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UNIÃO BRASILEIRA DE FACULDADES - UNIBF

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

VANESSA ERICA CARESIA

Competência leitora: Propostas de sequências didáticas.

R2 FORMAÇÃO PEDAGOGICA EM PEDAGOGIA

TATUÍ-SP
2020
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TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE USO E APROVAÇÃO

VANESSA ERICA CARESIA

Competência leitora: Propostas de sequências didáticas.

Autorizo que o presente artigo científico apresentado ao Curso de Formação


Pedagógica da UNIBF – União Brasileira de Faculdades, como requisito parcial para
obtenção do certificado de Especialista em R2 - Formação pedagógica em
pedagogia,e aprovado pelos professores responsáveis pela orientação e sua
aprovação, seja utilizado para pesquisas acadêmicas de outros participantes deste
ou de outros cursos, afim de aprimorar o ambiente acadêmico e a discussão entorno
das temáticas aqui propostas.
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Competência leitora: Propostas de sequências didáticas.

AUTOR: Vanessa Erica Caresia

ORIENTADOR: Profº Especialista Adival José Reinert Junior

RESUMO

Este Trabalho de Conclusão de Curso tem por objetivo apresentar e discutir algumas
sequências didáticas (SD), elaborada para alunos do Ensino Fundamental. É
acreditando na proposta de sequências didáticas que pode levar os alunos a
identificar os posicionamentos que sustentam os textos trabalhados e estimular
outras leituras. Acredita-se que a escola não pode só explicitar o fracasso escolar,
mas também apontar soluções para que, em longo prazo, as dificuldades existentes
possam ser sanadas. Ao todo momento, os alunos aprendem ao longo da vida, se
tornando competente, agindo coletivamente e sabendo argumentar, tornando o
aluno protagonista. Justifica-se a importância dessa investigação com base na
hipótese de que saber ler, ou seja, atribuir significados ao que se lê, é de extrema
importância à realidade social letrada em que vivemos no mundo, desempenhando
um papel fundamental e adquirindo uma importância renovada. Espaços
diversificados de conhecimento na leitura é uma competência indispensável ao
desenvolvimento pleno de uma pessoa, podendo torná-la de fato uma cidadã, quer
dizer, um ser capaz de interferir no ambiente em que vive e trabalha, interagindo
com o outro que o cerca, deixando de ser um universo em si e se torna um
articulador dos diversos espaços do conhecimento.

PALAVRAS-CHAVE: Propostas. Sequências didáticas. Competências leitoras.


Conhecimento.
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1 INTRODUÇÃO

Em virtude do crescente ritmo de industrialização, houve uma mudança a


partir das décadas de 60 na realidade brasileira, sendo assim a alfabetização
passou a ser vista como sinônimo de leitura, sendo que os que dominavam a leitura
tinham prestígio e os que não tinham eram marginalizados.
A educação do século XXI está cada vez mais comprometida com a
aprendizagem significativa e o uso de metodologias ativas, imersivas, ágeis. A visão
do aluno protagonista, aprendizagem baseada em problemas e em projetos...
Inovação, experimentação, pluralidade, ensino aplicado, contextualizado, iterativa
são princípios pedagógicos perseguidos pelos educadores.
Com as novas tecnologias e as mudanças no mundo do trabalho e das
comunicações em geral, torna-se necessário uma variedade muito maior de
conhecimento de gêneros linguísticos que se tinha naquela década, pois já não
bastam as noções de tipo de texto e gramática que se tinha até então. Hoje é
preciso ter conhecimento dos diferentes gêneros linguísticos, formar os alunos para
o uso da língua.
O tema deste artigo destaca algumas das funções da escola visto que o
aluno ao ingressar na escola, se depara com uma diversidade de objetos culturais e
práticas sociais diferentes daquelas que a família utiliza, e função do professor
promover situações diferentes da utilizada em casa, ao construir possibilidades de
acesso que propiciem o exercício da fala, escuta leitura e escrita em diferentes
contextos.
Sendo assim é fundamental que o aprendiz conheça a escrita convencional
reconhecendo os vários tipos de letra (bastão, imprensa, cursiva), e os diferentes
contextos nos quais são utilizadas (jornais, revistas, livros, enciclopédias,
dicionários, cartazes, panfletos) que servem para diversificar as práticas letradas.
Enfim, podem-se levar os alunos a identificar os posicionamentos que
sustentam os textos trabalhados e estimular outras leituras?

