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NEUROPLASTICIDADE
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Equipe de Elaboração
Grupo ZAYN Educacional
Coordenação Geral
Ana Lúcia Moreira de Jesus
Gerência Administrativa
Marco Antônio Gonçalves
Revisão
Ana Lúcia Moreira de Jesus
Mateus Esteves de Oliveira
Boas-vindas
Olá!
SUMÁRIO
Neogênese e migração neural o que acontece com o nosso cérebro antes do nascimento... 8
Literacia: modelo para o estudo dos efeitos de uma aprendizagem específica na cognição e
nas suas bases cerebrais .................................................................................................... 56
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 60
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NEUROPLASTICIDADE CEREBRAL
Plasticidade e Desenvolvimento
Plasticidade Cerebral
Nas primeiras horas após lesão tão logo o paciente esteja estável. Deve-se
iniciar com exercícios físicos passivos e ativo-assistido e ativo de intensidade leve e
moderada a fim de reduzir eventos vasculares tromboembólicos, pneumonias,
escaras, etc.
Repetição da Atividade
O aprendizado motor utiliza memória não - declarativa (adquirida em virtude
de treinamento).
Assim para aprender um ato motor é necessário treinar inúmeras vezes e de
diversas maneiras determinada ação para que esta se fixe.
NEUROGÊNESE
No momento do nascimento o encéfalo humano já se apresenta bem
desenvolvido com camadas corticais, conectividade neuronal e mielinização. A
maior parte das funções cognitivas estão relacionadas às camadas corticais.
A embriogênese, ou desenvolvimento, pode ser definida como um processo
em que uma célula toti potente gera múltiplas células diferenciadas.
Durante o desenvolvimento, a célula perde progressivamente a sua
multipotencialidade e é eventualmente restrita a um destino único.
Fertilização : são as divisões celulares que levam à blástula multicelular.
Formam-se 3 folhetos embrionários: o ectoderma que dá origem resumidamente ao
sistema nervoso, pele e anexos, lentes dos olhos (cristalino) e ouvido interno;
mesoderma, que origina o sistema esquelético e osteo-articular; endoderma que
origina as vísceras.
Na gastrulação ocorre invaginação e migração celular, permitindo que o
ectoderma comece a formar parte do sistema nervoso e recubra todo o embrião.
O embrião neste estágio vai passar a ter camada de endoderma e
mesoderma separadas ventral e dorsalmente, enquanto as células ectodérmicas
formam a placa neural.
O sistema nervoso continua a se desenvolver com invaginação da placa
neural que passa a formar primeiramente o sulco central até o encontro de suas
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VESÍCULAS ENCEFÁLICAS
CÉLULAS-TRONCO-HUMANAS-DO-CÓRTEX-CEREBRAL-FETAL
Proliferação neuronal
Migração neuronal
GLIA RADIAL
Os neurônios que formam o córtex vêm da zona ventricular, uma camada
adjacente aos ventrículos do cérebro em desenvolvimento, que possui células que
se diferenciarão em todos os tipos celulares corticais.
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poda sináptica
Plasticidade
“Sim, os bebês têm necessidade de leite, mas muito mais de serem amados
e receberem carinho, serem levados, embalados, acariciados, pegos e
massageados”
Leboyer
Mapas corticais
Linguagem e Inteligência
Períodos críticos
Aferências visuais
A região da fóvea é imatura ao nascimento enquanto que a retina periférica é
mais desenvolvida. Portanto o recém nascido possui uma visão mais periférica.
O núcleo geniculado lateral do tálamo tem crescimento rápido nos primeiros 6
meses e o nervo óptico se mieliniza completamente até os 2 anos de idade. Já as
estruturas corticais relacionadas à atenção visual desenvolvem-se primeiramente e,
dessa forma, a resposta visual a estímulos está presente nos recém-natos muito
mais intensamente do que sua capacidade de processar essa informação em
detalhes e de associá-la ao contexto.
Com 1 mês de vida as crianças tendem a fixar o olhar em objetos; com o
desenvolvimento das conexões do córtex estriado com o giro temporal médio, a
criança passa a adquirir, por volta dos 2 meses de idade, a capacidade de procurar
objetos em movimentos oculares de perseguição. Finalmente, com o
desenvolvimento de conexões com o córtex ocular frontal (córtex frontal dorso-
lateral), as crianças já conseguem realizar movimentos antecipatórios com os olhos.
