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1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIAS BÁSICAS DE PLANEJAMENTO
2.1 FCS - Fatores Críticos de Sucesso
2.2 PSN - Planejamento do Sistema de Negócios
3. FATORES DECISIVOS NO PLANEJAMENTO DE SI
3.1 Necessidades de Mudança Organizacional
3.2 Controle Centralizado ou Descentralizado
3.3 Agilidade Organizacional
3.4 Globalização e Questões Internacionais
4. INVESTIMENTOS, CUSTO/BENEFÍCIO E RISCOS
4.1 Portifólio de Projetos
4.2 Alocação de Recursos
4.3 Custo/Benefício
4.4 Benefícios Tangíveis e Intangíveis
4.5 Tendência para Negligenciar Custos
4.6 Timing de Custos e Benefícios
4.7 Riscos
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
Alinhamento com a missão dos nossos processos - Definimos, claramente a missão de todo os
processos objetivos da organização, que estão desdobrados nas suas respectivas gestões; esta
providencia é fundamental para que para que nosso sistema de informação não opere no vazio e
permita se aferir o que é efetivamente relevante.
Identificação dos Indicadores críticos - A identificação de indicadores críticos aponta que problemas
existem, mas não os resolve. Para tanto, possuímos um sistema que possa coletar, processar e exibir
(em tela) as informações pertinentes dando conta do Status da produção no ambiente On-line.
Apesar da Arquitetura de Informação (AI) ser considerada como uma questão técnica, na realidade ela é
uma forma de visualizar de forma gerencial e estratégica como opera a organização. No contexto das
aplicações de telecomunicações, por exemplo, Peter Keen afirma que a arquitetura de informação é a
estratégia (5). Portanto, as questões sobre a AI devem ser resolvidas com base numa combinação de
considerações técnicas e organizacionais.
A especificação de uma nova AI é tarefa de grande porte, que normalmente só é realizada em função da
expectativa de grandes revisões na organização. Para desenvolver uma AI, a metodologia do PSN deve
ser seguida por 14 etapas seqüenciais, devidamente identificadas num manual específico da IBM (6).
Com o propósito de se entender a idéia básica dessa metodologia, basta considerar suas principais
cinco etapas:
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Esta etapa requer uma verificação cuidadosa em cada uma das áreas funcionais da organização, tais
como produção, vendas e marketing. Dentro de cada uma dessas áreas deve ser bem identificado e
devidamente os seus processos-chave Por exemplo: na área de vendas os processos-chave podem
incluir o gerenciamento de contas, a determinação de preços e o prognósticos de vendas. Cada
processo-chave deve ser definido e descrito de forma a se conseguir um consenso sobre que atividades
são desenvolvidas rotineiramente na área. Dentro de cada área analisada todas os níveis de atividade
devem ser cobertas, do planejamento estratégico ao controle de tarefas.
ETAPA 02 IDENTIFICAÇÃO DOS DADOS DE NEGÓCIO. Nesta etapa deve ser realizada uma análise
completa e minuciosa dos processos de negócio mapeados na etapa anterior, com vistas aos dados
utilizados por esses processos, procurando agrupá-los em classes de dados. Esta classificação visa
identificar os principais grupos de dados que são gerados ou utilizados pelos processos de negócio. Nos
processos de negócios para determinação de preços, por exemplo, as calsses de dados utilizados
podem incluir os prognósticos de mercado e os históricos de preços.
REENGENHARIA DE PROCESSOS
REDUÇÃO DE PORTE (DOWNSIZING)
TERCEIRIZAÇÃO E QUARTEIRIZAÇÃO
PARCERIAS E ALIANÇAS
DOWSIZING - Trata-se de uma redução drástica, tanto no número de membros do staff gerencial como
no número de camadas gerenciais da organização, feita não somente pela redução óbvia de custos
operacionais mas também para a redução do tempo de retorno/resposta às necessidades dos clientes.
