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HORA DA VERDADE

DIREITO PENAL

Prof. Antonio
INSTA Pequeno
@PROF.PEQUENO
HORA DA VERDADE - PCERJ
1- José trabalha como guarda-vidas da piscina do Clube Romano, aberto ao
público das 8h às 22h, diariamente. A piscina do clube funciona das 9h às 21h,
de terça a domingo, sendo aberta por Antônio, que trabalha como zelador no
mesmo clube. José é sempre o primeiro a entrar na área da piscina, tão logo ela
é aberta, para assumir seu posto no alto da cadeira de guarda-vidas. Contudo,
no dia 1º de novembro de 2020, ele não chegou no horário porque sua condução
atrasou. O espaço da piscina foi aberto por Antônio no horário habitual, mas José
somente chegou ao clube às 10h. Ao entrar na área da piscina deparou-se com
uma cena terrível: o corpo de uma criança morta, boiando na piscina. Sobre a
conduta de José, assinale a afirmativa correta.

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A) José não praticou nenhum crime.
B) José omitiu-se na prestação de socorro (Art. 135 do CP).
C) José cometeu homicídio culposo (Art. 121, § 3º, do CP).
D) José cometeu homicídio culposo na modalidade comissiva por omissão, pois
exercia a função de garantidor (Art. 121, § 3º, c/c. o Art. 13, § 2º, ambos do CP).
E) José cometeu homicídio doloso na modalidade comissiva por omissão, pois
exercia a função de garantidor (Art. 121, caput, c/c. o Art. 13, § 2º, ambos do
CP).

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2- Relativamente ao tema da aplicação da lei penal no tempo, analise as afirmativas
a seguir.
I. A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se
a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
II. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,
cessando em virtude dela os efeitos penais da sentença condenatória, incidindo o
princípio da abolitio criminis aos crimes decorrentes de leis penais excepcionais e
temporárias.
III. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos
anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado e
já iniciada a execução da pena. Está correto o que se afirma em

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A) II, apenas
B) I e II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.

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3- No dia 01/03/2014, Vitor, 60 anos, desferiu um golpe de faca no peito de sua
namorada Clara, 65 anos, que foi a causa eficiente de sua morte, pois descobrira
que a vítima mantinha uma relação extraconjugal com o vizinho. Foi instaurado
inquérito policial para apurar o evento, entrando em vigor, no curso das
investigações, a Leinº13.104/2015, passando a prever a qualificadora do feminicídio.
As investigações somente foram concluídas em 25/01/2021. Considerando apenas
as informações expostas, a autoridade policial deverá indiciar Vitor pela prática do
crime de homicídio:

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A) com causa de aumento de pena, sem a qualificadora pela condição de mulher da
vítima;
B) sem qualquer causa de aumento de pena e sem a qualificadora pela condição de
mulher da vítima;
C) com a qualificadora pela condição de mulher da vítima, bem como causa de
aumento de pena;
D) com a qualificadora pela condição de mulher da vítima, sem qualquer causa de
aumento de pena;
E) com a qualificadora pela condição de mulher da vítima, além de causa de
diminuição de pena pelo relevante valor moral.
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4- Durante uma partida de futebol, Rogério agrediu Jonas com um soco, que lhe causou
um leve ferimento no olho direito. No dia seguinte, Jonas vai tirar satisfação com Rogério e,
no meio da discussão, saca uma arma de fogo e parte na direção de Rogério, que, então,
retira de sua mochila um revólver que carregava legalmente e dispara contra Jonas,
causando sua morte. Considerando a situação apresentada, com relação à morte de
Jonas, Rogério:
A) responderá por homicídio, ficando, porém, isento de pena por ter atuado no exercício
regular de direito;
B) responderá por homicídio, pois provocou a situação em que se encontrava, afastando
eventual excludente de ilicitude;
C) não responderá por homicídio, considerando que agiu em legítima defesa, que é causa
de exclusão da culpabilidade;
D) responderá por homicídio culposo, pois agiu em excesso de legítima defesa;
E) não responderá por homicídio, pois agiu em legítima defesa, o que afasta a ilicitude de
sua conduta.

