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Danuzio Neto
Geopolítica para PRF Aula 07
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Geopolítica para PRF Aula 07
SUMÁRIO
SUMÁRIO 2
GEOGRAFIA E GESTÃO AMBIENTAL 3
POLÍTICAS AMBIENTAIS 5
NOVO CÓDIGO FLORESTAL, LEI 12.651/2012 6
MOVIMENTO ECOLOGISTA E A AÇÃO GOVERNAMENTAL 9
OS PRINCIPAIS PROBLEMAS AMBIENTAIS 13
POLUIÇÃO DO AR 13
POLUIÇÃO DAS ÁGUAS 15
DESMATAMENTO (DESFLORESTAMENTO) 15
DEGRADAÇÃO DO SOLO 18
EXTINÇÃO DE ESPÉCIES 19
SUPERPOPULAÇÃO 19
DEGELO 19
POLUIÇÃO SONORA 19
POLUIÇÃO VISUAL 19
AQUECIMENTO GLOBAL 19
ASSOREAMENTO 20
EUTROFIZAÇÃO 20
QUEIMADAS 21
A QUESTÃO DO LIXO 21
PROBLEMAS AMBIENTAIS NOS PRINCIPAIS ECOSSISTEMAS BRASILEIROS 23
POLÍTICAS E GESTÃO AMBIENTAL NO BRASIL 24
PRINCIPAIS POLÍTICAS AMBIENTAIS NO BRASIL 24
MEDIDAS GOVERNAMENTAIS PARA PROTEGER O MEIO AMBIENTE 27
O SISTEMA NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA 29
UNIDADES DE PROTEÇÃO INTEGRAL 29
UNIDADES DE USO SUSTENTÁVEL 31
AMAZÔNIA LEGAL 37
EDUCAÇÃO AMBIENTAL 38
QUESTÕES COMENTADAS PELO PROFESSOR 40
LISTA DE QUESTÕES 77
GABARITO 99
RESUMO DIRECIONADO 100
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Condução, direção e controle do uso dos recursos naturais, dos riscos ambientais e das
emissões para o meio ambiente, por intermédio da implementação do sistema de gestão
ambiental.
Podemos ainda citar a definição trazida por João Eduardo Prudêncio Tinoco, em seu livro Contabilidade e
Gestão Ambiental, para quem Gestão Ambiental é um “sistema que inclui atividades de planejamento,
responsabilidades, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter a
política ambiental”.
Assim, temos que a Gestão Ambiental estuda a relação do homem com a natureza com o objetivo de
possibilitar o uso adequado dos recursos naturais de maneira que o meio ambiente continue preservado. O
desenvolvimento sustentável, que é buscado na Gestão Ambiental, tem o objetivo de garantir as necessidades
da sociedade atual sem prejudicar as gerações futuras.
Além de analisar os impactos das atividades humanas no meio ambiente, o desenvolvimento de
programas de educação e proteção ambiental é outra vertente da Gestão Ambiental.
A Gestão Ambiental, diante do exposto, prioriza o desenvolvimento sustentável e trabalha na
conscientização de profissionais e organizações, incentivando-os a adotarem comportamentos e práticas
administrativas que eliminem ou reduzam consideravelmente o impacto ambiental das atividades corporativas
nos recursos da natureza. Ou seja, o que se busca nesta vertente de estudos é a sustentabilidade.
A gestão ambiental pode ser observada tanto no setor público quanto no privado. Neste, a gestão
ambiental introduz a variável ambiental no planejamento empresarial, trazendo benefícios diretos para o negócio,
como a redução de custos diretos - pela diminuição do desperdício de matérias-primas e de recursos escassos e
dispendiosos, como água e energia. O meio empresarial beneficia-se da gestão ambiental ainda por diminuir
sobremaneira os custos indiretos, principalmente aqueles representados por sanções e indenizações relacionadas
a danos ambientais ou à saúde de funcionários e das comunidades que tenham proximidade geográfica com as
unidades de produção da empresa.
Chamo atenção para um aspecto importante, que é a relação antrópica para que algum fenômeno seja
considerado um impacto ambiental. Neste sentido, é salutar o que a Resolução Conama nº 306/2002 declara. Para
este normativo, Impacto Ambiental é:
“Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada
por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou
indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população, as atividades sociais e
econômicas, a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos
recursos ambientais”.
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Na esfera pública, a gestão ambiental tem previsão constitucional, conforme disposto no Artigo 225 da
Constituição Federal de 1988, que assim dispõe:
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever
de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
O Meio Ambiente, segundo a Resolução Conama nº 306/2002, é: conjunto de condições, leis, influência e
interações de ordem física, química, biológica, social, cultural e urbanística, que permite, abriga e rege a vida em
todas as suas formas.
No setor público, observa-se a centralidade do Estado em matéria de gestão ambiental, tendo em vista
que os governos são os principais atores em matéria ambiental, o que lhe confere importante papel mediador junto
à sociedade civil e ao setor privado. Na esfera federal, por exemplo, o Ministério do Meio Ambiente desempenha
este papel, tendo como função conciliar os interesses de conservação ambiental aos demais interesses da
sociedade. Por causa da existência desses interesses diversos em nosso país, no Conselho Nacional do Meio
Ambiente (Conama), por exemplo, há a participação da sociedade civil, com representantes de ONGs que atuam
em questões ambientais, e de representantes do setor privado.
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POLÍTICAS AMBIENTAIS
Política ambiental é o conjunto de normas, leis e ações públicas que são formuladas com o fim de
preservar o meio ambiente.
No Brasil, a primeira regulamentação deste tipo foi elaborada durante o período colonial – de forma
bastante incipiente –, quando Dom Filipe III promulgou, em 1605, o Regimento do Pau-Brasil, que determinava
que nenhuma pessoa poderia cortar a espécie sem expressa licença real.
Quase dois séculos depois, em 1802, foi publicado o Alvará de Regimento das Minas e Estabelecimentos
Metálicos, que exigia ordem escrita da Administração das Matas e Bosques tanto para a venda de madeiras e
lenhas quanto para se fazer queimadas.
Em 1825, uma nova lei passou a exigir licenças para o corte de espécies como o pau-brasil e madeiras
utilizadas na construção civil.
Encerrando este período colonial, mais distante da nossa realidade, foram criadas, de 1843 a 1858, leis
relacionando as espécies florestais que não poderiam ser exploradas sem consentimento da Coroa Brasileira.
O normativo mais moderno sobre o tema só começou a ser formulado a partir da década de 1930, quando
se iniciou a criação de parques nacionais então ameaçados pela expansão agrícola e o desmatamento.
Neste primeiro momento foram criados:
• O Parque Nacional das Agulhas Negras, em Itatiaia (na divisa de Minas Gerais e Rio de Janeiro), foi o
primeiro Parque Nacional do Brasil (ano de fundação: 1937).
• O Parque de Iguaçu, entre o Paraná e a Argentina, fundado em 1939; e
• O Parque da Serra dos Órgãos, no estado do Rio de Janeiro, também de 1939.
Nesta mesma década também foi criado o Código Florestal Brasileiro (1934), a fim de regulamentar o uso
da terra e de preservar o meio natural.
Apesar dessas duas medidas iniciais da primeira metade do século XX (a criação de parques e o Código
Florestal), as políticas ambientais deixaram de ser foco do governo a partir da década de 1950, quando havia o
interesse em atrair indústrias estrangeiras e impulsionar o desenvolvimento econômico financeiro do país. Ou seja,
no Brasil, a preocupação ambiental estagnou quando houve avanço do processo de expansão industrial.
O hiato de ausência governamental na questão do meio ambiente se encerraria na década de 1960, quando
foi promulgado o então Novo Código Florestal Brasileiro (1965), que estabelecia, por exemplo:
• A criação das Áreas de Proteção Permanente (APPs); e
• A responsabilização dos produtores rurais em relação à criação de reservas florestais em seus
terrenos.
A partir de então, cresceria no Brasil e no mundo os movimentos ambientalistas. Em 1972, por exemplo,
houve a realização da Conferência de Estocolmo, a primeira conferência internacional relevante sobre a
questão ambiental. Foi a partir desta Conferência que o Brasil retomou ações para ampliar a política ambiental
nacional.
Em 1973, por exemplo, foi criada a Secretaria Especial de Meio Ambiente (SEMA), que iria atuar pela:
• Preservação do meio ambiente; e
• Da manutenção dos recursos naturais no país.
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Já na década de 1980, para uma ação governamental mais ampla, foram criados:
• O Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA);
• O Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA); e
• O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
Neste arcabouço, o IBAMA tem especial destaque, por ser o órgão responsável pela execução das ações
das políticas nacionais de meio ambiente referentes às atribuições federais, relativas:
• Ao licenciamento ambiental;
• Ao controle da qualidade ambiental;
• À autorização de uso dos recursos naturais; e
• Fiscalização, monitoramento e controle ambiental.
Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, houve mais avanços na política ambiental, já que a
nossa carta magna é considerada uma das leis ambientais mais avançadas em todo o mundo e prevê deveres dos
cidadãos, das empresas e do próprio governo em relação ao meio ambiente.
A partir de então, portanto, o maior problema brasileiro na questão ambiental não seria mais em relação
a existência de uma legislação adequada, mas sim em relação à sua aplicabilidade e fiscalização, tendo em vista
que, ainda hoje, vários crimes ambientais são cometidos sem a correspondente punição – apesar de a previsão de
punição existir em nosso ordenamento jurídico.
Em resumo, podemos dizer que há três períodos principais em relação à Política Ambiental brasileira do
século XX até os dias atuais:
a) De 1930 a 1971 – Caracterizado pela construção do repertório regulamentador que visa à
preservação ambiental e à penalização do infrator de crimes ambientais;
b) De 1972 a 1987 – Caracterizado pelo auge do estado intervencionista na questão ambiental;
c) De 1988 aos dias atuais – Desenvolvimento de processos de democratização e descentralização dos
meios decisórios, onde o desenvolvimento sustentável, uma preocupação mundial, ganha
destaque.
Assim, historicamente, percebemos que a gestão ambiental brasileira tem pelo menos três tipos de
políticas ambientais:
• Regulatórias;
• Estruturadoras; e
• Indutoras de comportamento.
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RESERVA LEGAL
É a porcentagem de cada propriedade ou posse rural que deve ser preservada, variando de acordo com a
região e o bioma. O código determina a ampliação dos tamanhos das reservas: são de 80% em áreas de florestas
da Amazônia Legal, 35% no cerrado, 20% em campos gerais, e 20% em todos os biomas das demais regiões do
País.
Reserva Legal
É a porcentagem de cada propriedade ou posse rural que deve ser preservada, variando de acordo com a
região e o bioma.
O código determina a ampliação dos tamanhos das reservas: são de 80% em áreas de florestas da Amazônia
Legal, 35% no cerrado, 20% em campos gerais, e 20% em todos os biomas das demais regiões do País.
Diante de uma perspectiva histórica, percebe-se que as áreas de Preservação Permanente têm aumentado
com o passar das décadas.
Os limites das APPs nas margens dos rios definidos pelo Código de 1965, que iam de 5 metros a 150 metros
conforme a largura do curso d'água, contados a partir do leito regular, sofreram diversas alterações.
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Em 1986, a distância mínima das APPs aumentou de 5 metros para 30 metros a partir do leito regular (Lei
7.511) e, em 1989, a Lei 7.803 aumentou novamente esses limites, que passaram a ser contados a partir do leito
maior dos cursos d’água.
Atualmente, os limites das APPs às margens dos cursos d’água variam de 30 metros a 500 metros,
dependendo da largura de cada um, contados a partir do leito maior.
Além disso, devem ser mantidas APPs em um raio de 50 metros ao redor das nascentes e “olhos d’água”,
ainda que sequem em alguns períodos do ano.
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Portanto, ecologia quer dizer o estudo da casa ou o estudo do habitat dos seres vivos. A palavra foi
utilizada pela primeira vez em 1866, por Ernest Haeckel.
Para fins didáticos, a Ecologia é subdividida em dois tipos:
• A autoecologia, que estuda uma determinada espécie ou indivíduo; e
• A sinecologia, que estuda grupos de organismos que interagem entre si e com o meio.
Ademais, o estudo da Ecologia se desenvolve ainda em quatro níveis principais, que são organizados
hierarquicamente dos sistemas mais simples até os mais complexos:
• População – Conjunto de organismos, dentro de uma determinada área, que são da mesma espécie.
• Comunidades – Conjunto de populações de uma determinada área.
• Ecossistema – Conjunto formado pela comunidade e os fatores abióticos, como luz, temperatura,
radiação solar e vento.
• Biosfera – Corresponde a todos os seres vivos do planeta e as relações deles entre si e com o meio
ambiente.
Por conta da grande transformação social originada com as Revoluções Industriais, a consciência ecológica
é um fato relativamente novo em nossa história, que se deu particularmente após a II Guerra Mundial e com o
avanço tecnológico. Foi só a partir das décadas de 1960 e 1970, por exemplo, que surgiram importantes
movimentos ambientalistas, em sua grande maioria Organizações não Governamentais (ONGs), como o
Greenpeace, a SOS Mata Atlântica e o Fundo Mundial para a Natureza.
Por conta da pressão dessas ONGs, bem como de governos, cientistas e a própria sociedade civil, e em
busca de soluções para os problemas ambientais que se agravaram com o passar dos anos, intensificou-se,
principalmente a partir da década de 1990, a realização de conferências e acordos mundiais para discutir a questão
ecológica mundial. Dentre estes eventos, destacam-se:
Conferência de Estocolmo (Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano)
Organizada pela ONU em 1972, em Estocolmo, reuniu representantes de 113 países e 250 organizações
ambientais para debater as principais questões ecológicas.
A Conferência resultou numa declaração final oficial que declarava que as gerações futuras e a população
mundial têm o direito incontornável de viverem em um ambiente saudável e preservado.
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Também ficou definido que, em um período de dez anos, uma nova conferência seria realizada com o
objetivo principal de avaliar os resultados e o cumprimento dos acordos aprovados.
Foi ainda na Eco-92 que ficou estabelecido o conceito de desenvolvimento sustentável, que é aquele
capaz de atender às demandas atuais sem comprometer as necessidades das gerações futuras. Na Agenda 21,
documento originário do encontro, fincou-se os parâmetros para o desenvolvimento sustentável baseado na
eficiência econômica à proteção ambiental e à justiça social.
Ficou ainda estabelecido que são os países desenvolvidos os principais responsáveis pela poluição
mundial e que os países em desenvolvimento não possuem recursos e ou meios tecnológicos para financiar a
preservação ambiental, devendo, portanto, receber ajuda financeira e tecnológica para isso.
A Eco-92 é considerada um marco a partir do qual nasceram as iniciativas mais relevantes que formam a
base da política ambiental brasileira.
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Em junho de 2017, Donald Trump anunciou a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris. A saída do país,
inclusive, era uma das promessas de campanha de Donald Trump, motivo pelo qual o anúncio de sua decisão não
foi considerado uma surpresa. A motivação da saída dos Estados Unidos é econômica, o processo de saída, no
entanto, segundo a Comissão Europeia, não é imediato e pode levar quatro anos. Em conversa com Donald Trump
por telefone, o então recém-empossado presidente francês Emmanuel Macron disse que o Acordo de Paris não
poderia ser renegociado. As palavras do presidente francês diziam respeito, também, ao que pensam os
representantes da Itália e da Alemanha. Nas palavras de Trump, “Esse acordo é menos sobre o clima e mais sobre
outros países ganharem vantagens sobre os Estados Unidos”.
A China e a União Europeia, por outro lado, adotaram políticas de geração de energia e de
desenvolvimento de tecnologias limpas como estratégias para o cumprimento do acordo de Paris, sendo que a
competição entre países na geração de energia limpa tem se mostrado como um potencial elemento de
reordenação do território, da produção e da competitividade entre países no mundo globalizado.
Em janeiro de 2021, em um dos primeiros atos como presidente dos Estados Unidos, Joe Biden assinou um
ato pelo qual a maior economia do mundo voltou a aderir ao Acordo de Paris.
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POLUIÇÃO DO AR
Nas zonas urbanas, a atividade de automóveis, indústrias e residências, que emitem gases e resíduos
poluentes, são os grandes responsáveis pela péssima qualidade do ar que respiramos. Ou seja, a poluição do ar
tende a ser mais pronunciada nos centros urbanos que no meio rural devido, entre outros fatores, à industrialização
e à grande quantidade de veículos em circulação.
Por conta desses fatores, no ambiente urbano há a ocorrência do fenômeno INVERSÃO TÉRMICA, que
ocorre quando as camadas mais frias da atmosfera ficam próximas ao solo e as mais quentes ficam elevadas (as
camadas da atmosfera se invertem), o que dificulta a circulação de ar e favorece a concentração da poluição, já
que o ar frio é mais denso que o ar quente.
Por ser um fenômeno natural, a inversão térmica não causa poluição com a atmosfera limpa. Quando há
presença de poluentes, porém, estes não se dispersam e se acumulam, por conta da densidade do ar mais frio.
Esse fenômeno ocorre durante todo o ano, mas é mais comum no inverno, especialmente em cidades com grande
número de veículos e intensa atividade industrial.
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Outro fenômeno que se manifesta no desenvolvimento da atividade urbana são as ILHAS DE CALOR, que
ocorrem nos pontos da cidade, geralmente o centro, que possuem mais concreto, asfalto e prédios. Nestas
regiões, a temperatura é mais quente que as áreas do entorno.