2 LETRAMENTO E PRÁTICAS DE ORALIDADE


.

Os textos não possuem a mesma significação, portanto, durante o processo


de decodificação é necessário utilizar os elementos linguísticos para sua
compreensão, destacando-se que a leitura não é um processo passivo, ler é
compreender, não é apenas decodificar palavras e frases.
Mais especificamente no que se referem ao desenvolvimento da escrita e
da linguagem, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNS) apontam:

O domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de


plena participação social, pois é por meio dela que o homem se
comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos
de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz
conhecimento (BRASIL, 1997, p. 21).
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Ao analisarmos os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997),


observam-se diversas competências cujo desenvolvimento pode ser favorecido em
contextos de socialização da escrita, como o trabalho com peças de comunicação
propõe. Veja alguns dos objetivos estabelecidos pelos PCNs e enfatizados em tal
panorama (BRASIL, 1997 apud SCHAFER, 2012):
Produzir textos escritos coesos e coerentes, dentro dos gêneros previstos
para o ciclo, ajustados a objetivos e leitores determinados; utilizar a linguagem para
expressar experiências e ideias, acolhendo, interpretando e considerando as de
outras pessoas e respeitando os diferentes modos de falar;revisar os próprios textos
a partir de uma primeira versão e, com ajuda do professor, redigir as versões
necessárias até considerá-lo suficientemente bem escrito para o momento.
Ao longo da vida, o conhecimento prévio interfere nos mecanismos de leitura
e produção de texto, isto porque durante a leitura, o leitor se depara com um texto
linguístico que é estabelecido com ativação dos conhecimentos armazenados na
memória e com a interferência dos conhecimentos de mundo dos interlocutores, que
é adquirido durante sua existência e armazenado na memória.
No momento da leitura o conteúdo da memória é reativado, as estruturas
cognitivas são recuperadas e ao estabelecer o tema global o leitor ouvinte é capaz
de perceber de que texto se trata.
Neste processo a escola passa a ser intencional e o ensino sistemático,
ganhando sentido e contando com a participação ativa de cada estudante.
De acordo com Soares (2008), um grave problema é que existem pessoas
que se preocupam com a alfabetização sem se preocupar com o contexto social em
que os alunos estão inseridos.
A escola deve criar as condições necessárias para o letramento, pois temos
consciência de que ela não forma leitores sozinha, mas sabe-se também que a
instituição educacional é fundamental para ajudar nessa formação, já que as
crianças muitas vezes aprendem o código, a mecânica, mas depois não aprendem a
usar.
Assim sendo, a tarefa de alfabetizar, significa dar subsídios aos alunos para
que estejam preparados para usar vários tipos de linguagem em qualquer tipo de
situação, havendo assim uma escolarização real e efetiva, desenvolvendo nos
alunos um conjunto de habilidades e comportamentos de leitura e escrita que lhes
permitam fazer uso, de forma mais eficiente das capacidades técnicas de leitura e de
escrita.
São vários recursos que garantem aos alunos o domínio de saberes
múltiplos, tendo a mesma autonomia na alfabetização ortográfica, pois o mesmo se
apropria de repertórios transversais, garantindo assim a compreensão da leitura e
escrita com vários recursos expressivos, pois asseguram o direito à formação de
leitores e produtores de textos que participam de debates, de problemas e de
soluções, sendo críticos, amplia e integra-se em realidades marcadas pelo
plurilinguísmo e pela diversidade.
São inúmeras as possibilidades que ampliam a relação do sujeito em suas
culturas locais, que incluem relações de poder, valores, responsabilidades,
interesses pessoais e institucionais configurados pelas linguagens, possibilitando,
assim, a reflexão sobre o que se está vivenciando, para questionar, experimentar de
outro modo, expressar, escolher, negociar de maneira mais confiante.
Este propósito nas diversas práticas sociais nada mais é que a
compreensão de texto, que requer autonomia em diversas situações de
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comunicação, onde os alunos atuam em modernas modalidades tecnológicas


