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UNIVERSIDADE PAULISTA

CAMPUS VERGUEIRO

CÉLIA REGINA LUZ MARQUES


DEBORAH REGINA AGAPITO ARAUJO
ELIANE GOMES SILVEIRA DA SILVA
ISABEL CRISTINA MAGRI PIMENTA
KAREN GONÇALVES FONSECA
MICHELLE CAROLINE SILVA MARTINS
ROSIMERE SAMPAIO OLIVEIRA
THAYSA ASSIS DI GIÁCOMO
YASMIN VINHA DA SILVA

SOFRIMENTO PSÍQUICO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NO


ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DA COVID-19

São Paulo
2020
CÉLIA REGINA LUZ MARQUES RA: N152958
DEBORAH REGINA AGAPITO ARAUJO RA: N1623G5
ELIANE GOMES SILVEIRA DA SILVA RA: D339GA6
ISABEL CRISTINA MAGRI PIMENTA RA: C953IG6
KAREN GONÇALVES FONSECA RA: D3356J0
MICHELLE CAROLINE SILVA MARTINS RA: D378DD4
ROSIMERE SAMPAIO OLIVEIRA RA: N1881F1
THAYSA ASSIS DI GIÁCOMO RA: T2283A5
YASMIN VINHA DA SILVA RA: N157AG3

ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA

SOFRIMENTO PSÍQUICO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NO


ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DA COVID-19

Trabalho apresentado a Universidade


Paulista – UNIP, para obtenção da nota
de Atividade Prática Supervisionada do
Curso de Enfermagem.
Orientadora: Prof.ª Carolina Vieira
Cagnacci Cardili

São Paulo
2020
RESUMO
A profissão de enfermagem se destaca pelo cuidado ao paciente com rotinas
intensas e aceleradas e a Pandemia causada pelo novo COVID-19 tem aumentado
a preocupação com as repercussões psicológicas dos profissionais da enfermagem
devido a exposição desse profissional que trabalha na linha de frente. Objetivo:
Orientar sobre o enfrentamento do sofrimento psíquico em trabalhadores da equipe
de Enfermagem durante a pandemia da COVID-19 no Brasil. Método: revisão da
literatura, utilizando-se 23 artigos indexados na BVS e Scielo. Resultados: De
acordo com a pesquisa, podemos identificar que a pandemia COVID-19 têm afetado
grande parte dos profissionais de enfermagem, gerando um enorme impacto
psíquico e desenvolvendo doenças como a síndrome de Bournout, ansiedade,
depressão entre outras. Conclusão: é de grande importância para os profissionais
de enfermagem a compreensão, atenção as medidas de segurança, identificação de
sinais e sintomas, evidenciando a criação de protocolos para a prevenção e
tratamento dos profissionais de enfermagem na saúde psicológica. Palavras-Chave:
Saúde mental, Enfermagem, Equipe de Enfermagem, COVID-19 e Coronavírus.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..............................................................................................................4

2 OBJETIVO...................................................................................................................10

3 MÉTODO......................................................................................................................11

3.1 Tipo de Pesquisa..................................................................................................11

3.2 Local de Pesquisa.....................................................................................11

3.3 Descritores e Período de Busca Bibliográfica...........................................11

3.4 Critérios para inclusão e exclusão dos Trabalhos Científicos...................11

3.5 Procedimentos para Seleção dos Trabalhos Científicos...........................11

3.6 Procedimentos para Análise dos Trabalhos Científicos............................11

3.7 Cartilha......................................................................................................12

4 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................13

4.1 Situação Epidemiológica dos Profissionais da Enfermagem no Brasil......13

4.2 Adoecimento Mental na População Geral, e em Profissionais de Saúde


durante a COVID-19 ........................................................................................15

4.3 Gestão de Trabalho em Tempos de Pandemia..........................................15


4.4 Principais Problemas que Afetam os Profissionais de Saúde na
Pandemia.........................................................................................................17
4.5 Sentimentos mais Declarados pelos Profissionais de Enfermagem diante
a Pandemia.....................................................................................................19

4.6 Estratégias de Enfrentamento – Suporte, Prevenção e Tratamento aos


Profissionais de Saúde....................................................................................19
4.7 Orientações Gerais no Cenário do COVID-19...........................................21

5 ATIVIDADE PRÁTICA.....................................................................................23

5.1 Técnicas....................................................................................................23

6 CONCLUSÃO...................................................................................................24
REFERÊNCIAS.....................................................................................................25
6

