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A culpa bateu em meu peito assim que a vi.

Os longos cabelos pretos caíam por seus ombros e


balançavam com o vento, realçando seus olhos azuis. Não era alta, não tinha o corpo
curvilíneo de uma panicat, e era linda. Perfeita. Gostosa. A mulher mais bonita a qual já tive o
privilégio de olhar.

Eu já sabia o que aconteceria quando ela chegou no bairro, de mudança. Fumando na varanda
de casa, vi quando a oitava maravilha do mundo desceu do caminhão. Nossos olhares se
encontraram, ela deu um sorriso safado mordendo o lábio e depois virou o rosto. A princípio,
não entendi a quebra do flerte. Poucos segundos depois, a resposta desceu do caminhão: um
homem alto, forte e bonito, de cabelos cor de ferrugem, puxou a mulher pela cintura e beijou
seus lábios de maneira possessiva. Não sei se ele viu ou não os olhares da sua... parceira, na
minha direção; contudo, para evitar a confusão, decidi entrar. Também decidi que não fumaria
mais na varanda daquele dia em diante.

Só que aguentar a vontade... Foi foda. Tanto do cigarro quando da mulher. Nossas casas
compartilhavam a parede, e todo dia a noite eu ouvia gemidos. Ouvia barulho de cama
rangendo e batendo em outros móveis. Caralho, eu pensava enquanto ouvia o gemido mais
gostoso que já ouvi uma mulher dar, queria tá fodendo com ela. Era vergonhoso pra mim, uma
mulher de 28 anos, dedando a buceta a porque tá com tesão na foda dos vizinhos. Mas ouvir o
jeito que ela gemia me deixava pingando de um jeito que, se eu não gozasse, ia molhar os
lençóis de pouco em pouco até acordar com eles encharcados.

E eu só disse que sabia o que aconteceria porque parecia que ela também queria foder
comigo. Toda vez que eu ia na varanda molhar as plantas, a vizinha sem nome estava me
olhando da forma mais maliciosa possível, vestindo o mínimo de roupas possível para alguém
parado numa varanda que dá pra rua, e fazendo a maior cara de tesão. Eu suava de nervoso.
Todos os dias, principalmente naquela merda de verão quente. E ela ficava só de biquini
frouxo pegando sol e se molhando com a mangueira de vez enquanto...

Minha mente dava pane. E eu só sabia pensar no quão gostosa ela era, no quanto eu queria
arrancar aquele biquini que não escondia nada. Todos os dias eu entrava em casa às pressas,
corria para o chuveiro e aproveitava pra imaginar que, ao invés de molhada de água, a buceta
dela estaria toda molhada por mim. Eu me masturbava pensando nas pernas dela abertas, na
minha boca provocando com beijos e suspiros. Eu imaginava seus gemidos... Aqueles gemidos
tão gostosos que eu ouvia quase toda noite e que estavam me enlouquecendo já.

Já estava há um mês sem cigarro, há um mês sem foder ninguém, homem ou mulher. Então
resolvi que se foda, eu ia fumar. Se eu não podia transar com a mulher dos meus sonhos, pelo
menos um alívio eu precisava ter. Peguei meu maço, sentei-me na varanda como sempre fiz
antes da sem nome aparecer, e fumei. Por muito tempo, e provavelmente por mais tempo do
que deveria, porque eu pensei em entrar, o sol já havia se posto.

Terminei um último cigarro e antes que eu pudesse entrar, uma voz me surpreendeu. Não
posso dormir direito, eu penso, não posso ao menos regar minhas plantas e agora nem mesmo
fumar na minha casa. Porque a voz que me chamou foi dela. Da maldita. E o pior é que eu não
poderia ignorar; ela já estava escorada no meu portão, se aproximou enquanto eu estava de
costas fechando a cadeira de praia para guardá-la. Merda, eu penso. Queria ser invisível.