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Aqui entra o papel polivalente dos sistemas de informação, que deve ser considerado no seu
planejamento: por um lado tornando as informações prontamente disponíveis, e portanto dispensando a
gerência intermediária, e por outro lado melhorando a execução de tarefas através da integração
interdepartamental, assim dispensando gerentes que se ocupavam em sumariar e transmitir as
informações.
A centralização dos processos e controles é aparentemente mais eficiente porque elimina os esforços e
recursos eventualmente redundantes. Admitindo-se que a descentralização seja tecnicamente viável, ela
pode ser mais efetiva já que permite aos recursos humanos tomarem as decisões mais adequadas às
situações locais.
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Na problemática do gerenciamento de sistemas de informação, o termo "processamento distribuido" é
frequentemente usado para descrever a dispersão localizada dos sistemas e dos controles. As
organizações que têm mais processamento distribuido, em conseqência também têm uma função mais
descentralizada de seus sistemas de informação. Nessa linha, a Figura-2 procura indicar os fatores
decisivos no balanço entre centralização e descentralização. Aqui alguns fatores devem ser levados em
conta: a localização do hardware e dos dados, os padrões e o controle dos sistemas de informação.
contágio, os sistemas de informação entram em uso generalizado mas com muita experimentação,
apresentando sucessos parciais e algumas falhas. No estágio de
controle, responde pelo alto custo resultante do uso excessivo da nova tecnologia, função do uso
indiscriminado, descontrolado e redundante dos sistemas de informação. Neste terceiro estágio, os
investimentos nas tecnologias de informação são feitos cuidadosamente, verificando-se com clareza se
eles se justificam pela sua qualidade, se são compatíveis com as já existentes e se atendem plenamente
os padrões organizacionais.
Os três estágios finais cobrema as questões relativas ao custo/benefício dos sistemas, através da
introdução de diversas abordagens gerenciais para que se possa atingir o máximo benefício dos
sistemas de informação com o controle cerrado de seus custos (18, 19). No estágio de integração,
aplicações já existentes são melhoradas e desenvolvidas para prover benefícios através da integração
dos sistemas ao longo da estrutura organizacional. No estágio de administração de dados, DBMS (data
base managent systems) e outras metodologias são introduzidas nos sistemas de informação para o
eficiente gerenciamento dos recursos de dados e para o adequado balanço entre centralização e
descentralização. Aqui é atingido um novo nível de cooperação entre o staff técnico e os usuários. No
estágio final de maturação, os sistemas de informação são desenvolvidos em escala de maior
importância, com maior amplitude de usuários, e já integrados interdepartamentalmente na organização.
Correção - Consistem em projetos de conserto de sistemas existentes, e pode ser dividido em categorias
priorizadas. Defeitos que impedem os usuários de realizar suas tarefas ou os departamentos da
organização de operar com eficiência, recebem a maior prioridade. Os defeitos que provocam problemas
menores aos usuários recebem prioridade menor, e são realizados oportunamente. Nessa linha, defeitos
superficiais nos sistemas muitas vezes sequer sofrem conserto.
Novas Aplicações - Consistem em projetos que prover novos tipos de capacitação de grande porte para
os sistemas de informação, e não pequenas melhorias reclamadas pelos usuários. Esses projetos
podem ser de dois tipos: o primeiro tipo consiste de projetos que requerem novas tecnologias, novos
conhecimentos e novas metodologias, e o segundo tipo inclui sistemas para os quais o conhecimento
existente é suficiente. Os do primeiro tipo em geral apresentam maiores riscos na execução do que os
que aqueles que utilizam abordagens rotineiras. Para se reduzir a probabilidade de que muitos projetos
de alta visibilidade no portifólio venham a falhar, apenas um número limitado de projetos de alto risco
deve ser empreendidos ao mesmo tempo.
Pesquisa - Consiste em projetos de avaliação crítica de novas metodologias e novas tecnologias, a fim
de se determinar como elas devem ser utilizadas apropriadamente. São, em geral, projetos importantes,
pois permitem a inovação e as mudanças competitivas. Os projetos de pesquisa podem envolver a
busca de novas ferramentas, a sua exprimentação tentativa, e a realização de estudos-piloto sobre as
mesmas junto a usuários particularmente interessados e desejosos de inovações e de novas aplicações
dos sistemas da organização. Um gerência de sistemas de informação que não desenvolve projetos de
pesquisa, certamene estagnará mais cedo ou mais tarde.
