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Danuzio Neto
Aula 09
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Geopolítica para PRF Prof. Danuzio Neto
Aula 09
SUMÁRIO
SUMÁRIO 2
A DIVISÃO INTER-REGIONAL DO TRABALHO E DA PRODUÇÃO NO BRASIL 4
FRONTEIRA AGRÍCOLA 6
NORDESTE 9
Diversificação econômica da região 9
Contratempos na economia 9
Pontos fortes da economia da região 11
Bahia, o estado mais rico do Nordeste 11
Polo industrial de Camaçari 11
O porto digital e a refinaria de Recife 13
Polo têxtil, calçadista e automobilístico do Ceará 13
Produção do petróleo e sal 13
As quatro sub-regiões nordestinas 14
Vale do São Francisco 16
SUDESTE 17
Atividade agrícola na região, a cultura cafeicultora 17
A criação de gado 19
O desequilíbrio na evolução da agricultura de São Paulo 19
Principais regiões econômicas do Sudeste 19
SUL 22
Extrativismos vegetal e mineral 23
Norte do Paraná 24
Planalto paranaense 24
Encosta catarinense 24
Planalto Catarinense 24
Planalto Norte-Rio-Grandense 25
Depressão central 25
Extremo Sul 25
CENTRO-OESTE 27
Tecnologia e a agricultura 27
O dinamismo econômico de Goiás 28
A industrialização de Goiás e o agronegócio 28
Centro-Oeste, oportunidades 28
Industrialização do Mato Grosso 29
Área pastoril do Pantanal 29
O avanço nas selvas do Mato Grosso 29
Etanol ameaça o cerrado 30
NORTE 33
Agricultura de subsistência 33
A agricultura comercial cresce 33
A pecuária 33
A mineração moderna 34
Os grandes projetos da Amazônia 35
Projeto Jari 35
Projeto Carajás 35
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Em última instância, no mundo globalizado, a competitividade fez com que o nível de exigência técnica
esperada dos trabalhadores tanto do campo quanto da cidade se tornasse cada vez maior.
A dinâmica do trabalho no país relaciona-se com a dinâmica vivida dentro dos próprios centros urbanos,
como os movimentos pendulares das pessoas que vivem em regiões periféricas, mais baratas, e trabalham em
áreas centrais, com melhores oportunidades de trabalho.
Outros fatores que explicam a divisão inter-regional do trabalho em nosso país são os processos de
desindustrialização e desconcentração industrial pelo qual passamos.
A desconcentração industrial, em especial, demonstra como importante segmento da mão-de-obra tem
se deslocado das grandes cidades para as pequenas e médias, já que este fenômeno é influenciado, dentre
outros fatores, pela busca de qualidade de vida e o menor custo destas cidades. Essas migrações, em especial,
ajudam a diminuir a distância de qualificação entre trabalhadores dos grandes centros urbanos e as cidades
menores.
No Brasil, a geração de emprego altamente especializado intensifica a divisão social do trabalho no campo
e a concentração de empregos nos complexos agroindustriais especializados localizados em cidades médias,
acima de 100 mil habitantes, bem como o trabalho sazonal, causando um processo migratório recente: a migração
descendente (de metrópoles para cidades médias do interior) de profissionais especializados no agronegócio que
migram em razão do período de safra e entressafra.
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Se houve alguma transformação na economia política do capitalismo do final do século XX, cabe-
nos estabelecer quão profunda e fundamental pode ter sido a mudança. São abundantes os sinais
e as marcas de modificações radicais em processos de trabalho, hábitos de consumo, configurações
geográficas e geopolíticas, poderes e práticas do Estado etc. No Ocidente, a produção em função
de lucros permanece como o princípio organizador básico da vida econômica.
David Harvey. Condição pós-moderna. 2012, p. 117 (com adaptações)
Como esta aula trata sobre a divisão inter-regional do trabalho e da produção, nesta aula adotaremos a
regionalização oficial do Brasil, aquela formulada pelo IBGE, que divide o país em cinco regiões: Norte, Nordeste,
Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
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FRONTEIRA AGRÍCOLA
No Brasil, a fronteira agrícola se encontra atualmente na região Norte, tomando espaço de vastas
porções da Floresta Amazônica, e também na área que ficou conhecida como Matopiba, e que é formada pelos
estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
Em relação aos estados, podemos ainda citar como regiões da fronteira agrícola os seguintes: Pará e Mato
Grosso. Por conta deste avanço, são ainda registrados vários conflitos na área da Floresta Amazônica
decorrentes de questões ambientais ou de “mera” luta por posse de terra. Dentre estes conflitos, ganhou
destaque o caso de Dorothy Stang, que era uma ativista norte-americana, mas naturalizada brasileira, que foi
assassinada por fazendeiros na cidade de Anapu (PA), em 2005. Com o desmatamento da Floresta Amazônica,
muitas comunidades indígenas perderam as suas terras ou tiveram os seus espaços reduzidos.
Assim, temos que a expansão da fronteira agrícola, especialmente na Amazônia Legal, é marcada por
conflitos entre assentados e grandes projetos agropecuários e de mineração e por intensa devastação e
desperdício dos recursos naturais e da biodiversidade, o que compromete o futuro da região.
Ou seja, a expansão da fronteira econômica no complexo regional da Amazônia é responsável por
desestruturar as formas de subsistência e a cultura das comunidades que historicamente ocupavam a região.
Além da expansão da fronteira agrícola, a floresta amazônica, o maior bioma brasileiro, também é
degradada por causa dos seguintes fatores:
• Extração de madeira;
• Mineração;
• Construção de hidrelétricas; e
• Abertura de estradas na selva.
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O que é o MATOPIBA?
Região considerada a grande fronteira agrícola nacional da atualidade, o Matopiba compreende o bioma
Cerrado dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia e responde por grande parte da produção brasileira
de grãos e fibras.
A área, até pouco tempo considerada sem tradição forte em agricultura, tem chamado atenção pela
produtividade cada vez crescente. Nos últimos quatro anos, somente o Estado do Tocantins expandiu sua área
plantada ao ritmo de 25% ao ano, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A topografia plana, os solos profundos e o clima favorável ao cultivo das principais culturas de grãos e fibras
possibilitaram o crescimento vertiginoso da região, que até o final da década de 1980 se baseava fortemente
na pecuária extensiva.
Porém a área também é considerada complexa o que torna ainda mais audacioso o desafio de garantir uma
agricultura moderna e sustentável. A área reúne 337 municípios e representa um total de cerca de 73 milhões de
hectares. Existem na área cerca 324 mil estabelecimentos agrícolas, 46 unidades de conservação, 35 terras
indígenas e 781 assentamentos de reforma agrária, segundo levantamento feito pelo Grupo de Inteligência
Estratégica (GITE) da Embrapa.
Tamanha prosperidade levou à oficialização da delimitação do território por meio da assinatura de decreto
pela presidenta Dilma Rousseff e ao lançamento da Agência de Desenvolvimento Regional do Matopiba pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento nos quatro estados que fazem parte da região.
Produção de grãos
A cultura principal nas principais regiões produtoras do Matopiba concentra-se atualmente na soja. Mas
outras culturas como arroz e algodão também tem papel importante. Segundo a pesquisa, grande parte deste
impulso na produtividade de grãos se deve ao acesso às tecnologias hoje empregadas, como o uso de híbridos
e cultivares adaptados às condições edafoclimáticas, além de boas práticas para o uso eficiente de fertilizantes,
corretivos e defensivos e sistemas conservacionistas de manejo como o plantio direto e a integração lavoura-
pecuária-floresta.
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De acordo com pesquisadores da Embrapa que atuam na região, mesmo com este grande salto na
produtividade das culturas da soja e do milho, a região ainda enfrenta grandes desafios no manejo e
conservação do solo e na implantação de sistemas integrados de produção. Embora bastante difundidos em
outros Estados do Bioma Cerrado, sistemas de intensificação ecológica ainda apresentam grandes dificuldades
na implantação e na condução ao longo dos anos.
Fonte: https://www.embrapa.br/tema-matopiba/sobre-o-tema
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NORDESTE
A região Nordeste, ainda no período colonial, foi a primeira a ser valorizada no uso de seus recursos
naturais. Ainda como resquício do tempo colonial, a região possui grande produção de cana-de-açúcar. Como a
maior parte deste uso se deu de maneira predatória, a região se viu com o passar dos séculos empobrecida e com
profundos desequilíbrios ambientais, sociais e econômicos.
Assim, pode-se dizer que a região Nordeste apresentou ocupação econômica pontual baseada na
agricultura e em fazendas de gado.
Por quase três séculos, o Nordeste foi a região mais importante e populosa do país. No primeiro censo
oficial, realizado em 1872, a sua população, percentualmente, representava 46,7% do total brasileiro – quase a
metade do país. No censo de 2010, esta participação já tinha caído para 28%, o que a coloca como segunda região
mais populosa, atrás apenas do Sudeste.
O Nordeste, por causa do seu histórico colonial com capitanias hereditárias e sesmarias, é a região que
apresenta os maiores índices de concentração fundiária.