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5- Joana caminhava pela rua, quando percebeu que um cachorro de grande porte
se desvencilhou da coleira de seu dono e correu ferozmente em direção a uma
criança que brincava na calçada. Com o objetivo de proteger a criança, Joana atirou
uma pedra na cabeça do animal, que veio a falecer. Considerando os fatos acima,
Joana agiu em:
A) estado de necessidade, que afasta a culpabilidade de sua conduta;
B) legítima defesa de terceiro, que afasta a tipicidade de sua conduta;
C) estado de necessidade, que afasta a ilicitude de sua conduta;
D) legítima defesa de terceiro, que afasta a ilicitude de sua conduta;
E) estado de necessidade, que afasta a tipicidade de sua conduta.

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6- Cássio, com a intenção de matar Patrício, efetua disparo de arma de fogo em sua
direção, que atinge seu braço e o faz cair no chão. Enquanto caminha na direção de
Patrício para efetuar novo disparo, Cássio percebe a aproximação de policiais e se
evade do local, deixando Patrício apenas com o ferimento no braço. Considerando
os fatos narrados, Cássio deverá responder pelo crime de:
A) tentativa de homicídio;
B) tentativa de homicídio, com diminuição da pena pela desistência voluntária;
C) lesão corporal, pois houve desistência voluntária;
D) tentativa de homicídio, com diminuição da pena pelo arrependimento eficaz;
E) lesão corporal, pois houve arrependimento eficaz.
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7-João andava pela rua falando ao celular quando teve seu aparelho furtado por uma
pessoa que passou correndo de bicicleta. O furtador estava em uma bicicleta cinza, usando
moletom preto. Ao andar mais algumas quadras, João vê José, que usava um moletom
preto, sentando em cima de uma bicicleta cinza, falando ao celular, sendo o aparelho
semelhante ao que acabara de ser furtado.
Acreditando, equivocadamente, que José era o autor do delito de furto que acabara de
sofrer, João tenta prendê-lo em flagrante. José tenta explicar que não era a pessoa
procurada e que estava há uma hora ali parado aguardando para fazer uma entrega. João
não acredita e começa a agredir José para obrigá-lo a entrar em um taxi, a fim de
conduzi-lo a uma Delegacia de Polícia.
Diante disso, José agride João e se afasta do local. Tanto João quanto José sofrem lesões
corporais leves. Assinale a opção que indica as responsabilidades penais de João e de
José, respectivamente

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A) Lesão corporal leve e lesão corporal leve.
B) Lesão corporal culposa e lesão corporal leve.
C) Nenhuma responsabilidade penal, porque agiu em exercício regular de direito
putativo, e nenhuma responsabilidade penal, porque agiu em legítima defesa real.
D) Nenhuma responsabilidade penal, porque agiu em exercício regular de direito, e
lesão corporal leve.
E) Lesão corporal leve e nenhuma responsabilidade penal porque agiu em legítima
defesa putativa

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8- Thiago, pessoa financeiramente humilde, alugou uma bicicleta avaliada em R$ 2.000,00
pelo período de 2 (duas) horas para ir até uma entrevista de emprego. Após a entrevista,
chateado por não ter conseguido a vaga pretendida, acabou por pegar a bicicleta de outra
pessoa que estava estacionada no mesmo local, acreditando ser a que alugara. Apesar de o
modelo e o valor da bicicleta serem idênticos ao da que havia alugado, as cores eram
diferentes. Cinco minutos depois, Thiago veio a ser abordado por policiais militares que
souberam dos fatos, sendo indiciado, em sede policial, pela prática do crime de furto simples
doloso. No momento do oferecimento da denúncia, o promotor de justiça deverá concluir que a
conduta de Thiago é:
A) típica, mas deverá ser reconhecida causa de diminuição de pena em razão do erro de
proibição, que não era inevitável;
B) típica, mas deverá ser imputado o crime contra o patrimônio de natureza culposa, já que o
erro de tipo era evitável;
C) atípica, em razão do reconhecimento do princípio da insignificância;
D) atípica, diante do erro de proibição;
E) atípica, diante do erro de tipo