1 INTRODUÇÃO

Estudos recentes revelam que hoje no Brasil segundo o COFEN o total de


registros de profissionais da enfermagem ativos totalizam um número de 2.283,808,
sendo eles auxiliares de enfermagem 417.519, técnicos de enfermagem 1.307,680 e
enfermeiros 558,3181.
No contexto hospitalar o profissional enfermeiro encontra um ambiente onde a
sofrimento, dor e morte são constantes, exigindo que o mesmo realize trabalhos com
experiências exaustivas, com altos níveis de estresse, trazendo prejuízo para a
saúde emocional e física para essa categoria 2.
A profissão de enfermagem se destaca pelo cuidado ao paciente e interação
de pessoas constantemente, rotinas intensas e aceleradas, tomadas de decisões e
atenção redobrada em cada procedimento realizado, tornando essa classe de
trabalhadores vulneráveis ao estresse, tendo como fator principal a sobre carga de
trabalho devido ao número reduzido de pessoas que compõe a equipe, tornando
escasso o tempo para realização de toda tarefa exigida desse profissional, além da
falta de conhecimento, compreensão e experiência da parte da chefia e gestão 3.
Atualmente no mundo vivemos um grande desafio no contexto de saúde
causado pela pandemia do novo vírus Covid 19 que teve seu primeiro relato em
Dezembro de 2019 em Wuhan na China. No Brasil o primeiro caso registrado
ocorreu em 26 de Fevereiro de 2020, em curto espaço de tempo a Organização
Mundial da Saúde OMS, declarou no dia 11 de março estado de pandemia mundial.
Este novo contexto tem trazido uma grande preocupação com as causas
psicológicas que esse cenário tem causado nos profissionais da área da saúde,
principalmente os profissionais de enfermagem que estão na linha de frente no
combate ao vírus. Uma nova doença, desconhecida com contagio rápido entre
pessoas, com taxa de mortalidade alta evolução rápida e com a inexistência de
vacinas e medicações, expõe a enfermagem que atua diretamente na linha de frente
em combate ao vírus. A pandemia tem causado grande isolamento, uma vez que o
profissional da enfermagem está envolvido em situação de risco, o mesmo adquire
medo como o de contaminar membros da família e amigos, desencorajando o
relacionamento próximo de pessoas, aumentando o sentimento de solidão,
causando transtorno na saúde emocional e gerando depressão 2.
7

Em 2019 0 COFEN trouxe uma ação que tinha como tema “Suicídio na
Enfermagem Não”, promovendo saúde mental e valorização da enfermagem. A ação
teve como principal motivo o grande aumento recente de suicídios multifatorial
causados pela sobrecarga de trabalho, estresse, agressões físicas, verbais e
psicológicas geradas em ambiente de trabalho 2.
Além da imensa demanda de trabalho os profissionais da saúde atuantes na
linha de frente ao combate do novo corona vírus tem ainda um grande desafio com
relação aos EPI’s disponibilizados para proteção, pois a oferta desses equipamentos
fundamental em tempos de pandemia tem sido escasso e insuficientes, resultando
na vulnerabilidade do contágio desses profissionais que estão adoecendo e até
morrendo no exercício dos cuidados de enfermagem. No Brasil existe uma grande
falta de atenção a enfermagem que se vê obrigada a reutilizar os EPI’s e até mesmo
improvisar esse material. Estudos epidemiológicos mostram que a contaminação
tem ocorrido em uma faixa de idade produtiva causando uma diminuição da força de
trabalho devido o afastamento e óbitos desses profissionais 4.

A enfermagem é a maior categoria de profissionais que atua no atendimento a


saúde, por esse motivo quando esse profissional se contamina existe uma grande
probabilidade de contagio a população colocando a mesma em risco, resulta
também em um atendimento prejudicado devido aos afastamento de profissionais
adoecidos, causando sobre carga para os profissionais que continuam em seus
postos e muitas vezes precisam abdicar de suas folgas e período de descanso para
atuarem em plantões seguidos pela falta e profissionais, causando cansaço
exaustivos, déficit de atenção ao protocolo de prevenção da doença 6.

O enfermeiro sempre sofreu vários tipos de violência, desde falta de


reconhecimento, desvalorização do seu trabalho, salário inadequado, violação dos
seus direitos, cargas de trabalho abusiva, violência verbal, psicológica e até mesmo
física e poucos são os que fazem notificação desse tipo de situação. Em tempo de
pandemia a enfermagem tem enfrentado todos os problemas já vividos até aqui,
porém neste momento a situação fica ainda mais crítica, o profissional que tinham
antes turnos de trabalho de 24 horas para cada 24 horas de descanso, se depara
agora com permitidos turnos de 24 horas de trabalho para cada 12 horas de
descanso, instituições que ofertam pouco ou nenhuma condição de repouso, a falta
8

de recursos para realização da assistência, gera insatisfação por parte dos


pacientes e familiares, que fazem cobranças e insultos a enfermagem por estarem
24 horas assumindo os cuidados integrais, redução no quadro de trabalho, todas
essas situações trazem prejuízo para a saúde emocional (SE) do profissional da
enfermagem6.

É importante dizer que a OMS relata que doenças referentes a SE vem


crescendo de forma incomum, estimando que em 2020 a depressão será a segunda
causa de transtornos mentais alcançando o primeiro lugar em 2030 2.