também, e estas vão ser estendidas em diversas áreas do conhecimento
assegurando o direito de leitores, e suas práticas em relação as diversas linguagens
como da arte e da educação física e ampliam gradativamente o repertório de
gêneros e recursos expressivos com diversas manifestações linguísticas artísticas e
de práticas corporais .
Esta interação aprecia também o campo da cultura e da arte reconhecendo
também a dimensão poética e estética. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB):

A educação básica tem por finalidades desenvolver o


educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável
para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para
progredir no trabalho e em estudos posteriores (LDBEN nº
9394/96, art. 22º).

Os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de Língua Portuguesa


estão organizados em quatros eixos: leitura, escrita, oralidade e conhecimento sobre
a língua e sobre a norma padrão, que contribuem para desenvolver o letramento em
todas as áreas do conhecimento, fazendo com que se concretize o documento, no
que se refere às seus aspectos conceituais, a possibilidade de se aprimorar levando
em conta estas integrações, a aprendizagem do sujeito em seus contextos de vida,
intervindo significativamente em seus processos de construção de identidade e no
modo como interagem com outros sujeitos e com o ambiente, posicionando-se ética
e criticamente sobre e no mundo.
Dessa forma, crianças, jovens e adultos dialogam com um conjunto de
práticas de leitura, de escrita e de oralidade, desenvolvem-se, construindo sentidos
coerentes para textos orais e escritos, produzindo textos adequados à diversas
situações de interação, apropriando-se de conhecimentos linguísticos relevantes
para a vida em sociedade.
A variedade de composição dos textos que articulam o verbal, o visual, o
gestual, o sonoro, o tátil, constituem o que se denomina multimodalidade de
linguagens, deve também ser considerada nas práticas de letramento com vários
objetivos de aprendizagem, não apenas do componente Língua Portuguesa, mas
também dos demais componentes curriculares.
A apropriação de culturas compartilhadas em toda a educação básica, vista
em diversos ângulos, oferece uma experiência estética, que se aprofunda na
condição humana, sendo eles criança, adolescente ou jovem possuidor de
repertórios literários, dominando a norma padrão: planejando, produzindo,
reescrevendo, revisando, editando e avaliando textos variados, considerando o
contexto de produção e circulação (finalidades, gêneros, destinatários, espaços de
circulação, suportes) e os aspectos discursivos, composicionais e linguísticos,
desenvolvendo estratégias e habilidades de leitura, lendo e apreciando textos
literários de diferentes culturas e povos, compreendendo que a variação linguística é
um fenômeno que constitui a linguagem e que progressivamente, permite ampliar o
vocabulário favorecendo a leitura e a escrita de textos.
Sendo assim, a concepção de Alfabetização e Letramento explicitada no
documento é que a área de Linguagens inclui diferentes experiências que reúne
quatro componentes curriculares: Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna,
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Arte e Educação Física articulam-se na medida em que envolvem experiências de


criação, de produção e de fruição de linguagens, rompendo com hierarquia,
integrando-as nos componentes curriculares como: leitura, produção de uma
crônica, assistir a um filme, assistir a apresentação de dança, jogar capoeira, fazer
uma escultura ou visitar uma exposição de arte.