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9-Durante uma discussão verbal, Pedro percebeu que João estava prestes a lhe
desferir um golpe com pedaço de madeira, razão pela qual pegou uma pedra no
chão, seu único meio de defesa disponível, e a jogou em direção à cabeça do rival
para se proteger da injusta agressão. Ocorre que, mesmo após João já estar caído
em razão da pedrada recebida, Pedro persistiu desferindo socos na face de João.
João pegou então um canivete que tinha no bolso e golpeou a perna de Pedro para
que cessassem aquelas agressões. João apresentou lesões graves em razão dos
socos recebidos de Pedro após a pedrada. Já Pedro ficou apenas com lesões de
natureza leve em razão do golpe recebido com canivete. Descobertos os fatos em
investigação, os autos são encaminhados ao Ministério Público. Por ocasião da
análise, deverá ser concluído que:

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A) Pedro agiu em legítima defesa a todo momento, logo a conduta de João ao
desferir golpe com canivete não pode ser considerada amparada pela excludente de
ilicitude, de forma que este poderá ser responsabilizado criminalmente pelo ato;
B) Pedro agiu, inicialmente, amparado pela legítima defesa, mas houve excesso,
possibilitando sua responsabilização pelo resultado causado em razão deste, bem
como a legítima defesa de João ao desferir o golpe com canivete;
C) Pedro não agiu amparado por qualquer excludente de ilicitude, podendo
responder pelo crime de lesão corporal dolosa, em razão da pedrada e socos,
enquanto João agia em legítima defesa, afastando a sua responsabilidade penal;
D) Pedro e João não agiram amparados por qualquer causa excludente da ilicitude,
podendo ambos ser responsabilizados pelas lesões causadas;
E) Pedro e João agiram em legítima defesa durante todo o tempo, de modo que
nenhum dos dois poderia ser responsabilizado criminalmente.

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10- Ao final das comemorações da noite de Natal com sua família, Paulo, quando
deixava o local, acabou por levar consigo o presente do seu primo Caio, acreditando
ser o seu, tendo em vista que as caixas dos presentes eram idênticas. Após
perceber o sumiço do seu presente e acreditando ter sido vítima de crime
patrimonial, Caio compareceu à Delegacia para registrar o ocorrido, ocasião em que
foram ouvidas testemunhas presenciais, que afirmaram ter visto Paulo sair com
aquele objeto. Paulo, ao tomar conhecimento da investigação, compareceu em sede
policial e indicou onde o objeto estava, sendo o bem apreendido no dia seguinte em
sua residência. Preocupado com sua situação jurídica, Paulo procurou a Defensoria
Pública.

Sob o ponto de vista jurídico, sua conduta impõe o reconhecimento de que:


A) ocorreu erro de proibição, afastando a culpabilidade ou gerando causa de
redução de pena, a depender de ser considerado vencível ou invencível;
B) foi praticado crime de furto, mas deverá ser reconhecida a causa de diminuição
de pena do arrependimento posterior;
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C) houve erro sobre a pessoa, devendo ser consideradas as características
daquele que se pretendia atingir;
D) ocorreu erro de tipo, o que faz com que, no caso concreto, sua conduta seja
considerada atípica;
E) houve erro na execução (aberratio ictus), logo a conduta deverá ser considerada
atípica.

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11- Victor abordou um grupo de três pessoas que estava no interior de um coletivo
e, mediante grave ameaça, subtraiu os pertences que elas carregavam. Diante dos
fatos narrados, considerando o instituto do concurso de crimes e a jurisprudência
dos Tribunais Superiores, Victor praticou:
A) três crimes de roubo, em concurso material, devendo ter as penas dos crimes
somadas;
B) três crimes de roubo, em concurso formal impróprio, aplicando-se a regra da
exasperação;
C) três crimes de roubo, em concurso formal próprio, devendo ter a pena de um
deles aumentada;
D) três crimes de roubo na forma continuada, devendo ter a pena de um deles
aumentada;
E) um único crime, devendo responder por roubo simples.

