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22/10/2013

Fundamentos de Química para Concurso de


Perito Criminal
Química Inorgânica

André Luiz Martini – Perito Criminal

TABELA PERIÓDICA E ALGUNS CONCEITOS


EM ATOMÍSTICA

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Constituição dos materiais: os elementos


químicos
a) Elemento químico (definição macroscópica)
Porção de matéria que não pode ser subdividida por processos
físicos ou químicos
b) Elementos conhecidos antes de 1650:
Ag, As, Au, C, Cu, Fe, Hg, Pb, S, Sb, Sn
Até o final do século Número de elementos químicos
conhecidos
XVII 14
XVIII 33
XIX 83
XX 112

Organização dos Elementos Químicos


1. A Tabela Periódica de Mendeleev

Mendeleev

a) A periodicidade segundo Mendeleev b) Ousadias de Mendeleev

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Exercício
01. (Perito Criminal/ES/Cespe/2006) Acerca de química,
julgue o item a seguir.
1. O aumento do número de elementos químicos conhecidos
levou à necessidade de organização desses elementos.
Mendeleev propôs uma metodologia para organizar os
elementos químicos na forma de uma tabela, que ficou
conhecida como Tabela Periódica dos Elementos, com
base na distribuição eletrônica de seus átomos.

2. O Modelo de Rutherford com mais uma partícula


subatômica: o nêutron

Rutherford

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2.1 Algumas definições relacionadas às partículas


subatômicas
a) Número atômico (Z) e Número de massa (A)

b) Elemento químico

c) Isótopos

3. O modelo de Rutherford modificado e a Tabela


Periódica
Moseley.
→ A periodicidade segundo Moseley

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4. Tendências periódicas nas propriedades atômicas


4.1 Raio atômico (r)
a) Definição
(raio metálico e raio covalente)

Modelo representando uma molécula


diatômica homonuclear.

b) Tendência geral de
crescimento

4.1.1 Raio iônico (r)

Raios iônicos, r/pm

Representação do raio iônico.

Obs.: Espécies
(átomos ou íons)
isoeletrônicas

Os números entre parênteses são os números de coordenação do íon.

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4.2 Energia de Ionização (I)


a) Definição

b) Correlação com o raio atômico

Primeira e segunda energia de ionização (e algumas superiores) dos elementos, I/(kj.mol-1)

c) Energias de
ionização sucessivas

d) Energia de
ionização da camada
fechada de um
átomo

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4.3 Afinidade ao elétron (Eae)


Afinidades eletrônicas dos elementos principais, Eae/(kj.mol-1)

a) Definição

b) Tendência
geral

4.4 Mais algumas tendências periódicas


4.4.1 Eletropositividade
→ Tendência geral de crescimento

4.4.2 Propriedades físicas macroscópicas


a) Densidade
→ Tendência geral de crescimento

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b) Pontos de fusão e de ebulição


→ Tendência geral de crescimento

c) Volume atômico
→ Tendência geral
de crescimento

Exercício
01. (Perito Químico/PE/IPAD/2006) Um corpo foi encontrado no
porta-malas de um carro estacionado numa avenida à beira-mar. A
análise de uma amostra da água encontrada em um tubo de plástico
localizado no bolso da bermuda da vítima confirmou a presença dos
íons:Na+, K+, Ca2+, Mg2+, HCO3-, SO4-, Cl- e Br-. Tais íons são os
principais constituintes químicos da água do mar e reforçam a tese de
que a vítima morreu afogada. Dentre as relações de espécies
apresentadas abaixo, qual apresenta os íons monoatômicos
isoeletrônicos do argônio em ordem crescente de raio iônico?
A) K+, Cl- e Ca2+
B) Cl-, K+ e Ca2+
C) Ca2+, K+ e Cl-
D) Br-, Mg2+ e Na+
E) Mg2+, Na+ e Br-

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LIGAÇÕES QUÍMICAS E ESTRUTURA


MOLECULAR 1
(Ligações Covalentes, Estruturas de Lewis e
Forma das Moléculas)

Ligação Química e Estrutura Molecular


1. Ligações Covalentes e Estruturas de Lewis
a) Elétrons de valência e os gases nobres
b) Lewis e a ligação covalente Lewis
c) Regra do octeto
d) Determinando as estruturas de Lewis
Obs.: exceto nos casos mais simples, a estrutura de Lewis não indica a
forma geométrica das espécies, mas apenas o esquema das ligações e dos
pares isolados: ela mostra o número de conexões e não a geometria da
molécula.