O excesso de asfalto e de concreto causa ainda outro problema observado nos grandes centros urbanos, o
da impermeabilização do solo, que é a perda da capacidade de absorção da água pelo solo.
Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada nove mortes ocorrida em
2012 estava relacionada com doenças causadas por agentes cancerígenos e poluentes presentes no ar, o que
demonstra a urgente necessidade de se adotar algumas medidas em âmbito global, como:
• Substituir os combustíveis fósseis por energia renovável;
• Reflorestar as matas;
• Reduzir as emissões das atividades agropecuárias; e
• Tornar os processos industriais sustentáveis.
O Brasil, apesar de ainda conservar extensas áreas verdes, tem o problema da poluição de ar em seus
grandes centros urbanos. Esse problema ainda é agravado pela falta de adoção de políticas públicas que possam
mitigar o problema.
Nas capitais, por exemplo, não se observa grandes investimentos em transporte público que sejam
ambientalmente limpos ou incentivos governamentais para a compra de carros menos poluentes pela população.
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Comentário:
O problema da poluição do ar não é exclusivamente urbano. As queimadas, que são mais comuns em zonas
rurais, também causam poluição ao ar atmosférico.
Gabarito: Certo
Nas cidades, a poluição das águas se dá por conta da atividade industrial e do desperdício dos recursos –
tanto no âmbito residencial quanto no industrial.
DESMATAMENTO (DESFLORESTAMENTO)
Apesar de aproximadamente 30% da área terrestre do planeta ainda ser coberta por florestas, isso
representa apenas metade do que existia antes do início da agricultura, cerca de 11 mil anos atrás.
Atualmente, mais de 7 milhões de hectares de floresta são destruídos por ano, principalmente nos
trópicos.
A preservação das áreas desmatadas ou o seu reflorestamento, em escala mundial, carece de ações
governamentais mais efetivas.
O desmatamento é responsável pelo aumento de CO2 na atmosfera, pela perda da biodiversidade e, no
caso brasileiro, pela devastação da Mata Atlântica e das Araucárias, além de ameaçar o equilíbrio da Floresta
Amazônica.
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A retirada de cobertura vegetal na zona urbana tem como uma de suas consequências a redução da
atividade fotossintética. Este fator, associado ao fluxo de veículos, gera acúmulo de dióxido de carbono sobre as
cidades, fenômeno esse conhecido como domos urbanos de CO2.
Como principais fatores responsáveis pelo crescimento do desmatamento em nosso país, podemos citar:
• A exploração ilegal de madeira;
• O corte de árvores para formação de pastos;
• A falta de investimentos para uma fiscalização eficiente;
• Construção de hidrelétricas; e
• Mineração.
Como consequências desse processo, podemos apontar, dentre outros, os seguintes problemas:
• Erosão do solo;
• Aceleração do processo de desertificação;
• Alterações no regime de chuvas; e
• Redução da biodiversidade e assoreamento dos rios.
Em áreas com pastagem, as queimadas visam a renovação ou recuperação da vegetação utilizada para a
alimentação do gado, eliminando ervas daninhas e retornando os nutrientes ao solo, oriundos da biomassa
queimada. Entretanto, no longo prazo, essa prática provoca degradação físico-química e biológica do solo, e
traz prejuízos ao meio ambiente.
Segundo o Inpe, quatro estados da Amazônia Legal foram responsáveis por 84,13% do desmatamento na
região. Entre agosto de 2018 e julho de 2019, o PARÁ liderou o desmate da floresta, seguido, nesta ordem, por
MATO GROSSO, AMAZONAS e RONDÔNIA, como podemos observar na imagem a seguir:
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Com 3.862 km² de área desmatada, o estado do Pará teve a maior contribuição com o desmatamento da
região. Foram 39,56% de toda a floresta derrubada.
Mato Grosso, Amazonas e Rondônia ultrapassaram os mil km² de desmatamento e foram, nesta ordem,
os estados que mais contribuíram com o aumento da taxa de desmate atrás do Pará.
Veja os índices de desmatamento em cada estado
Segundo estudo da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, o Brasil foi o país que mais desmatou
no período de 1982 a 2016, totalizando uma área de 399 mil quilômetros quadrados, o que equivale mais que a
perda acumulada por Canadá, Rússia, Argentina e Paraguai juntos. O estudo foi baseado na análise de fotos de
satélites.
A Floresta Amazônica, por exemplo, teve aproximadamente 15% de sua área original desmatada,
enquanto cerca de 90% da Mata Atlântica não existe mais.
Originalmente, a Mata Atlântica ocupava 16% do território brasileiro e se estendia por 17 Estados: Rio
Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas gerais, Espírito
Santo, Bahia, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí. Atualmente, reduzida
a aproximadamente 10% de sua extensão original, este bioma surge fragmentado ao longo da costa brasileira, no
interior das regiões Sul e Sudeste, e em trechos nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e no interior dos estados
nordestinos.
No acordo de Paris, de 2016, o Brasil prometeu zerar o desmatamento na Amazônia até 2030 e recuperar
doze milhões de hectares de floresta para conter o aquecimento global. Como nesse ritmo será impossível cumprir
o compromisso, a expectativa, até agora, é que assim como as metas de meio ambientes dos Jogos Olímpicos, o
Brasil também não cumpra essas do Acordo de Paris.
Quando o Acordo de Paris foi assinado, o Brasil tinha um papel de destaque. Nomeado pela presidência
da Conferência do Clima para destravar pontos essenciais das negociações, o Ministério do Meio Ambiente
cumpriu esta complexa função. O pacto alcançado foi então celebrado como o maior esforço global para reduzir
as emissões de gases de efeito estufa.
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Poucos anos depois, com desmatamento recorde e emissões em alta, o Brasil vê sua imagem cada vez
mais arranhada no cenário internacional e se distancia dos compromissos que assumiu em Paris.
Desde o início do governo do presidente Jair Bolsonaro, a política ambiental desandou de forma acelerada.
A taxa oficial de desmatamento da maior floresta tropical do mundo em 2020, de 11.088 km², é 70% maior que a
média da década anterior (6.500 km² por ano). Junto com as queimadas, essa fonte foi responsável por 72% das
emissões do Brasil em 2019, segundo dados do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de
Efeito Estufa (SEEG).
Durante o governo Bolsonaro, recursos internacionais que apoiavam projetos para manter a floresta
amazônica, por meio do Fundo Amazônia, foram paralisados. O aumento das queimadas e das invasões de terras
indígenas e de áreas protegidas contribuíram para o novo cenário.
O Ibama aponta a sua própria falta de infraestrutura como uma das culpadas pela situação e informa que
dispõe de apenas mil fiscais, número que julga insuficiente para cobrir toda a Amazônia, que tem cinco milhões de
quilômetros quadrados (o que dá um fiscal para cada 5.000km de floresta!!!). Dos órgãos estaduais, a Secretaria
de Desenvolvimento Ambiental de Rondônia afirmou que faz a parte que lhe cabe das ações para coibir o aumento
do desmatamento: educação ambiental e fiscalização. As demais ações, diz o órgão, são de responsabilidade do
Ibama.
No Brasil, a maior derrubada ocorre em propriedades privadas (35,4%), seguida de assentamentos
(28,6%), terras públicas não destinadas e áreas sem informação cadastral (24%), e pelas unidades de conservação
(12%).
A região da Floresta Amazônica que apresenta maiores índices de desmatamento é aquela onde a fronteira
agrícola avança: são 500 mil km² de terras que vão do sudeste do Pará para o oeste, passando pelos estados de
Mato Grosso, Rondônia e Acre. Essa região ficou popularmente conhecida como arco do desmatamento da
Amazônia.
Costuma-se apontar as rodovias Belém-Brasília e Cuiabá-Porto Velho como o berço da criação do arco
do desmatamento da Amazônia. O sucesso de ambas as estradas deu impulso para a construção de mais rodovias,
que tiveram um maior povoamento por sua extensão, o que acarretou no desmatamento de inúmeras regiões de
diferentes estados.
Nos últimos anos, satélites brasileiros e de instituições internacionais, como a NASA, constataram que a
agricultura mecanizada é responsável por desflorestar a Amazônia com bastante agressividade. Como
resultado disso, a região sofre com:
• Alterações no solo;
• Mudanças climáticas; e
• Perda da biodiversidade.
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DEGRADAÇÃO DO SOLO
Segundo estimativas da ONU, aproximadamente 12 milhões de hectares de terras agrícolas são
degradados de maneira grave todos os anos.
Dentre outros fatores, este problema ocorre pelos seguintes motivos:
• Exploração excessiva das pastagens;
• Cultivo das monoculturas;
• Erosão;
• Compactação do solo;
• Exposição excessiva a poluentes;
• Ocupação desordenada das áreas litorâneas; e
• Construção de infraestruturas como estradas e portos.
