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LIÇÃO 8 – PNEUMATOLOGIA

A DOUTRIA BÍBLICA DE DEUS ESPÍRITO: A PESSOA E A OBRA DO ESPÍRITO SANTO

Chegamos à fundamental doutrina acerca da bendita Terceira Pessoa da Trindade – o Deus


Espírito Santo, nosso companheiro, conselheiro, consolador, simplesmente Deus vivendo em
nós! O Espírito é o grande Presente do céu ( “o Dom”, At 2:38) para nós. O termo que nomeia
essa doutrina também é de origem grega e traz o Nome pelo qual o Espírito Santo é conhecido
no NT grego, “Pneuma” (do qual vem nossas palavras pneu, pneumonia, pneumático etc.),
totalmente equivalente ao “Ruach” do AT hebraico, e que significa, literalmente, “vento” (ver
Jo 3:8). A ciência diz que o vento é o ar em movimento. Essa definição explica bem porque os
apóstolos, no NT, referiam-se ao Consolador como um “vento”, porque ele é realmente Deus
se movimentando, agindo dinamicamente em nosso favor. Misterioso, Poderoso, tanto
Alvoroçador, como tranquilizador. Em algumas teologias sistemáticas essa doutrina é chamada
de Paracletologia (nesse caso, usando o termo grego para Consolador: “Parákleto”). Vamos ao
nosso estudo, mais uma vez valendo-nos do valioso esboço do Dr. Ryrie (2007, pp. 1285-1287)
– a dívida deste autor com a obra desse importante teólogo estadunidense bíblicas e essa
apostila concluída em tão exíguo tempo é inenarrável -, acrescido de mais referência bíblicas e
inserções de outros comentários, tanto de outros teólogos como das reflexões do autor desta
apostila.

8.1. A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO


O propósito do primeiro tema relacionado ao nosso amado Conselheiro Divino é
reafirmar sua personalidade, em confronto com as heresias pregadas por pseudocrístões, que
afirmam ser o Espírito Santo uma energia emanada por Deus.

(A) Provada por Suas características.


(1) Ele é inteligente (1 Co 2:10 – 11)
(2) Tem emoções (Ef 4:30 ).
(3) Tem vontade própria (1 Co 12:11).

(B) Provada por suas obras.


(1) Ele ensina (Jo 14:26).
(2) Guia (Rm 8:14)
(3) Comissiona (At 13:4).
(4) Dá ordens a Seus servos (At 8:29).
(5) Refreia (Gn 6:3)
(6) Intercede (Rm 8:26).
(7) Fala (Jo 15:26).
(8) Motiva, move (2 Pd 1:21).
(C) Provada pelo que lhe é atribuído.
(1) Ele pode ser obedecido (At 10:19 -21)
(2) Pode-se mentir para Ele (At 5:3)
(3) Pode-se resistir a Ele (At 7:51)
(4) Ele pode ser reverenciado (Sl 51:11)
(5) Pode-se blasfemar contra Ele (Mt 12:31).
(6) Ele pode ser entristecido (Ef 4:30).
(7) Pode ser ultrajado (Hb 10:29).

(D) Provada pela forma gramatical grega incomum. Apesar de a palavra grega para
“Espírito” (“Pneuma”) ser de gênero neutro, em várias ocasiões no texto bíblico grego
são empregados, pronomes masculinos no lugar do substantivo neutro, o que
contraria todas as regras normais de gramáticas, mas indica a personalidade do
Espírito (Jo 15:26; Jo 16:7 ,8,13,14).

8.2. A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO –

(A) Provada pelos Seus Nomes.

(1) Nomes que relacionam o Espírito de forma análoga às demais Pessoas da Triunidade
(Lc 1:35 – “Altíssimo” ; 1Co 6:11).
(2) Nomes que O apresentam realizam obras que somente Deus pode fazer (Rm 8:15; Jo
14:16).

(B) Provada por Suas características. O Espírito possui as perfeições divinas.

(1) Onisciência (1Co 2:10,11).


(2) Onipresença (Sl 139:7).
(3) Onipotência (Gn 1:2).
(4) Verdade (1 Jo 5:6).
(5) Santidade (Lc 11:13).
(6) Vida (Rm 8:2).
(7) Sabedoria (Is 40:13)

( C) Provada por Suas Obras. São atribuídas ao Espírito certas obras que somente Deus pode
realizar.