Contratempos na economia
Mais dependente de transferências governamentais, a região foi abalada pela queda, em termos reais, de
recursos do Bolsa Família a partir de 2014. Além disso, por conta da crise político/financeira, houve o cancelamento
de vários investimentos na região, como os seguintes:
• Das refinarias Premium, no Ceará e no Maranhão;
• Da segunda fase da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco;
• De encomendas feitas pela Petrobras ao Estaleiro Atlântico Sul, também de Pernambuco.
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Fonte: https://diariodopresal.wordpress.com/2011/04/01/nordeste-concentrara-78-da-capacidade-das-novas-refinarias-do-pais/
Na Bahia, a JAC Motors, em função da retração do mercado, optou por deixar de construir uma fábrica
que foi anunciada para ser instalada em Camaçari sob um orçamento de R$ 1 bilhão.
A construção da ferrovia transnordestina, símbolo de uma prometida dinamização e integração da
economia da região, ficaram paralisadas durante três anos, até setembro de 2019, mas foram desaceleradas logo
em seguida, em julho de 2020. Iniciada em 2006, a Ferrovia Transnordestina já absorveu R$ 7 bilhões, dois terços
dos quais oriundos de fundos públicos, como o Finor, o FNE e o FDNE. Ainda assim, a obra continua sem prazo
para conclusão. A previsão inicial do governo Lula, que iniciou o projeto, é que a obra estivesse finalizada em 2010.
A ferrovia deve interligar o sertão do Piauí (Eliseu Martins) e os portos de Suape (PE) e do Pecém (CE).
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Além dessas atividades, o crescimento econômico do Nordeste nas últimas décadas está sendo
impulsionado também pelo setor de tecnologia. Sergipe, por exemplo, fez parcerias com a IBM, a Amazon e a
Microsoft para disponibilizar serviços em nuvem a pequenas e médias empresas.
Já no Ceará, em 2018, o governo injetou quase R$ 2 bilhões na área de tecnologia da informação (TI) para
projetos ao longo de 10 anos. Desse setor, merecem ainda destaque os parques tecnológicos, como o PORTO
DIGITAL, em Pernambuco, e o SergipeTec, em Sergipe.
Importante ainda comentarmos a agricultura nordestina. De acordo com o Diário Econômico ETENE
(DEE), publicado pelo Banco do Nordeste, a região tem 8,1% de participação na produção de grãos no Brasil –
sendo a Bahia responsável por 42,4% desta porcentagem.
No Nordeste, são também relevantes as seguintes culturas: feijão, milho, algodão e mandioca.
Em relação às indústrias, destacam-se:
• Tecnologia de informação (Campina Grande, PB);
• Alpargatas (Campina Grande, PB e Santa Rita, PB);
• Vulcabras Azaleia (CE, BA e SE) e M. Dias Branco (CE).
Quanto à localização, podemos afirmar que as regiões metropolitanas de Salvador, Recife e Fortaleza são
polos de industrialização de destaque na região.
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São fatores que contribuíram para que Camaçari fosse atratativa para a instalação de grandes empresas:
• Incentivos fiscais do governo estadual;
• Boa localização (entre os mercados consumidores do Norte e do Sul-Sudeste);
• Disponibilidade de mão de obra;
• Fácil acesso à matéria-prima; e
• Presença do maior polo petroquímico do hemisfério Sul.
Como pode ser observado no mapa a seguir, Camaçari fica próxima de Salvador e do Recôncavo Baiano,
onde há grande produção de petróleo – uma das mais importantes do país.
BAHIA - MAPA 1
Fonte: http://www.viagemdeferias.com/salvador/bahia/mapa.php
BAHIA - MAPA 2
Fonte: http://www.ufrb.edu.br/portal/component/content/article?id=994
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Fonte: http://brasilregionalisado.blogspot.com/2014/09/sub-regioes-do-nordeste.html
MEIO-NORTE
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SERTÃO
Abrangência: presente em quase todos os estados da região, é uma extensa área de clima semiárido, que
compreende o centro da região Nordeste. Ocupada em sua maior parte pelo Polígono das Secas.
Vegetação: caatinga.
Apresenta chuvas escassas e mal distribuídas.
A bacia do rio São Francisco, a maior da região, é a única fonte de água perene para as populações que
habitam suas margens. Suas águas são utilizadas para irrigação e também é fonte de energia através de
hidrelétricas como a de Sobradinho (BA).
As maiores concentrações humanas estão presentes nos vales dos rios Cariri e São Francisco.
Atividades econômicas principais:
• Pecuária; e
• Cultivo irrigado de frutas e flores.
AGRESTE
Área de transição entre a zona da mata, úmida, e o sertão semiárido, corresponde ao topo do planalto da
Borborema.
As áreas mais úmidas são conhecidas como “brejos”, onde se pratica uma policultura para abastecer as
capitais litorâneas.
Atividades econômicas principais:
• Pecuária extensiva, nos trechos mais secos; e
• Agricultura de subsistência e a pecuária leiteira, nos trechos mais úmidos.
ZONA DA MATA
Abrangência: faixa litorânea de até 200 quilômetros de largura que se estende do Rio Grande do Norte ao
sul da Bahia. No período colonial, por causa da área de cultivo da cana-de-açúcar, parte desta região era conhecida
como Zona da Mata Açucareira.
É a sub-região mais urbanizada e populosa.
O clima é tropical úmido e o solo é fértil em razão da regularidade de chuvas.
Vegetação: Mata Atlântica, praticamente extinta e substituída por cana-de-açúcar.
Atividades econômicas principais:
• Cana-de-açúcar;
• Cacau;
• Fumo;
• Lavoura de subsistência; e
• Produção de sal marinho, principalmente no Rio Grande do Norte.
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NORDESTE
- Foi a primeira a ter seus recursos naturais explorados, ainda no Período Colonial.
- Pobre e com profundos desequilíbrios ambientais, sociais e econômicos.
- Por quase três séculos, foi a região mais importante e populosa do país.
- Dependente de transferências governamentais.
- Sofreu cancelamento de vários investimentos governamentais por causa da crise político/financeira recente
do Brasil.
- Sofreu também cancelamento de investimento privado, como o da JAC Motors, na Bahia, que optou por
deixar de construir uma fábrica que foi anunciada para ser instalada em Camaçari, sob um orçamento de R$
1 bilhão.
- A construção da ferrovia transnordestina, símbolo de uma prometida dinamização e integração da
economia da região, segue em ritmo lento.
- Cultivos irrigados de frutas e flores no sertão.
- O desenvolvimento do turismo, que se beneficia das cidades litorâneas.
- Expansão do ecoturismo e do turismo histórico e cultural.
- Crescimento industrial, principalmente por conta da guerra fiscal que levou uma série de indústrias a se
instalarem na região.
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SUDESTE
A região Sudeste, a mais rica do Brasil, tem duas fortes características no campo econômico:
• GRANDE DESENVOLVIMENTO; e
• CRESCENTE DINAMISMO.
A região começou a se projetar nacionalmente com o advento do ciclo do ouro, quando passou a se tornar
o novo centro econômico, político e social do país. Logo após o ciclo do ouro, surgiu a cultura do café, que
inauguraria uma nova fase econômica brasileira, oportunidade em que o papel econômico do Sudeste ganhou
ainda mais relevância.
Quando a desejada industrialização do Brasil começou, foi também no Sudeste que se concentraram,
por muitos anos, as atividades fabris. Mesmo com o passar das décadas e com a desconcentração industrial, o
dinamismo do Sudeste ainda exerce uma enorme influência sobre todo o território nacional.
A vida urbana na parte mais desenvolvida do Sudeste reflete uma economia que se caracteriza pelo seu
grande dinamismo. Muito além do comércio regional, o Sudeste tornou-se importante para todo o Brasil,
exercendo uma influência comercial nacional. A influência é mais intensa (e se manifesta pelos aspectos mais
variados) a partir do núcleo da região, da sua parte mais desenvolvida, onde se situam as duas metrópoles globais
do país: SÃO PAULO e RIO DE JANEIRO. São elas os dois maiores centros industriais e comerciais e,
principalmente, os centros das finanças do país. Além disso, constituem os focos culturais e políticos mais
influentes.
Pelo seu maior desenvolvimento agrícola, industrial e comercial, é no Sudeste que se origina a maior
riqueza do país. Parte dessa riqueza se distribui às outras regiões, por meio do comércio e da aplicação de
impostos que são redistribuídos nacionalmente. Assim, o Sudeste é a região que mais se beneficia dos crescentes
desníveis socioeconômicos inter-regionais, atraindo para si mão de obra barata e matérias-primas, por exemplo.
A região ainda possui importantes polos automobilísticos, como o do ABC (SP), o da região de Campinas,
Sumaré, Sorocaba e São Carlos (SP), o do Rio de Janeiro e o de Minas Gerais.
Atenção!
É em Minas Gerais, e não em São Paulo, que está a maior
produção de café do país na atualidade.
