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Dr. Zan Mustacchi iniciou a palestra falando que a escola é a primeira oportunidade que
a criança tem para aprender e conviver com outras crianças fora do ambiente familiar. Além
disso, a escola também precisa atingir quatro objetivos muito importantes: Transmitir
conhecimento; formar cidadãos conscientes de seus deveres e direitos; preparar para o trabalho
e promover o desenvolvimento pessoal e que, infelizmente, milhares de crianças, adolescentes e
jovens brasileiros com deficiência não tem acesso à escola e ficam à margem da sociedade.
Disse: “Você PROFESSOR, pode ajudar a mudar essa história. Muitos professores, por
todo o Brasil, já estão convencidos de que a Educação Inclusiva é a melhor solução para alunos
com deficiência e para toda a sociedade. A Educação inclusiva, não é uma moda passageira. Ela
é o resultado de muitas discussões, estudos teóricos e práticas que tiveram a participação e o
apoio de organizações de pessoas com deficiência e educadores, no Brasil e no mundo. Não há
receitas; as soluções vão sendo pesquisadas e construídas a partir da experiência, de
observações, de conversas com familiares, especialistas e, principalmente, com o próprio
estudante.
Falou do erro social que é o de não dar a este aluno o tempo para a sua adaptação na escola
regular.
“A Educação Inclusiva deve respeitar e dar valor a capacidade de cada aluno, criando
condições para tal. Deve-se valorizar o potencial do aluno e não exaltar as dificuldades. Não se
deve desistir do aluno, ao primeiro sinal de dificuldade. O segredo para o sucesso é o diálogo,
buscar soluções práticas, envolver os gestores, familiares, terapeutas, enfim, todos devem
discutir a melhor solução para a manutenção daquele aluno em sala de aula. “É a escola que
deve se adaptar para atender as necessidades das crianças com Síndrome de Down e não o
contrário.”
Aos pais, Dr. Zan Mustacchi falou sobre comportamento, esclareceu que as crianças com
Síndrome de Down não são nem mais amorosas, nem mais agressivas. O fato é que elas reagem
aos fatos que as cercam de forma acentuada, elas são um reflexo ampliado daquilo que lhes é
oferecido. A teimosia é, senão, uma característica deles tentando se expressar, buscando
oportunidade de serem entendidos, dentro da sua limitação de comunicação, através da
linguagem. “Pare e escute o que ele tem a dizer, ainda que não o faça através do uso das
palavras, procure entender o que significa aquela “teimosia”, ele também está aprendendo a dar
limites, a ser “gente”. Essa criança tem esse potencial, faz escolhas, como qualquer outra pessoa.