(1) Criar (Gn 1:2; Sl 104:30).


(2) Inspirar ( 2Pd 1:21).
(3) Gerar a Cristo em Suas encarnação (Lc 1:35).
(4) Convencer o ser humano (Jo 16:8).
(5) Regenerar o ser humano (Jo 3:5 -6; Tt 3:5)
(6) Consolar (Jo 14:16).
(7) Interceder (Rm 8:26 – 27).
(8) Santificar (2Ts 2:13)
(9) Provada por Sua associação análoga com as demais Pessoas da Triunidade (Mt 28:19;
At 5:3 – 4; At 16:6-7; 2Co 13:13).

8.3. A PROCESSÃO DO ESPÍRITO SANTO –


(A) Definição. Processão é a palavra que tenta descrever o relacionamento eterno entre o
Espírito e as outras duas Pessoas da Triunidade. Ele procedeu o relacionamento do Pai e o
Filho, sem que isso dividisse ou alterasse, de algum modo, a natureza de Deus.

(B) História. Este conceito foi formulado no Credo de Constantinopla em 381 A.D. em 589
A.D., o Sínodo de Toledo acrescentou a famosa “filioque”, afirmando que o Espirito procedia
do Pai e do Filho.

(c) Escrituras. Jo 15:26 afirma claramente que o Espirito procede o Pai, ao passo que a ideia de
Sua procedência do Filho vem de versículo como Gl 4:6, Rm 8:9 e Jo 16:7.

8.4. TIPOS E ILUSTRAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO –

(A) Vestimenta (Lc 24:49)


(B) Pomba (Mt 3:16; Mc 1:10; Lc 3:22; Jo 1:32).
(C) Penhor (2 Co 1:22; 2 Co 5:5; Ef 1:14).
(D) Sombra (Lc 1:35)
(E) Fogo (At 2:3)
(F) Óleo (Azeite da Unção (Lc 4:18; 2Co 1:21; 1Jo 2:20)
(G) Selo (2 Co1:22; Ef 1:13; Ef4:30).
(H) Servo (Gn 24 – o servo de Abraão [tipo de Deus Pai] – Eliézer [tipo Santo] -, que
foi busca uma esposa – Rebeca [tipo da Igreja] – para Isaque, o filho da
promessa [tipo de Cristo]).
(I) Água (Jo 4:14; Jo 7:38 -39).
(J) Vento (Jo 3:8; At 2:1 – 2)

8.5. A OBRA DO ESÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO –

(A) Na Criação. O Espírito deu a Criação:

(1) Vida (Sl 104:30; Jó 33:4).


(2) Ordem (Is 40:12; Jó 26:13).
(3) Beleza (Sl 33:6; Jó 26:13).
(4) Preservação (Sl 104:30).

(B) Nos seres humanos.

(1) Habilitação seletiva.

[a] No AT, o Espírito estava em certas pessoas (Gn 41:38; Nm 27:18; DN 4:8; Dn 5:11-14; Dn
6:3).

[b] O Espírito veio sobre várias pessoas (Jn 3:10; 6:34; 11:29; 13:25; 14;6; 1Sm 10:9; 16:13; Is
63:11 [referência a Moispes]).

[c] O Espírito encheu alguns (Êx 31:3; Êx 35:31). O relacionamento pessoa do Espírito Santo
com os seres humanos no AT era limitado, pois nem todos experimentavam Sua ação, nem ela
era necessariamente permanente em todos os casos ( ver Nm 11:25; 2Cr 18:23) e dependiam
pelo que se depreende, do procedimento fiel do depositário humano( como foi o caso de
Sansão, Jz 16:20, e Saul, 1Sm 16:14), daí o dramático temor de Davi ao confessar seu pecado
(Sl 51:11). Embora nada se diga expressamente quanto à Sua habitação em mulheres, pode-se
inferir que tal aconteceu, porque dos dons exercidos durante o período do AT despendia
dessa habitação (Nm 11:17, 25-29; Ne 9:30), e há no AT mulheres notáveis que exerceram com
eficácia poderosos dons espirituais (Êx 15:20; Jz 4:4; 1Sm 2:1 – 10 [o cântico de Ana é
altamente profético]; 1 Cr 25:5-6 [“filhas” que eram músicas levitas no Templo]; 2Rs 22:14 –
15).