Em uma entrevista realizada pelo Jornal o Folha de São Paulo na plataforma


virtual a enfermeira Renata Pietro, presidente do departamento de Enfermagem da
Associação de Medicina Intensiva (AMIB) expõe que seus colegas estão com muito
medo, que além da angustia, a exposição, falta de EPI’s, trabalhos desgastantes
estão ainda assistindo seus colegas sendo agredidos psicologicamente e
fisicamente ao deixarem os plantões e retornarem para suas casas. Tais situações
citadas são as que promovem a vulnerabilidade ao estresse e até mesmo ao
surgimento de Síndrome de Burnout2.
Burnout, segundo um jargão inglês define algo que deixou de funcionar por
total falta de energia. No individuo refere-se a alguém de chegou no seu limite com
grande desgaste mental e físico, devido a longos períodos de tensão, causando
exaustão emocional que compreende sentimentos como: solidão, desesperança,
raiva, preocupação, depressão, irritabilidade, falta de energia ou entusiasmo, dores
de cabeça, lombar, tensão muscular, distúrbios do sono, entre outros 5.
Como já citado anteriormente, a jornada de trabalho do profissional de
enfermagem como sendo exaustiva, complexa, pouco reconhecida, remuneração
insuficiente levando esse profissional atuar em mais de uma ou duas instituições
para complementação de renda, falta de recursos institucionais na prestação do
serviço oferecido pelo enfermeiro entre outros motivos que por si só os tornam
vulneráveis, acarretando em prejuízo à saúde emocional 7.

A pandemia trouxe muitas mudanças, isolamento e muito medo, o enfermeiro


por estar atuante na linha de frente ao combate ao novo SARS-COV-2, não pode se
acovardar e nem realizar o isolamento feito pela grande maioria. Esse profissional
9

que deveria ser visto como heróis, para alguns passaram a ser fonte de
contaminação, e em muitos países foram observados atos de agressões contra
esses profissionais, seja verbal, psicológica e até mesmo física. O enfermeiro que
devia se orgulhar da sua posição e contribuição a população em toda tempos tão
difíceis, passou a ter medo de ser reconhecido, principalmente aos términos dos
plantões e no retorno para suas casas. Devido tais ocorrências, leis estão sendo
modificadas para garantir que pessoas com atitudes tão repulsivas sejam
devidamente punidas e a segurança dos profissionais de saúde inegável. Outras
agressões ocorrem também devido a diagnósticos positivos, óbitos e declarações de
óbitos causados pelo COVID-19 pela não aceitação da família 8.
O enfermeiro para exercer suas funções deve ter um ambiente de trabalho
seguro, com recursos disponíveis, reconhecimento, salário digno, laser, descanso
adequado e saúde mental garantida8.
Segundo o COFEN os sentimentos mais relatados pelos profissionais em
tempos de pandemia são:
O medo da contaminação e transmissão para a família e discriminação,
ansiedade pela pressão do trabalho, notícias diárias, falta de EPI’s, estresse com
admissão de novos casos, mortes constantes, depressão pelo distanciamento da
família, perdas de colegas de trabalho, solidão, cansaço emocional e físico 1.

Segundo dados coletados no observatório de enfermagem dia 10/Outubro/2020


até a atual data, foram notificados 41.030 casos de COVID19 em profissionais da
enfermagem com 449 óbitos.

Figura 1 - Total de casos e óbitos da enfermagem:

Fonte: (Observatorio da enfermagem, 2020) pg. 01


10

Figura 2 - Contaminação e Óbitos por Sexo

Fonte: (Observatorio da enfermagem, 2020)pg. 01

Figura 3 - Casos e Óbitos por UF

Fonte: (Observatorio da enfermagem, 2020) pg.01


11

Figura 4 - Casos e Óbitos por Região

Fonte: (Observatorio da enfermagem, 2020)

2 OBJETIVO

Elaboração de uma cartilha educativa sobre o enfrentamento do sofrimento


psíquico em trabalhadores da equipe de Enfermagem durante a pandemia da
COVID-19 no Brasil.
12

3 MÉTODO
A pesquisa foi desenvolvida em dois momentos que utilizaram estratégias
metodológicas distintas que se integraram no produto final. Cada etapa do estudo
envolverá procedimentos metodológicos distintos que estão apresentados abaixo:
13

3.1 Etapa 1. Revisão de literatura

3.1.1Tipo de Pesquisa

Foi desenvolvido uma pesquisa pelo método de revisão da literatura científica


que é uma etapa onde foram reunidos os artigos para a realização da Atividade
Prática Supervisionada, com a seguinte pergunta de pesquisa: quais estratégias de
enfrentamento da equipe de enfermagem na melhora do sofrimento psiquico durante
a Pandemia da COVID-19.

3.1.2 Local da Pesquisa

Foi realizado uma pesquisa eletrônica nas bases de dados contidas na


Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Google acadêmico.

3.1.3 Descritores e Período de Busca Bibliográfica

Foi utilizado os seguintes descritores constantes no Descritores em Ciências


da Saúde (DeCS): Saúde mental, Enfermagem, Equipe de Enfermagem,COVID-19 e
Coronavírus.

3.1.4 Critérios para inclusão e exclusão dos Trabalhos Científicos

Os critérios para inclusão dos trabalhos científicos definidos para o trabalho


de revisão de literatura foram: publicados no período de 2015-2020, em português e
com textos disponíveis na integra nas bases de dados selecionadas. Serão
excluídos os trabalhos que não possuam resumos e em duplicidade.