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12- Durante uma fiscalização de rotina in loco de um determinado estabelecimento
comercial, dois fiscais solicitam ao comerciante a documentação pertinente. O
comerciante exibe os documentos aos fiscais e estes constatam a ocorrência de
irregularidades que os obrigariam a autuar o estabelecimento. Os fiscais comunicam ao
comerciante que ele será autuado, momento em que este oferece a quantia de R$
10.000,00 (dez mil reais) para que eles deixassem de fazer a autuação. Os fiscais
responderam que estariam de acordo mediante o pagamento de R$ 50.000,00
(cinquenta mil reais). O comerciante afirma que não tem essa quantia e os fiscais
realizam a autuação na forma da lei. Diante da narrativa, assinale a afirmativa correta.
A) O comerciante e os fiscais não cometeram nenhum crime, pois não foi efetivado o
pagamento de dinheiro e o estabelecimento foi regularmente autuado.
B) O comerciante cometeu o crime de corrupção e os fiscais cometeram o crime de
concussão, todos na modalidade tentada.

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C) O comerciante cometeu o crime de corrupção ativa na modalidade tentada e os
fiscais não cometeram nenhum crime.
D) O comerciante cometeu o crime de corrupção ativa e os fiscais cometeram o crime
de corrupção passiva.
E) O comerciante cometeu o crime de corrupção e os fiscais cometeram o crime de
prevaricação.

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13- Relativamente ao tema dos crimes contra a administração pública, especificamente
quanto ao conceito penal de funcionário público, é correto afirmar que:
A) o funcionário público, para os efeitos penais, é todo aquele que exerce cargo, emprego
ou função pública, desde que de forma remunerada;
B) a pessoa que exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal não pode ser
equiparada a funcionário público para fins penais;
C) se o funcionário público for ocupante de cargo em comissão, a pena pelo crime funcional
será aumentada da terça parte;
D) a pessoa que trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para
a execução de atividade típica da Administração Pública não pode ser equiparada a
funcionário público para fins penais;
E) o particular que atua em coautoria ou participação com o funcionário público na prática
do crime funcional não responde pelos crimes de funcionário público, mesmo que tenha
conhecimento da qualidade funcional de seu comparsa
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14-Paula namorou João por onze meses, tendo dado fim ao relacionamento em razão
do comportamento ciumento e agressivo deste. Três meses após, João, inconformado
com o fim do relacionamento, abordou Paula na saída do seu trabalho e, após desferir
um soco em seu rosto, causando-lhe lesão leve, ainda a perseguiu até sua casa,
ameaçando-a de morte caso não retomasse o namoro. Temendo a reação de João,
Paula registrou o ocorrido, sendo os fatos confirmados por perícia e testemunhas que
presenciaram o evento. João foi denunciado pelos crimes de lesão corporal e ameaça.
Diante do que foi acima narrado, é correto constatar que:
A) o fato não se encaixa na Lei Maria da Penha, pois ocorrido após o fim do
relacionamento entre João e Paula;
B) caso condenado, João poderá ter sua pena privativa de liberdade substituída por
restritiva de direitos;

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C) a natureza leve da lesão causada tornou indispensável a representação da vítima
para denúncia do crime de lesão;
D) caso condenado, em razão da natureza dos delitos, João não poderá apelar em
liberdade;
E) caso condenado por pena de até dois anos, João poderá ser beneficiado com a
aplicação do sursis da pena, não sendo cabível, contudo, a suspensão condicional do
processo.