Fator determinante para o desenvolvimento e organização do Sudeste nos últimos 150 anos, a cultura de
café se expandiu e contribuiu para:
• A atração de habitantes; e
• A substituição da mata virgem da região.
Foi a partir da cafeicultura que se originou o nascimento de novas cidades, o desenvolvimento de outras
e se desenvolveu a construção de ferrovias e de estradas fundamentais para o escoamento do produto.
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Inicialmente cultivado no Vale do Paraíba, em alguns lugares ao norte do Rio de Janeiro, as plantações de
café se multiplicaram e logo progrediram para o Norte (Zona da Mata, em Minas Gerais) e para o oeste. Depois se
estenderam até as proximidades do rio Paraná. A penetração do café nas terras tropicais do norte do Paraná
contribuiu para ligar o Sul ao Sudeste.
Por muito tempo, a cafeicultura se desenvolveu por meio de grandes propriedades que se dedicavam à
monocultura comercial. Seus trabalhadores eram conhecidos como colonos, em São Paulo, e meeiros, em
Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Nas últimas décadas, a grande propriedade (fazenda de café) deixou
de praticar a monocultura, que passou a ser mais praticada em pequenas propriedades, como sítios.
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A atividade cafeeira, motor propulsor do início da industrialização brasileira, viu as suas técnicas de
trabalho se modernizaram com o tempo, o que muito contribuiu para a diversificação da produção agrícola. O
Sudeste apresenta, atualmente, uma grande variedade de produtos agrícolas comerciais, tomando para si,
inclusive, a supremacia em algumas produções, como a cana-de-açúcar, que agora tem a sua maior colheita no
Estado de São Paulo (responsável por aproximadamente 60% da produção de toda a cana e etanol do país).
Contribuem fortemente para a maior diversificação da produção: horticultura, avicultura e a fruticultura
(especialmente de laranja, já que São Paulo é o maior produtor desta cultura no Brasil). Além disso, observa-se nos
últimos anos o crescimento da pecuária no Estado. Das culturas com maior importância na região, destacam-se a
de soja e a de trigo, cultivadas no oeste-sudoeste paulista.
A criação de gado
O rápido crescimento das cidades contribuiu para que a criação de gado bovino, dentre as atividades
agrárias, tivesse o maior aumento no Sudeste (as populações, obviamente, precisam se alimentar). Com o
aumento da abertura de áreas, renovação ou formação de pastagens, verificou-se o aumento da produção de
algodão, do amendoim, do arroz e do milho.
As terras esgotadas pela cultura cafeeira passaram a ser utilizadas para a criação do gado leiteiro. Em
torno do Rio de Janeiro, de São Paulo e do sul de Minas surgiram áreas de produção especializada, conhecidas
como bacias leiteiras.
Nas áreas mais novas (oeste de São Paulo e baixo rio Doce), a floresta foi substituída por extensas
pastagens chamadas invernadas.
A parte LESTE (Sudeste Velho) caracteriza-se por fatores que restringem o desenvolvimento agrícola:
• Terras mais cansadas; e
• Topografia acentuada.
Na parte NORTE da região, a criação extensiva é a atividade mais comum e é onde se encontram as
grandes fazendas de gado, típicas do interior do país.
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Em termos agropecuários, destacam-se a presença do gado leiteiro e dos cultivos da banana e do arroz no
Vale do Paraíba e “cinturões verdes” (hortifrutigranjeiros) ao redor de Grande São Paulo.
Oeste Paulista
Formado pelas regiões de Ribeirão Preto, Araraquara, Piracicaba, São José do Rio Preto, Presidente
Prudente e Araçatuba, no interior do Estado de São Paulo.
Possui agroindústria diversificada e forte pecuária extensiva.
Destacam-se os cultivos de laranja, cana-de-açúcar (álcool), algodão, café, soja, milho além da pecuária
de corte.
Sudeste Oriental
Formado pela Zona da Mata mineira, norte do Rio de Janeiro e pelo Estado do Espírito Santo.
Tem como principais atividades econômicas:
• A pecuária leiteira e o cultivo de café e cana (Zona da Mata mineira);
• Cana-de-açúcar (norte do Rio de Janeiro, na bacia de Santos e no litoral de São Paulo – não são as
plantações mais expressivas do país); e
• A siderurgia na região de vitória, no Espírito Santo.
Triângulo mineiro
Importante região do Estado de Minas Gerais, onde se destaca a pecuária extensiva e cultivo do arroz,
milho, algodão, soja e café.
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Vale do Iguape
Área do sul do Estado de São Paulo, onde se cultivam chá e banana.
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/7479982/
SUDESTE
- É a mais rica do Brasil.
- Começou a se projetar nacionalmente com o advento do ciclo do ouro, quando passou a se tornar um “centro
de gravidade” econômico, político e social.
- Logo após o ciclo do ouro, surgiu a cultura do café, que inauguraria uma nova fase econômica brasileira,
oportunidade em que o papel econômico do Sudeste ganhou ainda mais relevância nacional.
- Foi no Sudeste que se concentraram, por muitos anos, as atividades fabris.
- Atualmente, o dinamismo do Sudeste ainda exerce uma enorme influência sobre todo o território nacional.
- Tem os dois maiores centros industriais, comerciais e financeiros do país: São Paulo e Rio de Janeiro.
- Continua sendo a região produtora de
- Por muito tempo, a cafeicultura se desenvolveu por meio de grandes propriedades que se dedicavam à
monocultura comercial.
- Nas últimas décadas, a grande propriedade (fazenda de café) deixou de praticar a monocultura e pequenas
propriedades, como sítios, tornaram-se mais frequentes.
- Maior produtor de cana-de-açúcar (o estado de São Paulo é responsável por mais da metade da produção
de toda a cana e etanol do país).
- As terras esgotadas pela cultura cafeeira em áreas ocupadas há mais anos passaram a ser utilizadas para a
criação do gado leiteiro.
- Em torno do Rio de Janeiro, de São Paulo e do sul de Minas surgiram áreas de produção especializada,
conhecidas como bacias leiteiras.
- Nas áreas mais novas (oeste de São Paulo e baixo rio Doce), a floresta foi substituída por extensas pastagens
chamadas invernadas.
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SUL
A Região Sul, em termos populacionais, é caracterizada pela presença de imigrantes europeus “recentes”
que contribuíram para o desenvolvimento da economia local, baseada na pequena e média propriedade rural de
policultura (cultivo de vários produtos agrícolas). O Rio Grande do Sul recebeu principalmente imigrantes italianos,
eslavos e alemães. Em Santa Catarina, açorianos colonizaram o litoral; alemães, a região norte; e italianos, o
planalto e a porção oeste. No Paraná, chegaram italianos, alemães e japoneses; mais recentemente, chegaram
também paraguaios na fronteira oeste. Por causa desse histórico, de colonos cultivando pequenas porções de
terras, e não grandes latifúndios como no Nordeste, o Sul é a região que apresenta a menor concentração fundiária
do país.
A região Sul tem uma agricultura diversificada e é considerada uma das mais importantes áreas de criação
de gado do país. Dentro da região, duas áreas têm especial destaque:
• O NORTE DO PARANÁ, uma das mais importantes áreas agrícolas do país (onde se produz, dentre
outros, café, cana, milho, algodão, soja e trigo – cultivados principalmente em terra roxa); e
• O SUL E O SUDESTE DO RIO GRANDE DO SUL (domínio dos pampas), uma das áreas mais
tradicionais de pecuária extensiva do país (criação de bovinos - com muitas raças europeias – e de
ovinos – maior rebanho do Brasil).
Ainda na região dos pampas (porção meridional do Rio Grande do Sul), surge uma das principais áreas
produtoras de cereais do Brasil, que se beneficia das condições dos solos mais férteis e de uma topografia pouco
acidentada. A região dos pampas é a maior produtora de arroz e de centeio do Brasil.
A seguir, apresento a extensão do bioma Pampa, no Rio Grande do Sul, a fim de facilitar a nossa
compreensão.
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Na área do planalto (que se estende do norte do Rio Grande do Sul ao Paraná), nas áreas de encostas e nos
vales aparecem os cultivos ligados à colonização estrangeira (Alemães e italianos, principalmente), mas também
de soja. O Paraná, inclusive, é o estado com a maior produtividade no cultivo deste produto e é o maior produtor
de cevada, trigo e aveia. Traços marcantes nessa área são as pequenas propriedades, a policultura e a rotação
de terra e de cultivos.
Dentre os produtos cultivados, destacam-se os cereais, uva (ficam no Sul as principais áreas vinicultoras
do país), trigo, batata, fumo. No Paraná há também expressiva produção de cana-de-açúcar.
Fonte: https://pt.slideshare.net/Suki_24h/regio-sul-7-ano
Importante ainda notar que, por conta da agropecuária forte nos três estados da região, há grandes
frigoríficos no Sul do país.
Assim como o Sudeste, o Sul é caracterizado pela presença mais consolidada do conhecimento científico,
da técnica e da informação.
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Norte do Paraná
Região economicamente mais dinâmica do Paraná, sua economia é considerada um prolongamento da
produção do Oeste Paulista, desde a expansão do café.