Exercício
01. Escreva as estruturas de Lewis para (a) NH3, (b) ClO-, (c) NO2+, (d)
NH4+, (e) CO, (f) NO+ (g) SO42-, (h) HNO3, (i) HClO4, (j) H2SO4.

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2. Linus Pauling e a Teoria da Ressonância


Uma molécula interessante: O3. onde:
Ligação simples entre átomos de oxigênio = 132 pm.
Ligação dupla entre átomos de oxigênio = 121 pm.
Ligação entre átomos de oxigênio no ozônio = 127,8 pm.

Então: as estruturas de ressonância são usadas Pauling. para


representar a ligação em uma molécula ou em um íon quando
uma única estrutura de Lewis não descreve precisamente a
estrutura eletrônica verdadeira.

3. Exceções à Regra do Octeto


3.1 Espécies em que um átomo possui menos de oito
elétrons de valência

3.2 Espécies em que um átomo possui mais de oito elétrons de


valência
Obs:. Hipervalência e Expansão do Octeto

3.3 Espécies com um número ímpar de elétrons

Obs.: a carga formal


É a carga que um átomo deveria ter se os pares de elétrons
fossem compartilhados igualmente.
Exercício
01. Calcule as cargas formais de cada átomo nas seguintes espécies:
+ 2- -
a) NH4 b) CO3 c) CN d) SO3
Gab: a) N(+1) e H(zero); b) C(zero) e O(carga média= -2/3); c) C(-1) e N(zero);
d) S(+2) e O(carga média= -2/3).

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4. Propriedades das Ligações


4.1 Ordem de Ligação
É o número de pares de elétrons compartilhados entre dois átomos
em uma molécula.
→ Ordem de ligação e ressonância

4.2 Comprimento de Ligação

Modelo representando uma molécula


diatômica homonuclear.

Alguns comprimentos de ligação médios para ligações simples e múltiplas em picômetros (pm)

a) Relação entre comprimento e ordem de ligação


b) Algumas tendências no comprimento de ligação

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4.3 Força de ligação


A força de uma ligação é medida pela sua entalpia de dissociação da
ligação (∆H°).
a) Entalpia média de ligação (L)
É a entalpia média de dissociação da ligação calculada para
uma série de ligações AB em moléculas diferentes.
Entalpias médias de ligação, (L/kj.mol-1)

Valores para ligações simples, exceto quando indicado diferentemente (entre parênteses);
(a) indica aromático.

4.4 Polaridade da Ligação e Eletronegatividade


→ Mais uma propriedade periódica: a eletronegatividade (χ)
Medida da habilidade de um átomo em uma molécula de atrair
elétrons para si.

Variação periódica das eletronegatividades de Pauling.

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a) Polaridade da ligação
b) Combinando a polaridade da ligação e a carga formal
→ Linus Pauling e as diretrizes básicas para as distribuições de cargas em
moléculas
1ª) Princípio da eletroneutralidade
2ª) Quando uma carga negativa está presente, ela deve residir no átomo mais
eletronegativo
Exercício
01. Assinale certo ou errado para os seguintes itens.
(Perito Federal 6 e 14/Cespe/2002) Sabendo que os comprimentos médios das
ligações C=C, C=N e C=O no anel pirimídico da guanina são 132 pm,128 pm e
121 pm, respectivamente, pode-se concluir que quanto maior a diferença de
eletronegatividade entre os átomos envolvidos em uma ligação, menor o seu
comprimento.
(Perito Federal 14/Regional/Cespe/2004) Carga formal pode ser corretamente
definida como a carga que um determinado átomo teria, em uma molécula, se
todos os átomos, em tal molécula, tivessem eletronegatividades diferentes.