3.1.5 Procedimentos para Seleção dosTrabalhos Científicos

Os artigos foram selecionados por meio de busca na base de dados da BVS,


primeiramente com a leitura do título, que quando pertinente ao objetivo do estudo,
fora seguido pela leitura do resumo do artigo e leitura do texto na íntegra.

3.1.6 Procedimento para Análise dosTrabalhos Científicos

Após a seleção, todos os artigos científicos foram lidos na integra, para a


coleta das informações, foi aplicado um instrumento que contempla os seguintes
itens: identificação do estudo (Sofrimento Psíquico da Equipe de Enfermagem no
14

Enfrentamento da Pandemia da COVID-19), ano e autor, objetivo do estudo, método


e estratégias de enfrentamento do sofrimento psíquico durante a pandemia.
Os resultados das pesquisas estão apresentados abaixo:

Técnica de seleção de referências na Resultados


base de dados
Biblioteca virtual em saúde
Descritores
Saúde mental AND Enfermagem OR 10.379
Equipe de enfermagem AND COVID-19
OR Coronavírus
Colocação de filtros: disponíveis na 276
íntegra, idioma português, base de
dados BVS e Scielo, publicados de
2015 a 2020.
Leitura de títulos e resumos 72
Seleção final 23

Quadro 2. Próprio autor, 2020

3.2 Etapa 2. Desenvolvimento da Cartilha


3.2.1 Cartilha

Após a revisão de literatura que objetivou descrever as principais formas de


enfrentamento do sofrimento psíquico durante a pandemia pela equipe de
Enfermagem, foi desenvolvida uma cartilha explicativa contendo um breve resumo
sobre a atuação da equipe de enfermagem na pandemia, prevenção das
repercussões psicossociais dessa atuação na pandemia e sugestões de como evitar
o Estresse Ocupacional e locais que oferecem ajuda psicológica aos profissionais da
saúde.
15

Ainda na cartilha, apresentaremos uma abordagem simples com técnicas de


relaxamento durante a hora do descanso do funcionário como um meio de prevenir o
esgotamento físico e mental.

A cartilha construída está anexada no Apêndice 1.


16

4 DESENVOLVIMENTO

Considero importante descrever em um quadro os artigos que buscaram. Pois,


no que apresentaram acima, não contaram quantos e quais seriam esses artigos.
Vocês não precisam de muitos artigos, deixei em anexo uma busca bem simples
que fiz, acho que isso pode contribuir.

Acho que essa parte em destaque poderia estar na introdução, não resultados,
pois não reponde ao objetivo da pesquisa

4.1 Situação Epidemiológica dos Profissionais de Enfermagem no Brasil

Com a descoberta do novo Coronavírus (COVID-19) no final do ano de


2019 na China, a população mundial vem enfrentando um grande desafio,
talvez o maior que a humanidade enfrentou até hoje por se tratar de uma
“guerra” invisível onde não existe medicamentos nem vacinas capazes de
neutralizar e combater o vírus.9 Desde a sua descoberta até o dia 10 de outubro
de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou 36.754.395 de casos
confirmados, e 1.064,838 óbitos no mundo todo. 10
Diante deste cenário catastrófico os profissionais de saúde vem sendo a
linha de frente.9 A equipe de enfermagem vem ocupando o papel central no
combate a pandemia o que os torna os mais vulneráveis, e por esse motivo
vem enfrentando as consequências de um sistema de saúde exacerbado e
colapsado.9 Esses profissionais estão expostos ao risco de transmissão do
COVID-19, não só pela falta de equipamentos de proteção individual (EPIs),
mas pelo despreparo, e falta de experiência diante um cenário que ninguém
estava acostumado a enfrentar, nem mesmo a OMS estava preparada para
lidar com uma pandemia tão repentina e avassaladora como essa. 9
Segundo o site observatório do Conselho Federal da enfermagem
(Cofen), no Brasil, até a data do dia 10 de outubro de 2020, foram reportados
41.030 profissionais infectados pelo COVID-19, e 449 óbitos, uma letalidade de
1,98%.11 A maior prevalência dos casos reportados, estão na região sudeste
com uma representatividade de 33,55%, seguido das regiões Nordeste (29,4%),
Sul (17,37%), Norte (10,11%) e Centro-Oeste (9,57%). 11 Entre os estados, São
Paulo (SP) é o que possui maior número de casos (6.537), enquanto Alagoas
17