O norte do Paraná é dividido em três regiões:
• O NORTE VELHO, região de Jacarezinho, onde a ocupação do café começou (hoje, com os solos
esgotados, desenvolvem-se pastagens destinadas à criação extensiva);
• O NORTE NOVO, região de Londrina e Maringá, os dois maiores centros econômicos do norte do
Paraná, onde se produz café nos solos de terra roxa; e
• O NOVÍSSIMO NORTE, região de Paranavaí para o oeste, de mais recente ocupação, ligada à
policultura comercial (soja, milho, algodão, cana e trigo).
Planalto paranaense
Destaca-se pela agropecuária e pela presença da metrópole regional e capital do Estado, Curitiba.
A industrialização do Estado concentra-se ao redor de Curitiba (papel, celulose, petroquímica, têxtil,
alimentícia, automobilística – Volvo, Audi, Renault) e se aproveita de alguns fatores:
• A proximidade geográfica com o Estado de São Paulo;
• O porto de Paranaguá; e
• A energia hidroelétrica vinda de Itaipu.
A agropecuária também é considerada o forte da região, onde se encontra o cultivo de soja, milho, trigo,
algodão e feijão; na pecuária, destaca-se a criação suína e leiteira na região de Castro. A madeira e o xisto
betuminoso (São Mateus do Sul) são os dois recursos naturais que mais se destacam na região.
Encosta catarinense
Divide-se em três regiões: o Vale do Itajaí, zona central e zona carbonífera.
O Vale do Itajaí, de colonização alemã, é a principal área econômica de Santa Catarina. Nela se destacam
importantes centros industriais como Blumenau, Brusque e Joinville – e onde também se desenvolvem os setores
têxtil, metalúrgico, mecânico e de utensílios domésticos do Estado. Quanto à agropecuária, destacam-se a
policultura em pequenas e médias propriedades (fumo, legumes, batata, arroz, milho) e a pecuária leiteira e de
criação de suínos.
Na Zona Central, onde está Florianópolis, cuja importância está em ser o centro político-administrativo
do Estado e ser também um importante centro turístico.
A Região Carbonífera, de colonização italiana, tem na produção do carvão a sua principal atividade
econômica.
Planalto Catarinense
Localizado no centro-oeste de Santa Catarina, sua base econômica é a policultura cultivada em pequenas
e médias propriedades: soja, milho, trigo; na pecuária, destacam-se a produção de suínos e frangos. Outros
destaques são a fruticultura, a produção de erva-mate e a extração de madeira.
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Planalto Norte-Rio-Grandense
Estende-se da região serrana gaúcha até a bacia do Alto Uruguai. Sua base econômica é a agropecuária, o
cultivo do fumo, da soja, do trigo, da uva e pela pecuária de suínos.
Depressão central
Principal região econômica do Estado do Rio Grande do Sul, devido à concentração urbano-industrial na
Grande Porto Alegre, possui importantes centros industriais, como Canoas e Novo Hamburgo. Destacam-se a
rizicultura no Vale do Jacuí e a produção de carvão.
Extremo Sul
Abrange a chamada Campanha Gaúcha e região lagunar (sul, sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul). A
economia baseia-se na tradicional pecuária extensiva (ovino e bovino) com elevada qualidade dos rebanhos e na
agricultura comercial de arroz, soja e trigo.
Há ainda, na região de Pelotas, importante atividade industrial.
Fonte: http://geofundamental.blogspot.com/2015/11/regiao-sul-atividade-7-ano.html
SUL
- Duas áreas têm especial destaque: o norte do Paraná, uma das mais importantes áreas agrícolas do país
(onde se produz, dentre outros, café, cana, milho, algodão, soja e trigo – cultivados principalmente em
terra roxa); e o sul e o sudeste do Rio Grande do Sul (domínio dos pampas), uma das áreas mais
tradicionais de pecuária extensiva do país (criação de bovinos - com muitas raças europeias – e de ovinos –
maior rebanho do Brasil).
- A região dos pampas é a maior produtora de arroz e de centeio do Brasil.
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- Na área do planalto (que se estende do norte do Rio Grande do Sul ao Paraná), nas áreas de encostas e nos
vales aparecem os cultivos ligados à colonização estrangeira (Alemães e italianos, principalmente), mas
também de soja.
- Traços marcantes nessa área são as pequenas propriedades, a policultura e a rotação de terra e de cultivos.
- Dentre os produtos cultivados, destacam-se os cereais, uva (ficam no Sul as principais áreas vinicultoras do
país), trigo, batata, fumo, dentre outros.
- No Paraná há também expressiva produção de cana-de-açúcar.
- Por conta da agropecuária forte, há grandes frigoríficos no Sul do país.
- No Sudeste de Santa Catarina está a principal produção carbonífera do Brasil.
- O Rio Grande do Sul é o segundo produtor de carvão da região, que é extraído de reservas localizadas nos
municípios de São Jerônimo e Butiá.
- O Norte do Paraná, região economicamente mais dinâmica do estado, tem uma economia que é
considerada prolongamento da produção do Oeste Paulista, desde a expansão do café.
- O norte do Paraná é dividido em três regiões: o norte velho, região de Jacarezinho, onde a ocupação do café
começou (hoje, com os solos esgotados, desenvolvem-se pastagens destinadas à criação extensiva); o norte
novo, região de Londrina e Maringá, os dois maiores centros econômicos do norte do Paraná, onde se
produz café nos solos de terra roxa; novíssimo norte, região de Paranavaí para o oeste, de mais recente
ocupação, ligada à policultura comercial (soja, milho, algodão, cana e trigo).
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CENTRO-OESTE
Região menos povoada do Brasil, o Centro-Oeste se tornou um dos mais importantes produtores
agrícolas do país, destacando-se, dentre as suas atividades, a produção de:
• ALGODÃO (a maior do país);
• SOJA (a maior do país);
• MILHO (a maior do país); e
• Arroz.
Atenção!
O Centro-Oeste é onde estão os maiores rebanhos bovinos do país, porém é nas
regiões Sudeste e Sul que são empregadas as técnicas mais avançadas na criação de
gado e, por isso, obtêm a mais alta produtividade.
Além dessas atividades, a região apresenta importante industrialização, com fábricas da J&F, a
Panpharma, a Bunge, ADM e Cargill, bem como a indústria automobilística (Mitsubishi e Hyundai).
A região ainda tem importante atividade nos setores tecnológicos (Brasília tem forte produção de
softwares) e de serviços (também com destaque para Brasília, que possui forte turismo de negócios e do mercado
de luxo).
A região Centro-Oeste é uma área em que se expande o cultivo pela produção mecanizada em direção à
Amazônia e, por isso, vem pressionando a expansão da fronteira agrícola para o norte do país.
Na região Centro-Oeste predominam as grandes propriedades de PECUÁRIA EXTENSIVA, de SOJA e de
ALGODÃO.
O Centro-Oeste através da exploração do seu cerrado aparece como uma das regiões mais produtivas
do Brasil.
Tecnologia e a agricultura
É impossível pensar na transformação do Centro-Oeste como “celeiro agrícola” e principal região “criadora
de gado bovino” sem fazer uma correlação com as pesquisas de correção do solo, que permitiram o avanço da
fronteira agrícola sobre o cerrado.
Neste contexto, é importante anotar que a Embrapa foi a principal responsável pela adaptação da soja
(e também do milho, arroz, trigo e algodão) ao clima quente da região. Assim como na lavoura, a Embrapa
também contribuiu para implantação da pecuária de corte mais moderna e mais produtiva. No início, a Embrapa
tinha uma meta principal: expansão da fronteira agrícola. Agora, a meta é aumentar a produção sem que isso
signifique um aumento da área plantada.
O desenvolvimento de tecnologia apropriada à exploração do cerrado no centro-sul do Brasil possibilitou
a migração de capitais para o interior.
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Centro-Oeste, oportunidades
O Mato Grosso do Sul apresenta grandes extensões de solos arenosos, muito pobres, onde a ocupação
humana é bastante escassa – nesta região há, ainda assim, criação extensiva de gado. Há melhores áreas de solo,
principalmente de manchas de terra roxa, em torno do rio Dourados, onde pequenos proprietários exercem
importante atividade agrícola (arroz, milho, café, amendoim, soja e trigo).
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Fonte: https://imazon.org.br/mapas/amazonia-legal/
"O Brasil espera dobrar a produção de etanol, um biocombustível 'moderno', nas próximas duas
décadas. (...) Para produzir matéria-prima vegetal suficiente para alcançar esses objetivos, a área
cultivada está crescendo rapidamente (...). O crescimento das fazendas coloca em risco regiões
ecológicas inteiras, como o cerrado."
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"Com o possível aumento da exportação de etanol de países como o Brasil para a Europa, os
Estados Unidos e o Japão, está aumentando a preocupação quanto à sustentabilidade de uma
produção de biomassa em larga escala. (...) Esse temor se deve principalmente ao fato de a terra
disponível, além das reservas de biodiversidade, ter que ser dividida para diversos usos, como a
produção de alimentos e de vegetais para a produção de energia".