Para solucionar este problema, há algumas técnicas já conhecidas, como o Sistema de Plantio Direto (SPD)
e a rotação de culturas.
A solução deste problema se mostra de maior urgência, pois é da saúde dos solos que depende a nossa a
segurança alimentar.
No Brasil, a ocupação desordenada das áreas litorâneas, com urbanização, uso turístico e construção de
infraestruturas como estradas e portos, têm intensificado processos erosivos e de impactos negativos ao meio
ambiente.
EXTINÇÃO DE ESPÉCIES
Há décadas, animais selvagens são caçados, por vezes até a sua extinção, para a obtenção de carne,
marfim ou para a produção de produtos que, em algumas regiões, são considerados medicinais.
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No mar, o ser humano subjuga espécies marinhas por meio de grandes barcos de pesca industrial, que são
equipados com redes de arrastão ou de cerco, que dizimam populações inteiras de peixes e outras espécies
aquáticas (pesca predatória).
O aumento de espécies em extinção também se dá pela perda e a destruição de habitat das espécies, o
que ocorre por conta do avanço da atividade humana – tanto pela expansão das cidades quanto de atividades
agropecuárias e industriais.
A extinção de espécies desequilibra os ecossistemas mundiais, o que pode causar graves danos,
inclusive, para o ser humano.
SUPERPOPULAÇÃO
No início do século XX, a humanidade tinha uma população de “apenas” 1,6 bilhão de pessoas.
Atualmente, já somos aproximadamente 7,8 bilhões – e contando, já que a população humana continua a crescer
rapidamente, especialmente no continente africano e no sul e leste da Ásia.
Segundo estimativas, a população mundial pode chegar a até 11 bilhões de pessoas até 2100.
Aliada à ascensão social, o crescimento populacional global é também um grave problema, pois pressiona
cada vez mais os recursos naturais essenciais, como a água.
Para tentar solucionar este problema, os governos nacionais têm intensificado ações voltadas para o
planejamento familiar.
DEGELO
É um dos efeitos do aquecimento global.
Atualmente, as grandes cordilheiras mundiais, bem como os polos do globo, estão tendo suas massas de
gelo e neve reduzidas.
POLUIÇÃO SONORA
Manifesta-se principalmente nos grandes centros urbanos, por conta do uso de buzinas, ruídos de motores
e escapamentos e máquinas. Juntando-se a todos esses ruídos, muitas pessoas falando ao mesmo tempo também
prejudica o sistema auditivo, o que também alimenta a poluição sonora.
POLUIÇÃO VISUAL
É provocada por meio do excesso de placas, propagandas, outdoors e pichações, dentre outros, que
saturam os ambientes urbanos. Além de poluir o visual das cidades, toda essa comunicação visual também tira a
atenção dos motoristas, o que faz aumentar o número de acidentes de trânsito.
AQUECIMENTO GLOBAL
Relaciona-se com o aumento gradual da temperatura da Terra.
De forma geral, os cientistas alertam para o fato de que o aquecimento global acarreta, entre outras
consequências, o derretimento de geleiras, o que pode determinar a elevação do nível dos mares e seu potencial de
destruição, particularmente nas zonas litorâneas.
Ressalte-se, no entanto, que a ideia de que a ação humana é responsável pelo aquecimento global não é
unanimemente aceita pela comunidade científica.
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A ala dos estudiosos ambientais chamada de cética afirma que as variações de temperatura são naturais
da dinâmica da Terra. Estes cientistas defendem que o nosso planeta, em outros momentos, já esteve bem mais
quente que na atualidade e também bem mais frio, como nas glaciações (eras do gelo).
Ultimamente, a questão do aquecimento global tem sido mais tratada por meio da nomenclatura
MUDANÇAS CLIMÁTICAS.
Nas últimas décadas, observou-se que a queima de combustíveis fósseis, o desmatamento para a
agricultura e as atividades industriais fizeram aumentar as concentrações atmosféricas de CO2 de 280 partes
por milhão (ppm), há 200 anos, para aproximadamente 400 ppm atuais, ocasionando, assim, perturbações
climáticas.
Em virtude dessas alterações, os anos de 2016 e 2020, por exemplo, foram os mais quentes desde 1880,
quando começaram os primeiros registros históricos de temperatura. Apenas no século XXI, o recorde de ano mais
quente já foi quebrado cinco vezes: 2005, 2010, 2014, 2015 e 2016. Segundo a Agência Oceânica e Atmosférica dos
Estados Unidos (Noaa), a média da temperatura da Terra se elevou em 0,94ºC em relação à média de temperatura
anual do século XX. Segundo cientistas da Noaa, as principais causas do aumento global da temperatura seriam:
o aquecimento global e o fenômeno climático El Niño no oceano Pacífico. Segundo os cientistas, o aquecimento
global está causando chuvas e secas mais intensas e a elevação do nível dos mares.
ASSOREAMENTO
É o processo de acúmulo de sedimentos/detritos em ambientes aquáticos, causando, assim, a obstrução
de cursos de água, destruição de habitats aquáticos, veiculação de poluentes e transformação da água em
imprópria para consumo.
Fonte: https://www.colegioweb.com.br/curiosidades/rios-sofrem-com-processos-de-assoreamento.html
EUTROFIZAÇÃO
O processo de acúmulo de altos níveis de nutrientes (principalmente nitrogênio e fósforo) em lagos e rios,
que gera o posterior acúmulo de matéria orgânica em decomposição, é chamado de eutrofização.
A eutrofização ocorre, por exemplo, quando há lançamento de esgotos em lagos urbanos.
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QUEIMADAS
São chamadas de queimadas a prática de colocar fogo em determinada área. Geralmente, as queimadas
ocorrem com a finalidade de limpar o terreno para a realização de alguma atividade agropecuária – mas também
é feita para facilitar a colheita de alguns produtos, como o da cana-de-açúcar.
No curto prazo, as queimadas favorecem a renovação da vegetação. Essa prática, porém, produz poluição
atmosférica e afeta negativamente o solo, empobrecendo-o, aumentando a chance de erosão e matando micro-
organismos presentes no solo.
A QUESTÃO DO LIXO
Uma das consequências do crescimento acelerado da população é o correspondente aumento da
quantidade de lixo que produzimos. Como grande parte deste “produto” não é biodegradável, a decomposição
natural, que seria uma forma fácil de controle, acaba não sendo uma solução possível para o reaproveitamento
dos produtos que descartamos.
Para dar destino ao lixo que produzimos diariamente, que não some por mágica, este é levado para os:
• Lixões;
• Aterros sanitários; ou
• Passam por processos de incineração, compostagem ou reciclagem.
LIXÃO
São terrenos a céu aberto destinados a receber de maneira “definitiva” os lixos urbanos.
Como neste tipo de local o lixo não recebe tratamento adequado, grandes problemas ambientais estão
relacionados à sua existência, como a produção do chorume (líquido percolado ou lixiviado), que é uma substância
tóxica produto da decomposição do lixo.
Por ser líquido, o chorume acaba se infiltrando no solo, causando a contaminação deste e dos lençóis
freáticos.
ATERRO SANITÁRIO
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É um local onde o lixo é enterrado em camadas alternadas de lixo e terra, o que ajuda a evitar o mau
cheiro e a proliferação de insetos (dois problemas comuns nos lixões).
Para evitar a contaminação do subsolo, a base dos aterros sanitários são impermeabilizados e são
construídos canais de drenagem para lugares destinados a receber o chorume.
Teoricamente, o lixo que vai para o aterro sanitário são os não-recicláveis. Como a coleta seletiva ainda
não é realizada adequadamente em nosso país, porém, é comum haver materiais recicláveis nos aterros.
INCINERAÇÃO
É o processo de queima do lixo em câmaras de incineração.
As principais vantagens da incineração são a redução do número de resíduos e a destruição dos micro-
organismos causadores de doenças.
COMPOSTAGEM
É uma espécie de reciclagem do lixo orgânico, que é utilizado para a produção de adubo para a
fertilização do solo.
O lixo não orgânico (que não pode passar pelo processo de compostagem) pode ter dois destinos:
• Os materiais não-aproveitáveis são levados para os aterros sanitários; e
• Os materiais recicláveis são direcionados para locais adequados onde podem ser reutilizados.
RECICLAGEM
É o processo de reaproveitamento de alguns materiais.
Mesmo com a maior preocupação ambiental do brasileiro nos últimos anos, a maior parte do nosso lixo
ainda tem os aterros sanitários como principal destino, sendo apenas uma pequena parte encaminhada para
centros de reciclagem, conforme pode ser observado a seguir:
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/784351/brasil-residuos-e-as-cidades-desigualdades-sociais-e-gestao-desintegrada-arthur-eduardo-
becker-lins
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MATA ATLÂNTICA
Extremamente desmatada, muitas de suas espécies vegetais correm risco de extinção por terem seu
ecossistema reduzido, por serem retiradas da mata para comercialização ilegal ou por serem extraídas de forma
irracional – como ocorreu com o pau-brasil e atualmente ocorre com o palmito juçara.
