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Ricardo Reis

Parte B

4. O sujeito poético assume-se como um defensor dos ideais de vida epicuristas da


antiguidade clássica. Neste sentido, tendo em conta os primeiros seis versos da ode, Reis
acaba sempre por se resguardar das emoções extremas, intelectualizando as mesmas, de
modo a viver sossegadamente num estado de ataraxia. Para o ‘’eu’’ lírico esta atitude
racional protege-o daquilo que não só o destino pode trazer (‘’Sofro … do medo do
destino’’), como também a mudança (‘’Tudo quanto me ameace de mudar-me'’/’’... odeio e
fujo.’’), evitando assim qualquer risco de passar por sofrimento no futuro.

5. Já na parte final do poema, Ricardo Reis faz uma comparação (‘’ … indo’’/’’Para a velhice
como um dia entra’’/’’No anoitecer’’). Através do uso deste recurso expressivo, o sujeito
poético reforça a ideia de que se deve aceitar o destino naturalmente, sem que este lhe
desperte dor, já que procura para a sua vida o mesmo fenómeno de final de um dia:
serenidade e tranquilidade total enquanto não chega a hora.

6. a) 2 b) 2 c) 1

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