5. Geometria das Moléculas e Íons (Modelo VSEPR)


Gillespie Nyholm

Considera que regiões de maior densidade eletrônica (pares ligantes, pares


isolados ou concentrações de elétrons associados com as ligações
múltiplas) assumem posições tão separadas quanto possível, de modo que
as repulsões entre elas sejam minimizadas.
5.1 Átomos Centrais Cercados Somente por Pares de Ligações
Simples
5.2 Átomos Centrais com Pares de Ligação Simples e Pares
Isolados
Exercício
01. Determine a geometria das seguintes espécies químicas:
+ -
a) CHCl3 b) H3O c) BF4

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5.3 Átomos Centrais com Mais de Quatro Pares de Elétrons de Valência

5.4 Ligações Múltiplas e Geometria Molecular

Exercício
01. Use as estruturas de Lewis e o modelo VSEPR para determinar as geometrias dos
pares de elétrons e molecular das espécies:
- 3- 2-
a) NO3 b) PO4 c) SO3 d) IF5 e) XeOF4

6. Polaridade Molecular
Uma molécula polar é aquela que tem um momento de dipolo elétrico
permanente que surge das cargas parciais em seus átomos. Uma molécula
apolar é aquela que não tem momento de dipolo elétrico permanente.

→ Obs.: o momento de dipolo

Exercício
01. Responda as seguintes questões:
a) O NF3 e o SF4 são polares?
b) O 1,2-dicloroetileno pode existir de duas formas. Alguma delas é polar?

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LIGAÇÕES QUÍMICAS E ESTRUTURA


MOLECULAR 2
(Teoria da Ligação de Valência)

1. Teoria da Ligação de Valência


Na teoria de ligação de valência, considera-se que uma ligação é formada
quando um elétron em um orbital atômico de um átomo emparelha seu spin
com o de um elétron existente em um orbital atômico de outro átomo.

Representação, segundo a TLV, da ligação na molécula de H2.

1.1 Funções de onda


Em geral, a função de onda VB para uma ligação A-B é:
ψA-B(1,2) = ΦA(1)ΦB(2) + ΦA(2)ΦB(1)

a) Uma função de onda VB com simetria cilíndrica ao redor do eixo


internuclear é chamada ligação sigma (σ).

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Outro exemplo (molécula de F2)

b) O emparelhamento dos spins dos elétrons em dois orbitais p que se


aproximam lateralmente origina uma ligação pi (π).

→ Obs.: sinais das funções de onda e os lobos dos orbitais

Então:
1ª) Se a rotação da ligação em torno do eixo internuclear não alterar a
função de onda temos uma ligação σ;
2ª) Se uma rotação de 180° em torno do eixo internuclear resultar em
troca dos sinais dos lobos temos uma ligação π.

1.2 Ligações múltiplas


Ex.: a molécula de N2

Simetria cilíndrica em torno do eixo Superfícies de contorno para


internuclear para a molécula de N2. a molécula de N2.

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1.3 Hibridização dos orbitais atômicos


Orbitais híbridos são formados quando orbitais atômicos no
mesmo átomo interferem.
1.3.1 Hibridização do carbono
1ª) Hibridização sp3 (ex.: molécula de CH4)

Orbitais atômicos s e p.

Orbitais híbridos sp3.

Representação dos orbitais


envolvidos na ligação do
carbono e do hidrogênio na
molécula de CH4.

2ª) Hibridização sp2 (ex.: molécula de etileno)

Representação da
formação dos orbitais sp2.

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Representação dos orbitais envolvidos na ligação na molécula de etileno.

3ª) Hibridização sp (ex.: molécula de acetileno)

Representação da formação dos orbitais sp.

a) Ligação sigma envolvendo


orbitais híbridos sp;
b) Ligação pi envolvendo
orbitais p.

1.3.2 Hibridização de outras espécies químicas


a) Ex.: molécula de BeF2

Orbitais de ligação na molécula de BeF2.

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b) Ex.:molécula de BF3

Ligação entre os orbitais sp2 do


boro e p do flúor.

c) Ex.: molécula de NH3

Ligação entre os orbitais sp3 do


nitrogênio e s do hidrogênio.

1.3.3 Orbitais híbridos que envolvem orbitais atômicos s, p e d


Tipo sp3d (Exemplo PCl5)

Ligação entre os orbitais sp3d


do fósforo e p do cloro.

Tipo sp3d2 (Exemplo SF6)

Ligação entre os orbitais sp3d2


do enxofre e p do flúor.

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1.3.4 Relação entre o tipo de Hibridização do Átomo Central e a


Geometria dos Pares de Elétrons (ou de átomos) em torno deste átomo

Exercício
01. (Perito Criminal/GO/Funiversa/2010)

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