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• Gil Vicente viveu já na época da tipografia, pelo que o primeiro documento impresso
da atividade literária do dramaturgo data de 1516, figurando a sua obra pela primeira
vez numa publicação póstuma, organizada por Luís Vicente, filho do autor, e intitu-
lada de Copilaçam de todalas obras.
A Farsa de Inês Pereira, apresentada em 1523 ao rei D. João III, parte do argu-
mento «mais quero asno que me leve que cavalo que me derrube», porque existiam
pessoas que duvidavam que Gil Vicente fosse o autor das suas obras.
A peça inicia com um monólogo da protagonista, Inês Pereira, que reclama das
tarefas domésticas que tem de realizar, sendo interrompida pela Mãe, que chega
da missa e não se surpreende com o facto de Inês não estar a bordar. Perspicaz e
experiente, a Mãe adverte a filha para o facto de ser difícil que a jovem case com
fama de preguiçosa e aconselha-a a não ter pressa de se casar, mas não a con-
vence. Este diálogo é interrompido com a chegada de Lianor Vaz, uma alcoviteira
que é portadora de uma carta de Pero Marques, um homem rústico que pretende
casar com Inês. As palavras da carta de Pero Marques são ridicularizadas por Inês,
embora esta aceite a sua visita.
Resumo Pero Marques vai a casa de Inês e todas as suas palavras e atitudes revelam inge-
da Farsa nuidade e simplicidade, sendo, por isso, recusado por Inês, que quer um homem
de Inês Pereira que saiba tocar viola e que saiba bem falar.