(AL) possui o menor número (169). 11 Quando falamos de número de óbitos,


novamente a região sudeste ocupa o primeiro lugar, registrando 31,63%,
seguido das regiões Nordeste (22,05%), Norte (20,04%), Centro-Oeste (16,93%)
e Sul (9,35%).11 Entre os estados, São Paulo (SP) é o estado com maior número
de óbitos (71), e Tocantins (TO) o menor número (2). 11 Dos casos e óbitos
registrados, os profissionais do sexo feminino possui a maior
representatividade 85,03% e 63,25% respectivamente. 11 Em relação a faixa
etária, os casos confirmados se dividem em: 20 a 30 anos (8.717 casos), 31 a
40 anos (17.194),41 a 50 anos (10.920), 51 a 60 anos (3.654), 61 a 70 anos (490),
71 a 80 anos (56).11 Quando falamos em óbitos a divisão fica assim: 20 a 30
anos (17 casos), 31 a 40 anos (94 casos), 41 a 50 anos (141 casos), 51 a 60
anos (127 casos), 61 a 70 anos (61 casos) e 71 a 80 anos (9 casos). 11
Conforme demonstra acima, podemos verificar que a faixa etária mais
acometida é aquela em que os profissionais estão mais ativos em suas
atividades.9
A equipe de enfermagem possui responsabilidades únicas na área do
cuidado, e por este motivo ficam tão expostos a contaminação. 9 Devido à alta
demanda dos serviços de saúde, os profissionais estão sofrendo de um
9
esgotamento físico e mental. O impacto negativo da pandemia junto a
enfermagem, está ocasionando uma queda progressiva destes profissionais,
seja por afastamento, ou por suspeita/confirmação de contaminação, e até
mesmo por óbito.9,12 Estresse, ansiedade, pânico, Síndrome de Burnout, são
apenas algumas das diversas causas do adoecimento dos profissionais de
enfermagem.9 Muitos deles trabalham sob escalas desumanas, e sendo
obrigados a trabalhar reaproveitando EPIs, e até mesmo sendo impedidos de
se afastarem por motivos de doença, sem contar na preocupação destes em
serem contaminados, e de contaminarem seus familiares. 9,12 A sobrecarga
emocional que eles estão sofrendo, está ligada diretamente ao aumento da
contaminação entre os profissionais de saúde, levando a problemas na Saúde
Mental.9,12
A disseminação do vírus no Brasil, trouxe a realidade da enfermagem
brasileira, desde condições de trabalho precária até o descaso com estes
profissionais, essa realidade já era visível, mas agora, ficou ainda mais
18

evidente.9,12 Embora com toda a desvalorização que estes profissionais


enfrentam, eles continuam a prestarem o cuidado para a população, somando
os prejuízos físicos e psíquicos, sendo inevitável saírem ilesos dessa jornada
exaustiva.9,12
É preciso refletir sobre como é possível melhorar as condições de
trabalho, afim de melhorar o bem estar destes profissionais para que se sintam
fortalecidos e valorizados, melhorando assim a saúde mental. 9,12

4.2 Panaorama do adoecimento Mental em Profissionais de Saúde durante a


COVID-19 (Focar mais em profissionais de Enfermagem)
 
Através destes estudos (quais?) podemos concluir que com este cenário
que estamos vivendo desencadeou com mais frequência os sintomas
de estresse, ansiedade, depressão em geral tanto na população quanto nos
profissionais de saúde, sendo os mais acometidos estudantes, mulheres e
enfermeiros.13
Por mais que as curvas dos indicadores de COVID-19 diminuem
mundialmente pode-se gerar a longo prazo diversas consequências
relacionadas a saúde mental, sendo necessária estratégias de abrangência
comunitária e individuais que irão reduzir as ocorrências de agravos
psicológicos e emocionais, afetando as pessoas principalmente seu bem-
estar, seu estado psicológico, e isso são fatores desenvolvidos durante o
período da quarentena, notícias falsas e isolamento social  acabaram gerando
insegurança e pânico.13 
Com a suscetibilidade a morte e o medo de ser contaminado juntando
com a doença pouco conhecida e a rapidez de disseminação tornam-se a
saúde mental mais evidente, o que ocasiona maior atenção nas avaliações de
resultado e intervenções direcionados ao seus impactos e medos. 13 É
relevante traçar estratégias de prevenção e enfrentamento dos fatores que
fortalecem o medo já que a população está com receio de ser infectada
pela nova doença ou infectar algum membro da família, a fim de aumentar
a vigilância, diminuir a ansiedade e o comportamento suicida. 13
19

4.3 Gestão de Trabalho em Tempos de Pandemia Considero que poderiam


focar nas estratégias de gestão no alívio do sofrimento psíquico
Foi destacado a importância do saber como ferramenta de controle e
autoridade sobre o paciente e população até mesmo sobre as autoridades
governamentais que prezam por integridade e bem estar da população, em
tempos de pandemia esse panorama fica ainda mais visível passando a ser
peça chave o saber para tomada de decisão das autoridades sanitárias do
país, o saber é citado também como ponto chave para ingresso no mercado de
14
trabalho seja no setor público ou privado. A saúde volta a ser o foco das
ações em tempo de pandemia devido ao medo de uma possível perda de saúde
ou vida, assim a enfermagem recebe destaque devido aos cuidados com o
paciente para promoção ou prevenção da saúde e vida. 14

Os dados estaduais evidenciam um cenário de desigualdade técnica que


afeta diretamente o processo de trabalho aonde a categoria técnica e
absurdamente maior que a de enfermeiros gerando uma sobrecarga ao mesmo
e um enfretamento à pandemia menos especifico, devido a composição formal
da equipe de enfermagem, esses dados apontaram uma enorme parcela de
trabalhadores mal remunerados, com sobrecarga de trabalho, adoecidos, com
nível de desgaste profissional elevado, podemos dizer que a Enfermagem
chega para o combate à pandemia em condições desfavoráveis e com um
cenário nada atraente no que diz respeito a gestão do trabalho. 14