Ela chamou pelo meu nome e eu estava tão hipnotizada pela sua voz que nem perguntei como
ela sabia essa informação, uma vez que nunca, de fato, nos falamos. Há tantas noites que eu a
imaginava suspirando, gemendo, lutando pra falar aquela simples palavra enquanto se
desfazia em minha boca. Respirei fundo e decidi que seria esquisito demorar ainda mais para
me virar e falar com ela.

Gostosa. Como sempre, foi a primeira coisa que me veio à cabeça. O portão baixo cobria a
maior parte do seu corpo, mas eu podia ver que ela usava biquini pelo menos na parte de
cima. E estava lá, a cara de tesão, o sorriso safado e o olhar maldoso. Ela me olhava de cima
em baixo, me analisando, parando por mais tempo nos meus peitos e no meu pescoço. Engoli
seco. Ela devia ser pelo menos uns 15 centímetros mais baixa que eu, e mesmo assim me
sentia... Intimidada.

Não se incomodou com apresentações. Perguntou se eu estava livre, eu perguntei por que, ela
disse que me viu consertar uma fiação no poste esses dias e que estava com um problema
elétrico em casa e precisava de ajuda. De novo, engoli seco. Pelo olhar dela, eu sabia o que
aconteceria se entrasse naquela casa.

Pedi que esperasse um pouco enquanto eu entrava e trocava de roupas. Joguei uma água no
corpo também. Enquanto atravessávamos a rua, perguntei sobre o marido dela, se ele não
saberia resolver o problema da fiação. Ela riu de mim, jogou o cabelo para o lado e disse que
eles eram apenas noivos. Ótimo. Como se isso melhorasse a situação.

Quando chegamos ao seu portão percebi que não estava com minhas ferramentas. Pensei que
teria uma brecha para voltar atrás antes de ser uma mau caráter do caralho, mas ela apenas
me olhou enquanto passava a mão pelo pescoço, fingindo coçar a nuca, e avisou que tinha
ferramentas em casa. Depois que a mão dela saiu de trás do pescoço, vi que seu biquini
afrouxou. O desfecho daquela situação estava ficando muito óbvio, e o pior de tudo é que eu
continuava naquele caminho. A culpa doía em meu peito, mas não tanto quanto o tesão que
eu sentia. A calcinha limpa que coloquei provavelmente já estava toda molhada.

Ela abriu a porta, eu entrei, pedi um copo de água e fomos para a cozinha. Perguntei onde era
o problema e ela disse, sem ao mesmo tentar disfarçar, que era no quarto. a malícia em seu
olhar me instigava a puxá-la pela cintura e beijar seu corpo todo enquanto arrancava suas
roupas, mas mantive meu controle. terminei de beber minha água e nem pedi as ferramentas,
apenas a segui para o quarto, onde sabia o que me aguardava.

Puta que pariu, pensei enquanto entrava no quarto, eu vou acabar com um noivado. Contudo,
antes que eu pudesse pensar mais sobre isso, ela andou até a suíte e me chamou. Segui-a
como um cachorrinho sem dono, desesperado por amor e atenção. Ouvi o barulho de água
caindo no chão e sabia que ela tinha aberto o chuveiro. De novo, engoli seco. Não sabia o que
esperar quando entrasse no banheiro, mas era coisa boa. A culpa virou um pequeno grão de
areia em meio ao mar entre minhas pernas, arruinando a calcinha que coloquei depois do meu
banho.

O que eu encontrei quando entrei naquele banheiro foi a visão mais sensual que já tive na
vida. A mulher havia jogado o sutiã de seu biquini no chão e usava estava a caminho de tentar
prender o cabelo. Estava apenas de calcinha, um trapinho transparente que mal fazia
diferença estar ali ou não. Eu senti fome. Uma muito maior do que já senti por qualquer
cigarro, e avancei na direção dela impedindo que completasse a ação. Se ela queria foder no
chuveiro, ia se molhar. Toda.

