Disciplina: Toxicologia Veterinária e Plantas Tóxicas
Título: Micrurus
NOME MECANISMO DE AÇÃO DO
CIENTÍFICO VENENO
Grupo: A neurotoxicidade é
Elapíneos produzida por ação pré-
sináptica causando inibição
Gênero: da liberação da acetilcolina
Micrurus nos nervos motores
spp. terminais e por uma ação
pós-sináptica que ocorre
através do bloqueio dos
“Coral,
receptores da placa
Coral
terminal pelas
verdadeira,
neurotoxinas. Outras
Boicorá”.
toxinas venenosas:
cardiotoxinas e fosfolipases
A2 miotóxicas que
bloqueiam os receptores da flacidez dos músculos da face,
placa terminal e
despolarizam a membrana
das células musculares.
O veneno desta cobra é
neurotóxico, cardiotóxico,
miotóxico, hemolítico,
hemorrágico e
edematogênico.
SINAIS CLÍNICOS
Embora raros, os acidentes
provocados pelas corais são
frequentemente gravíssimos
podendo resultar em morte em
poucas horas se as vítimas não forem
tratadas de forma correta. Os sinais e
sintomas do envenenamento
por Micrurus apresentam efeitos
locais e sistêmicos.
Locais: parestesia na extremidade
picada.
Sistêmicos: náuseas e vômitos,
disfagia, dificuldade em engolir a
saliva, disartria, ptose bipalpebral,
oftalmoplegia, turvação visual,
diplopia, midríase, incontinência
urinária, paralisia progressiva da
musculatura esquelética.
Complicações:  A paralisia pode
evoluir até falência respiratória e
morte, ao menos que a vítima receba
ventilação artificial.
Professora: Luciana Felício de Paula
Alunos: Gabriela Coutinho , Jezreela Kemilly, Jullia Cabidelli, Leonardo Lima, Larissa Dias, Larissa Folador, Luana Cunha.
DIAGNÓSTICO TRATAMENTO PROGNÓSTICO PREVENÇÃO
O diagnóstico de Em qualquer acidente ofídico o paciente deve Bom se houver Oitenta por cento das
certeza do acidente ter anéis retirados do dedo atingido para que tratamento picadas atingem as
ofídico deve ser feito evite a formação de garrote, pois o edema imediato, pernas, abaixo dos
pela identificação da formado pode ser muito intenso. Além disso, senão, joelhos. Use bota ou
serpente. Se isto não não é indicado fazer um torniquete para tentar reservado à botinas com
for possível, devemos “reter” o veneno, nem fazer cortes ao redor da ruim. pederneiras de couro.
nos orientar pelo ferida, pois os venenos possuem frações Dezenove por cento das
quadro clínico proteolíticas que atuaram nesses locais e irão picadas atingem as
apresentado pelo piorar a necrose. O tratamento para acidentes mãos ou antebraços.
paciente. com cobras do gênero Micrurus consiste em Use luvas de aparas de
analgésicos, Sulfato de Atropina e couro para remexer em
anticolinesterasico, administrados buracos. Afaste ganhos
intravenosamente. A atropina tem como com um pedaço de pau.
objetivo reduzir a bradicardia, a salivação e a Cobras gostam de se
hipersecreção do trato respiratório, pelo fato abrigar em locais
de ser um antagonista competitivo dos efeitos quentes, escuros e
muscarinicos da acetilcolina. O úmidos. Cuidado ao
anticolinesterasico ira inibir a ação da enzima mexer em pilhas de
acetilcolinesterase na junção neuromuscular, e lenha, palhas de feijão,
com essa inibição ocorrera uma redução na milho ou cana. Atenção
degradação da acetilcolina, potencializando ao calçar sapatos e
sua ação. Tratamento Específico: Preconiza-se botas. Animais
o uso de 10 ampolas de Soro Antielapídico peçonhentos podem se
(SAE), via intravenosa. Todos os casos de refugiar dentro deles.
acidentes por coral com sinais clínicos devem
ser considerados como potencialmente graves.
Tratamento Geral: Nas manifestações de
insuficiência respiratória é fundamental
ventilação. Uso de anticolinesterásicos
(neostigmina): aplicar 0,05mg/Kg em crianças
ou 1 ampola no adulto, IV; a resposta é rápida,
com melhora evidente do quadro neurotóxico
nos primeiros 10 minutos. Se houver melhora,
a dose de manutenção da neostigmina é de
0,05 a 0,1mg/Kg, IV, a cada 4 horas ou em
intervalos menores, precedida da
administração de atropina (antagonista
competitivo dos efeitos muscarínicos da
acetilcolina, principalmente a bradicardia e a
hipersecreção).