Suporte a Usuários - Consiste em projetos de auxílio aos usuários com aplicações desenvolvidas pelo
staff dos sistemas de informação da organização, com aplicativos adquiridos de fornecedores, ou no
desempenho de tarefas individuais em computadores pessoais. As tarefas individuais típicas envolvem
geralmente ferramentas tais como planilhas eletrônicas, processadores de texto, pequenas bases de
dados e apresentações gráficas. Dada a crescente demanda interna dos projetos de suporte a usuários,
muitas organizações acoplam aos sistemas de informação staffs especiais para o atendimento exclusivo
às necessidades dos usuários de desenvolver e manter suas aplicações próprias. Nesse sentido, a
contribuição da gerência de sistemas de informação é a de reduzir custo e aumentar a eficiência através
da padronização de alguns softwares e hardwares, do treinamento adequado dos usuários, e do auxílio
na análise e solução de seus problemas.
4.3 Custo/Benefício
Cada projeto do portifólio é normalmente avaliado em termos de seus custos, seus benefícios e seus
riscos. Uma análise Custo/Benefício compara seus custos atuais ou projetados com seus benefícios
atuais ou projetados, e pode também enumerar seus riscos previsíveis. A análise Custo/Benefício pode
ser usada de muitas formas. A primeira é ser utilizada como uma ferramenta de planejamento para
ajudar na alocação de recursos escassos entre demandas competitivas. A segunda é ser usada como
uma ferramenta de auditagem para determinar o quanto um determinado projeto atingiu ou não seus
objetivos (24).
Apesar da aparência lógica da análise Custo/Benefício ela apresenta importantes limitações. Na
realidade ela é apropriada para os casos onde os sistemas visam o aumento de eficiência. Quando o
objetivo é o de provocar transformações na organização, os custos e os benefícios se tornam difíceis de
se estimar. Além do mais, já que a análise Custo/benefício é normalmente feita para se justificar uma
solicitação de alocação de recursos, os seus números podem ser tendenciosos. Além disso, a análise
Custo/Benefício pode ignorar ou desprezar os riscos previsíveis do projeto em questão. Para se entender
melhor essa análise, deve-se considerar as questões racionais em maior detalhes.
O risco de porte pode ser avaliado em termos da previsão de homens-hora feita no planejamento, do
tempo previsto no cronograma para duração do projeto, e do número de departamentos da organização
envolvidos no projeto. O risco de estrutura pode ser avaliado em termos de parâmetros mais complexos,
tais como o grau de mudança envolvido no projeto, a atitude dos usuários finais do projeto, e o grau de
compromisso dos usuários e da alta gerência com o projeto. O risco de tecnologia pode ser avaliado em
termos do grau de inovação do hardware e do software envolvidos no projeto, e o grau de conhecimento
e de preparo dos usuários e da equipe de desenvolvimento do projeto. Cada organização deve fazer
uma avaliação do risco global do seu portifólio de projetos de sistemas de informação, o qual, aliás, pode
ser visto também como um portifólio de riscos, isto é, um perfil de riscos agregados que perpassa a lista
de projetos previstos no portifólio.
5. CONCLUSÃO
À primeira vista pode parecer óbvio que o planejamento de sistemas de informação deve normalmente
fazer parte integrante do planejamento estratégico das organizações. Entretanto, não é o que se verifica
na prática, mesmo em países como os Estados Unidos, onde cerca de 95% das empresas afirmam
manter sistemas de informação regulares, mas metade das quais ainda não contemplam o planejamento
dos mesmos dentro de seus planejamentos de negócios, segundo levantamento feito por Martino entre
as 334 maiores empresas norte-americanas (27). Muitas organizações apenas mantem um enfoque
tecnológico com relação aos seus sistemas de informação, preocupando-se tão somente em planejar
projetos de hardware e software, raramente inserindo-os nas questões de negócios. Apenas 8% inserem
com precisão o planejamento dos sistemas em seus planejamentos de negócio. Em levantamento mais
recente feito por Goff e Puttre, apenas 35% das empresas afirmaram que os seus sistema de informação
davam suporte efetivo às suas atividades de negócio (28). Trata-se de abordagem moderna ainda em
absorção pelas organizações que, somente mediante as crescentes pressões da competividade e da
globalização que caracterizam a década de 1990, começam a incorporar efetivamente o planejamento
de seus sistemas de organização em seu planejamento estratégico.