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15-João, fiscal de um Município do Estado Alfa, passava por uma rua de comércio
popular com a família, quando seu filho avistou um comerciante vendendo balões de
personagens infantis e insistiu que queria um. João, então, se dirigiu ao vendedor e
exigiu que ele lhe desse o balão pretendido pelo filho, que estava sendo vendido para
outro casal, dizendo que trabalhava para a Prefeitura e que, se não fosse atendido,
chamaria a guarda municipal para apreender os objetos e lavrar o auto próprio. Ao
proceder da forma narrada, João praticou, em tese, a conduta tipificada como:
A) extorsão;
B) concussão;
C) corrupção passiva;
D) exercício arbitrário das próprias razões;
E) corrupção passiva, mas João terá sua tipicidade afastada pelo princípio da
insignificância.
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16- Enquanto realizava compras em uma famosa loja de grife da cidade, Roberto
iniciou discussão com a vendedora Joana, vindo a afirmar, na presença de quinze
clientes, que o mau atendimento só poderia ter sido causado por uma “negrinha que
deveria estar comendo banana”. Joana ficou envergonhada com toda a situação,
optando por ir para casa e não contar a ninguém sobre o ocorrido. Contudo, a
proprietária do estabelecimento compareceu em sede policial e narrou os fatos.
Considerando apenas as informações expostas, é correto afirmar que o delegado:
A) deverá instaurar inquérito policial, pois o crime em tese praticado foi de injúria racial
sem causa de aumento, que é de ação penal pública incondicionada;
B) não poderá instaurar inquérito policial, pois o crime em tese praticado foi de injúria
racial majorada, que exige representação da vítima;
C) deverá instaurar inquérito policial, pois foi praticado crime de racismo, que é de
ação penal pública incondicionada;
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D) não poderá instaurar inquérito policial, pois foi praticado crime de injúria racial
simples, que é de ação penal privada;
E) deverá instaurar inquérito policial, pois o crime praticado foi de injúria racial
majorada, que é de ação penal pública incondicionada.

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17-Haroldo convence Bruna a aplicarem um golpe no casal de noivos Marcos e Fátima,
apresentando-se como organizadores de casamento. Após receberem do casal vultosa
quantia para a organização das bodas, Haroldo e Bruna mudaram de cidade e trocaram
de telefone. Percebendo que haviam sido vítimas de um golpe, Marcos e Fátima
registraram os fatos na delegacia, demonstrando interesse em ver os autores
responsabilizados pelo crime de estelionato. Após o registro da ocorrência, Bruna,
arrependida, por conta própria, efetuou a devolução ao casal de parte do dinheiro que
havia recebido. Considerando que houve reparação parcial do dano:
 
A) a conduta de Haroldo e Bruna tornou-se atípica, tratando-se de mero ilícito civil;
B) Haroldo responderá por estelionato consumado, enquanto Bruna terá sua tipicidade
afastada pela reparação parcial do dano;

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C) Haroldo e Bruna responderão por estelionato, devendo Bruna ter sua pena
diminuída pelo arrependimento posterior;
D) Haroldo responderá por estelionato tentado, enquanto Bruna terá sua tipicidade
afastada pela reparação parcial do dano;
E) Haroldo e Bruna responderão por estelionato, sem a causa de diminuição da pena
pelo arrependimento posterior.

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18-Wesley havia alugado um apartamento parcialmente mobiliado e, após o
encerramento do contrato de locação, chamou Sidney, seu amigo, que nunca havia
estado no imóvel, para ajudá-lo com a retirada de seus pertences. Durante a mudança,
Wesley garantiu a Sidney que a televisão que se encontrava na sala era de sua
propriedade e deveria ser retirada, embora Wesley tivesse ciência de que o aparelho
pertencia ao proprietário do imóvel. Ao perceber a situação, o proprietário do imóvel
registrou boletim de ocorrência contra Wesley e Sidney. Analisando os fatos acima
narrados, a conduta dos agentes pode ser assim classificada:
 
A) Wesley e Sidney responderão pelo crime de furto, em razão do concurso de
pessoas;
B) Wesley responderá por furto doloso, enquanto Sidney responderá pelo mesmo
crime na modalidade culposa;
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C) apenas Wesley responderá por furto, pois Sidney agiu em erro sobre o objeto,
ficando isento de pena;
D) apenas Wesley responderá por furto, pois Sidney agiu em erro de tipo provocado
por terceiro, sendo atípica sua conduta;
E) Sidney agiu em erro de tipo, afastando a culpabilidade da conduta de ambos os
agentes.

