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“ATIVIDADE SOBRE SINDICATOS”

ALUNO (A): RIVANA BEZERRA MODESTO.

TURMA 24.

TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO.

INSTITUTO DIMENSÃO.

PROFESSOR (A): CARLOS SANT’ANNA

1) Qual a importância dos movimentos operários para melhora da condição de


vida dos trabalhadores?
Os movimentos operários simbolizaram através de suas lutas um novo sentido a história,
principalmente na elaboração do artigo 7º da Constituição Federal. A luta dos trabalhadores
empreendeu entre as principais conquistas reivindicações de ordem salarial, ou seja, reivindicaram
aumentos nos baixos salários fornecidos, diminuição da longa carga horária de serviço, e a criação
de leis trabalhistas que assegurassem férias, aposentadoria e entre outros benefícios (ANDRADE,
2007). Embora tenham ocorrido diversos levantes em prol de melhores condições de trabalho para
alguns trabalhadores, nota-se que na atualidade muitos trabalhadores ainda não têm seus direitos
devidamente reconhecidos, cumpridos e muitos são submetidos a verdadeiras condições subumanas,
como se a escravidão ainda estivesse em vigor.
Os movimentos operários tem suma importância dentro de uma sociedade plural,
principalmente por os mesmos se construíram em torno do embate político por interesses coletivos
e/ou individuais, caracterizando esse tipo de movimento como uma organização de indivíduos em
prol de uma causa é uma característica de uma sociedade politicamente ativa, nesse caso a luta
pelos direitos trabalhistas. Os grupos que produzem ação em busca da representação política de seus
anseios atuam de modo a produzir pressão direta ou indireta no corpo político de um Estado.
As primeiras Constituições Brasileiras voltavam-se apenas para forma de estado e
sistema de governo. Com as reivindicações por meio de movimentos operários, e devido às
transformações que estavam ocorrendo no mundo, surge uma política trabalhista idealizada por
Getúlio Vargas.  A atual Constituição aprovada em 1988 trouxe significativas alterações normativas
trabalhistas, já que nas constituições anteriores o enfoque se dava no âmbito de ordem econômica e
social. Percebe-se então, uma evolução ao longo das Constituições Federais, consequentemente uma
evolução das normas trabalhistas e o seu reconhecimento como Direito Social. A Constituição
Federal, em vigor hoje, defende o trabalho como um fator indispensável para uma vida digna
(PESSOA, 2011). Pode-se dizer que os movimentos operários, trouxeram mais dignidade os
trabalhadores, mais cidadania, pois a identidade de um indivíduo como cidadão se constitui a base
do seu trabalho. Um trabalhador se constitui como parte de uma sociedade contribuindo para o
crescimento dela, isso se dá através do seu trabalho, do seu esforço, no se sentir útil. Trabalho é
sinônimo de vida, isso se retrata no momento atual que vivemos no contexto reforma trabalhista,
PANDEMIA, situações essas que estão forjando os trabalhadores a se reinventar. Há quem
questione a reforma trabalhista como ato de contradição a tudo que os movimentos operários
lutaram, e enxerguem tal reforma como um atentado considerável contra os direitos dos
trabalhadores alegando que os trabalhadores mal conhecem os direitos que têm. Sendo esses
facilmente manipulados pelos órgãos que sustentam que a reforma se faz necessária para criação de
melhores condições de trabalho, quando na realidade obscura, é exatamente o contrário.
2) Qual sua opinião sobre a importância dos sindicatos para os
trabalhadores no Brasil?
Os sindicatos são interlocutores entre empresa e trabalhador nas lutas pelos direitos
trabalhistas através dos movimentos operários, pois aquilo que diz respeito aos cidadãos e a garantia
de direitos deve ser discutido, e debatido para que aqueles que se sintam lesados saibam agir no
momento certo e da maneira mais correta por meio dos seus sindicatos.
A Reforma Trabalhista, as terceirizações, o desmonte da Previdência Social são
situações que levam o Brasil a viver uma onda de retrocessos. Direitos históricos conquistados
pelos trabalhadores brasileiros parecem ter desaparecido em um piscar de olhos. Para conseguir a
aprovação desses retrocessos, setores do empresariado iniciaram uma série de ataques contra os
sindicatos. Mas a história mostra que somente a organização da classe trabalhadora em torno de El
seus interesses consegue garantir melhorias concretas para todos. O papel dos sindicatos é
justamente lutar pelos direitos dos trabalhadores, e enfrentar as injustiças do universo do trabalho.
Sabemos bem que um levante trabalhista em prol dos direitos dos trabalhadores para ter sucesso
deve ser apoiado pela massa total trabalhadora, pois um funcionário não é capaz de confrontar essas
desigualdades sozinho, já que não detém o mesmo poder que o patrão. O papel da entidade sindical
é estimular a coletividade tão necessária nessa queda de braço. Vale lembrar que os patrões também
se organizam para defender seus interesses. Atualmente, existem aproximadamente seis mil
sindicatos patronais no Brasil. O sindicato existe para proteger os direitos do trabalhador. Afinal, a
empresa sempre quer o caminho que possa aumentar seus lucros. Se depender dos empregadores, a
legislação trabalhista nunca será cumprida. Quando existem retrocessos que favorecem os patrões, a
situação é ainda pior. A existência das entidades sindicais está relacionada a sobrevivência dos
direitos da categoria. As terceirizações e a nova legislação trabalhista atacam diretamente a
capacidade de organização das categorias e, ao mesmo tempo, abrem caminho para a retirada de
direitos centrais para a qualidade de vida da população. As novas regras permitem a redução de
salários e o aumento da jornada de trabalho, por exemplo. Somente o fortalecimento dos sindicatos
pode impedir que a classe trabalhadora seja ainda mais prejudicada.
Benefícios como os reajustes e a ampliação dos direitos dos trabalhadores são
conquistas dos sindicatos, que organizam e mobilizam os trabalhadores, esclarecem  sobre suas
lutas, realizam greves, apresentam propostas, negociam e conseguem bons acordos.
São os sindicatos, ainda, que conquistam benefícios, como descontos em convênios,
clubes de campo ou colônias de férias para o lazer do trabalhador e seus familiares. Infelizmente, a
maioria dos sindicatos enfrenta um problema comum: muitos de seus associados não sabem para
que serve a sua entidade sindical. Muitos trabalhadores querem filiar-se, só que acabam recuando
por não entender quais os benefícios oferecidos. Outros só imaginam que é só se tornar sócio,
cruzar os braços e tudo está resolvido. Poucos trabalhadores entendem que os principais motivos
para que um trabalhador seja filiado ao sindicato da sua categoria é a união, a segurança, a
importância da sua participação e a conquista de benefícios. Se o filiado não participar ativamente e
entender esses intuitos, o sindicato perde totalmente o objetivo de sua existência.
Portanto, os sindicatos têm grande importância na vida dos trabalhadores, sobretudo
porque os direitos e as garantias são negociados e conquistados para toda uma categoria, não se
tratando de algo individual ou que atinja apenas uma pequena parcela do universo de trabalhadores.
3) Como poderíamos melhorar a relação entre trabalhadores e
sindicatos no Brasil?

