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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Ocupação desornada do espaço e os problemas ambientais, estudo de caso


cidade da beira

Discente: Jaime Francisco Borge

Código de Estudante: 708213756

Curso: Gestão Ambiental


Disciplina: Fundamentos de Estudos Ambientais (FEA)

Ano de Frequência: 2021

Beira, Dezembro, 2021


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organizacionais  Discussão 0.5
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 Bibliografia 0.5
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(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

ii
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1.1 Objectivos..........................................................................................................................1

1.1.1 Objectivo geral:..........................................................................................................1

1.1.2 Objectivos específicos................................................................................................1

1.2 Metodologias.....................................................................................................................1

2 CAPÍTULO Ⅱ: REVISÃO DA LITERATURA......................................................................2

2.1 Caracterização da cidade da Beira.....................................................................................2

2.2 Ocupação desordenada......................................................................................................3

2.2.1 Causas das ocupações desordenada............................................................................3

2.2.2 Problemas ambientais da ocupação desordenada.......................................................4

2.2.3 Medidas para minimização/mitigação dos problemas ambientais encontrados dentro


da cidade da Beira....................................................................................................................5

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................7

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................................8

iv
I. Introdução

O presente trabalho que tem como tema ‟ocupação desornada do espaço e os problemas
ambientais, estudo de caso cidade da beira” na disciplina de Fundamentos de Estudos Ambientais
(FEA).

O mundo encontra-se em constante desenvolvimento e como parte de consequência desse


fenómeno vem-se hoje o crescimento desordenado das cidades em quase todo mundo e ocupação
dos terrenos muitos frágeis e isto constitui uma preocupação global. Isso identifica-se também em
Moçambique onde há um rápido crescimento populacional nas cidades e parte desses vivem em
zonas de riscos sem condições mínimas de habitabilidade gerando assim impactos significativos
para a população e o meio ambiente.

Nos centros urbanos das cidades Moçambicanas muitas são as áreas residenciais afligidas por
diversos factores que caracterizam os assentamentos informais: camadas sociais com baixos
rendimentos, ausência de urbanização básica, direito de posse da terra ambíguo e inseguro,
densidades elevadas, condições ambientais impróprias, baixa ou muito baixa qualidade das
construções, ausência de uma cultura urbana, níveis altos de criminalidade e marginalidade,
dentre outros, MICOA (2006:5).

A população moçambicana atingiu 27,909,798 em 2017 contra 20,677,520 de 2007. Deste


crescimento a cidade da Beira comparticipa com o 533,825 onde na sua maioria é uma população
de baixa renda.
1.1 Objectivos

1.1.1 Objectivo geral:

 Falar da ocupação desornada do espaço e os problemas ambientais, estudo de caso 14⁰


bairro, manga-cidade da beira

1.1.2 Objectivos específicos

 Caracterizar a cidade da Beira;


 Identificar as causas das ocupações desordenada do espaço na sua área de estudo;
 Descrever os problemas ambientais da ocupação desordenada do espaço sua área de
estudo;
 Sugerir medidas para minimização/mitigação dos problemas ambientais encontrado na
sua área de estudo.

1.2 Metodologias

Para a elaboração do presente trabalho de pesquisa recorreu-se a observação directa, consulta


bibliográfica através de livros e artigos já publicados.

A pesquisa é do tipo qualitativa descritiva que tinha como característica principal de buscar
compreender os fenómenos estudados sob diversas situações e relações da realidade pesquisada
sob uma perspectiva multidimensional.

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2 CAPÍTULO Ⅱ: REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Caracterização da cidade da Beira

De acordo com o portal do Governo da província de Sofala (2021) O distrito da Beira, capital da
província de Sofala, está localizada a cerca de 1190 km a norte de Maputo, no centro da costa do
oceano Índico. É uma cidade portuária no Canal de Moçambique. O município tem uma área de
633 km², e uma altitude média de 14 metros acima do nível do mar e está situado nas
coordenadas 19° 50' sul e 34° 51' leste. Confina a norte e a oeste com o distrito de Dondo, a leste
com o oceano Índico e a sul com o distrito do Búzi. A cidade ergue-se numa região pantanosa,
junto à foz do Rio Púnguè, e sobre alongamentos de dunas de areia ao longo da costa do Índico.
A vegetação natural é caracterizada por terras baixas e litoral com mangais.

Segundo o INE (2017), a população moçambicana atingiu 27,909,798 em 2017 contra 20,677,520
de 2007. Deste crescimento a cidade da Beira comparticipa com o 533,825 onde na sua maioria é
uma população de baixa renda.

