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Ética
Ética ou filosofia moral é, na filosofia, o estudo do conjunto de valias morais de um
grupo ou indivíduo. A palavra "ética" vem do grego ethos e significa carácter,
disposição, costume, hábito, sendo sinónima de "moral", do latim mos, mores (que
serviu de tradução para o termo grego mais antigo, significando
também costume, hábito).
Toda cultura e toda sociedade estabelece-se baseada em valores definidos a partir de
uma interpretação do que é o bem e o mal, o certo e o errado.
Essas interpretações são fundamentadas em valores morais socialmente construídos e
cabe à ética, se dedicar ao estudo desses valores.
Para Pedroso (2003), ética profissional é a expressão sobre a actividade produtiva, para
dali extrair o conjunto excelente de acções, relativas ao modo de produção. Actividade
produtiva tem hábitos e costumes próprios; tem também acordos que asseguram a
produção de justiça mínima no decorrer de seu exercício e constituem ambos o objecto
da ética profissional. Enfim, tudo o que se disse sobre moral, lei e ética no âmbito geral
da actividade humana aplica-se ao âmbito particular da actividade produtiva.
A ética não pode ser confundida com a moral. A moral é prioritariamente reguladora de
valores e comportamentos quando considerados como legítimos por determinada
sociedade, povo, religião, ou tradição cultural. A ética é uma reflexão crítica da
moralidade. Mas ela não é puramente teoria. A ética é um conjunto de princípios e
disposições voltados para a acção, historicamente produzidos, cujo objectivo é balizar
as acções humanas. A ética existe como uma referência para os seres humanos em
sociedade, de modo que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana (IMAP,
2008, p. 2).
Pedagogia
O termo pedagogia, do grego antigo paidagogós, era inicialmente composto por paidos
(“criança”) e gogía (“conduzir” ou “acompanhar”). Outrora, o conceito fazia portanto
referência ao escravo que levava os meninos à escola.
Actualmente, a pedagogia é considerada como sendo o conjunto de saberes que compete
à educação enquanto fenómeno tipicamente social e especificamente humano. Trata-se
de uma ciência aplicada de carácter psicossocial, cujo objecto de estudo é a educação. A
pedagogia recebe influências de diversas ciências, como a psicologia, a sociologia, a
antropologia, a filosofia, a história e a medicina, entre outras.
Assim, podemos definir a pedagogia como é a ciência que estuda a educação, o
processo de ensino e a aprendizagem. O sujeito é o ser humano, enquanto educando.
Portanto, o objecto de estudo da pedagogia é a educação.
Fundamentos antropológicas da ética.
Em relação ao papel profissional, estar empregado é um factor que pelo próprio sentido
do trabalho traz saúde, se considerarmos apenas que “o trabalho dá ao homem a
oportunidade de questionar o seu eu interior e de traçar a sua história, e que com o
produto do seu trabalho, ele busca o seu reconhecimento social no meio ambiente onde
está inserido” (TRIGO apud VASCONCELOS, 2001, p. 78).
Segundo Jordão (2013), agir correctamente hoje não é só uma questão de consciência. É
um dos quesitos fundamentais para quem quer ter uma carreira longa e respeitada.
Por qualquer motivo que o ser humano trabalhe, por trás sempre está o dinheiro. Pois é
ele que fornece alimentos, moradia, lazer etc. É um erro citar que o dinheiro não é um
os principais agentes motivadores (PASQUINI, 2013).
A educação escolar sempre apresentou uma exigência ética e suas bases normativas,
embora lancem raízes na paidéia grega, encontram no iluminismo sua expressão mais
acabada. Em consequência, o debate educacional hoje é tributário da polémica gerada
pelo naufrágio da moralidade, como foi pensado pelos metafísicos modernos.
De um temos o fundamento histórico da educação decorrente da tradição iluminista
associado à contribuição das ciências do espírito (Geiteswissenschftan), indicando “o
desenvolvimento da autonomia e independência, com vistas à consciências e
emancipação dos sujeitos”, como sentido primeiro do processo educacional. Embora
com variações, a maior parte das teorias pedagógicas centram-se em torno desse eixo,
desde Kant, com a construção do homem consciente de si e responsável pelos seus
actos, passando também pela contribuição dos idealistas (como Hegel, Schiller, Fichte)
e de materialistas dialécticos como Marx e Gramsci.
Kant trata de uma justificação para o conteúdo normativo da modernidade, que rompera
com as anteriores bases teológicas. A constituição do sujeito capaz da acção racional
universal que mantém a unidade através da síntese organizada pelo transcende, se
constitui na força e no vigor do projecto pedagógico moderno. Trata-se de educar para a
liberdade. Esse universal abstracto se concretiza em cada homem, o que leva Kant a
afirmar que a educação é a constituição da humanidade no homem, a condução à
maioridade e à autonomia. Tal inspiração impulsiona diversas pedagogias, que buscam
a acção escolar voltada para a formação da consciência (EU), da autonomia e da
liberdade.
Hegel, crítico de Kant, formula o conceito de razão histórica. Cada homem é um
sujeito individual, mas também a humanidade inteira. A consciência da liberdade
provem de uma subjectividade auto-activa e a história é a história de medição entre
unidade e multiplicidade. A dialéctica é o próprio vir-a-ser da humanidade, o
movimento do mundo em processo e implica no reconhecimento do homem como autor
da história. A educação se insere neste processo como mediadora entre o individuo e a
sociedade, na exteriorização do espírito. Medição esta que torna superável entre o que é
e o que deve ser. Assim, como Hegel, a razão é unificadora e reafirma para a educação
uma justificação metafísica, onde cada particular realiza em si o universal. E ao mesmo
tempo que tudo é universal, é na singularidade que cada um realiza a racionalidade do
ser.
Com Hegel renovam-se as bases justificadoras da educação onde consciência e
liberdade são realizações do universal, concretizações da totalidade, radicalmente
inseridas no contexto histórico.
Assim, para Hegel como também para Kant, a educação, é uma espécie de segundo
nascimento, que depende da ruptura com o “natural”, em busca da eticidade. Conforme
refere Guinzo, ao introduzir os estudos pedagógicos de Hegel, “a pedagogia” é a arte de
tomar os homens éticos (Sittlich): considera o homem enquanto natural e mostra o
caminho para iluminá-lo (…) de transformar sua primeira natureza em uma segunda de
carácter espiritual. Assim fica confirmada a transcendência da actividade educativa.
Referencias
Kant, I. Fundamentação da, da metafísica dos costumes. São Paulo: Abril cultural,
1975, p.205. (os pensadores, 25).