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DIVISÃO PEDAGÓGICA
DEPARTAMENTO DE RADIO
FICHA 4 (Teórica)
Dieléctrico;
Distância entre as placas “d”; e
Superfície entre as placas “S”.
2. Transdutores Capacitivos
São usados para a detecção sem contacto de qualquer objecto. Em contraste com os transdutores
indutivos, que detectam apenas objectos metálicos, os transdutores capacitivos podem detectar
também a aproximação de materiais orgânicos, plásticos, pós, líquidos, madeiras, papéis, metais,
etc, através da variação de seu campo eletrostático.
Exemplo:
A membrana de um medidor de pr essão capacitivo tem a área de 5×10-3 m2 e uma distância
entre placas de 1×10-3m. Calcule o valor da sua capacidade se este se encontra a medir a pressão
do ar (ε=1).
Assim, e atendendo aos três graus de liberdade da função capacidade, podem ser definidas três
classes de sensores capacitivos:
Para o caso particular de um deslocamento angular entre as placas como mostra a figura 2.4, a
área efectiva entre as armaduras é função do ângulo α, sendo dada por:
A(α) = α.r2 / 2
Onde α é o ângulo (em radianos), formado pela parte comum entre as placas.
Devido a relação linear entre o deslocamento angular e a área, a capacidade também ela será uma
função linear desse deslocamento. Assim,
Note-se que sistemas de medida baseados não na capacidade mas sim na impedância do
condensador (domínio da frequência), a relação entre deslocamento e impedância num
condensador de placas móveis não é linear.
A característica:
Para este caso, a placa móvel P1 é deslocada entre as duas armaduras fixas P2 e P3 constituindo
assim dois condensadores independentes C1 e C2, cujas capacidades variam em sentidos
contrários ao deslocamento, i.e. se a armadura P1 se deslocar no sentido horário a partir da
posição de equilibrio, a capacidade diminui para o condensador C1 e aumenta para C2.
Considera-se como posição de equilíbrio aquela que é tomada como origem dos deslocamentos.
Normalmente nessa posição a armadura móvel está colocada simetricamente relativamente às
duas armaduras fixas, i.e. α0 = αT / 2
Note-se que um transdutor capacitivo de área variável, pode também utilizar placas paralelas
com distância “d” constante e variar sua capacitância pela área A, conforme figura 2.8:
Nesta estratégia, o transdutor é baseado numa variação da distância entre placas, sendo uma fixa
e a outra solidária com o processo de medir como mostra a figura 2.10:
Para este caso, a relação entre a variação da capacidade e a variação do deslocamento entre as
placas do condensador é uma relação não-linear. No entanto, ao contrário do anterior, a
impedância é agora uma função linear do deslocamento “x” como se mostra através da
expressão:
Este transdutor possui três placas formando com o par de armaduras “P1 e P2” um condensador
e com “P1 e P3” outro condensador. O deslocamento move a placa central entre as duas placas.
Quando P1 está a meio da distÂncia entre P2 e P3 (posição de equilíbrio) as capacidades C1 e C2
respectivas a cada par de placas, é igual. Numa situação de equilíbrio, por exemplo de P1 é
deslocamento de “x” na direção de P3, as capacidades C1 e C2 passam a ser:
Quando a tensão “V” é aplicada entre P2 e P3 como se mostra na figura 2.12, a tensão
diferencial nas placas é:
Contudo, a variação da distância apenas pode ser aplicada para medir deslocamentos muito
pequenos (na ordem de mm) enquanto que recorrendo a variação da àrea consegue-se quantificar
deslocamentos da ordem dos centímetros.
Importa referir que existem, capacitores cujo o dielétricos é de eletreto, geralmente Teflon ou
Lexan (policarboneto especial), eles possuem a propriedade de que quando uma polarização é
induzida por bombardeamento de electrões ou por um campo elétrico intenso, tal polarização é
retida após a remoção do efeito externo; de tal modo que uma tensão permanente ve (análogo ao
magnetismo residual de um imã permanente) permanecerá armazenada no dielétrico. Veja a
figura 2.14
Normalmente ve=500V, mas só pode ser medido com um eletrômetro (uma espécie de
Voltímetro cuja impedância de entrada é muito elevada, alguns TΩ, o que minimiza a circulação
de corrente a alguns fA). Tal valor de ve pode durar por 20 anos.
Um sensor capacitivo típico para medição contínua de nível é do tipo dieléctrico variável, na
realidade, consiste em uma haste isolada, ou algum eletrodo similar. O sensor é instalado em
paralelo a uma parede vertical de um tanque feito de material condutor. À medida que o espaço
entre a parede e o eletrodo é preenchido pelo material retido pelotanque, a capacitância cresce na
proporção do nível do material. Para instalações em tanques não-condutores, um segundo e
letrodo é necessário. A capacitância pode ser lida por uma ponte ou por um circuito que
converta linearmente capacitância em saída analógica ou digi tal.
Dois projetos básicos são muito usados: um que usa a parede-tanque como uma placa do
capacitor e outro que contém internamente ambas as placas. Em ambos os casos, funcionam
através da detecção de mudança na capacitância quando cobertos pelo material armazenado.
Em acréscimo a estas aplicações, interruptores de nível são geralmente instalados através das
paredes de tanque para detectar a presença ou a ausência do material armazenado em uma dada
altura.
FIM