O clima é do tipo tropical húmido chuvoso de savana, com temperaturas e humidade elevadas no
verão, especialmente durante a estação das monções (hemisfério sul) de outubro a fevereiro.

A Beira tem uma economia especializada nos serviços de logística, graças ao seu estratégico
porto e às linhas férreas que convergem para a cidade, fazendo dela a integrante principal do
"Corredor Logístico da Beira". Graças ao mesmo, a cidade é um dos principais terminais de
hidrocarbonetos da Petromoc, fazendo parte da rede de oleodutos que abastece o Zimbabué,
também servindo de abastecimento ao Malawi. A cidade também é especializada nos serviços de
estalagem e reparos de embarcações. Já o subsetor turístico vem mostrando certo potencial na
Beira, em função do grande património arquitetónico e natural.

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2.2 Ocupação desordenada

A ocupação desordenada é um dos problemas urbanos contemporâneos. O crescimento


populacional e aliado à falta de uma política habitacional eficaz, provoca uma preocupante
situação de uso e ocupação do solo em áreas naturalmente de riscos à habitação humana, que é
agravado, sobretudo, pela constante retirada de mata ciliar, ameaçando a presença da população
local em áreas de encostas sujeitas à erosão, assoreamento, enchentes e inundações. Desse modo,
áreas urbanas que deveriam estar protegidas em virtude de serem classificadas como áreas de
proteção permanente são ocupadas.

A ocupação desordenada é resultante da ocorrência de uma conjunção de diversos factores como


a falta de fiscalização por parte das autoridades públicas, que por negligência agem somente após
a ocorrência de acidentes com perdas de vidas humanas.

2.2.1 Causas das ocupações desordenada

Desde que o ser humano se tornou maioritariamente urbano, os problemas nas cidades se
agravaram, confundindo-se a linha entre “problema urbano” e “problema ambiental”. Com a
necessidade de habitação e produção industrial, fez com que o ser humano passasse a ocupar
espaços não devidos para formar essas cidades e suas indústrias. A produção industrial e o alto
consumo fizeram com que grandes quantidades de resíduos fossem fabricadas em uma
velocidade cada vez maior.

Dentro da cidade da beira é muito comum esse fenómeno, com tendências das pessoas estarem
mais próximas de áreas mais desenvolvidas e próximas ao posto de trabalho acabando erguendo
construções em zona inapropriadas para a habitação não seguindo assim as orientações das
autoridades, há também um aglomerado da população que tende a migrar do campo para a cidade
que da origem a uma superlotação em alguns bairros da cidade. O espaço ocupado pela
população não parcelado de uma forma regular pois ate as vias de acesso são totalmente curtos
que ate dificulta a passagem de pessoas e bens. Poucos são os bairros que estão bem estruturados
e de linda apreciação.

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2.2.2 Problemas ambientais da ocupação desordenada

Devido a essa ocupação desordenada tem causados vários problemas em termos de acesso,
estética e principalmente ambientais citados abaixo:

2.2.2.1 Poluição
O índice da poluição dentro da cidade esta cada vez maior uma vez que a população esta em
contante crescimento e ocupação da terra de forma desornada te ganhado mais espaço.

Poluição Hídrica: os prejuízos desse processo são imensos, além de comprometer a qualidade da
água para abastecimento, ocorre a morte de espécies aquáticas, além da proliferação de doenças
como a febre tifoide, meningite, cólera, hepatites A e B, diarreias, malaria entre outras. Isso
identifica-se devido ao lixo depositado de forma individual nas residências, nos depósitos que ate
transbordam e o lixo desordenado em varias vias. Geralmente quando cai chuva a agua não
circula ficando estagnada por muito tempo e associado ao lixo desordenada provoca sérios
problemas.

Poluição Atmosférica: A qualidade do ar que respiramos não é boa devido queima dos
combustíveis fósseis como, por exemplo, carvão mineral e derivados do petróleo (gasolina e
diesel). A queima destes produtos lança um alto nível de monóxido e dióxido de carbono na
atmosfera terrestre. Este acontecimento associa-se também as altas temperaturas detectadas nos
últimos pois isso contribui nas mudanças climáticas.

Poluição Sonora: é considerado poluição sonora qualquer ruído que ultrapasse os limites
estabelecidos pela legislação, ou que seja capaz de provocar desconforto e prejudicar a saúde
humana. Exemplos de poluição sonora são os sons produzidos por motores de carros e motos,
buzinas, carros de som, aviões, etc. Este fenómeno detecta-se dentro da cidade devido a grande
concentração de pessoas, indústrias, veículos, meios de comunicação e outros ruidosos
integrantes dos grandes centros urbanos.