3 SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS

Para que os alunos se habituem a trabalhar com textos variados, é


necessária uma organização dos objetivos didáticos e os alunos deve, aprender o
conteúdo eleito de forma a levá-los a construir comportamentos leitores.
Uma sequência didática pode levar dois ou chegar a quatro temas, sendo
aplicados duas ou três vezes por semana, fazendo assim a diferença no processo de
alfabetização,
Segundo Rodrigues (2000), a entrada dos diferentes gêneros jornalísticos
na escola como objetos de ensino/aprendizagem encontram seu respaldo na
necessidade de compreensão e domínio dos modos de produção e significação dos
discursos da esfera jornalística, criando condições para que os alunos construam os
conhecimentos linguístico-discursivos requeridos para a compreensão e produção
desses gêneros que caminham para o exercício da cidadania.
As sequências didáticas devem estimular o aluno na prática da leitura,
oferecendo diversidade textual e trabalhando estratégias de leitura individual, seja
silenciosa ou oral, além de propiciar a escuta de textos lidos pelo professor e pelos
colegas, a socialização de experiências de leitura, e a troca de informações.
As sequências didáticas devem contemplar o desenvolvimento da
competência leitora, com base no desenvolvimento de estratégias de leituras,
utilizando gêneros diversificados, tendo em vista a pluralidade e a estrutura dos
diferentes gêneros discursivos.
O projeto didático deve ser desenvolvido de maneiras sequenciadas com a
finalidade de sistematizar aspectos que desenvolvam habilidades que levem os
alunos a produção de textos eficazes, caracterizados pelo desenvolvimento de
comunicação propostas de maneira a adequar as diversas capacidades e relações
de intertextualidade.
De alguma maneira nos anos iniciais o uso das linguagens, a apropriação
da escrita alfabética, refletir sobre o processo de ensino e suas hipóteses, sua
especificidade e sua pluralidade garantem o conteúdo na alfabetização adequado à
aprendizagem do aluno.
Na língua portuguesa é importante o uso das linguagens trazendo os
diferentes gêneros textuais, inserindo práticas, como contar histórias todos os dias,
arriscando a fazer registros fotográficos e portfólios, etc.
É necessário que o professor organize módulos destinados à leitura do
gênero, a análise linguística e a produção oral e escrita. É fundamental que o
professor tenha clareza da importância desses temas para seus alunos, assim sendo
será possível elaborar uma listagem de gêneros, se o foco for à leitura (caso o
gênero seja objeto de leitura, pois nem todos os gêneros se prestam a escrita
escolar), ou a elaboração do produto final, caso o gênero seja tomado como objeto
de escrita. Nesse caso, uma situação social de comunicação bastante precisa deve
nortear a elaboração do produto final.
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A ideia é justificar o objetivo do que será ensinado, definindo quantos e


quais devem ser o temas tratados de maneira a contribuir para a compreensão dos
gêneros, formando assim a sequências didáticas (SD), devendo juntar-se às
perspectivas de trabalho pedagogicamente orientado, no qual o professor é o centro
desencadeador das ações e mediador da aprendizagem.
Enfim, cabe ao professor definir as linguagens que serão ensinadas,
assegurando o direito de formação de leitores por meio da produção de textos em
diferentes registros, possibilitando uma reflexão crítica em torno de conhecimentos
não como fim, mas como meio de expressar e de participar do mundo que deverá
estar presente em diferentes etapas da Educação Básica. Apesar do exposto resta
perguntar: Como interligar os conteúdos a estas práticas?