REFERÊNCIAS
(1) CAMPOS FILHO, M.P. Os Sistemas de Informação e as Modernas Tendências da Tecnologia e dos
Negócios, RAE, v.34, n.6, Nov./Dez.1994, pp.33-
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Management Review, MIT Press, Summer 1984, p.3
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1979, p.81
(4) BOYNTON, A.C. e ZMUD, R.W. An Assessment of Critical Sucess Factors, Sloan Management
Review, Summer 1984, p.17
(5) KEEN, P.G.W. Competing in Time: Using Telecommunications for Competitive Advantage, Ballinger
Publishing, Cambridge-MA, 1986
(6) IBM. Business System Planning: Information System Planning Guide, Manual Number GE20-527-4,
1984
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(8) DRUCKER, P. The New Organization of the 1990s, Harvard Business Review, Jan-Feb 1988, p. 45
13
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1990, p.104
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(11) LEITE, J.C. Terceirização em Informática, Makron Books do Brasil Ed., S. Paulo, 1994
(12) PASTORE, R. PanAm To Go Outsourcing Route, Computerworld, Apr.8, 1991, p.1
(13) MELLO, C.G. Quarteirização: Um Novo Modismo Gerencial ?, RAE Light, v.2, n.1, Jan/Fev 1995,
p.12
(14) DIVERSOS. O Que Eles Pensam Sobre Parceria, RAE Light, v.2, n.1, Jan/Fev 1995, p.31
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Hall, Englewood Cliffs-N.J., 1989
(16) GIBSON, C.F. e NOLAN, R. Manging the Stages of EDP Growth, Harvard Business Review, Jan-
Feb 1974, p. 80
(17) NOLAN, R. Managing the Crisis in Data Processing, Harvard Business Review, Mar-Apr 1979, p.115
(18) DRURY, D.H. An Empirical Assessment of the Stages of Data Processing Growth, MIS Quarterly,
vol.7, June 1983, p.59
(19) KING, J.L. e KENNETH, L.K. Evolution of Organizational Information Systems: An Assessement of
Nolans's Stage Model, Communications of ACM, May 1984, vol.27, n.5, p.446
(20) KEEN, P.G.W. An International Perspective on Managing Information Technology, Briefing Paper,
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(21) BUSS, M.D.J. Managing International Information Systems, Harvard Business Review, Sept.-Oct.
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(22) MARKOFF, J. Europe's Plan on Privacy Upset Business, New York Times, Apr. 11, 1991, p. A1
(23) HOPPER, M.D. Rattling SABRE: New Ways to Compete on Information, Harvard Business Review,
May/June 1990, p.118
(24) KING, J.L. e SCHREMS, E.L. Cost-Benefits Analysis in Information Systems Development and
Operation, Computing Surveys, v.10, n.1, March 1978
(25) ALTER, S. Implementation Risk Analysis, TIMS Studies in the Management Sciences, v.13, 1979
(26) McFARLAN, F.W. Portfolio Approach to Information Systems, Harvard Business Review, Sept-Oct
1981, p.142
(27) MARTINO, C.A. Information System Planning to Meet Business Objectives, sumarizado por
SPRAGUE, R.H. e McNURLEN, B.C. (eds.) em Information Systems Management in Practice, Prentice-
Hall, N. York, 1986, pp.73
(28) GOFF, L. e PUTTRE, M. Business Strategies Misaligned with MIS Resources, MIS Week, Nov.
1989, pp.38-43