibron, 1841) x
Phasmahyla guttata (A. Lutz, 1924) x
Phyllomedusa burmeisteri Boulenger, 1882 x
Phyllomedusa rohdei Mertens, 1926 x x x
Scinax aff. x-signatus (Spix, 1824) x x x
Scinax alter (B. Lutz, 1973) x x
Scinax argyreornatus (Miranda-Ribeiro, 1926) x x x
Scinax cuspidatus (A. Lutz, 1925) x
Scinax fuscovarius (A. Lutz, 1925) x
Scinax perpusillus (A. Lutz & B. Lutz, 1939) x x
Scinax similis (Cochran, 1952) x
Scinax trapicheiroi (B. Lutz, 1954) #
x x
Sphaenorhynchus planicola (A. Lutz & B. Lutz, 1938) x
Trachycephalus mesophaeus (Hensel, 1867) x
Trachycephalus nigromaculatus (Tschudi, 1838) x
Família Hylodidae
Crossodactylus gaudichaudii (Duméril & Bibron, 1841) x x
Hylodes nasus (Lichtenstein, 1823)* x
Família Leiuperidae
Physalaemus signifer (Girard, 1853) x
Physalaemus soaresi (Izecksohn, 1965) #
x
Família Leptodactylidae
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799) x x
Jorge A. L. Pontes, Rafael C. Pontes, Rubevaldo F. Rocha, Patrícia M. Lindenberg, Karen P. Silva, Wagner A. Santos, Nelson A. Lemos, Paulo G. A.
Hassan, Alex O. Alves, Luiz F. B. A. Lopes, Laiz C. T. Perro, Ana P. Boldrini, Érica C. F. Nunes, Lilian F. Costa, Rafael W. Kisling e Carlos F. D. Rocha 183
Tabela 1 Continuação.
Leptodactylus marmoratus (Steindachner, 1867) x x
Leptodactylus latrans (Steffen, 1815) x x x
Leptodactylus spixi (Heyer, 1983) x x
Família Microhylidae
Chiasmocleis lacrimae (Peloso, Sturaro, Forlani, Gaucher, Motta & Wheller, 2014)# x x
Stereocyclops parkeri (Wettstein, 1934) x x
Família Ranidae
Lithobates catesbeianus (Shaw, 1802)** x
Família Strabomantidae
Euparkerella brasiliensis (Parker, 1926) x
GYMNOPHIONA 1
Família Siphonopidae
Siphonops annulatus (Mikan, 1820) x
TESTUDINES 3 5 1
Família Cheloniidae
Caretta caretta (Linnaeus, 1758)# x
Eretmochelys imbricata (Linnaeus, 1766) #
x
Chelonia mydas (Linnaeus, 1758) #
x
Família Dermochelyidae
Dermochelys coriacea (Vandelli, 1761)# x
Família Chelidae
Acanthochelys radiolata (Mikan, 1820)# x
Phrynops geoffroanus (Schweigger, 1812) #
x
Família Testudinidae
Chelonoidis carbonarius (Spix, 1824)# x x x
CROCODYLIA 1
Família Alligatoridae
Caiman latirostris (Daudin, 1801)# x
LACERTILIA 8 8 9
Família Anguidae
Ophiodes striatus (Spix, 1825) x x
Família Dactyloidae
Dactyloa punctata (Daudin, 1802) x x x
Família Gekkonidae
Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnès, 1818)** x x x
Família Gymnophthalmidae
Placosoma glabellum (Peters, 1870) x
Família Leiosauridae
Enyalius b. brasiliensis (Lesson, 1828) x
Família Mabuyidae
Brasiliscincus agilis (Raddi, 1823) x x
184 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO: HOTSPOTS DA HERPETOFAUNA CARIOCA
Tabela 1 Continuação.
Psychosaura macrorhyncha (Hoge, 1947) x
Família Phyllodactylidae
Gymnodactylus darwinii (Gray, 1845) x x x
Família Polychrotidae
Polychrus marmoratus (Linnaeus, 1758) x
Família Teiidae
Ameiva a. ameiva (Linnaeus, 1758) x x
Salvator merianae (Duméril & Bibron, 1839) x x x
Tropidurus torquatus (Wied, 1820) x x x
AMPHISBAENIA 1 1 1
Família Amphisbaenidae
Leposternon microcephalum (Wagler in Spix, 1824) x x x
SERPENTES 7 10 28
Família Boidae
Boa c. constrictor (Linnaeus, 1758) x x x
Corallus hortulanus (Linnaeus, 1758) x
Família Colubridae
Chironius bicarinatus (Wied, 1820) x x x
Chironius exoletus (Linnaeus, 1758) x x
Chironius foveatus (Bailey, 1955) x
Chironius fuscus (Linnaeus, 1758) x
Chironius laevicollis (Wied, 1824) x x
Leptophis a. ahaetulla (Linnaeus, 1758) x
Spilotes p. pullatus (Linnaeus, 1758) x x
Spilotes s. sulphureus (Wagler in Spix, 1824) x
Família Dipsadidae
Leptodeira a. annulata (Linnaeus, 1758) x
Echinanthera cephalostriata (Di-Bernardo, 1996) x
Taeniophallus affinis (Günther, 1858) x
Helicops carinicaudus (Wied, 1825) x x
Philodryas olfersii (Liechtenstein, 1823) x
Oxyrhopus petolarius digitalis (Reuss, 1834) x
Siphlophis compressus (Daudin, 1803) x
Siphlophis pulcher (Raddi, 1820) x
Thamnodynastes nattereri (Mikan, 1828) x x x
Tropidodryas serra (Schlegel, 1837) x
Erythrolamprus a. aesculapii (Linnaeus, 1766) x
Erythrolamprus miliaris miliaris (Linnaeus, 1758) x x x
Erythrolamprus p. poecilogyrus (Wied, 1825) x x
Xenodon neuwiedii (Günther, 1863) x x
Uromacerina ricardinii (Peracca, 1897) x
Jorge A. L. Pontes, Rafael C. Pontes, Rubevaldo F. Rocha, Patrícia M. Lindenberg, Karen P. Silva, Wagner A. Santos, Nelson A. Lemos, Paulo G. A.