Ela andava de costas em direção ao box enquanto eu, lentamente, avançava para frente. Tirei
o mais rápido possível minha blusa, short e sutiã e entrei na água com ela. Não fazia diferença
se eu molhasse a calcinha; já estava encharcada mesmo. E pelo visto, a dela também estava,
porque quando eu a puxei para um beijo e usei a outra mão para puxar o tecido, senti aquela
viscosidade quente sair da buceta dela. A mulher quebrou o beijo, sorriu safada e mordeu o
lábio. Puxou minha cabeça na direção de sua boca e sussurrou: “Coloquei essa só pra você,
pode rasgar de quiser”.

Eu sonhava com aquela voz arrastada e cheia de tesão há um mês. Então ouvi-la proferindo
aquelas palavras quebrou algo dentro de mim, e pude ouvir ao fundo um som de vidro se
espatifando. Se ainda havia alguma culpa dentro de mim, ela sumiu naquele momento. Beijei a
boca da mulher mais uma vez, decidindo que não cederia aos jogos dela na cama como cedi no
portão de casa.

Sorri, desci meus beijos pelo seu pescoço até seus seios, beijei cada mamilo uma vez, e desci
até sua buceta. Dediquei-me a provocá-la: beijei abaixo de seu umbigo, depois as pernas,
passando a mão em sua virilha por cima da calcinha. Puxei o tecido para o lado e meti um
dedo, me deliciando com seu gemido. Brinquei ali mais um pouco, fazendo estocadas e dando
beijos nos seus lábios, sem nunca encostar no clitóris. Domente quando a minha própria
buceta já latejava de tesão, decidi tirar sua calcinha e dar uma lambida de provocação. Quando
me levantei do chão, ela me puxou para um beijo.

Queria provocá-la, queria fazê-la pagar pelos 30 dias em que ficou me atentando com
gemidos, banhos de sol e um biquini frouxo que não tampava nada. Por isso, fechei o chuveiro
com calma enquanto olhava para sua cara de desespero e urgência. Não demorou muito para
ela sair do box, sem se importar com toalhas para nos secarmos, e eu logo fui atrás, não
deixando de ser a cachorrinha no cio que eu me tornei desde a chegada dessa desgraçada.

Como ainda estava de calcinha, resolvi tirá-la e largar logo no banheiro. O pouco que demorei
me rendeu uma reclamação, mas tudo bem, porque quando entrei novamente no quarto,
encontrei a coisa mais deliciosa que já vi. Ela estava deitada com a pernas abertas, dedo médio
circulando o clitóris e a buceta escorrendo de tanto tesão. Gemia alto, gostoso e impaciente.
Eu não poderia cometer o crime de deixá-la esperando, então logo subi na cama e segurei
firme seus cabelos enquanto beijava sua boca; tudo isso enquanto ela se masturbava.

Novamente, desci a boca pelo seu pescoço até chegar em seus peitos, e desta vez dei mais
atenção para eles. Circulei o mamilo delicado com a língua, depositando pequenos beijos ao
redor dele. Seus suspiros estavam me levando a loucura, principalmente quando resolvi
finalmente, de fato, chupar seu peito. A sensação da pele macia em minha boca era
excruciante e eu não conseguia parar de imaginar como seria a sensação de lamber sua
buceta.

Não quis esperar mais para tirar a prova. Me despedi de seus peitos com um beijo em cada um
e lentamente me movi em direção ao seu ventre. Fiz uma trilha de beijos e lambidas até seu
monte de vênus e depois lambi o caminho até seus lábios, não me aguentando e finalmente
encontrando o lugar onde ela tanto queria minha língua. Comecei devagar, mas sabia que não
duraria muito; no lugar dela, eu também não duraria. Meti um dedo de novo, depois mais um,
e quando ouvi o gemido alto, resolvi mexer minha língua em círculos e aproveitar a visão: uma
mulher linda, se contorcendo de prazer por mim, gemendo alto o meu nome e me pedindo
cada vez mais.

Quando senti sua buceta ficar mais e mais molhada, o líquido escorrendo nos lençóis da cama,
decidi que era a melhor hora para fazê-la gozar. Com a língua em seu clitóris, aumentei a
velocidade com que a mexia, coordenando com os movimentos dos meus dedos e, quando ela
apertou minha cabeça com as coxas, soube que não podia parar, ou perderia aquele orgasmo
tão perfeito que estava tendo o privilégio de ver.