Erosão em Solo Urbano e enchentes: A ocorrência de grandes volumes de precipitações


ocasiona eventos de enchentes, que são intensificados por meio da intensa impermeabilização do

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solo e da canalização das aguas. A alteração dos leitos naturais dos cursos de água e a sua
ocupação desenfreada são os principais elementos disparadores das enchentes nos centros
urbanos. A retirada da cobertura vegetacional, junto com a construção de casas e estruturas
diversas, resulta na dificuldade de infiltração da água do solo que também é causada pelo
acumulo de resíduos sólidos do tipo plásticos que jogados ao chão ou soterrados naturalmente e
artificialmente pela população. Logo, há um aumento da velocidade do fluxo da água, que, por
consequência, desencadeia eventos erosivos.

2.2.3 Medidas para minimização/mitigação dos problemas ambientais encontrados dentro


da cidade da Beira

Aceleração de processos erosivos: para conter e evitar erosões, algumas medidas recomendadas
são:

1. Reduzir, ao mínimo a retirada de vegetação ciliar;


2. Reconstituir as formas originais de relevo nas áreas que serão modificadas, tentando
reintegrar a área à paisagem do entorno;
3. Fiscalizar, de maneira rigorosa, a execução de aterros e cortes,
4. Alteração nas propriedades do solo: uma das principais medidas mitigadoras
recomendadas, em grande parte dos casos, é armazenar, separadamente, em áreas
específicas, os produtos químicos, bem como construir estruturas de contenção para
possíveis vazamentos.

Interrupção e alteração do fluxo dos corpos da água:

1. Para mitigar tal dano, é pertinente elaborar e executar um projeto que tenha o mínimo de
intervenções nos corpos da água;
2. Quando a intervenção nos corpos da água for inevitável, a bacia de drenagem deve ser
recuperada,
3. Desenvolver e implantar o monitoramento hidrológico e meteorológico na área para
avaliar as alterações nos padrões.
4. Impermeabilização do solo e diminuição da capacidade de infiltração da água:

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5. A impermeabilização do solo deve ser restrita apenas às áreas onde esse processo é
indispensável,
6. Monitoramento das condições hidrológicas e meteorológicas, para notificar quando as
mesmas se tronarem adversas.

Aos demais resume-se em:

1. Evite o consumo exagerado de energia;


2. Separar os lixos orgânicos e recicláveis;
3. Diminuir o uso de automóveis;
4. Consumir apenas o necessário e evitar compras compulsivas;
5. Utilizar produtos ecológicos e biodegradáveis;
6. Não jogar lixos nas ruas;
7. Depositar o lixo em locais apropriados;

Seguir as recomendações e os padrões das autoridades para a construção.

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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Vista sob uma perspectiva ambiental, de acordo com a legislação vigente relacionada à proteção
do meio ambiente, e ainda as normas socioeconômicas, pode-se chegar à conclusão de que
efetivamente a ocupação desordenada do solo urbano, e que as construções que estão situadas em
muitas áreas, encontram-se em completo desequilíbrio ambiental, fazendo com que seja frequente
o de muitos impactos ambientais.

A partir da identificação desses problemas, propõe-se que sejam consolidadas políticas públicas
que proporcionem recuperação ambiental e beldade da cidade nos lotes que ainda não foram
ocupados e nas áreas que deverão ocorrer o remapeamento, amenizando impactos causados pelas
chuvas. E ainda a realização de obras de infraestrutura como pavimentação de ruas, drenagem
pluvial e a melhoria ao acesso ao bairro, cada uma executada pelo órgão responsável.

O município tem a necessidade de reduzir as situações de riscos geológicos encontrados e evitar


que novas situações semelhantes se repitam investir em políticas públicas específicas que
juntamente com a população, monitore e acompanhe essas situações de risco no bairro, além de
acelerar o processo de remoção e contenção das moradias.

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4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SILVA, E (2001). Avaliação de impactos ambientais. Viços. São Paulo, Brasil.

OVERE, E. L. (1992). Metodologia de Avaliação de Impacto Ambiental: Documento final,


Instrumentos de Planeamento e Gestão Ambiental para a Amazônia, Pantanal e Cerrado –
Demandas e Propostas. Brasília.

MICOA (2006). Moçambique, Melhoramento dos Assentamentos Informais, Análise da Situação


Proposta de Estratégias de Intervenção. Maputo

INE (2017). Brochura de resultados definitivos. Maputo

Governo da Província de Sofala (2021), Perfil do distrito da Beira. Beira, Moçambique.

Disponível em: https://www.sofala.gov.mz/por/Ver-Meu-Distrito/Beira

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