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19-Saulo se desentendeu, na fila do caixa de um supermercado, com outra
consumidora, Viviane, que estava no 8º mês de gestação, e lhe desferiu um fortíssimo
soco no rosto. Em razão do golpe, Viviane perdeu o equilíbrio e caiu com a barriga no
chão. Ao ser levada ao hospital, foi constatado que Viviane apresentava lesão leve na
face, mas que havia perdido o bebê em decorrência da queda. Considerando o estado
gravídico evidente de Viviane, a conduta praticada por Saulo configura o crime de:
A) lesão corporal seguida de morte;
B) lesão corporal qualificada pelo aborto;
C) aborto na modalidade dolo eventual, apenas;
D) aborto culposo, ficando a lesão corporal absorvida;
E) lesão corporal leve em concurso formal com aborto na forma culposa.

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20- Renan convence Patrick a furtarem bens de uma residência, que estava desabitada.
No dia seguinte, o dono da casa, João, 51 anos, toma conhecimento do ocorrido e
aciona a polícia, que, após investigação, identifica Renan e Patrick, apurando no curso
do inquérito que Renan sabia que o imóvel era de seu pai adotivo, o que Patrick
desconhecia. Com base nessas informações, as condutas de Renan e Patrick podem ser
assim tipificadas:
A) nenhum dos dois responderá por furto qualificado, considerando que foi praticado
contra ascendente de Renan e que tal circunstância se comunica objetivamente a
Patrick;
B) o fato praticado por Renan é atípico, pois a vítima era seu ascendente, enquanto
Patrick responderá por furto simples, pois a circunstância tem natureza subjetiva;
C) os dois poderão ser condenados por furto qualificado, pois o desconhecimento de
Patrick quanto à condição do lesado afasta a relevância desta circunstância para ambos;
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D) ambos responderão por furto qualificado, pois a circunstância especial somente
incidiria caso Renan possuísse parentesco sanguíneo com a vítima;
E) Renan estará isento de pena, enquanto Patrick responderá por furto qualificado, pois
a condição de descendente de Renan possui natureza subjetiva e não se comunica a
Patrick.

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21- Durante evento na loja de uma operadora de telefonia móvel, Tereza,
aproveitando-se da distração dos funcionários, subtraiu para si um aparelho celular. Ao
chegar em casa, sua mãe descobriu o fato e a convenceu a comparecer à delegacia
para devolver o aparelho subtraído, o que foi por ela feito no dia seguinte. Diante dos
fatos narrados, a conduta de Tereza configura:
A) furto na forma tentada, pois houve arrependimento eficaz;
B) furto na forma tentada, pois houve desistência voluntária;
C) atipicidade, em razão do arrependimento eficaz;
D) furto na forma consumada, com a causa de diminuição pelo arrependimento
posterior;
E) furto na forma consumada, sem causa de diminuição de pena, pois a restituição da
coisa não se deu de maneira espontânea.
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22-Jonas, agente policial de determinado estado, e seu primo Hélio, desempregado,
subtraíram da delegacia na qual o primeiro exercia suas funções, computadores que
haviam sido substituídos por equipamentos novos e que se encontravam guardados,
tendo a dupla se aproveitado das facilidades decorrentes do cargo exercido por Jonas.
Ao tomar conhecimento dos fatos, a autoridade policial deverá reconhecer que Jonas
praticou:
A) crime de peculato, devendo Hélio responder pelo mesmo delito;
B) crime de furto qualificado, assim como Hélio;
C) crime de peculato, enquanto Hélio responderá por peculato culposo;
D) crime de peculato, enquanto Hélio responderá por furto qualificado;
E) crime de peculato, enquanto Hélio responderá por furto simples

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23- Durante uma festa de confraternização, Bartolomeu escuta Fred, o dono da
residência, comentar que havia perdido um valioso cordão de ouro. No meio da festa,
ao se abaixar para amarrar o sapato, Bartolomeu nota que o cordão que Fred disse ter
perdido está embaixo do sofá, e o pega para si sem ser notado. Nessas condições, a
conduta de Bartolomeu configura:
A) crime de furto;
B) crime de receptação;
C) conduta atípica penalmente;
D) crime de apropriação indébita;
E) crime de apropriação de coisa achada.
 

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OBRIGADO!

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