Hassan, Alex O. Alves, Luiz F. B. A. Lopes, Laiz C. T. Perro, Ana P. Boldrini, Érica C. F. Nunes, Lilian F. Costa, Rafael W. Kisling e Carlos F. D. Rocha 185
Tabela 1 Continuação.
Família Elapidae
Micrurus corallinus (Merrem, 1820) x x
Família Viperidae
Bothrops jararaca (Wied, 1824) x x x
Bothrops jararacussu (Lacerda, 1884) x x
TOTAL DE ESPÉCIES 102 42 43 85
1
Espécie encontrada em coleção do Museu Nacional;
* Espécie registrada por girinos coletados;
** Espécie exótica invasora;
#
Espécie ameaçada de extinção, segundo listas oficiais (IUCN, MMA, RJ e SMAC).
1 2 3
4 5 6
7 8 9
186 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO: HOTSPOTS DA HERPETOFAUNA CARIOCA
10 11 12
13 14 15
16 17 18
19 20 21
22 23 24
Jorge A. L. Pontes, Rafael C. Pontes, Rubevaldo F. Rocha, Patrícia M. Lindenberg, Karen P. Silva, Wagner A. Santos, Nelson A. Lemos, Paulo G. A.
Hassan, Alex O. Alves, Luiz F. B. A. Lopes, Laiz C. T. Perro, Ana P. Boldrini, Érica C. F. Nunes, Lilian F. Costa, Rafael W. Kisling e Carlos F. D. Rocha 187
25 26 27
28 29 30
31 32 33
34 35 36
A B
Figura 5 Espécies exóticas invasoras da herpetofauna carioca: (A) Lithobates catesbeianus e (B) Hemidactylus mabouia,
registradas no estudo de três parques naturais municipais, município do Rio de Janeiro (Fotos: Jorge Pontes).
A B
C
Figura 6 Aspectos do alagado do PNMBB em 2011 em seca por conta de obras de drenagem na região (A) e após o encerramento
das obras, em 2013, com recuperação do nível d’água (B). Número de filhotes capturados de Caiman latirostris, por mês, nos anos
de 2011 a 2014 (C). Parque Natural Municipal Bosque da Barra, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ, Brasil (Fotos: Jorge Pontes).
espécies mais exigentes ambientalmente, como a ameaçada de extinção, não é mais encontrada no
rãzinha-de-olhos-vermelhos (Ischnocnema octavioi), Parque Natural Municipal da Prainha, embora ainda
a rãzinha-de-riacho (Crossodactylus gaudichaudii) e existam populações no Parque Natural Municipal de
a rã-de-pedras (Thoropa miliaris). O manejo errado Grumari e no Recreio dos Bandeirantes (ROCHA et
da drenagem dos pequenos alagados do parque, al., 2009, e presente estudo). As grandes bromélias
o redirecionamento de córregos para a praia e a tanque (Alcantarea glaziouana (Lemaire) Leme), que
introdução de peixes exóticos, como os espadinhas predominam nos costões rochosos, são refúgios para
(Xiphophorus spp.), vêm eliminando os sítios muitos animais e locais de reprodução para espécies
reprodutivos de anuros hilídeos e causando a redução bromelígenas como Scinax perpusillus (PONTES et
de população de peixes nativos predados pela cobra- al., 2013, e presente estudo). Mas os incêndios nos
d’água (Erythrolamprus miliaris). A lagartixa-da-praia últimos anos, provocados por rituais religiosos, reduziu
Liolaemus lutzae Mertens, 1938 (Família Liolaemidae), a população destas bromélias e, consequentemente,
espécie endêmica do estado do Rio de Janeiro e sua herpetofauna local.