(2) Capacitação para o serviço (isso é mais expressamente relatado na construção do


Tabernáculo no deserto, Êx 31:3 [quando houve também participação feminina – Êx 31:25],
mas também em outras circunstâncias, Jz 14:6).

(3) Coibição geral do pecado (Gn 6:3).

8.6. A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NA REVELAÇÃO, INSPIRAÇÃO E ILUMINAÇÃO -

Já tratamos desses três conceitos quando estudamos a Instrução à Teologia (capítulo 1).

Aqui vamos apenas destacar alguns pontos ligados estritamente ao Espírito Santo, mais uma
vez nos valendo do esboço de Ryrie (2007, p. 1286), com inserção deste autor e outras.

(A) Definições.
(1) Revelação. Desvendamento de algo que estava previamente encoberto ou era
desconhecido. A revelação diz respeito ao material (o que).
(2) Inspiração. É o processo divino de supervisão dos autores humanos da Bíblia, de
modo que cada um, usando sua própria personalidade e estilo, redigiu e registrou
sem erro nos autógrafos originais a revelação de Deus ao homem. A inspiração diz
respeito ao modo (o como) isso foi realizado.
(3) Iluminação. Consiste em iluminar as mentes e abrir os corações dos leitores para
receberem as Escrituras e ajuda-los a compreende-las corretamente. Diz respeito à
necessidade de compreender a revelação divina constante da Bíblia.

(B) O Autor da revelação bíblica é o Espírito Santo. A passagem mais específica é 2Pe 1:21
(compare: 2Sm 23:2; Ez 2:2; Mq 3:8; Mt 22:43; At 1:16; At 4:25).

(C) Os meios da revelação. O Espírito usou:


(1) A Palavra falada (Ê 19:9).
(2) Sonhos (Gn 20:4-7; Gn 28:12-17; Gn 31:24) e interpretações de sonhos (Gn
41:15,16,37-38; Dn 2:16,20-24,26-28ª).
(3) Visão (2Rs 6:15-17; Is 6:1; Jr 1:11-19; Dn 2:19; Zc 1:7 a 6:8; etc.).
(4) A Palavra escrita (Jo 14:26; 1Co 2:1).
(5) A revelação suprema: Cristo, a Palavra Viva. A participação do Espírito Santo nesta
revelação é intensa: Ele gera Cristo no ventre de Maria (Lc 1:35), testemunha dEle
em Sua revelação pública por ocasião do batismo no Jordão (Mt 3:16-17; Jo 1:32);
conduziu-O para a tentação no deserto, assistindo-O ali (Mt 4:1; Lc 4:1-2); ungiu-O
para o ministério poderoso que exerceu (Lc 4:17-21; At 10:38). Mais detalhes no
item 8.7, abaixo.

(D) O autor da inspiração é o Espírito Santo.


(1) Do AT. (2Sm 23:2,3; 2Tm 3:16; Mc 12:36; At 1:16; At 28:25; Hb 3:7; 10:15,16).
(2) Do NT.
[a] A inspiração do NT foi pré-autenticada por Cristo (Jo 14:26).
[b] É afirmada pelos autores do próprio NT.

[1] Paulo -1Co 14:37; Gl 1:7,8; 1Ts 4:2,15; 2Ts 3:6,12,14.