4 LEITURAS E ESCRITAS : PRÁTICAS INTERLIGADAS

Os objetivos gerais de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental


situam, como principal objetivo do ensino de Língua Portuguesa:

Levar o aluno a utilizar a linguagem na escuta e produção de textos


orais e na leitura e produção de textos escritos de modo a atender a
múltiplas demandas sociais, responder a diferentes propósitos
comunicativos e expressivos, e considerar as diferentes condições
de produção do discurso. (PCN,1998 p. 81)

As pessoas não aprendem ler lendo e a escrever escrevendo, mas


aprendem que a leitura tem influência uma sobre a outra, pois tudo que a criança
aprende sofre influência, e não são abordadas separadamente na aprendizagem, o
que se distingue são as habilidades. Tudo que o aluno aprende ajuda a tornar um
escritor.
A leitura e o exercício sistemático da escrita assumem particular
importância, pois contribuem para a leitura, sendo necessário todo o conhecimento
prévio para construção do sentido do texto. Mas como é utilizado este conhecimento
prévio ao longo da vida?
Segundo Trevisan (1992), quando o leitor se depara com um texto, a
primeira etapa é a de compreensão, através da ativação dos conhecimentos
armazenados na memória e das interferências que possam ajudar a captar o sentido
dos enunciados que compõem o texto, estabelecendo uma relação entre o
linguístico, o conceitual e o cognitivo.
A compreensão leitora, de acordo com Smith (1989, p.72), “é a
possibilidade de se relacionar o que quer que estejamos observando no mundo a
nossa volta, ao conhecimento, intenções e expectativas que já possuímos em
nossas cabeças”.
Nessa mesma perspectiva, Kleiman (1989, p. 13) afirma:

A compreensão de um texto é um processo que se


caracteriza pela utilização do conhecimento prévio: o
leitor utiliza na leitura o que ele já sabe o conhecimento
adquirido ao longo de sua vida.
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E para se ocupar destes espaços a busca da cidadania, e uma realidade


mais justa com possibilidades àqueles que dominam essa competência, bem como
praticamente exclui aquele que dela não sabe fazer uso, discriminando-o cultural,
econômica e socialmente. Isso mostra que a leitura não é uma ação com fim em si
mesma, mas uma capacidade, através da qual atingimos um determinado objetivo.
Nesse sentido, Charmeux(1995, p.42) complementa que “ler aparece como
um meio para outra coisa, e não como uma atividade em si, com uma finalidade
própria”. O domínio da leitura remete à interação em outras atividades, que dela
dependem, fazendo com que o sujeito passe a existir e faça valer sua opinião. Isso
acontece porque quem domina a competências.
Soares (2000, p. 19) destaca que nossa cultura é grafocêntrica, o acesso à
leitura é considerado como intrinsecamente bom. Atribui-se à leitura um valor
positivo absoluto: ela traria benefícios óbvios e indiscutíveis ao indivíduo e à
sociedade – forma de lazer e de prazer, de aquisição de conhecimentos e de
enriquecimento cultural, de ampliação das condições de convívio social e de
interação.
A escola deve vivenciar a cidadania no seu cotidiano escolar com
constantes reflexões sobre o processo de aprendizagem, proporcionar discussões
sobre a temática: “a escola que temos e a escola que queremos”, posicionar-se e
tomar decisões inerentes ao processo educativo, articular o diálogo dentro e fora da
escola, discutir direitos e deveres, refletir sobre exclusão social e,
consequentemente, fracasso escolar, repetência e evasão escolar, respeitar cada
um como ser único e com características individuais, trabalhar valores na sua
concepção mais ampla, já que é pelo exercício da cidadania que nos tornamos
cidadãos críticos, reflexivos, autônomos e participativos na sociedade.
A leitura também do professor é de particular importância na primeira etapa
de escolaridade, quando as crianças ainda não leem eficazmente por si mesmas.
Durante esse período, o professor pode criar muitas variadas situações nas quais lê
diferentes textos, verificando se entendem e incentivando-os gostar de ler, pois ler
para as crianças possibilita uma finalidade determinada, contribuindo para a
compreensão do mesmo, onde o professor ensina como se faz para ler.
Ao buscar uma reflexão na construção do conhecimento e a lógica da
escrita o professor possibilita um olhar atento organizando condições de
aprendizagens, ampliando o mesmo, desta forma quando alunos e professores
interagem e se comunicam o conhecimento atualiza-se, epistemologia seria então o
estudo critico dos conhecimentos acumulados pela ciência.
Professor e aluno em sala de aula têm papéis diferentes, o professor como
um parceiro mais experiente tem como tarefa proporcionar ao aluno o acesso ao
conhecimento. Segundo Soares (1999) da mesma forma que o professor media a
questão do conhecimento com o aluno a avaliação deveria mediar este processo,
para desta forma tornar possível a identificação de problemas na aprendizagem do
aluno, bem como no método que o professor emprega para realizar este processo.
Avaliar é acolher, incluir, sem atribuições de notas, mas verificando por que
há baixo rendimento dos alunos, com base na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB), sobre a verificação do rendimento escolar não somente é
feita do ponto de vista da transmissão de conteúdos, mas na aquisição de hábitos e
atitudes e nas relações interpessoais. Os diversos instrumentos de avaliação são
fundamentais nesse processo, viabilizando um diagnóstico do desenvolvimento de
cada aluno.
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Os erros precisam dar lugar às diversas possibilidades de construção do