Outro cenário que merece atenção e preocupação é a contaminação a


qual a equipe de Enfermagem está exposta na linha de frente no combate à
COVID-19 relacionada com condições de trabalho a que estão expostos,
diariamente, no atendimento à população que busca assistência, confirmados
ou com suspeita da COVID-19, falta de Equipamentos de Proteção Individual
(EPI), superlotação dos hospitais e das Unidades de Pronto Atendimento
(UPA), equipes de saúde com baixas importantes de profissionais: médicos,
enfermeiros, técnicos/auxiliares de enfermagem, fisioterapeutas, devido a
licenças médicas por adoecimento ou até mesmo por fazerem parte do grupo
de risco e casos extremos, por óbito, possível ausência de educação
20

permanente para utilização e manuseio dos EPIs, bem como os equipamentos


e o manejo com os pacientes infectados.14

Nesse propósito, ficou evidente a existência de inúmeras fragilidades


nas condições de emprego, renda, trabalho, saúde física e mental desses
profissionais, a pandemia COVID-19 afetou diretamente esses trabalhadores, o
quadro é que essa doença está instalada em todo o país, porém diverge
significativamente entre estados e regiões. 14 Em 28 de maio de 2020 o país já
contabilizava 5.533 casos confirmados e 138 óbitos entre profissionais da
equipe.14

Diante disto conforme os presentes estudos, conclui-se que a pandemia


contribuiu para aumentar as condições precárias de trabalho dos profissionais
da enfermagem brasileira, e a necessidade de mais estudos e diagnósticos
sobre os efeitos que incidem no processo de trabalho durante o período atual
e pós-pandemia para o melhor entendimento da realidade posta e exposta, a
fim de sugerir às Entidades de Classe, à sociedade e ao Estado, um cenário
mais próximo da realidade preconizada pela Organização Internacional do
Trabalho que tem denominado de “trabalho decente”. 14

4.4 Principais Problemas que Afetam os Profissionais de Saúde da Pandemia


A pandemia de Covid-19 desencadeou números elevados de infectados
e de óbitos no mundo todo, principalmente os profissionais de saúde que
fazem parte de um grupo de risco para a doença por estarem expostos
diretamente aos pacientes infectados. 15 Além disso, eles estão submetidos à
um nível muito alto de estresse ao atender esses pacientes. 15 Problemas
rotineiros como cansaço físico, estresse psicológico, falta ou escassez
referente as medidas de proteção EPIs, e cuidado à saúde desses
profissionais, não afetam da mesma maneira as diversas categorias, sendo
necessário atentar para as especificidades de cada uma. 15 A proteção da
saúde dos profissionais de saúde, é o ponto chave para evitar a propagação
do vírus nos estabelecimentos de saúde e nos domicílios, sendo necessário,
disponibilizar EPIs, incluindo máscaras N95, aventais, óculos, protetores
faciais e luvas, além disso, deve-se ficar atento e proteger a saúde mental dos
profissionais.15
21

O principal problema de saúde que afeta os profissionais envolvidos no


cuidado direto aos pacientes sintomáticos ou diagnosticados com o novo
Coronavírus é o risco de contaminação pela doença. 15 A OMS recomenda o
uso de máscaras cirúrgicas para os profissionais responsáveis por
procedimentos de rotina, e a máscara N95 ou PFF2 para o cuidado de
pacientes com procedimentos que geram aerossóis, é importante destacar os
efeitos adversos do uso de EPIs, sendo necessários para se evitar ou diminuir
os riscos de infecção pelo vírus. Um estudo realizado por Koh13 aponta a alta
incidência de complicações cutâneas relacionadas a medidas de proteção e
prevenção entre profissionais de saúde que tratam pacientes com infecção
epidêmica por COVID-19, o que pode levar o profissional a descontinuar o uso
do equipamento de proteção devido a ulcerações cutâneas. 15

Nesse novo cenário de pandemia exigiu-se maior atenção ao trabalhador


de saúde, também no que se refere aos aspectos que envolvem à sua saúde
mental, pois têm sido recorrente o relato de aumento dos sintomas de
ansiedade, depressão, perda da qualidade do sono, aumento do uso de
drogas, sintomas psicossomáticos e medo de se infectarem ou transmitirem a
infecção aos membros da família, sem falar do transtorno de ansiedade
generalizada, e ainda verificou-se o estresse crônico, a exaustão e o
esgotamento dos trabalhadores frente à intensa carga de trabalho, problemas
que tende a piorar num contexto de falta de mão-de-obra na eventualidade dos
profissionais de saúde terem que se isolar devido ao fato de contraírem o
COVID-19, esforço emocional e cansaço físico ao cuidar de um grande número
de pacientes com doenças agudas de todas as idades que têm o potencial de
se deteriorar rapidamente.15

O resultado dos estudos que tratam do controle da infecção por COVID-


19 em profissionais de saúde que atuam na linha de frente no enfrentamento
da pandemia reforçam a importância de medidas preventivas para a redução
do risco de infecção entre os trabalhadores que atuam tanto em hospitais
quanto na atenção primária, destacando a importância da lavagem de mãos,
uso de EPIs (gorro, máscaras N95, luvas cirúrgicas, óculos de proteção,
roupas de proteção, capas para sapatos impermeáveis descartáveis, aventais
22

de isolamento descartáveis e escudo facial), por esses profissionais.