190 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO: HOTSPOTS DA HERPETOFAUNA CARIOCA
A herpetofauna da Serra do Mendanha é sem dúvida ind./100 m2, enquanto na estação seca (abril a agosto)
a mais rica em termos de espécies, sendo composta houve uma redução de 34,6% (6,8 ind./100 m2).
por pelo menos 85 formas que estão distribuídas em 29 As assembleias de anuros na Serra do Mendanha
famílias. A família Hylidae conta com o maior número utilizam os recursos hídricos disponíveis (água da chuva,
de espécies (50%, n = 22), enquanto a rãzinha-piadeira córregos, fitotelmas, rios e umidade do ar) de diferentes
Physalaemus signifer, que habita o solo, foi a espécie formas, em associação direta ao modo reprodutivo de
mais abundante (18%, n = 272). A espécie de sapo cada espécie. O modo reprodutivo tipo 1 (ovos e girinos
Rhinella ornata contribuiu com a maior biomassa (m exotróficos em ambiente lêntico) foi o mais frequente
= 548 g). Identificamos uma nova espécie de anuro (n = 18) entre os 14 modos identificados. O estudo de
Brachycephalus sp., que também habita o folhiço das 12 poças (lênticas e lóticas) indicou que estas diferiram
cotas altimétricas acima de 700 m, e registramos a consistentemente entre si, seja nas suas dimensões, na
presença da raríssima rãzinha Physalaemus soaresi, composição de suas assembleias de girinos ou nos seus
ampliando sua área de distribuição (PONTES et al., componentes abióticos. A assembleia de girinos de cada
2010). Biogeograficamente, a comunidade de anuros poça indicou ser moldada pela interação de diferentes
da área estudada indicou ser mais similar (68%) à fatores ambientais, ecológicos e filogenéticos de cada
comunidade da região da Serra da Tiririca e arredores, espécie, determinando a abundância, dominância e
também no estado do Rio de Janeiro. Comparando-se riqueza das espécies presentes. Diversos predadores
os três tipo de fisionomias, ou meso-hábitat, existentes de girinos foram encontrados em algumas poças, como
na Serra do Mendanha, em termos de riqueza e serpentes e artrópodes (caranguejos-de-rio, larvas de
diversidade de espécies, a floresta secundária indicou libélulas e pitus). Naquelas em que a presença destes
ter os mais elevados índices, seguida pela floresta predadores se tornou mais intensa, especialmente
pouco perturbada e pela monocultura de bananeiras. de pitus (Macrobrachium potiuna (Müller, 1880)) e de
A assembleia de anuros que habita a serrapilheira da caranguejos-de-rio (Trichodactylus petropolitanus
Serra do Mendanha é composta por nove espécies, o (Göldi, 1886)), houve uma redução no uso da poça
que pouco diferiu ao longo de um gradiente altitudinal como sítio reprodutivo de anfíbios (Figuras 7A-D e 8A-
(0 a 900 m), com o registro das espécies Euparkerella D). A predação de girinos por invertebrados tem sido
brasiliensis, Haddadus binotatus, Leptodactylus registrada em outras localidades do Rio de Janeiro,
marmoratus e Zachaenus parvulus na maioria das como no Parque Nacional da Tijuca (MOTTA-TAVARES
cotas altimétricas, sendo que H. binotatus esteve et al., 2015).
presente em todas as cotas altimétricas. A altitude, a Entre as 28 espécies de serpentes registradas
declividade e a profundidade da serrapilheira foram para a Serra do Mendanha, apenas quatro (14,3%) são
as variáveis abióticas que mais influenciaram a peçonhentas: Bothrops jararaca, Bothrops jararacussu,
distribuição de abundância e de riqueza de espécies Micrurus corallinus e Philodryas olfersii. Destas,
do folhiço. Na estação úmida (setembro a março) registramos três na Prainha (B. jararaca, B. jararacussu
a densidade de anuros no solo florestal foi de 10,4 e M. corallinus) e uma no Bosque da Barra (B. jararaca).
A B
Jorge A. L. Pontes, Rafael C. Pontes, Rubevaldo F. Rocha, Patrícia M. Lindenberg, Karen P. Silva, Wagner A. Santos, Nelson A. Lemos, Paulo G. A.
Hassan, Alex O. Alves, Luiz F. B. A. Lopes, Laiz C. T. Perro, Ana P. Boldrini, Érica C. F. Nunes, Lilian F. Costa, Rafael W. Kisling e Carlos F. D. Rocha 191
C D
Figura 7 Aspectos de duas das 12 poças reprodutivas estudadas (A) e (B). Girinos de Dendropsophus elegans (C) e de
Crossodactylus gaudichaudii (D) registrados durante o estudo. Rio de Janeiro, Brasil (Fotos: Jorge Pontes).
A B
C D
Figura 8 Predadores de girinos que habitam as poças reprodutivas estudadas: pitu Macrobrachium potiuna (A), caranguejo-
de-rio Trichodactylus petropolitanus (B), larva de Odonata (C) e muçum Synbranchus marmoratus (D) registrados durante o
estudo. Rio de Janeiro, Brasil (Fotos: Jorge Pontes).
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