CENTRO-OESTE
- Um dos mais importantes produtores agrícolas do país.
- Possui importante industrialização.
- É onde estão os maiores rebanhos bovinos do país.
- A expansão da pecuária foi facilitada pela existência dos cerrados, já que a vegetação rasteira e aberta
favorece a circulação dos animais e serve como pasto nativo. O sistema de criação é, de modo geral,
extensivo.
- As pesquisas de correção do solo permitiram o avanço da fronteira agrícola sobre o cerrado.
- A Embrapa foi a principal responsável pela adaptação da soja (e também do milho, arroz, trigo e algodão)
ao clima quente da região.
- A Embrapa também contribuiu para implantação da pecuária de corte mais moderna e mais produtiva na
região.
- A região sul de Goiás é a mais desenvolvida do Centro-Oeste: população mais densa, maior atividade
agrícola e maior número dos aglomerados urbanos, sendo que muitas de suas povoações são antigas e
viviam relativamente isoladas há até pouco tempo.
- No centro de Goiás, há uma grande área florestal, chamada de Mato Grosso de Goiás.
- Como Goiânia foi uma cidade planejada especificamente para ser a capital do Estado, há vias que foram
desenhadas desde os primeiros anos da cidade para ligá-la a São Paulo e Minas Gerais.
- A mudança da capital federal e a construção da Estrada Belém-Brasília deram grande impulso para tornar
Goiânia uma cidade dinâmica economicamente.
- O avanço do povoamento para o norte, ao longo da Belém-Brasília, em direção ao Araguaia, favoreceu o
progresso da região “Goiânia-Anápolis”.
- O sul de Goiás evoluiu com a contribuição de manchas de terra roxa que favoreceram a agricultura e a
estrada para o Mato Grosso (Brasília-Acre).
- Brasília é importante polo de produção de software e como destaque no setor de turismo de negócios.
- Os municípios de Rio Quente e Caldas Novas são famosas estâncias hídricas e a Chapada dos Veadeiros atrai
os místicos e ecoturistas.
- O Mato Grosso do Sul apresenta grandes extensões de solos arenosos, muito pobres, onde a ocupação
humana é bastante escassa – nesta região há, ainda assim, criação extensiva de gado.
- Ponta Porã é a principal área de produção de erva mate.
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- Campo Grande é a capital econômica de todo o Mato Grosso do Sul. Nela, há um importante entroncamento
de comunicações ferroviárias e rodoviárias (as principais estradas que nela se cruzam vão para Cuiabá,
Corumbá e Ponta Porã), destacando-se a rodovia-tronco asfaltada que a liga diretamente com São Paulo.
- Na região de Corumbá, no estado do Mato Grosso do Sul, existem imensas reservas de minérios de ferro e
manganês. O desenvolvimento do Estado do Mato Grosso do Sul vem se intensificando, tanto por fazer
parte da região mais dinâmica do país, o “Centro-Sul”, quanto pela proximidade com os países do Mercosul
e pela presença da hidrovia Paraguai-Paraná.
- No Mato Grosso do Sul também se sobressai o turismo, principalmente com as cidades de Corumbá (capital
do Pantanal) e Bonito.
- O Pantanal é a principal área de criação do Centro-Oeste (sendo que a região Centro-Oeste é onde está o
maior rebanho de gado do país).
- Como o norte mato-grossense faz parte do domínio amazônico, a área foi ocupada, nas últimas décadas, a
partir do processo de expansão para a Amazônia. Extensas áreas de florestas foram devastadas, sobretudo
com as queimadas, transformando-se em áreas de pecuária extensiva e em áreas de produção agrícola. Os
cultivos mais importantes são os da soja e o algodão; há também intensa exploração da madeira.
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NORTE
Com a maior área territorial dentre todas as regiões, esta é a região brasileira onde ocorre o extrativismo
vegetal com maior intensidade.
A extração vegetal no Norte é favorecida pela abundância e variedade dos produtos encontrados em
toda a floresta Amazônica. A maior parte da produção e do comércio de exportação desses produtos é
tradicionalmente organizada por empresas que controlam uma determinada área, geralmente a bacia de um
pequeno rio, uma vez que os rios são, muitas vezes, as únicas vias de escoamento disponíveis.
Em lugar favorecido, geralmente se instala o barracão que armazena os produtos: látex em tambores,
bolas de borracha balata, castanhas e outras sementes, ou ainda torras de madeira. Esses estabelecimentos têm
a função de abastecer, com alimentos e outros artigos, os trabalhadores que vivem dispersos pela floresta
circundante (seringueiros, balateiros, castanheiros).
Outros produtos extrativos são os de origem animal, fazendo a região ser famosa pela grande quantidade
e diversidade de peles que comercializa. Essas atividades estão levando, pelo seu caráter predatório, ao extermínio
de animais amazônicos.
Ademais, é na região amazônica que está avançando atualmente a fronteira agrícola do Brasil. Assim,
pequenas propriedades de ribeirinhos e posseiros disputam espaço com as grandes propriedades que têm se
instalado na nova fronteira agrícola.
Em sua maior parte, o PIB da região Norte advém da exportação de matéria-prima, especialmente
minérios.
Agricultura de subsistência
A população que vive do extrativismo vegetal, nas propriedades da empresa ou fora delas, faz da
agricultura a sua atividade complementar, a fim de garantir o sustento de sua família. Assim, plantam-se
milho, feijão, arroz, abóbora e, sobretudo, a mandioca, já que a farinha d’água é o produto alimentar básico da
Amazônia.
O sistema de cultivo pouco difere daquele empregado pelos índios. As grandes árvores da floresta são
abatidas e se forma uma clareira, queimando-se a vegetação. A seguir, semeia-se entre a terra coberta de cinza e
entulhada de tocos de troncos queimados. Depois de dois ou três anos, a terra cansa e uma nova roça é aberta em
outro lugar. Por esse motivo, esse processo é chamado de sistema de cultivo itinerante.
A pecuária
As áreas de cerrado e dos campos limpos inundáveis das várzeas são aproveitadas para a criação extensiva.
Os campos inundáveis de Marajó (onde também são criados búfalos) são regiões famosas pelos seus rebanhos.
O Pará possui o maior rebanho de búfalos do país, que estão localizados principalmente na Ilha do Marajó.
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Fonte: https://www.amarante-vinhos.com.br/queijo%20-%20outra%20paixão/queijo-bufala-brasil/para/
A mineração moderna
Os recursos minerais são uma grande riqueza amazônica – dificultada, porém, pela espessa cobertura
florestal.
O manganês e o ouro (serra dos Carajás) são apenas dois exemplos das possibilidades da região nesse
setor. A região é também a maior produtora de minério de estanho do país. A cassiterita e o nióbio são obtidos
pelo processo de garimpagem em Rondônia. O diamante é garimpado no Amapá e, sobretudo, em Roraima. O
ouro aparece nessas regiões e, principalmente, no Pará (Serra Pelada) e no Amapá (serra do Navio). Há, ainda,
reservas de ferro (serra dos Carajás) e de bauxita (região de Oriximiná) no Pará. As reservas da serra dos Carajás
também ainda possuem grande importância.
Fonte: http://geoconceicao.blogspot.com/2010/05/recursos-minerais.html
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Registre-se ainda que, em 1967, o governo Castelo Branco criou a Sudam (Superintendência de
Desenvolvimento da Amazônia) e a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus).
A fim de integrar a região Norte com o resto do país também foram criadas:
• A Zona Franca de Manaus;
• O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária); e
• O Basa (Banco Nacional S.A.).
Esses órgãos passaram a orientar e controlar programas oficias de distribuição de terras, assentamento de
colonos, instalação de projetos de extração madeireira garimpos, dentre outros.
Nos anos 1970, desenvolveu-se grande projetos de reconhecimento (Radam – Radar da Amazônia),
ampliação de infraestrutura e exploração econômica (PIN – Plano de Integração Nacional – e Polamazônia –
Programa de Desenvolvimento e Ocupação da Amazônia).
Assim, grandes estradas foram abertas (Transamazônica, Cuiabá-Santarém, Perimetral Norte, Porto
Velho-Manaus) e instalaram-se grandes empreendimentos agropecuários e de mineração, sendo os principais os
projetos Jari, Carajás, Trombetas e Calha Norte.
A ocupação também se caracterizou pela construção de grandes hidrelétricas (Tucuruí e Balbina) e pelo
estímulo à migração intensiva para as áreas do Mato Grosso, Rondônia e Acre. A ocupação da Amazônia passou a
ser encarada como uma questão de segurança nacional.
Os mais importantes desses projetos para o desenvolvimento e a integração da região amazônica são:
Projeto Jari
Localizado às margens do Rio Jari, para produção de celulose e outros produtos, o projeto foi inicialmente
idealizado e de propriedade do milionário norte-americano Daniel Keith Ludwig. Foi adquirido por grupos
empresariais brasileiros, em 1981.