conhecimento, visto que pode ter sido um grande avanço para o educando chegar
àquela resposta, mesmo se ainda não estiver amadurecido o suficiente.
Freire (1996), ao afirmar que Ensinar exige a apreensão da realidade,
defende que “a nossa capacidade de aprender, de que decorre a de ensinar, sugere
ou, mais do que isso, implica a nossa habilidade de apreender a substantividade do
objeto aprendido”. É pensando nesta habilidade de apreender a substantividade do
objeto que nos é possível reconstruir um mau aprendizado.
Enfim, para que avaliação desempenhe um papel democrático, é
necessário não confundir a avaliação em julgamento, numa abordagem autoritária,
que exclui.

5. PRÁTICA PEDAGÓGICA E A AÇÃO DO PROFESSOR

Na dimensão em que a intencionalidade da escola é articulada aos


interesses reais e coletivos, cumpre com exigências burocráticas, dando prioridade
ao projeto políticos pedagógicos.
O projeto político-pedagógico é o fruto da interação entre os objetivos e
prioridades estabelecidas pela coletividade, que estabelece, através da reflexão, as
ações necessárias à construção de uma nova realidade. É, antes de tudo, um
trabalho que exige comprometimento de todos os envolvidos no processo educativo:
professores, equipe técnica, alunos, seus pais e a comunidade como um todo.
MORAES( 1997) ,aponta que :

A vivência da experiência apontou para determinadas direções. Talvez a


mais importante esteja na necessidade de obtenção de estratégias que
motivem o aluno a interagir no processo, uma vez que o sucesso da aula
está não só no presencial, mas fundamentalmente implica na relação aluno-
professor. (MORAES 1997, p. 74).

Essa prática de construção de um projeto deve estar amparada por


concepções teóricas sólidas e supõe o aperfeiçoamento e a formação de seus
agentes. Só assim serão rompidas as resistências em relação a novas práticas
educativas. Os agentes educativos devem sentir-se atraídos por essa proposta, e
assim terão uma postura comprometida e responsável. Trata-se, portanto, da
conquista coletiva de um espaço para o exercício da autonomia.
Ainda vemos professores praticando o ensino tradicional, como conteúdo
abordado de maneira imposta, e não mediada, como aprendizagem, que muitas
vezes gera um clima de tensão, travando um duelo , em só sabe aquele que ensina,
transmite conhecimento.
Essas observações geraram questionamentos e foram as responsáveis pela
escolha do tema cuja intenção é pesquisar as dificuldades encontradas pelos
docentes de uma escola da rede estadual em utilizar a tecnologia como aliada no
processo ensino-aprendizagem.
As dificuldades de aprendizagens na escola podem ser consideradas umas
das causas que podem conduzir o aluno ao fracasso escolar sendo assim não
podem desconsiderar que o fracasso do mesmo pode ser entendido com um
fracasso as escolas, se o professor não trabalha as diversidades, pois não se pode
atribuir ao próprio aluno, o seu fracasso escolar, devendo ser considerado, os
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déficits no seu desenvolvimento psicomotor, cognitivo, linguístico ou emocional,