[2] Hebreus – 5:11 -6:3. O Autor desta epístola, nesse trecho, reivindica ter
“muitas coisas... difíceis de explicar” e as põe acima, em complexidade, dos
“princípios elementares do oráculo de Deus” e da “doutrina de Cristo” e em
igualdade com a “palavra da justiça” – trata-se de uma reivindicação de uma
inspiração bastante convicta].
[3] Pedro – 2Pd 3:16. Dada a sua convicção já demonstrada no trecho de 1:16-
21, não é difícil supor que “o apóstolo da esperança ”tivesse segurança que seus
escritos também foram “movidos pelo Espírito Santo” e faziam parte das “demais
Escrituras”; até porque é difícil supor que Pedro, testemunha ocular de Jesus,
detentor da promessa que ouviu pessoalmente no cenário (Jo 14:26) se julgasse
inferior a Paulo, que era da “segunda geração apostólica”. O mesmo se pode dizer
de quem registrou aquela promessa do cenáculo
[4] João - 1Jo 2:1ª. O “apóstolo do amor” parece convicto que seus escritos
podem levar os seus leitores a vencer o pecado; é quase o mesmo que reivindicar
a mesma autoridade expressa no Sl 119:11.
[c] É atestada mutuamente pelos apóstolos com respeito aos próprios escritos.
1Tm 5:18 – Paulo chama Lc 10:7 de “Escrituras”. 2Pd 3:16 – Pedro iguala todos os
escritos de Paulo (quase a metade de todo o NT) às “demais Escrituras” (todo o AT
e, possivelmente, o restante do NT, como já propusemos acima).

(E) O operador da iluminação é o Espírito Santo. Como já vimos no capítulo 1, segundo a


Declaração Doutrinária CBB: “O Espírito Santo ilumina os [seres humanos] e os capacita a
compreenderem a verdade divina (Lc 12:12; Jo 14:16,17,26; 1Co 2:10-14; Hb 9:8)”. Sem essa
iluminação não há como compreender as verdades bíblicas que podem nos levar a salvação e à
Santificação (Jo 6:44-46; Jo 16:12-15).

8.7. A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NA VIDA DE CRISTO –

(A) Em Seu nascimento virginal. O Espírito Santo realizou a concepção no útero de Maria (Lc
1:35), sem qualquer participação humana masculina.

(B) Em Sua vida.

(1) Cristo foi ungido pelo Espírito (Lc 4:18; At 10:38). Essa representa a
capacitação para o serviço. É um grande exemplo para nós. Assim como Jesus
não necessitava ser batizado (Mt 3:14), presume-se, pelo fato de ser Ele
divino, que não necessitasse da unção do Espírito Santo, mas como ele mesmo
afirmou, assim lhe “convém cumprir toda a justiça” (Mt 3:15), isto é já que,
apesar de ser Deus, Ele estava em “figura humana” (Fp 2:7), Ele havia de
cumprir tudo que os humanos (nós) precisamos cumprir para satisfazer a
justiça do Reino; Ele é o nosso grande exemplo (1Pd 2:21).
(2) Cristo foi cheio do Espírito (Lc 4:1).
(3) Cristo foi selado com o Espírito (Jo 6:27).
(4) Cristo foi guiado pelo Espírito (Lc 4:1).
(5) Cristo foi capacitado pelo Espírito (Mt 12:28).

(C) Em Sua morte. Hb. 9:14.


(D) Em Sua ressurreição. Rm 8:11. Por este versículo, Foi o Espírito Santo quem ressuscitou a
Cristo; mas é interessante que, segundo Jo 2:19, foi o próprio Cristo quem ressuscitou a Si
mesmo; e Gl 1:1 diz que foi Deus Pai. Aleluia! A trindade estava dentro daquele túmulo, no
jardim de Arimateia, realizando, em conjunto, o maior de todos os milagres, para nos dar a
vitória sobre o “último inimigo” – 1Co 15:26).

8.8. OS DONS DO ESPÍRITO SANTO –

(A) Definição. Segundo o Dr. Christian Schwarz (“O TESTE DOS DONS”, Editora Evangélica
Esperança, 1997, p.14), “dons espirituais, dons do Espírito ou carismas são habilidades
especiais concedidas graciosamente pelo Espírito Santo a cada membro do corpo de Cristo –
de acordo com a graça de Deus – para serem usadas na edificação da igreja”. Ryrie (2007, p.
1287) esclarece que “não é um lugar de serviço, nem um ministério para uma faixa etária
específica, nem um procedimento.

(B) Distribuição.

(6) Fonte: o Espírito (1Co 12:11).


(7) Abrangência. Cada cristão tem pelo menos um dom, mas ninguém tem todos
(1 Pd 4:10).