O Projeto Jari foi concebido como um projeto florestal para a produção de arroz, cana e criação de gado
(bovino e bufalino), e de exploração mineral para extração de caulim e bauxita, além de um projeto para a
instalação de uma hidroelétrica no rio Jari. Como suporte para estas atividades, o projeto conta com uma ferrovia,
mineroduto, rodovias e o porto de Munguba, localizado no Pará.
Projeto Carajás
A região de Carajás está localizada a sudeste do Pará, a aproximadamente 150 km de Marabá.
Em Carajás, existem depósitos, dentre outros, de ferro, manganês, bauxita, níquel, cobre, ouro. A
infraestrutura desse projeto compõe-se da ferrovia Carajás-Itaqui, que liga a região mineradora ao porto de Itaqui,
em São Luís/MA, além da usina de Tucuruí.
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NORTE
- A extração vegetal é favorecida pela abundância e variedade dos produtos encontrados.
- A região é famosa pela grande quantidade e diversidade de peles que comercializa. Essas atividades estão
levando, pelo seu caráter predatório, ao extermínio de animais amazônicos.
- É na região amazônica que está avançando atualmente a fronteira agrícola do Brasil.
- A população que vive do extrativismo vegetal, nas propriedades da empresa ou fora delas, faz da agricultura
a sua atividade complementar, a fim de garantir o sustento de sua família.
- Sistema de cultivo itinerante.
- As culturas especializadas, de valor comercial, caracterizam a economia amazônica depois que o
extrativismo vegetal entrou em decadência.
- A juta, que necessita de muita água para o preparo da fibra, é cultivada nas várzeas do baixo e médio
Amazonas.
- As áreas de cerrado e dos campos limpos inundáveis das várzeas são aproveitadas para a criação extensiva.
- O Pará possui o maior rebanho de búfalos do país, que estão localizados principalmente nos campos
inundáveis da Ilha do Marajó.
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- Os recursos minerais são uma grande riqueza amazônica – com extração dificultada, porém, pela espessa
cobertura florestal.
- A região é também a maior produtora de minério de estanho do país.
- A cassiterita e o nióbio são obtidos pelo processo de garimpagem em Rondônia.
- O diamante é garimpado no Amapá e, sobretudo, em Roraima.
- As reservas da serra dos Carajás ainda possuem grande importância.
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RESOLUÇÃO:
1. A Região Nordeste pode ser dividida em quatro sub-regiões: a Zona da Mata, o Agreste, o Sertão e o Meio-
Norte. ITEM INCORRETO.
2. ITEM CORRETO.
3. A sub-região da Zona da Mata é a mais industrializada e desenvolvida economicamente. ITEM INCORRETO.
4. ITEM CORRETO.
Resposta: A
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RESOLUÇÃO:
I. A maior concentração de terras está na região Nordeste. Além da herança colonial, que criou estruturas
concentradoras de terra, como as capitanias hereditárias e as sesmarias. ITEM CORRETO.
II. A menor concentração de terras está na região Sul e está relacionada à colonização europeia (italianos e
alemães, por exemplo) que reproduziu o modelo de pequenas propriedades de agricultura familiar,
principalmente na Serra gaúcha e no Oeste catarinense. ITEM CORRETO.
III. A região Centro-Oeste, forte no agronegócio, abriga grandes propriedades de pecuária extensiva, de soja e
de algodão. ITEM CORRETO.
IV. Na região Norte, pequenas propriedades de ribeirinhos e posseiros disputam espaço com as grandes
propriedades que têm se instalado na nova fronteira agrícola, avançando sobre território até então da
floresta. ITEM CORRETO.
Resposta: E
a) A letra “C” é a maior das sub-regiões do Nordeste, ocupada em sua maior parte pelo Polígono das Secas.
Cortada pelo rio São Francisco onde se destacam dois projetos de desenvolvimento para a região. Um,
polêmico, o de transposição das águas do São Francisco; outro, de sucesso, a fruticultura irrigada envolvendo
os municípios de juazeiro, na Bahia e Petrolina, em Pernambuco.
b) A letra “D” é o Agreste, região de transição entre a Zona da Mata úmida e o Sertão semiárido. Corresponde ao
topo do planalto da Borborema. As áreas mais úmidas são conhecidas como “brejos”, onde se pratica uma
policultura para abastecer as capitais litorâneas.
c) No Agreste da Paraíba se destaca a cidade de Campina Grande que por receber a instalação de diversas
empresas do setor, se destaca como polo tecnológico da região.
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d) A letra “B” corresponde à Zona da Mata, primeira região brasileira a ser ocupada e povoada. Recebe esta
denominação devido à ocorrência da Floresta Tropical Úmida ou Mata Atlântica que ainda recobre a maior
parte da região.
e) A letra “A” corresponde ao Meio Norte, compreendendo os Estados de Maranhão e Piauí. É uma faixa de
transição entre a Amazônia e o Sertão. Das palmeiras que predominam nesta sub-região podem ser extraídas
substâncias importantes para a economia da região.
RESOLUÇÃO:
a) ITEM CORRETO. Não é o gabarito.
b) ITEM CORRETO. Não é o gabarito.
c) ITEM CORRETO. Não é o gabarito.
d) A letra “B” corresponde à Zona da Mata, primeira região brasileira a ser ocupada e povoada. Recebe esta
denominação devido à ocorrência da Mata Atlântica, praticamente extinta e substituída por cana de açúcar.
Item incorreto. Gabarito da questão. ITEM INCORRETO
e) ITEM CORRETO. Não é o gabarito.
Resposta: D
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RESOLUÇÃO:
O Centro-Oeste é onde estão os maiores rebanhos bovinos do país.
A expansão da pecuária foi facilitada pela existência dos cerrados, já que a vegetação rasteira e aberta favorece a
circulação dos animais e serve como pasto nativo. O sistema de criação é, de modo geral, extensivo.
Resposta: B
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d) Há o desenvolvimento de frutas tropicais por meio da agricultura irrigada nas áreas mais secas e do cultivo da
cana-de-açúcar nas áreas litorâneas.
e) A pobreza de nutrientes no solo limita uma maior produção agrícola, mesmo assim se desenvolve a pecuária
leiteira que é cada vez maior nessas regiões.
RESOLUÇÃO:
a) ITEM CORRETO.
b) É o Centro-Oeste que tem na produção de soja e na pecuária de corte sua grande força, possui maiores
rebanhos do país com importantes frigoríficos. ITEM INCORRETO.
c) É o Nordeste que apresenta graves problemas no campo resultante do clima semiárido, dificultando a
produção de muitos cultivos. ITEM INCORRETO.
d) É o Nordeste que desenvolvimento de frutas tropicais por meio da agricultura irrigada nas áreas mais secas
e do cultivo da cana-de-açúcar nas áreas litorâneas. ITEM INCORRETO.
e) O Sul e o Sudeste não são caracterizados por solos pobres. ITEM INCORRETO.
Resposta: A
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geral na agricultura e na pecuária de bovinos, equinos e bufalinos. Apresenta um clima tropical semiúmido e duas
estações bem definidas. O inverno é ameno e seco e o verão é quente, úmido e chuvoso. Muito marcada pelos processos
erosivos do tempo geológico, a região possui muitos planaltos e planícies, sem grandes áreas de depressão. Os
principais rios da região são o rio Xingu, rio Juruena, rio Teles Pires, rio Paraguai, rio Araguaia, rio Paraná e rio
Tocantins. Além disso, a região abriga três usinas hidrelétricas e tem como predominância a produção de alguns
principais produtos agrícolas, como o milho, soja, mandioca, arroz, feijão, café, abóbora, trigo e amendoim.”
O texto acima se refere à seguinte região do Brasil:
a) Norte.
b) Sul.
c) Sudeste.
d) Centro-Oeste.
e) Nordeste.
RESOLUÇÃO:
É o Centro-Oeste que tem sua economia baseada de uma forma geral na agricultura e na pecuária de bovinos,
equinos e bufalinos.
Por causa dos rios citados, o candidato, eventualmente, pode ficar em dúvida entre as regiões Norte e Centro-
Oeste. A questão fala, porém, que esta região apresenta a SEGUNDA maior área territorial. Ora, como o Norte é
a região com a MAIOR área, este não pode ser o nosso gabarito.
Resposta: D
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O Centro-Oeste recebeu um contingente significativo de migrantes do Rio Grande do Sul, sobretudo a partir da
década de 1980, em função:
a) do extrativismo da erva-mate;
b) da proliferação dos tecnopolos;
c) da expansão da fronteira agrícola;
d) da polarização das metrópoles;
e) do crescimento da silvicultura.
RESOLUÇÃO:
a) O extrativismo da erva-mate ocorre na região Sul. ITEM INCORRETO.
b) Os principais tecnolopolos do Brasil estão na região Sudeste. ITEM INCORRETO.
c) ITEM CORRETO.
d) As principais metrópoles estão no Sudeste. ITEM INCORRETO.
e) A produção do Centro-Oeste não é caracterizada por um aumento da silvicultura na região. ITEM
INCORRETO.