desestruturação familiar, entre outros.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A exploração de leituras acerca do tema e as experiências adquiridas


no cotidiano escolar levaram a informações significativas e proporcionaram
enriquecimento pessoal e profissional quanto ao tema abordado neste trabalho.
É importante que a escola desperte e desenvolva nos alunos o interesse
pela leitura para que possam escrever corretamente e ter a habilidade de interpretar,
compreender e inferir e extrapolar nas ideias tornar-se um leitor crítico,
argumentativo e independente, preparado o educando para o mercado de trabalho.
É imprescindível sabermos que não adianta termos bons recursos didáticos
se o professor não dedicar e esforçar para conseguir bons resultados na construção
de projetos voltados para leitura e escrita de forma inovadora e criativa para
garantirmos a qualidade da leitura e da escrita.
A escola deve promover o respeito às diversidades culturais e intelectuais
que tecem e constituem a educação. Deve abrir os olhos para enxergar esse novo
momento, como compreender, absorver e praticar esses novos conceitos, métodos e
práticas registrados e discutidos nesta pesquisa.
Os educadores constituem papel decisivo nesse novo fazer pedagógicos e
cabe a eles modificar as relações e práticas de ensino entre ouvintes e surdos. Esse
alunado dependerá ainda da disposição, das atitudes e posturas dos educadores,
que serão decisivas no sentido de descobrir ou ignorar as potencialidades do
educando, deixando claro que sem o apoio da equipe gestora e de educadores que
defendam e desenvolvam uma pedagogia empreendedora, e de especialistas não é
possível a realização de um trabalho com excelência.

REFERÊNCIAS

CHARMEUX, Eveline. Aprender a ler: vencendo o fracasso. São Paulo: Cortez,


1995.

KLEIMAN, Angela. Modelos de Letramento e as práticas de alfabetização na


escola In: ______. (org.) Os significados do letramento. Campinas: Mercado de
Letras, 1995, p.15-59.

http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB0201.pd- Resolução CNE/CEB nº 2,


de 11 de setembro 2001-acesso dia 18/09//2020.

http://www.educacao.gov.br/reduc/edicoes/1a-edicao/artigos- Leitura e produção


de textos nas aulas de histórias: que gêneros utilizar- -Regina Buarque Sergio
Araujo.pdf-Acesso dia 22/10/2020.

MORAES, M.C.O. Paradigma Educacional Emergente.Campinas:Papirus,1997.


12

RODRIGUES, R. H. O artigo jornalístico o ensino da produção escrita.In: ROJO,


H. R. (org.) A prática da linguagem em sala de aula: Praticando os PCN’s, São
Paulo: EDUC/Campinas: Mercado das Letras, 2000, p. 207– 220,

SCHÄFER, Patrícia Behling. Desenvolvimento da conceituação sobre a escrita


mediada pela produção de mapas conceituais em uma rede de comunicação
online. Porto Alegre: UFRGS, 2012. Tese (Doutorado em Informática na Educação),
Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação, Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, 2012.

SMITH, Frank. Compreendendo a leitura: uma análise psicolinguística da leitura


e do aprender a ler. Porto Alegre. Artes Médicas. 1989.

______. Leitura significativa. Porto Alegre. Artes Médicas. 1999.

SOARES, Magda. Letramento e escolarização. In: Letramento no Brasil,


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2004.

_______. Letramento: um tema em três gêneros. 4ª Ed., Belo Horizonte: Autêntica


Editora, 2010.

TREVISAN, Eunice Maria Castegnaro. Leitura: coerência e conhecimento prévio.


Santa Maria. UFSM, 1992.

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