Enfatizam-se os cuidados individuais com os profissionais de saúde, que
incluem o controle de sintomas como febre, tosse, e realização de exames
rotineiros (hemograma, tomografia torácica e autoexame de sintomas
respiratórios e temperatura corporal) como forma de triagem desses
profissionais.15

A respeito da saúde mental dos profissionais de saúde, vários artigos


descrevem ações de promoção e proteção da saúde mental dos profissionais e
apontam a necessidade de se abordar melhor esta área, ressaltando que é de
extrema importância o apoio e a valorização que a população em geral pode
dar aos profissionais e trabalhadores em saúde. 15,16

Como se não bastasse, a falta de EPIs ou a precarização desses


equipamentos só tendem a elevar a insegurança dos profissionais, para
amenizar essa situação, as instituições decidiram realizar um revezamento do
trabalho do enfermeiro, exigindo menos para eles não serem tão afetados. 16 Em
uma outra tentativa de minimizar essa situação, especialistas mentais se
ofertaram com solidariedade a orientarem os profissionais em meio a esse
obstáculo.16 A OMS recentemente disponibilizou um guia oriental aos
cuidados mentais dos profissionais de Saúde. 16,17

Mesmo a tantas dificuldades o enfermeiro se destaca pelo cuidado,


empatia, apoio e amor ao realizar seu trabalho. Acolhendo o paciente com
ações de vigilância, prevenção, controle de transmissão do vírus e assistência
aos enfermos. 16,17

4.5 Sentimentos mais Declarados pelos Profissionais de Enfermagem diante a


Pandemia (Desenvolver mais esse tópico)

Relatos baseados na vivencia da equipe de enfermagem diante da


pandemia do Coronavírus, relatam seus medos e anseios e como os atuais
acontecimentos no Brasil e no mundo estão afetando significativamente as
condições psicológicas dos profissionais de saúde, visto que possuem maior
23

risco de serem contaminados devido o contato direto com os pacientes


infectados.18

Neste contexto as reações mais frequentes que os enfermeiros relatam


são o medo, tanto pela contaminação, quanto pela morte, também pela
possível transmissão do vírus, ou até mesmo medo da perda financeira, se
19,20
acaso adoecerem. Também relatam sentimento de impotência e
vulnerabilidade diante o avanço do vírus, e a inexistência de cura e vacina até
o momento. Irritabilidade, angustia, tristeza, conflitos interpessoais, crises de
pânico, estresse, transtorno de humor, depressão, luto, todos esses
sentimentos estão interligados, e em certo ponto considerados normais diante
o que estamos vivendo. 19,20 Muitos profissionais relatam que a ansiedade e
estresse são tão grandes que levam a sintomas físicos como: dores de
cabeça, diarreia, prisão de ventre, tremores, tensão muscular, má digestão,
falta de ar, e etc.19,20

4.6 Estratégias de Enfrentamento – Suporte, Prevenção e Tratamento aos


Profissionais de Saúde (Desenvolver mais esse tópico)

Pensando em como oferecer apoio psicológico aos profissionais de


saúde é que o projeto VIDA EM QUARENTENA foi desenvolvido por discentes
e docentes de psicologia da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) e
Universidade Federal do Ceará (UFC) com o propósito de promover e discutir a
saúde mental neste momento da pandemia e distanciamento social. 21

O projeto foi lançado nas redes sociais no dia 02 de abril de 2020 e


foram realizadas atividades onde é possível divulgar informações seguras para
o entretenimento durante a pandemia; sugestões de cuidados para
manutenção da saúde mental e física; realizações de lives e divulgação de
vídeos para estimular a expressão de sentimentos e comportamentos da
população, todos esses conteúdos através do instagram
@vida_em_quarentena.21

Foram realizadas 08 lives com os seguintes temas: apresentação do


projeto Vida em Quarentena: saúde mental em foco, a vida em quarentena e a
pessoa com transtorno mental, isolamento social: efeitos, autocuidado e
24

cuidados com o outro, as emoções e a situação de pandemia, violência


doméstica durante o isolamento social, a criança autista em tempos de
isolamento social: desafios e possibilidades no cuidado, aumento do consumo
de álcool e outras drogas durante o isolamento social e percepção de tempo e
o isolamento social.21

Essas postagens são de conteúdos que foram identificados como de


grande relevância para este momento de isolamento social e quarentena, onde
podemos ter acesso através do instagram descrito acima, os seguintes temas:
famílias brincantes - guia com atividades e brincadeiras, prática de meditação,
a atenção à saúde emocional das famílias com COVID-19, boas notícias sobre
à COVID-19, dica de leitura sobre terminalidade, morte e luto na pandemia da
COVID-19, como ajudar as crianças na expressão de sentimentos?, e uma das
atividades com maior potencial foi a produção e postagens dos vídeos
intitulados #EUNAQUARENTENA, que possibilitou conhecer os sentimentos,
percepções, atitudes e comportamento dos indivíduos durante a pandemia. 21