Resposta: C
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barragens para a produção de energia hidrelétrica. Por outro lado, a expansão do sistema de integração de pequenos
produtores à indústria viabilizou, através do desenvolvimento de atividades compatíveis com reduzidas extensões de
terra - avicultura e suinocultura confinadas e cultivo do tabaco para a produção de fumo -, a permanência de pequenos
produtores cujos estabelecimentos não apresentavam escala adequada à implantação da lavoura mecanizada de
grãos".
Este texto refere-se à agricultura da:
a) Região Sul
b) Região Centro-Oeste
c) Estado de São Paulo
d) Região Nordeste
RESOLUÇÃO:
Esta questão exige bastante interpretação textual.
Observe que o candidato mais afoito, que lê apenas as expressões “fronteiras agrícolas” e “soja”, marca logo a
alternativa B – “Centro-Oeste”.
Porém o texto continua e fala também de “pequenos produtores” e “desenvolvimento de atividades compatíveis
com reduzidas extensões de terra”, características dos produtores do Sul brasileiro, que desenvolviam “áreas de
pecuária extensiva com base no arrendamento de terras e sobre a agricultura colonial”.
Resposta: A
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que foi posteriormente articulado e integrado, propiciam o surgimento de agudas “questões regionais”, que requerem
estudos que busquem compreender a lógica do desenvolvimento e das relações entre essas várias economias espaciais
que constituem uma só economia nacional.
L. G. Neto e C. A. A. Brandão. Formação econômica do Brasil e a questão regional. Internet:<www.ufpa.br> (com
adaptações).
Tendo como referência o texto precedente, julgue o item seguinte, a respeito de questões regionais e dos
contrastes delas derivados.
O desenvolvimento de tecnologia apropriada à exploração do cerrado no centro-sul do Brasil possibilitou a
migração de capitais para o interior.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
É impossível pensar na transformação do Centro-Oeste como “celeiro agrícola” e principal região “criadora de
gado bovino” sem fazer uma correlação com as pesquisas de correção do solo, que permitiram o avanço da
fronteira agrícola sobre o cerrado.
Neste contexto, é importante anotar que a Embrapa foi a principal responsável pela adaptação da soja (e
também do milho, arroz, trigo e algodão) ao clima quente da região. Assim como na lavoura, a Embrapa também
contribuiu para implantação da pecuária de corte mais moderna e mais produtiva. No início, a Embrapa tinha uma
meta principal: expansão da fronteira agrícola. Agora, a meta é aumentar a produção sem que isso signifique
um aumento da área plantada.
Resposta: Certo
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RESOLUÇÃO:
No Brasil, essas políticas regionais de desenvolvimento pautadas em renúncias e isenções fiscais, instrumentos
privilegiados que estimulam a atividade produtiva particular em determinadas regiões, não são acompanhadas
por mecanismos capazes de medir, com exatidão, quanto deixou de ser arrecadado em impostos pela aplicação
dessas políticas.
No momento da concessão dos benefícios fiscais o governo até estipula quanto deixa de ser arrecado ao longo de
determinado período, mas não há um acompanhamento efetivo para saber, com exatidão, quanto deixou de ser
arrecadado.
Resposta: Certo
"O Brasil espera dobrar a produção de etanol, um biocombustível 'moderno', nas próximas duas
décadas. (...) Para produzir matéria-prima vegetal suficiente para alcançar esses objetivos, a área
cultivada está crescendo rapidamente (...). O crescimento das fazendas coloca em risco regiões
ecológicas inteiras, como o cerrado."
Resposta: Certo
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RESOLUÇÃO:
No Brasil, as desigualdades na divisão espacial do trabalho são fruto de desdobramentos políticos e econômico-
sociais, como a decisão do setor público ou privado de fazer investimentos na região x ou y.
Não há um determinismo regional que sela a “sorte” de uma localidade. Em nosso país, por exemplo, o Nordeste
já foi por séculos o centro político e econômico mais importante que tivemos – posição atualmente ocupada pelo
Sudeste. Ou seja, se houvesse um determinismo, o Nordeste jamais teria sido a região mais rica e populosa, como
já foi.
Ademais, porções do Centro-Oeste e do Nordeste brasileiros passaram por grandes transformações tecnológicas
que permitiram que áreas antes impróprias para a agropecuária, por exemplo, passassem a apresentar alta
produtividade neste setor da economia.
Resposta: Errado
Resposta: Errado
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LISTA DE QUESTÕES
1. (CESPE - Prefeitura de São Luís/MA - 2017)
A respeito da divisão inter-regional do trabalho no Brasil, assinale a opção correta.
a) A região Sul, apesar de eminentemente industrial, impulsiona a economia nacional por meio de seu setor
terciário.
b) A região Sudeste coordena o mercado nacional e exporta, unicamente, produtos do setor primário.
c) A região Centro-Oeste está voltada para a exportação de produtos agrícolas, principalmente o cacau e o
fumo.
d) A produção de alimentos do Nordeste, apesar da semiaridez da região, é suficiente para abastecer as demais
regiões brasileiras.
e) Em sua maior parte, o PIB da região Norte advém da exportação de matéria-prima, especialmente minérios.
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a) O país passa a dispor de um parque industrial integrado setorialmente, capaz de ser posto a serviço de
diferentes estratégias de crescimento.
b) As atividades informais sofrem redução e ocorre decréscimo nos serviços e equipamentos de uso coletivo.
c) A concentração espacial da atividade industrial se acentua e diminui a integração produtiva das diversas
regiões brasileiras.
d) A mudança espacial da produção agropecuária se deu, principalmente, pelo avanço da produção nas áreas
de mata atlântica.
e) Os pontos mais distantes do território nacional estão interligados por complexas redes ferroviárias e de
telecomunicação.
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De acordo com o mapa, todas as sub-regiões estão identificadas e caracterizadas corretamente, EXCETO:
a) A letra “C” é a maior das sub-regiões do Nordeste, ocupada em sua maior parte pelo Polígono das Secas.
Cortada pelo rio São Francisco onde se destacam dois projetos de desenvolvimento para a região. Um,
polêmico, o de transposição das águas do São Francisco; outro, de sucesso, a fruticultura irrigada
envolvendo os municípios de juazeiro, na Bahia e Petrolina, em Pernambuco.
b) A letra “D” é o Agreste, região de transição entre a Zona da Mata úmida e o Sertão semi-árido. Corresponde
ao topo do planalto da Borborema. As áreas mais úmidas são conhecidas como “brejos”, onde se pratica
uma policultura para abastecer as capitais litorâneas.
c) No Agreste da Paraíba se destaca a cidade de Campina Grande que por receber a instalação de diversas
empresas do setor, se destaca como pólo tecnológico da região.
d) A letra “B” corresponde à Zona da Mata, primeira região brasileira a ser ocupada e povoada. Recebe esta
denominação devido à ocorrência da Floresta Tropical Úmida ou Mata Atlântica que ainda recobre a maior
parte da região.
e) A letra “A” corresponde ao Meio Norte, compreendendo os Estados de Maranhão e Piauí. É uma faixa de
transição entre a Amazônia e o Sertão. Das palmeiras que predominam nesta sub-região podem ser
extraídas substâncias importantes para a economia da região.
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a) O Parque Nacional do Jalapão é uma região em que intercala áreas arenosas com campos de araucárias.
b) A maior produção de arroz para consumo no país ocorre nas várzeas alagadas dos rios do Rio Grande do Sul.
c) O norte do Paraná é a principal área produtora de laranja, cuja produção é industrializada e exportada para
os EUA.
d) O estado de São Paulo, desde os tempos do Império, é o maior produtor de café, produto que foi o
responsável pela ocupação, expansão ferroviária e industrialização do Sudeste.
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GABARITO
1. E 15. B 29. D
2. C 16. D 30. C
3. C 17. A 31. C
4. C 18. E 32. C
5. A 19. D 33. C
6. C 20. D 34. C
7. A 21. E 35. E
8. A 22. B 36. C
9. B 23. C 37. C
13. B 27. A
14. B 28. B
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RESUMO DIRECIONADO
NORDESTE
- Foi a primeira a ter seus recursos naturais explorados, ainda no Período Colonial.
- Pobre e com profundos desequilíbrios ambientais, sociais e econômicos.
- Por quase três séculos, foi a região mais importante e populosa do país.
- Dependente de transferências governamentais.
- Sofreu cancelamento de vários investimentos governamentais por conta da crise político/financeira recente
do Brasil: como as refinarias Premium, no Ceará e no Maranhão; e a segunda fase da Refinaria Abreu e Lima,
em Pernambuco.
- Sofreu também cancelamento de investimento privado, como o da JAC Motors, na Bahia, que optou por
deixar de construir uma fábrica que foi anunciada para ser instalada em Camaçari, sob um orçamento de R$
1 bilhão.
- A construção da ferrovia transnordestina, símbolo de uma prometida dinamização e integração da
economia da região, segue em ritmo lento.
- Cultivos irrigados de frutas e flores no sertão.
- O desenvolvimento do turismo, que se beneficia das cidades litorâneas.
