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A única coisa que lembra sobre ele próprio é seu nome, Thomas.

Quando finalmente a
caixa onde está para de subir, uma luz invade seus olhos sensíveis que, após se
acostumarem com a claridade, informam a ele que está rodeado de meninos de todos os
tipos e idades.

Esses meninos vivem em um lugar incomum que chamam de Clareira, um ambiente


retangular contornado por grandes muros de concreto. Em cada canto desse lugar é
tomado por uma produção da sociedade dos garotos que ali vivem, uns cuidam da
plantação, outros dos animais, faxina, culinária e assim vai.

Logo no início, explicam para Thomas que cada clareano desempenha uma tarefa e que
uma vez por mês a caixa, a espécie de elevador que o trouxe, presenteia a Clareira
com mais um menino sem memória e que todo dia traz suprimentos extras para
sobrevivência de todos. Até esse ponto da história tudo o que você consegue pensar
é “Qual o objetivo desses meninos ficarem nesse lugar?”, “Por que enviam eles?”,
“Qual o critério?”, “Quem os envia?”, “Por que eles se lembram apenas do nome?” e
“Whatfuck é essa porra?!“.

Na tentativa de sanar todos esses questionamentos você vai lendo mais e mais, até
que descobre que além das grandes portas, presentes em cada canto da Clareira, há
um grande labirinto! Esse foi o ponto que conquistou meu coração, já que labirintos
me despertam um certo fascínio meio masoquista (sempre quis me perder em um). E
esse fascínio que domina Thomas logo quando ele põe os olhos sobre aquele
misterioso sistema de paredes.

Hipnotizado pelo labirinto e enxergando ali uma maneira de retornar a sua vida
(seja lá qual fosse), o menino toma um susto quando escuta um alto ranger e percebe
que os muros que contornam a Clareira estão se mexendo para fechar cada porta que
leva à construção de Dédalo. E você pensará “Whatfuck, paredes não se mexem!“, mas
em Maze Runner elas se mexem sim. Inclusive as paredes do labirinto, fazendo com
que se torne quase impossível encontrar uma saída.

Para piorar, nesses labirintos vivem uma espécie de criatura grotesca e


horripilante que saí multilando todo e qualquer clareado que encontra pela frente.
Nem preciso dizer que Thomas não vai ser empurrado ou obrigado a entrar entre essas
misteriosas paredes, ele simplesmente vai se jogar entre elas como se não houvesse
amanhã (e pode ser que realmente não tenha um amanhã). E logo após esse episódio,
James Dashner nos presenteia com uma das mais tensas e melhores cenas do livro!
Quando dei por mim eu estava segurando o livro com muita, mas muita força e ainda
prendendo a respiração.

Em resumo, Maze Runner é uma história incrível repleta de mistérios dignos de


roteiristas de LOST, tensões e mais tensões que vão te prender até a última página,
tanto que você nem vai parar para marcar citações favoritas. Como sempre, a minha
única ressalva na qualidade da história é o maldito romance que o autor resolveu
colocar no enredo na tentativa, acredito, de conquistar o público feminino.
Dashner, querido, chega mais. Deixa eu te contar um segredinho: não é toda menina
que suspira com qualquer texto Romântico. Frases como “De repente percebeu a beleza
de seus lábios e a incrível brancura da sua pele” (não é uma citação do livro) não
cola para mim em uma história repleta de gosmas, sangue, melecas, suor e todas
essas coisas másculas.

fonte: https://ummetroemeiodelivros.com/2014/10/resenha-maze-runner-correr-ou-
morrer/

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