Além disso vem sendo utilizada para combater esses problemas


psicológicos a Estratégia de Coping onde cita: Redução de Carga de Trabalho,
Encaminhar os profissionais quando apresentarem algum sinal de estresse
emocional para os psicoterapeutas, psiquiatras e psicólogos com uso da
metodologia on line; realizar meditação e outras atividades para redução do
estresse emocional, manter contato com os familiares e amigos pelas redes
sociais, permitir-se a reações emocionais fortes; tentar manter a rotina o mais
normal possível e procurar ajuda sempre que necessário. 22 Também é
aconselhável sempre manter o autocuidado, como descansar entre os turnos,
manter boa alimentação, evitar hábitos prejudiciais, não se isolar, praticar
resiliência, cuidar do corpo, evitar excesso de informação, manter a fé, tudo
isso ajuda a enfrentar de uma maneira melhor todo esse processo. 19,20

Na China outros estudos revelaram que os profissionais de saúde


ficaram traumatizados devido a pandemia do SARS-COV-2 e continuam
sofrendo com sintomas psiquiátricos mesmo após o pico da doença ter
passado, sendo necessário uma atenção de cuidados com a saúde mental à
25

esses profissionais porque estão com estresse pós-traumático, e outros


estudos foi possível detectar outros sintomas depressivos, ansiedade,
distúrbios do sono, Carga de Trabalho excessiva, isolamento e discriminação.
22
E neste estudo temos o relato que os profissionais ficaram em alto risco de
infecção devido a proteção inadequada contra a contaminação, e além de
todos os sintomas citados acima tiveram que lidar com as emoções negativas
dos pacientes, sem ter contatos com seus familiares, e alguns tiveram que se
isolar por ter contraído a doença sendo necessário ser cuidado ao invés de
estar cuidando.22

Onde foi implantado imediatamente intervenções para promoção da


saúde mental dos profissionais de saúde, ajudando à evitar o absenteísmo
devido o sofrimento psíquico pela pandemia de Covid-19. 22

4.7 Orientações Gerais no Cenário do COVID-19 


 
Diante deste cenário que estamos vivenciando cabe aos profissionais de
saúde uma responsabilidade e pressão imensa, podendo gerar muitos casos
de sofrimentos mentais, portanto este documento nos orienta o cuidado em
saúde mental ,autocuidado e apoio psicossocial, pertencendo aos gestores
horários flexíveis principalmente os que tem algum membro da família afetado
ou é do grupo de risco; ter tempo para o cuidado em saúde mental e
o autocuidado; evitar que o stress afete você e sua equipe; para melhor
produtividade promover descansos e folgas e garantir informações de fontes
seguras e corretas.23
Cabendo aos trabalhadores utilizar formas claras e maneiras objetivas
em questões de idade e cultura; não se afastar emocionalmente dos familiares
e amigos mas sim fisicamente; procurar em casos de dúvidas
informações seguras; seguir as recomendações de prevenção e
contágio tendo atenção ao uso de EPI's; evitar bebidas à base de cafeína em
excesso para não prejudicar o sono e o descanso; pedir ajuda de perceber
sentimentos como tristeza, insegurança, medo para não dificultar.23 
Táticas de enfrentamento da COVID-19( Isabel vai passar as referencias)
26

● Redução da carga de trabalho com aumento do tempo de descanso,


identificar o profissional que apresenta sofrimento emocional para
acompanhamento profissional;

● Realizar avaliações com psicólogos para prevenção;


● Favorecer o contato entre profissionais para evitar ou diminuir
ansiedade, angustias, depressão;
● Levar em conta as necessidades humanas básicas. Falar sobre aflições
com colegas, manter constante contato com família e amigos, utilizando
redes sociais;
● Promover a rotina mais normal possível, oferecendo sempre apoio;
Realizar atendimentos personalizados e individualizados

5 Desenvolvimento da Cartilha

Apresentação do tema em uma cartilha explicativa contendo um breve


resumo sobre a atuação da equipe de enfermagem na pandemia, prevenção
das repercussões psicossociais dessa atuação na pandemia, sugestões de
como evitar o Estresse Ocupacional e locais que oferecem ajuda psicológica
aos profissionais da saúde. Ainda na cartilha, apresentaremos uma abordagem
simples com técnicas de relaxamento durante a hora do descanso do
funcionário como um meio de prevenir o esgotamento físico e mental.
27

6 CONCLUSÃO

De acordo com a pesquisa, podemos identificar que a pandemia COVID-


19 têm afetado grande parte dos profissionais de enfermagem, gerando grande
impacto psíquico e desenvolvendo doenças como a síndrome de Bournout,
ansiedade, depressão entre outras.

Este trabalho é de grande importância para os profissionais de


enfermagem, assim como sua compreensão, atenção as medidas de
segurança, identificação de sinais e sintomas, evidenciando a criação de
protocolos para a prevenção e tratamento dos profissionais de enfermagem.
28

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Saude-Mental-e-Apoio-Psicossocial-na-Atencao-Especializada--1-.pdf

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