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reestruturável de Piaget_ surgiria somente por volta dos 11-12 anos no estágio
operatório formal.
imitação facial em uma grande amostragem de neonatos (n=80). O mais velho tinha
72 horas e o mais novo 42 horas de vida. Os resultados, replicados e estendidos em
mais de 13 laboratórios independentes (Meltzoff & Moore, 1997), mostraram a
imitação facial bem sucedida nos neonatos. Bebês de 12 a 21 dias podem imitar 4
tipos de gestos dos adultos: protrusão labial e lingual, abertura bucal, e movimento
de dedo (Meltzoff & Moore, 1977). Suas respostas são acuradas, os resultados
mostram que os bebês não confundem nem suas ações nem as partes do corpo.
Este esquema supramodal inato, que permite uma representação que liga as
informações visuais, auditivas, motoras e a propriocepção (Meltzoff, 1999), indica
que as áreas transmodais do córtex parietal já vêm prontas e funcionais de fábrica, e
também que os bebês não são organismos sensório-motores que operam
unicamente a partir das ações, como antes acreditava o grande psicólogo suíço
Jean Piaget, mas sim são um organismo representacional desde o nascimento
(Meltzoff, 1004).
Desenvolvimento Cognitivo-Linguístico
EUA, pela psicóloga Patrícia Kuhl que desenvolveu um estudo, no qual as crianças
ouviam as mais diversas combinações entre vogais e consoantes das mais diversas
línguas. Num delineamento experimental criativo e revolucionário desenvolvido por
Kuhl e colegas, a criança se habitua a uma combinação fonêmica consoante-vogal e
sempre que um dos fonemas dessa combinação mudava um ursinho de brinquedo
se iluminava e dançava. Este procedimento permitiu verificar que os bebês
discriminavam entre diversos tipos de fonemas, pois aprenderam rapidamente a
olhar antecipadamente para o ursinho antes que ele começasse a funcionar sempre
que ocorria uma mudança fonêmica. Patrícia Kuhl confirmou que os bebês até os
quatro meses de idade distinguem entre as todas as categorias fonêmicas do mundo
(aproximadamente 150), mas que aos seis meses de idade iniciam um processo de
declínio nesta discriminação fonêmica universal na direção de uma especialização
para a discriminação dos fonemas da língua mãe, que culmina aos 12 meses numa
especialização total só distinguindo entre categorias fonêmicas da língua mãe (Kuhl
et a, 2001). Isto indica que já aos 6 meses eles já começam a discernir os sons que
eles irão precisar mais tarde para falar sua própria língua. Mas as pesquisas dos
últimos vinte anos vão além e mostram como os bebês aprendem a detectar
palavras naquela enxurrada contínua de combinações fonêmicas da fala. Embora,
ao ouvirmos uma língua estrangeira não percebemos palavras individuais, mas
somente um fluxo contínuo de sons verbais sem nenhuma pausa entre uma palavra
e outra, os estudos mostram que os bebês podem analisar estatisticamente as
combinações mais frequente de fonemas no meio de toda aquela enxurrada de sons
da fala e aprender “os sons candidatos a palavras”. Outra descoberta formidável, e
até mesmo intuitiva que todas as mães já se deram conta: a partir dos oito e nove
meses a compreensão dos sons da linguagem já é mais evidente e eles olham para
uma bola quando ouvem o som “bola”, mostrando uma compreensão rudimentar das
palavras de modo que sua atenção aos objetos pode ser induzida tanto por tons
(sons não verbais) quanto por palavras (Fenson et al., 1994; Bates et al., 2004).
Essa capacidade de compreensão provém não somente da capacidade simbólica
precoce, mas depende crucialmente das influências sociais uma vez que estudos
mostram que os bebês aprendem mais facilmente uma nova palavra em contextos
de interações sociais reais do que através da exposição áudio-visual; e sua fala é
mais fortemente influenciada pelas pessoas mais próximas como a mãe, uma forma
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Memória e Aprendizagem
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Após longo esforço de cerca de 3 horas, alguns peixes conseguem volta à posição
normal, apesar do flutuador (Figura 7, treino inicial representado pela curva verde).
Se o flutuador for removido e recolocado três dias depois, os animais que
aprenderam a tarefa mais rapidamente; i.e., os peixes conseguem voltar à posição
normal em apenas 15 minutos, o que indica que eles aprenderam e retiveram a
solução desse desafio (curva azul) (para detalhes sobre esses experimentos, ver
Helene e Xavier, 2007a).
REFERÊNCIAS