Para a fauna, a fragmentação deste ecossistema tem sido apontada como uma das principais causas do
alto número de espécies ameaçadas de extinção.
Como atualmente apenas menos de 10% da Mata Atlântica está preservada, é possível que milhares (ou
milhões) de espécies da região, tanto vegetais quanto animais, já tenham sido extintas.
PANTANAL
A região sofre especialmente com a pecuária extensiva, a pesca predatória e a caça ao jacaré. Mas não só.
Por conta do garimpo de ouro e de pedras preciosas, grandes porções do Pantanal sofrem com processos
de erosão e contaminação dos rios.
CERRADO
Sofre com a atividade garimpeira intensa, que contaminou os rios de mercúrio e contribuiu para seu
assoreamento.
Nas últimas décadas, a pecuária extensiva, as monoculturas e a abertura de estradas também destruíram
partes significativas do cerrado, que tem menos de 2% de sua área original protegida em parques ou reservas.
CAATINGA
A atividade humana tem contribuído para empobrecimento do solo, que tem passado por um processo de
desertificação.
MATA DE ARAUCÁRIA
Por ter madeiras de grande valor econômico, tem sofrido bastante com o desmatamento. O solo
descoberto, deixado no lugar da antiga mata, sofre erosão e carregamento pela chuva, o que provoca
assoreamento nos rios e grandes enchentes.
PAMPAS
Como a agropecuária é forte nos Pampas, há um preocupante processo de erosão do solo.
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Em nosso país, a legislação relativa ao meio ambiente é ampla e aborda temas importantes, como o
desmatamento, o lançamento de resíduos, a emissão de gases, o uso de agrotóxicos, dentre outros.
Assim, não é por conta de um vácuo legislativo que os problemas ambientais persistem em nosso país,
mas por causa da fragilidade das ações educativas e de fiscalização.
Ou seja, a Lei prevê que a gestão dos recursos hídricos deve proporcionar os usos múltiplos das águas, de
forma descentralizada e participativa, contando com a participação do Poder Público, dos usuários e das
comunidades. Também determina que, em situações de escassez, o uso prioritário da água é para o consumo
humano e para a dessedentação de animais. Outro fundamento é o de que a bacia hidrográfica é a unidade de
atuação do Singreh e de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos.
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O segundo artigo da Lei cuida de apresentar os objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH):
Essa Lei também coloca a questão da água, em alguns casos, como internacional.
No § 2º, do Art. 39, por exemplo, é dito que nos Comitês de Bacia Hidrográfica de bacias de rios fronteiriços
e transfronteiriços de gestão compartilhada, a representação da União deverá incluir um representante do Ministério
das Relações Exteriores.
O território brasileiro contém cerca de 12% de toda a água doce do planeta, espalhadas por 200 mil
microbacias divididas em 12 regiões hidrográficas.
Apesar da abundância, os recursos hídricos brasileiros não são inesgotáveis e o acesso à água, em nosso
país, não é igual para todos. As características geográficas de cada região e as mudanças de vazão dos rios, que
ocorrem devido às variações climáticas ao longo do ano, afetam a distribuição.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Em 2009, foi publicada a Lei nº 12.187, que instituiu a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC).
Com esta Lei, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) define estratégias e propõe políticas relacionadas ao
monitoramento e à implementação dos planos setoriais de mitigação e adaptação. O MMA promove, ainda, a
cooperação técnica e científica com entidades relacionadas ao tema para que o país alcance os compromissos
voluntários de redução de emissões de gases de efeito estufa.
O MMA atua no combate ao desmatamento na Amazônia e em outros biomas e na eliminação de
substâncias destruidoras da Camada de Ozônio, que protege a Terra dos raios ultravioletas. Além disso, o MMA,
em conjunto com outros órgãos de governo, articula acordos com a comunidade internacional, assim como apoia
e desenvolve estudos e projetos relacionados com a preservação do meio ambiente.
Segundo a Lei nº 12.187, a Política Nacional sobre Mudança do Clima deve observar alguns princípios e
adotar algumas ações, como pode ser observado a seguir:
Art. 3o A PNMC e as ações dela decorrentes, executadas sob a responsabilidade dos entes políticos
e dos órgãos da administração pública, observarão os princípios da precaução, da prevenção,
da participação cidadã, do desenvolvimento sustentável e o das responsabilidades comuns,
porém diferenciadas, este último no âmbito internacional, e, quanto às medidas a serem
adotadas na sua execução, será considerado o seguinte:
I - todos têm o dever de atuar, em benefício das presentes e futuras gerações, para a redução dos
impactos decorrentes das interferências antrópicas sobre o sistema climático;
II - serão tomadas medidas para prever, evitar ou minimizar as causas identificadas da mudança
climática com origem antrópica no território nacional, sobre as quais haja razoável consenso
por parte dos meios científicos e técnicos ocupados no estudo dos fenômenos envolvidos;
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Pontos interessantes do artigo apresentado, referem-se especialmente ao inciso II, que demonstra que a
preocupação maior é com as mudanças climáticas que têm origem antrópica, ou seja, reconhece que as mudanças
climáticas são fenômenos naturais do nosso planeta, em relação ao qual pouco podemos fazer. Mas em relação às
ações humanas (antrópicas) que contribuem para essas mudanças, serão tomadas medidas para prever, evitar ou
minimizar essas ações. O mesmo inciso II fala que essas medidas só serão tomadas quando houver um razoável
consenso por parte dos meios científicos e técnicos de que essas ações antrópicas realmente causam alterações
climáticas.
Em relação ao inciso III, observe que apesar de uma responsabilidade solidária dos vários atores da
sociedade brasileira, haverá um sopesamento sobre o peso da responsabilidade de cada um em relação às
alterações climáticas.
Para tratar deste tema das alterações climáticas, representantes de 195 países, todos os anos, reúnem-se
na Conferência das Partes, a COP, da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC,
na sigla em inglês). Nessas reuniões, são discutidas medidas relacionadas à governança climática global,
responsáveis por expressivos resultados como o Protocolo de Quioto, que estabeleceu metas de redução de
emissões para países desenvolvidos.
Em dezembro de 2015, foi assinado o Acordo de Paris, que une esforços das nações signatárias para adotar
uma economia de baixo carbono até o fim deste século. O Brasil se comprometeu a reduzir as emissões de gases
de efeito estufa em 37% até 2025 e em 43%, até 2030. Ambos são comparados aos níveis de 2005.
Entre outras medidas, o Acordo de Paris tem o objetivo de manter o aumento da temperatura média global
abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais e de garantir esforços para limitar o aumento da temperatura
a 1,5°C.
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Por ser um documento complexo e eminentemente técnico, o que restringe o seu entendimento para a
população em geral, dele se origina o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), que possui linguagem mais
simples.
Os dois documentos fazem parte da Avaliação de Impacto Ambiental e são instrumentos da Política
Nacional de Meio Ambiente.
Selo verde
É utilizado para identificar os produtos e empreendimentos produzidos/concebidos de maneira
sustentável. Ou seja, produtos que não degradam os recursos naturais durante a sua produção e que seu uso,
embalagem ou resíduos não causem dano ambiental.
Conhecido como Programa de Rotulagem Ambiental (ISO-14020), o selo procura estimular os
produtores a adotarem práticas ambientalmente corretas, o que contribui para a imagem das empresas que
possuem maior consciência ambiental. Além disso, o selo também facilita a exportação de produtos de empresas
que o detém, dando-lhe maior credibilidade no mercado nacional e internacional.
De forma geral, podemos concluir que o rótulo também serve para orientar os consumidores na compra
de produtos que tenham menores riscos e impactos ambientais.
Atualmente, há dois tipos de selo verdes. O primeiro é concedido por meio de uma terceira entidade, que
constata que o produto de determinada empresa é ambientalmente correto. O segundo tipo é a declaração da
própria empresa de que seu produto é reciclável, consome pouca energia ou pouco agride o meio ambiente.
Exemplos de selos verdes:
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Além disso, a Constituição Federal e a Política Nacional do Meio Ambiente lançaram as bases para que
áreas quilombolas e indígenas fossem reconhecidas como áreas de proteção específica.
Observe que as Unidades de Proteção Integral possuem regras muito mais rígidas para uso de seus
recursos pela população, enquanto as Unidades de Uso Sustentável preveem uma maior integração do uso desses
recursos.
Segundo a Lei, as Unidades de Proteção Integral ainda podem se subdividir, conforme artigo a seguir:
Art. 8o O grupo das Unidades de Proteção Integral é composto pelas seguintes categorias de
unidade de conservação:
I - Estação Ecológica;
II - Reserva Biológica;
III - Parque Nacional;
IV - Monumento Natural;
V - Refúgio de Vida Silvestre.