- Expansão do ecoturismo e do turismo histórico e cultural.
- Crescimento industrial, principalmente por conta da guerra fiscal que levou uma série de indústrias a se
instalarem nos Estados da região.
SUDESTE
- É a mais rica do Brasil.
- Começou a se projetar nacionalmente com o advento do ciclo do ouro, quando passou a se tornar um “centro
de gravidade” econômico, político e social.
- Logo após o ciclo do ouro, surgiu a cultura do café, que inauguraria uma nova fase econômica brasileira,
oportunidade em que o papel econômico do Sudeste ganhou ainda mais relevância nacional.
- Foi no Sudeste que se concentraram, por muitos anos, as atividades fabris.
- Atualmente, o dinamismo do Sudeste ainda exerce uma enorme influência sobre todo o território nacional.
- Tem os dois maiores centros industriais, comerciais e financeiros do país: São Paulo e Rio de Janeiro.
- Continua sendo a região produtora de
- Por muito tempo, a cafeicultura se desenvolveu por meio de grandes propriedades que se dedicavam à
monocultura comercial.
- Nas últimas décadas, a grande propriedade (fazenda de café) deixou de praticar a monocultura e pequenas
propriedades, como sítios, tornaram-se mais frequentes.
- Maior produtor de cana-de-açúcar (o estado de São Paulo é responsável por mais da metade da produção
de toda a cana e etanol do país).
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- As terras esgotadas pela cultura cafeeira em áreas ocupadas há mais anos passaram a ser utilizadas para a
criação do gado leiteiro.
- Em torno do Rio de Janeiro, de São Paulo e do sul de Minas surgiram áreas de produção especializada,
conhecidas como bacias leiteiras.
- Nas áreas mais novas (oeste de São Paulo e baixo rio Doce), a floresta foi substituída por extensas pastagens
chamadas invernadas.
SUL
- Duas áreas têm especial destaque: o norte do Paraná, uma das mais importantes áreas agrícolas do país
(onde se produz, dentre outros, café, cana, milho, algodão, soja e trigo – cultivados principalmente em
terra roxa); e o sul e o sudeste do Rio Grande do Sul (domínio dos pampas), uma das áreas mais
tradicionais de pecuária extensiva do país (criação de bovinos - com muitas raças europeias – e de ovinos –
maior rebanho do Brasil).
- A região dos pampas é a maior produtora de arroz e de centeio do Brasil.
- Na área do planalto (que se estende do norte do Rio Grande do Sul ao Paraná), nas áreas de encostas e nos
vales aparecem os cultivos ligados à colonização estrangeira (Alemães e italianos, principalmente), mas
também de soja.
- Traços marcantes nessa área são as pequenas propriedades, a policultura e a rotação de terra e de cultivos.
- Dentre os produtos cultivados, destacam-se os cereais, uva (ficam no Sul as principais áreas vinicultoras do
país), trigo, batata, fumo, dentre outros.
- No Paraná há também expressiva produção de cana-de-açúcar.
- Por conta da agropecuária forte, há grandes frigoríficos no Sul do país.
- No Sudeste de Santa Catarina está a principal produção carbonífera do Brasil.
- O Rio Grande do Sul é o segundo produtor de carvão da região, que é extraído de reservas localizadas nos
municípios de São Jerônimo e Butiá.
- O Norte do Paraná, região economicamente mais dinâmica do estado, tem uma economia que é
considerada prolongamento da produção do Oeste Paulista, desde a expansão do café.
- O norte do Paraná é dividido em três regiões: o norte velho, região de Jacarezinho, onde a ocupação do café
começou (hoje, com os solos esgotados, desenvolvem-se pastagens destinadas à criação extensiva); o norte
novo, região de Londrina e Maringá, os dois maiores centros econômicos do norte do Paraná, onde se
produz café nos solos de terra roxa; novíssimo norte, região de Paranavaí para o oeste, de mais recente
ocupação, ligada à policultura comercial (soja, milho, algodão, cana e trigo).
CENTRO-OESTE
- Um dos mais importantes produtores agrícolas do país.
- Possui importante industrialização.
- É onde estão os maiores rebanhos bovinos do país.
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- A expansão da pecuária foi facilitada pela existência dos cerrados, já que a vegetação rasteira e aberta
favorece a circulação dos animais e serve como pasto nativo. O sistema de criação é, de modo geral,
extensivo.
- As pesquisas de correção do solo permitiram o avanço da fronteira agrícola sobre o cerrado.
- A Embrapa foi a principal responsável pela adaptação da soja (e também do milho, arroz, trigo e algodão)
ao clima quente da região.
- A Embrapa também contribuiu para implantação da pecuária de corte mais moderna e mais produtiva na
região.
- A região sul de Goiás é a mais desenvolvida do Centro-Oeste: população mais densa, maior atividade
agrícola e maior número dos aglomerados urbanos, sendo que muitas de suas povoações são antigas e
viviam relativamente isoladas há até pouco tempo.
- No centro de Goiás, há uma grande área florestal, chamada de Mato Grosso de Goiás.
- Como Goiânia foi uma cidade planejada especificamente para ser a capital do Estado, há vias que foram
desenhadas desde os primeiros anos da cidade para ligá-la a São Paulo e Minas Gerais.
- A mudança da capital federal e a construção da Estrada Belém-Brasília deram grande impulso para tornar
Goiânia uma cidade dinâmica economicamente.
- O avanço do povoamento para o norte, ao longo da Belém-Brasília, em direção ao Araguaia, favoreceu o
progresso da região “Goiânia-Anápolis”.
- O sul de Goiás evoluiu com a contribuição de manchas de terra roxa que favoreceram a agricultura e a
estrada para o Mato Grosso (Brasília-Acre).
- Brasília é importante polo de produção de software e como destaque no setor de turismo de negócios.
- Os municípios de Rio Quente e Caldas Novas são famosas estâncias hídricas e a Chapada dos Veadeiros atrai
os místicos e ecoturistas.
- O Mato Grosso do Sul apresenta grandes extensões de solos arenosos, muito pobres, onde a ocupação
humana é bastante escassa – nesta região há, ainda assim, criação extensiva de gado.
- Ponta Porã é a principal área de produção de erva mate.
- Campo Grande é a capital econômica de todo o Mato Grosso do Sul. Nela, há um importante entroncamento
de comunicações ferroviárias e rodoviárias (as principais estradas que nela se cruzam vão para Cuiabá,
Corumbá e Ponta Porã), destacando-se a rodovia-tronco asfaltada que a liga diretamente com São Paulo.
- Na região de Corumbá, no estado do Mato Grosso do Sul, existem imensas reservas de minérios de ferro e
manganês. O desenvolvimento do Estado do Mato Grosso do Sul vem se intensificando, tanto por fazer
parte da região mais dinâmica do país, o “Centro-Sul”, quanto pela proximidade com os países do Mercosul
e pela presença da hidrovia Paraguai-Paraná.
- No Mato Grosso do Sul também se sobressai o turismo, principalmente com as cidades de Corumbá (capital
do Pantanal) e Bonito.
- O Pantanal é a principal área de criação do Centro-Oeste (sendo que a região Centro-Oeste é onde está o
maior rebanho de gado do país).
- Como o norte mato-grossense faz parte do domínio amazônico, a área foi ocupada, nas últimas décadas, a
partir do processo de expansão para a Amazônia. Extensas áreas de florestas foram devastadas, sobretudo
com as queimadas, transformando-se em áreas de pecuária extensiva e em áreas de produção agrícola. Os
cultivos mais importantes são os da soja e o algodão; há também intensa exploração da madeira.
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NORTE
- A extração vegetal é favorecida pela abundância e variedade dos produtos encontrados.
- A região é famosa pela grande quantidade e diversidade de peles que comercializa. Essas atividades estão
levando, pelo seu caráter predatório, ao extermínio de animais amazônicos.
- É na região amazônica que está avançando atualmente a fronteira agrícola do Brasil.
- A população que vive do extrativismo vegetal, nas propriedades da empresa ou fora delas, faz da agricultura
a sua atividade complementar, a fim de garantir o sustento de sua família.
- Sistema de cultivo itinerante.
- As culturas especializadas, de valor comercial, caracterizam a economia amazônica depois que o
extrativismo vegetal entrou em decadência.
- A juta, que necessita de muita água para o preparo da fibra, é cultivada nas várzeas do baixo e médio
Amazonas.
- As áreas de cerrado e dos campos limpos inundáveis das várzeas são aproveitadas para a criação extensiva.
- O Pará possui o maior rebanho de búfalos do país, que estão localizados principalmente nos campos
inundáveis da Ilha do Marajó.
- Os recursos minerais são uma grande riqueza amazônica – com extração dificultada, porém, pela espessa
cobertura florestal.
- A região é também a maior produtora de minério de estanho do país.
- A cassiterita e o nióbio são obtidos pelo processo de garimpagem em Rondônia.
- O diamante é garimpado no Amapá e, sobretudo, em Roraima.
- As reservas da serra dos Carajás ainda possuem grande importância.
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