Não sei quanto tempo ela ficou viajando no prazer, mas assim que terminou de curtir seu
orgasmo, segurou meus cabelos e me puxou para um beijo. Senti suas mãos deslizarem pelo
meu corpo, e os pelos dos meus braços e pernas arrepiaram-se como se eletricidade estivesse
passando pelas minhas veias. Beijou meu pescoço, apertou minha bunda e me mandou deitar
na cama. Não resisti, não fiz charme. Não aguentava mais esperar. Minha buceta pingava,
latejava e o tesão doía tanto que eu não sabia mais o que fazer. Segui as ordens feliz, e não me
arrependi.

Ela deliciou-se em meus seios ao mesmo tempo em que me dedava. Ao contrário de mim,
dedicou mais tempo a parte de cima do corpo: beijou, lambeu e chupou cada um de meus
peitos com paixão, por vezes tirando o dedo de dentro de mim para poder usar as duas mãos
em seu trabalho. O jeito que ela lambia meus mamilos me fazia delirar, e ter mais pressa em
gozar. Naquele momento, tudo que eu mais queria era que alguém me chupasse enquanto ela
prestava tanta atenção aos meus seios.

Quando se deu por satisfeita, desceu pelo meu tronco com a língua, me dedando antes de
encostar a língua na minha buceta. Eu chorei de prazer, implorei para que ela simplesmente
me lambesse, e ela apenas me olhava de cima, como se fosse superior, e eu nunca me senti
tão pequena quanto naquele momento. Fechei os olhos, desistindo de choramingar, e foi
quando começou a me chupar. Sua boca foi diretamente em meu clitóris, fazendo movimentos
em círculo até que eu quase gozasse, quando diminuiu o ritmo, me deixando sem ar, sem ter o
que fazer ou pensar. Focou-se em mexer os dedos, e não demorou muito para retomar o ritmo
rápido com a língua.

Não demorou. Deve ter me chupado por no máximo 5 minutos até que eu gozasse. Puxei os
lençóis da cama e não consegui segurar o gemido, navegando nas ondas do orgasmo como se
fosse minha primeira viagem, de tão bom, tão gostoso, tão esperado que foi. Quando terminei,
ela subiu e deitou-se ao meu lado, de barriga para cima, suada, boca e cabelos molhados.
Gostosa. Era tudo que eu conseguia pensar.

Ficamos assim, uma ao lado da outra, por alguns minutos. Não sei dizer quantos. Só sei que,
depois um tempo, o grãozinho de culpa voltou a incomodar, como uma pequena pedra no
sapato. Eu sabia que não deveria me sentir daquela forma; eu aceitei a condição e a
provocação dela, então também era responsável. Após ficar desconfortável por alguns
segundos, resolvi dar voz aos pensamentos que tanto me incomodavam: “E o seu noivo?”

Novamente, ela riu de mim. Virou para o meu lado, deu um beijo gostoso em minha boca, mas
a culpa e confusão não paravam de me sufocar. “Ele sabe, sua boba”. O choque deve ter ficado
visível em meu rosto, porque ela começou a rir alto e mais alto, até eu que ouvimos o barulho
da porta da casa abrindo. Em pânico, tentei me cobrir com os lençóis, e ela apenas riu
enquanto a voz de seu noivo — e eu sabia que era a voz dele, depois de tantas semanas
ouvindo seus gemidos baixos e secos — aproximava-se, dizendo “Mira, cheguei, como foi com
sua amiga?” na maior naturalidade possível.

“É melhor colocarmos uma roupa, a não ser que você queira fazer uma surpresa para o Hugo”,
a mulher, Mira, disse sugestivamente.
E, por mais atraente que seu noivo, Hugo, fosse, havia muita informação na minha cabeça para
que eu pudesse lidar com um segundo round bem agora.

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