A fim de esclarecer cada um desses tipos de Unidades de Conservação Integral, a própria lei descreve os
objetivos de cada uma delas. Você não precisa aprender em profundidade cada uma dessas unidades, mas é
importante saber pelo menos quais são Unidade de Proteção Integral e quais são de Uso Sustentável. Portanto,
leia com tranquilidade e sem grandes preocupações cada uma das categorias existentes.
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Reserva Biológica
Tem como objetivo a preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus
limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação
de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a
diversidade biológica e os processos ecológicos naturais.
É de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites serão
desapropriadas.
É proibida a visitação pública, exceto aquela com objetivo educacional.
A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade
e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas.
Parque Nacional
Tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza
cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e
interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico.
O Parque Nacional é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites
serão desapropriadas.
A visitação pública está sujeita às normas e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, às
normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração.
A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade
e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem como àquelas previstas em regulamento.
As unidades dessa categoria, quando criadas pelo Estado ou Município, serão denominadas,
respectivamente, Parque Estadual e Parque Natural Municipal.
Monumento Natural
Tem como objetivo básico preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica.
O Monumento Natural pode ser constituído por áreas particulares, desde que seja possível
compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários.
Havendo incompatibilidade entre os objetivos da área e as atividades privadas ou não havendo
aquiescência do proprietário às condições propostas pelo órgão responsável pela administração da unidade para
a coexistência do Monumento Natural com o uso da propriedade, a área deve ser desapropriada, de acordo com o
que dispõe a lei.
A visitação pública está sujeita às condições e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, às
normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração e àquelas previstas em regulamento.
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Art. 14. Constituem o Grupo das Unidades de Uso Sustentável as seguintes categorias de unidade
de conservação:
I - Área de Proteção Ambiental;
II - Área de Relevante Interesse Ecológico;
III - Floresta Nacional;
IV - Reserva Extrativista;
V - Reserva de Fauna;
VI – Reserva de Desenvolvimento Sustentável; e
VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural.
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Floresta Nacional
É uma área com cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e tem como objetivo básico
o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração
sustentável de florestas nativas.
A Floresta Nacional é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus
limites devem ser desapropriadas de acordo com o que dispõe a lei.
Nas Florestas Nacionais é admitida a permanência de populações tradicionais que a habitam quando de
sua criação, em conformidade com o disposto em regulamento e no Plano de Manejo da unidade.
A visitação pública é permitida, condicionada às normas estabelecidas para o manejo da unidade pelo
órgão responsável por sua administração.
A pesquisa é permitida e incentivada, sujeitando-se à prévia autorização do órgão responsável pela
administração da unidade, às condições e restrições por este estabelecidas e àquelas previstas em regulamento.
A Floresta Nacional disporá de um Conselho Consultivo, presidido pelo órgão responsável por sua
administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e, quando
for o caso, das populações tradicionais residentes.
A unidade desta categoria, quando criada pelo Estado ou Município, será denominada, respectivamente,
Floresta Estadual e Floresta Municipal.
Reserva Extrativista
É uma área utilizada por populações extrativistas tradicionais, cuja subsistência baseia-se no extrativismo
e, complementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte, e tem como
objetivos básicos proteger os meios de vida e a cultura dessas populações, e assegurar o uso sustentável dos
recursos naturais da unidade.
A Reserva Extrativista é de domínio público, com uso concedido às populações extrativistas tradicionais
conforme o disposto no art. 23 desta Lei e em regulamentação específica, sendo que as áreas particulares incluídas
em seus limites devem ser desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei.
A Reserva Extrativista será gerida por um Conselho Deliberativo, presidido pelo órgão responsável por sua
administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e das
populações tradicionais residentes na área, conforme se dispuser em regulamento e no ato de criação da unidade.
A visitação pública é permitida, desde que compatível com os interesses locais e de acordo com o disposto
no Plano de Manejo da área.
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Reserva de Fauna
É uma área natural com populações animais de espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou
migratórias, adequadas para estudos técnico-científicos sobre o manejo econômico sustentável de recursos
faunísticos.
A Reserva de Fauna é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus
limites devem ser desapropriadas de acordo com o que dispõe a lei.
A visitação pública pode ser permitida, desde que compatível com o manejo da unidade e de acordo com
as normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração.
É proibido o exercício da caça amadorística ou profissional.
A comercialização dos produtos e subprodutos resultantes das pesquisas obedecerá ao disposto nas leis
sobre fauna e regulamentos.
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A Lei do SNUC representou avanços à criação e gestão das UC nas esferas federal, estadual e municipal.
Além disso, estabeleceu mecanismos para a participação da sociedade na gestão das UC.
Com a criação da Lei do SNUC, foram disponibilizados aos órgãos gestores três instrumentos de gestão
territorial:
Corredores Ecológicos – Visam mitigar os efeitos da fragmentação dos ecossistemas promovendo a
ligação entre diferentes áreas, com o objetivo de proporcionar o deslocamento de animais, a dispersão
de sementes, aumento da cobertura vegetal.
Mosaicos – É um modelo de gestão que busca a participação, integração e envolvimento dos
gestores de UC e da população local na gestão das mesmas, de forma a compatibilizar a presença da
biodiversidade, a valorização da sociodiversidade e o desenvolvimento sustentável no contexto regional.
Reserva da Biosfera – É um modelo, adotado internacionalmente, de gestão integrada, participativa e
sustentável dos recursos naturais. São reconhecidas pelo Programa "O Homem e a Biosfera (MAB)" da
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Essas áreas (669 no
mundo) devem ser locais de excelência para trabalhos de pesquisa científica, experimentação e
demonstração de enfoques para conservação e desenvolvimento sustentável na escala regional. A
gestão de cada Reserva da Biosfera é feita por um Conselho Deliberativo.
A seguir, apresento mapa com as Reservas da Biosfera em território brasileiro.
Fonte: http://www.mma.gov.br/areas-protegidas/instrumentos-de-gestao/reserva-da-biosfera.html
Para racionalizar a gestão das Unidades de Conservação, ainda foi criado o Cadastro Nacional de
Unidades de Conservação (CNUC), que é mantido Ministério do Meio Ambiente, com a colaboração dos Órgãos
gestores federal, estaduais e municipais.
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O objetivo principal do CNUC é disponibilizar um banco de dados com informações oficiais do Sistema
Nacional de Unidades de Conservação. Neste ambiente são apresentadas as características físicas, biológicas,
turísticas, gerenciais e os dados georreferenciados das unidades de conservação. Assim, a sociedade poderá
acompanhar os resultados das ações governamentais de proteção do patrimônio biológico nacional.
Fonte: http://www.mma.gov.br/areas-protegidas/cadastro-nacional-de-ucs
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AMAZÔNIA LEGAL
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o IPEA, a Amazônia Legal é uma área que
corresponde a 59% do território brasileiro e engloba a totalidade de oito estados (Acre, Amapá, Amazonas, Mato
Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e parte do Estado do Maranhão (a oeste do meridiano de 44ºW),
perfazendo 5,0 milhões de km².
Nela residem 56% da população indígena brasileira. O conceito de Amazônia Legal foi instituído em 1953
e seus limites territoriais decorrem da necessidade de planejar o desenvolvimento econômico da região e, por
isso, não se resumem ao ecossistema de selva úmida, que ocupa 49% do território nacional e se estende também
pelo território de oito países vizinhos. O conceito de Amazônia Legal instituído pelo governo ainda contribui para
o planejamento e a promoção do desenvolvimento social e econômico dos estados da região amazônica, que
compartilham, há décadas, dos mesmos desafios.
Os limites da Amazônia Legal foram alterados várias vezes em consequência de mudanças na divisão
política do país. O Plano Amazônia Sustentável (PAS), lançado em maio de 2008 pelo governo federal, considera
integralmente o Estado do Maranhão como parte da Amazônia Brasileira.
Como podemos perceber, os limites territoriais da Amazônia têm viés sociopolítico e não geográfico, já
que estão baseados em análises estruturais e conjunturais.
A Amazônia Legal passou a ser assim denominada a partir da Lei 1.806/53.
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EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Prezado aluno, há um amplo repertório legal e acadêmico que trata de maneira didática sobre a Educação
Ambiental, sendo estes conceitos, inclusive, utilizados pelo Ministério do Meio Ambiente.
Como creio que esse é um tópico de fácil compreensão, inclusive se levarmos em comparação as questões
sobre o tema que já foram cobradas em prova, acredito que a leitura desses conceitos seja suficiente para
dominarmos esse tópico.
"Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a
coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do
povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade."
Política Nacional de Educação Ambiental - Lei nº 9795/1999, Art 1º.