(3) Tempo. Grudem (1999, CD- Rom) afirma que, “na maioria dos casos, parece que o NT
descreve uma posse permanente dos espirituais ( 1Co 12:29; Ef 4:11-13; Rm 12:6; 1Tm 4:14).
No entanto, observa Ryrie (2007, p. 1287), “certos dons miraculosos foram dados à primeira
geração de cristãos, mas parecem não ter sido dados à segunda (Hb 2:3-4)”. O autor desta
apostila pondera, todavia, que nada disso impede que o Espírito retorne com os dons que Ele
cessou em certo tempo. Por exemplo, os milagres na Bíblia tiveram fases espaçadas
temporariamente, segundo observa Larry Richards (“Todos os milagres na Bíblia”, United
Press, 2003, pp. 35-36): “Milagres jamais foram ocorrências comuns... quase todos os milagres
registrados aconteceram durante [três] períodos relativamente curtos. O primeiro desses
períodos foi a época do Êxodo do Egito e a conquista de Canaã... Uma segunda série de
milagres estava associada aos ministérios de Elias e Eliseu... O terceiro períodos de milagres
registrado nas Escrituras estendeu-se da época em que Cristo começou seu ministério público
até o livro de Atos”.

(C) Desenvolvimento. Essas capacidades podem e devem ser desenvolvidas por aqueles que as
possuem; o dom de ensino, por exemplo, precisa ser desenvolvido através de estudo (ver Rm
12:7).

(D) Descrição. Podem-se encontrar lista de dons em RM 12:6-8; 1Co 12:6-8,28-30; Ef 4:11; 1Pd
4:10-11. O já citado Schwarz quebra o senso comum quanto a esse tema e inclui uma lista de
dons espirituais aqueles que contam de toda bíblia, até do AT, totalizando 30 capacidades
especiais com que o Espírito Santo equipou a Sua igreja. Vale a pena conferir seu material e
aplicar o teste que ele contém; segundo sua pesquisa realizada em nível mundial, a formação
ministerial da igreja local a partir do reconhecimento dos dons espirituais é um dos fatores
mais decisivos para o crescimento de igrejas em todo o mundo.

8.9. A PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO –

(A) Definição. Ter a plenitude do Espírito, ou ser cheio do Espírito, significa ser controlado pelo
Espírito (Ef 5:18).

(B) Características.
(1) A plenitude do Espírito é uma ordem para o cristão (em Ef 5:18, o verbo é um
imperativo).

(2) A plenitude, ao contrário do batismo (como já vimos), é passível de repetição (At 2:4; At
4:31).

(3) A plenitude do Espírito produz semelhança a Cristo (Gl. 5:22,23).

(C) Condições para estar cheio do Espírito.

(1) Uma vida dedicada. A submissão ao controle do Espírito, embora ordenada, é voluntária
e exige um de dedicação. Isto inclui dois aspectos: a dedicação inicial (Rm 12:1,2) e a dedicação
contínua da vida (Rm 8:14).

(2) Uma vida vitoriosa. A vitória sobre o pecado nas experiências diárias é essencial para o
controle do Espírito (Ef 4:30). Isto significa reagir corretamente à luz da Palavra à medida que
esta é relevada (1Jo 1:7).

(3) Uma vida de dependência. Este é o significado de “andar no Espírito” (Gl 5:16). É como
alguém já disse: “É como um veículo; ele tem que estar cheio de combustível para poder
andar”.

(D) Consequência. Ser cheio ou controlado pelo Espírito traz como resultados:

(1) Caráter semelhante ao de Cristo (Gl 5:22,23).


(2) Adoração e Louvor (Ef 5:18-20).
(3) Submissão uns aos outros (Ef 5:21).
(4) Fluência de vida em seu interior (Jo 4:14; Jo 7:37-39).
(5) Serviço (1Pd 4:10)

8.10. OUTROS MINISTÉRIOS DO ESPÍRITO SANTO

(A) Ensino (Jo 16:12-15)

(B) Orientação (Rm 8:14).

(C) Convicção (Rm 8:16)

(D) Intercessão (Rm 8:26)

(E) Poder na Oração (Ef 6:18)

8.11. A ATUAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NO FUTURO

(A) Na Tribulação. O Espírito Santo produzirá a salvação e a plenitude (Jl 2:28-32; Zc 12:10).

(B) No Reino.

(1) O Espírito Santo estará sobre o Rei Jesus (Is 11:2,3)

(2) O Espírito Santo habitará no povo de Deus (Jr 31:33).

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