Se levarmos em consideração que a atual visão que os trabalhadores possuem de seus


sindicatos não é a melhor, o primeiro passo seria: - Como se percebe tem muitos trabalhadores
nem se quer sabem qual o sindicato os representa, não sabem o local onde esse sindicato
funciona, não sabem que serviços esse sindicato pode lhes oferecer dentro de diversas áreas etc.
O trabalhador que não conhece seus próprios representantes dos interesses coletivos da classe,
não tem como cobrar, agir, se defender diante das possíveis exclusões de seus direitos, tendo em
vista quem não sabem onde recorrer e nem a quem. Só reclamar não adianta, os trabalhadores
precisam de ferramentas coletivas pra gerar a discussão, o debate, e a união para serem ouvidos
em suas insatisfações. Infelizmente não adianta uma pessoa citar o levante, se não houver a união
da massa que se encontra insatisfeita, pois não se trabalha sozinho, sendo que vivemos num
momento histórico em que cada um de nós é incentivado a viver uma vida competitiva, a buscar
o seu espaço social através de méritos pessoais e individuais.
A vida coletiva, a ajuda comunitária, a solidariedade, infelizmente, são valores que
estão perdendo força. Dentro desse cenário o mundo individualizado e de redução de direitos e
garantias trabalhistas, desafiam a sociedade a avaliar o papel contemporâneo dos sindicatos de
trabalhadores e trabalhadoras, uma vez que são, essencialmente, organizações de defesa de
interesses coletivos. Existe uma campanha acirrada para destruir ou acabar com o poder de
representação dos sindicatos feita por governos e setores produtivos da sociedade. Há um ataque
deliberado de acabar com as conquistas e direitos dos trabalhadores, inclusive, com possibilidade
de acabar com a Justiça do Trabalho no Brasil. Infelizmente dentro dos ataques e incertezas, os
próprios trabalhadores estão sendo jogados contra quem os representa. Quem só tem a oferecer
sua mão de obra, via de regra, deveria apoiar as lutas do sindicalismo. Foi através das lutas
sindicais e populares que a cidadania virou realidade. Através de muitas lutas, paralisações,
greves que foram alcançados direitos e garantias de proteção à vida dos trabalhadores e
trabalhadoras.
Os trabalhadores precisam conhecer melhor seus sindicatos, quem os representa, quem
luta pelos seus anseios, necessidades, para poder cobrar dos seus líderes, ações que gerem
respostas positivas as suas insatisfações. Muitos possuem a visão que os sindicatos, só prestam
pra ganhar dinheiro do trabalhador. Realmente existem muitos sindicatos que não são atuantes
como deveriam ser, e nem representam de forma significativa seus sindicalistas, mas existem os
sindicatos que atuam sim em prol dos direitos coletivos, e somente a massa quanto mais coletiva
ela for poderá gerar os resultados que atendam a demanda da maioria dos seus representados. O
trabalhador que não se envolve, não busca conhecer, não atua, por exemplo, votando em
representantes para serem a sua voz na luta pelos seus direitos, não têm direito a eles. Exigir que
os direitos sejam cumpridos com todo rigor é fácil, agora lutar pela manutenção deles, falar,
articular argumentos para que os mesmos sejam mantidos, utilizar estratégias de luta e apoio para
sua garantia, têm se percebido cada vez menos atuante por parte dos trabalhadores. Nota-se que
os mesmos só querem receber benefícios, porém não querem se doar pra garanti-los, acreditam
que a contribuição sindical é uma ferramenta de roubo do trabalhador, aguardam o sindicato ir
atrás deles para lhes oferecer apoio, sendo que os mesmos nem sabem que sindicato os
representa para poder cobrar ações, e nem os serviços que podem obter através deles. A melhoria
nessa relação entre trabalhador e sindicato começaria no “TRABALHADOR IR CONHECER
SEU SINDICATO, E NA POSTURA DESSE SINDICATO EM APRESENTAR-SE DE
MANEIRA CONFIÁVEL E SEGURA PARA SEUS SINDICALISTAS”, pois só se acredita
naquilo que se confia.

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