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Considerando o mapa acima, julgue os próximos itens, sobre as interfaces existentes entre os aspectos naturais
do território brasileiro, as atividades econômicas desenvolvidas, suas repercussões ambientais e formas de
preservação.
O estudo de impactos ambientais é um instrumento utilizado para a preservação dos recursos naturais do país,
exigido para a implantação de determinadas atividades produtivas.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
O Estudo de Impactos Ambientais (EIA) é um documento técnico multidisciplinar utilizado para a preservação
dos recursos naturais do Brasil. É exigido para a implantação de determinadas atividades produtivas de grande
impacto ambiental, como construções de hidrelétricas, ferrovias, portos e rodovias.
De acordo com o art. 225, §1º, inciso IV da nossa Constituição de 1988, o EIA é exigido:
Resposta: Certo
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A figura acima apresenta um dos grandes problemas da atualidade — a degradação ambiental. Em relação às
questões relacionadas aos impactos ambientes decorrentes das atividades humanas, é correto afirmar que
a) grandes investimentos têm sido feitos no Brasil, visando atenuar os processos de poluição atmosférica, como
pode ser observado nos investimentos em transporte urbano.
b) o Brasil, no que tange ao controle de resíduos sólidos, tem feito grandes investimentos para coleta e
tratamento de todo o lixo coletado diariamente.
c) um dos maiores problemas vinculados à destinação dos resíduos sólidos urbanos, no Brasil, está vinculado à
dificuldade de se encontrarem áreas apropriadas para receber a quantidade de lixo gerado diariamente, em
consequência da falta de uma educação ambiental da população.
d) o crescimento populacional e a variedade de produtos aumentaram significativamente os impactos
ambientais, principalmente em pequenos municípios onde as arrecadações de ISS são pequenas.
e) a água tem sido, atualmente no Brasil, um dos recursos naturais que mais recebem investimentos para o
controle da poluição.
RESOLUÇÃO:
a) O transporte público no Brasil ainda é feito, em sua grande maioria, por meio de ônibus antigos e muito
poluentes. ITEM INCORRETO.
b) Apenas uma pequena parte do lixo brasileiro tem os centros de reciclagem como destino. ITEM
INCORRETO.
c) ITEM CORRETO
d) Até por termos populacionais, a questão do lixo se apresenta bem mais simples em cidades menores. São
nos grandes centros urbanos, principalmente, que estão os maiores problemas relacionados ao destino do
lixo. ITEM INCORRETO.
e) Os recursos hídricos no Brasil estão sofrendo vários problemas ambientais, como assoreamento de rios,
poluição dos lençóis freáticos e dos cursos de água, dentre outros. ITEM INCORRETO.
Resposta: C
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RESOLUÇÃO:
a) Por conta do impacto ambiental, o Brasil tenta usar o mínimo possível da energia termoelétrica, mas esta
ainda costuma ser bastante utilizada em período de seca, quando a capacidade das usinas hidrelétricas cai.
ITEM INCORRETO.
b) ITEM CORRETO
c) O diesel com baixo teor de enxofre, o S-10, ainda é pouco vendido no Brasil, principalmente por conta do
seu custo, que é mais elevado. ITEM INCORRETO.
d) Pelo contrário, a construção de usinas hidrelétricas costuma ser alvo de críticas de ambientalistas, por conta
dos impactos ambientais decorrentes desse tipo de empreendimento. ITEM INCORRETO.
e) O sistema tem falhas, não detecta, por exemplo, áreas menores que 25 hectares. ITEM INCORRETO.
Resposta: B
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RESOLUÇÃO:
A impermeabilização do solo, que significa a perda da capacidade de absorção da água pelo solo, é causada
principalmente por conta do asfaltamento e das cimentações em geral das cidades, como a construção das
calçadas e de prédios.
Resposta: Errado
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Outro exemplo mais claro é o da compra de veículos, que são produtos, por si só, muito poluidores. Se em
determinado país aumenta a venda de carros, haverá, muito provavelmente, aumento na poluição do ar, dentre
outros problemas ambientais.
O maior nível de compras se reflete também numa maior produção de lixo, outro problema ambiental.
Resposta: Errado
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RESOLUÇÃO:
Apesar de a questão ambiental ter avançado bastante nas últimas décadas, tanto em relação às pessoas quanto
às empresas, o desenvolvimento atual do capitalismo ainda não alcançou níveis sustentáveis para o meio
ambiente.
Resposta: Errado
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No que se refere à questão ambiental mundial, considerando a complexa relação entre os interesses da sociedade
e os recursos da natureza, pode-se afirmar, EXCETO,
a) os processos modificadores do meio ambiente têm se concentrado tanto no meio urbano, como no rural, em
função da ocupação humana e o crescimento populacional.
b) a produção volumosa de resíduos sólidos, líquidos e gasosos ocorre principalmente nas grandes cidades e
decorre do aumento da concentração populacional e das atividades industriais.
c) o lixo urbano se constitui um problema cada vez mais urgente de solução, considerando que a inadequação de
seu destino pode colocar em risco o solo, os lençóis subterrâneos de água e os próprios moradores locais.
d) dentre os principais problemas relativos à questão da água cita-se a contaminação de rios e outros corpos
d’água, pelo despejo de esgotos domésticos e industriais, pesticidas e fertilizantes.
e) o desflorestamento, destruição de solos e diminuição da biodiversidade, bem como o aumento na produção de
resíduos sólidos são problemas ambientais relacionados somente ao aquecimento global do planeta.
RESOLUÇÃO:
a) O desenvolvimento econômico tem afetado o meio urbano e também o rural. ITEM CORRETO.
b) ITEM CORRETO.
c) No Brasil, por exemplo, apenas uma pequena parte do lixo tem destino adequado e passa pelo devido
processo de reciclagem. ITEM CORRETO.
d) ITEM CORRETO.
e) O desflorestamento, a destruição de solos e a diminuição da biodiversidade, contribuem para o problema
do aquecimento global do planeta, mas não só isso, eles também intensificam o processo de desertificação,
por exemplo, e pioram a qualidade do ar. ITEM INCORRETO. Gabarito da questão.
Resposta: E
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3) A fome ainda não foi erradicada do planeta, muito menos na África, que é o continente que tem a população
que mais sofre com este problema. ITEM INCORRETO.
4) O desmatamento pode aumentar o contato dos seres humanos com o vetor transmissor de algumas
doenças, como a doença de Chagas. ITEM CORRETO.
Resposta: B
A cidade do Rio de Janeiro, apesar de tão rica em belezas naturais, sofre com problemas ambientais, causados
pelo próprio homem.
A alternativa que apresenta respectivamente uma relação causa-consequência na degradação do meio ambiente
é
a) desmatamento sem controle – estiagem.
b) enchente – alteração do curso d’agua de um rio.
c) reciclagem do lixo – criação de mais aterros sanitários.
d) maior poluição do ar – aumento da quantidade de fábricas e veículos.
RESOLUÇÃO:
A única alternativa que apresenta uma adequada relação entre causa-consequência, respectivamente, é a letra A,
já que o desmatamento sem controle realmente tem como uma de suas consequências a estiagem.
Na letra D, por exemplo, não é a maior poluição do ar que tem como consequência o aumento da quantidade de
fábricas e veículos. É o contrário! É o aumento da quantidade de fábricas e veículos que tem como consequência a
maior poluição do ar.
Resposta: A
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RESOLUÇÃO:
As ilhas de calor ocorrem nos pontos da cidade, geralmente o centro, que possuem mais concreto, asfalto e
prédios. Nestas regiões, a temperatura é mais quente que as áreas do entorno.
Resposta: E
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RESOLUÇÃO:
Diferente dos Estados Unidos que, em 2017, anunciou a sua saída do Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas,
China e União Europeia ratificaram o compromisso celebrado no tratado e se se comprometeram com a
implementação total do acordo: cortes na emissão de gases-estufa, abandono gradativo da matriz energética
fóssil, investimentos em tecnologias limpas e sustentáveis, além de fornecimento de auxílios para países mais
pobres.
Como atualmente os países estão extremamente dependentes da matriz energética fóssil, o desenvolvimento de
energia limpa por algumas nações pode se desdobrar em novas vantagens competitivas do mundo globalizado e
no reordenamento do território, da produção e da competitividade entre os países.
Resposta: Certo
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Diante dessas informações, a única alternativa que apresenta a resposta adequada é a letra D.
Resposta: D
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Assim, podemos dizer que o foco da questão está indicado na alternativa A, que fala sobre a importância da
preservação da biodiversidade local e das comunidades que ali vivem.
Resposta: A
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RESOLUÇÃO:
É o contrário. Atualmente, a gestão ambiental pública no Brasil tem característica preventiva.
O Brasil, porém, apesar de ter uma legislação ambiental que é considerada uma das mais desenvolvidas do mundo,
tem dificuldade em fazer valer os seus normativos e de fiscalizar adequadamente a questão ambiental.
Resposta: Errado
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RESOLUÇÃO:
I. As terras indígenas e os territórios quilombolas não se enquadram como áreas de proteção específica, porque se
encontram altamente impactados pelas atividades econômicas que degradam o ambiente natural.
Estas áreas indígenas e de quilombolas também são reconhecidas como de proteção específica. ITEM INCORRETO
II. Unidade de Conservação é definida como um espaço territorial com seus recursos ambientais, incluindo águas
jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo poder público. ITEM CORRETO
III. Dentre os objetivos estabelecidos pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), destaca-se a proteção
das características excepcionais de natureza geológica, geomorfológica, arqueológica e cultural. ITEM CORRETO
IV. As Unidades de Uso Sustentável são áreas que têm como objetivo básico preservar a natureza, sendo admitido
apenas o uso indireto dos seus recursos.
As unidades de conservação de uso sustentável admitem a presença de moradores, desde que exista uma
compatibilização na conservação da natureza com o uso sustentável dos seus recursos naturais. ITEM INCORRETO
Resposta: D
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RESOLUÇÃO:
A expansão das áreas agrícolas destinadas ao agronegócio é um dos fatores que mais contribuem para o
desmatamento em nosso país. Ou seja, DIMINUEM as coberturas vegetais.
Resposta: Errado
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RESOLUÇÃO:
Manejo sustentável da floresta significa a LIMITADA transformação de árvores em toras e carvão.
O desenvolvimento sustentável, que é buscado na Gestão Ambiental, tem o objetivo de garantir as
necessidades da sociedade atual sem prejudicar as gerações futuras.
Resposta: Errado
Como consequências desse processo, podemos apontar, dentre outros, os seguintes problemas:
• Erosão do solo;
• Aceleração do processo de desertificação;
• Alterações no regime de chuvas; e
Redução da biodiversidade e assoreamento dos rios.
Resposta: Certo
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RESOLUÇÃO:
A questão pede para o candidato encontrar a resposta no texto e o texto fala o seguinte:
“O desmatamento não compensa. O que já era um mau negócio para o meio ambiente está se revelando também
um péssimo negócio do ponto de vista socioeconômico para a Amazônia”.
Podemos concluir, portanto, que, por ser um mau negócio, a exploração predatória da madeira NÃO traz lucros
permanentes.
Resposta: Errado
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Cientistas alertam para o fato de que o aquecimento global acarreta, entre outras conseqüências, o derretimento
de geleiras, o que pode determinar a elevação do nível dos mares e seu potencial de destruição, particularmente
nas zonas litorâneas.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
De forma geral, os cientistas alertam para o fato de que o aquecimento global acarreta, entre outras
consequências, o derretimento de geleiras, o que pode determinar a elevação do nível dos mares e seu potencial
de destruição, particularmente nas zonas litorâneas.
Ressalte-se, no entanto, que a ideia de que a ação humana é responsável pelo aquecimento global não é
unanimemente aceita pela comunidade científica.
A ala dos estudiosos ambientais chamada de cética afirma que as variações de temperatura são naturais da
dinâmica da Terra. Estes cientistas defendem que o nosso planeta, em outros momentos, já esteve bem mais
quente que na atualidade e também bem mais frio, como nas glaciações (eras do gelo).
Resposta: Certo
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RESOLUÇÃO:
Segundo a Lei, as Unidades de Proteção Integral podem se subdividir da seguinte forma:
Art. 8o O grupo das Unidades de Proteção Integral é composto pelas seguintes categorias de
unidade de conservação:
I - Estação Ecológica;
II - Reserva Biológica;
III - Parque Nacional;
IV - Monumento Natural;
V - Refúgio de Vida Silvestre.
Resposta: Errado
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Ressalte-se, no entanto, que a ideia de que a ação humana é responsável pelo aquecimento global não é
unanimemente aceita pela comunidade científica.
A ala dos estudiosos ambientais chamada de cética afirma que as variações de temperatura são naturais da
dinâmica da Terra. Estes cientistas defendem que o nosso planeta, em outros momentos, já esteve bem mais
quente que na atualidade e também bem mais frio, como nas glaciações (eras do gelo).
Resposta: Certo
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RESOLUÇÃO:
A contaminação por fertilizantes inorgânicos, principalmente o nitrato, é um dos principais impactos da
atividade agrícola tanto na água superficial encontrada em rios, por exemplo, quanto em águas subterrâneas,
como as dos lençóis freáticos – além de poluir também os solos.
C. F. Barbosa explica a dinâmica por trás do nitrato na contaminação das águas subterrâneas:
Resposta: Certo
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LISTA DE QUESTÕES
1. (CESPE - Instituto Rio Branco - 2007)
Considerando o mapa acima, julgue os próximos itens, sobre as interfaces existentes entre os aspectos naturais
do território brasileiro, as atividades econômicas desenvolvidas, suas repercussões ambientais e formas de
preservação.
O estudo de impactos ambientais é um instrumento utilizado para a preservação dos recursos naturais do país,
exigido para a implantação de determinadas atividades produtivas.
( ) Certo ( ) Errado
A figura acima apresenta um dos grandes problemas da atualidade — a degradação ambiental. Em relação às
questões relacionadas aos impactos ambientes decorrentes das atividades humanas, é correto afirmar que
a) grandes investimentos têm sido feitos no Brasil, visando atenuar os processos de poluição atmosférica,
como pode ser observado nos investimentos em transporte urbano.
b) o Brasil, no que tange ao controle de resíduos sólidos, tem feito grandes investimentos para coleta e
tratamento de todo o lixo coletado diariamente.
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c) um dos maiores problemas vinculados à destinação dos resíduos sólidos urbanos, no Brasil, está vinculado
à dificuldade de se encontrarem áreas apropriadas para receber a quantidade de lixo gerado diariamente,
em consequência da falta de uma educação ambiental da população.
d) o crescimento populacional e a variedade de produtos aumentaram significativamente os impactos
ambientais, principalmente em pequenos municípios onde as arrecadações de ISS são pequenas.
e) a água tem sido, atualmente no Brasil, um dos recursos naturais que mais recebem investimentos para o
controle da poluição.
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c) É fato que, quanto maior a produção industrial de bens de consumo duráveis e não duráveis, maior será a
demanda por recursos naturais, em especial as fontes de energia. Consequentemente, quanto maior o
consumo, maior será a produção dos diversos tipos de resíduos, daí a necessidade de promover, junto à
sociedade global, reciclagem como forma de amenizar os impactos ambientais.
d) Recentemente, o IPCC – Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudanças Climáticas - organizou
conferências sobre o tema e, entre elas, destacam-se as Conferências das Partes realizadas no continente
africano (África do Sul) e a última, no Oriente Médio (no Catar).
e) Vinte anos depois da Conferência no Rio de Janeiro no início da década de 1990, ambientalistas e diversos
representantes de quase duas centenas de países se reuniram no Brasil para um novo encontro da ONU
sobre o meio ambiente, a denominada Rio + 20.
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A cidade do Rio de Janeiro, apesar de tão rica em belezas naturais, sofre com problemas ambientais, causados
pelo próprio homem.
A alternativa que apresenta respectivamente uma relação causa-consequência na degradação do meio ambiente é
a) desmatamento sem controle – estiagem.
b) enchente – alteração do curso d’agua de um rio.
c) reciclagem do lixo – criação de mais aterros sanitários.
d) maior poluição do ar – aumento da quantidade de fábricas e veículos.
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Analise as seguintes afirmações a respeito do rompimento da barragem de rejeitos de minérios em Mariana – MG:
I. Apesar do dano ambiental e das obras de recuperação da Bacia do Rio Doce serem muito caras, é possível
recuperar toda a região atingida em um prazo de até 5 anos, como informam os especialistas.
II. Os impactos da lama na região estuarina do Rio Doce não se limitam apenas a este ambiente; atingem
também organismos animais e vegetais dos sistemas marinhos adjacentes.
III. Uma vez no mar, a lama pode afetar espécies como a tartaruga gigante, o golfinho pontoporia e as baleias
jubartes, além de outros sistemas manguezais.
Está correto o que se afirma apenas em:
a) I e III.
b) III.
c) I e II.
d) II.
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Considerando o texto apresentado e os múltiplos aspectos a ele relacionados, julgue o item a seguir.
A ocupação desordenada das áreas litorâneas, com urbanização, uso turístico e construção de infraestruturas
como estradas e portos, têm intensificado processos erosivos e de impactos negativos ao meio ambiente.
( ) Certo ( ) Errado
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Tendo o texto acima como referência inicial e considerando os múltiplos aspectos que envolvem o tema por ele
abordado, julgue o item a seguir.
Os especialistas são unânimes na defesa dos lixões a céu aberto como a melhor alternativa para o combate à
poluição e para a melhoria geral das condições sanitárias das cidades.
( ) Certo ( ) Errado