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Ensinodehistériaeconsciénciahistérica
lmplicagfies didéticas de uma discussio contemporénea
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(jopyright © Luis Femando Cerri
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Rua Jornalista Orlando Dantas, 37
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lntrodugao
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controle 30¢ °S da
da o osi 5 ' - 1&1 e
tr d.P~ Q 0 dernocratica e precipitou o fim da d_ mfavor
a Iigao bras1le1ra de conciliagio politica 6 t _1tadura. A
alto , sem mudangas expressivas no cotidi ranslgoes ”Pe1o
ditadura e ditadores saissem de cena quasingi fez Com que
sem movimentos populares por ajustes de CO tesPercebidos,
caso da Argentina, com seus protestos de ru n aS, como foi 0
n a COntra O U on
filnalnl. .Mesdrnfo com uma transigao tao ”anestesiada" cfmotfi
as1 e1ra , 1 erente em tantos pontos da transigao
. ~ argemjna
e semelhante em tantos outros a transicao uruguaia os ¢S_
queletos no armarlo da ditadura n50 se calaram totalmente.
De tempos em tempos, algum protesto, alguma manifestagio
ou concessao de pensao a ex-presos politicos ou as familias
de desaparecidos por acao das forcas repressivas recoloca no
centro da cena aquelas feridas cobertas que ainda doem.
Como exemplo dessas agitagoes periodicas no Iago calmo da
representagfio nacional sobre seu proprio tempo, em agosto
de 2007 foi lancado mais um livro-relatorio da Cpmissao Es-
pecial de Mortos e Desaparecidos sobre a repressao reahzada
pela ditadura militar brasileira, que governou'0 pals entre
1964 e 1985. Seu langamento ganhou espaco na ntmua
imprensa, e0
6 Com
comando do Exército, em nota, mostrou que Zia leiwm dos
tinuara disposto a manter v1va e atéluante zgragfio reafirmou
' or
acontecimentos do periodo . A nota a‘ C I _P A diferentes
a Lei da Anistia e afirmou que ”fatos h1stor1cost1:;1;gonjstaS,,'
interpretacoes, dependendo da otlca de seusfcia das razoes
Se por um lado aponta a forga da Permane
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Ensino de historia e consciéncia historica 9
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FGVde 305°
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Capitulo 3
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Ensino de historia e consciéncia hi51;6|'i¢a 107
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O termo n vulganzacao"
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sofre a influéncia de toda uma carga dc preconceito ' 1.
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Ongem anstocratica do termo "vulgar" usada ara distin uir a nobreza da plebe. V ,3
acumulou 0 sentido de algo de mau gosto baixo Pinferior mgs na verdade aPe1am°s aqw para
o sent1do
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da palavra, ou seja, algoI referente
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ao povo,
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Ensino de historia e conscléncla historlca \ 1,,
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[a historia] é uma traducao do passado ao presente, uma inter-
pretacao da realidade passada via uma concepgao da mudanca
temporal que abarca o passado, o presente e a expectativa de
acontecimentos futuros. Essa concepcao amolda os valores mo-
rais a um ”corpo temporal" (por exemplo, o corpo da validade
continua de um antigo tratado); a historia reveste os valores
de experiéncia temporal. A consciéncia historica transforma os
valores morais em totalidade temporais: tradicoes, conceitos d6
desenvolvimento ou outras formas de compreensao do tempo-
Os valores e as experiéncias estao mediatizados e sintetizad0$
em tais concepcoes de mudanca temporal. A consciénC1f1
historica amalgama ”ser" e ”dever" em uma narrativa sigI11'
ficante que refere acontecimentos passados com 0 Objetivo dc
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Ensino do historia e consciéncia historiq
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mtellgivel o p resent
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' uma perspectwa
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A C55,; ,1tlVld8dC atua . Dpsta forma, a consciéncia historica faz
mm oontnbuigao essenual a consc1enc1a ética mor3]_
(Rilsen. 199229)“)
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122 FGV de Bolso [or_k6A\.é,_ t -
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A primeira catego 1a da 0 petfinciamnarrativ
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wténcia __de_,e.z¢pte1:ié.n_C.i.Q,-que se refere a aprender a olhar o pas_ I
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A segunda subdiV§S§0--da-c‘orrip'e"t“oHEia‘n tiva é chama-
da por Riisencfle 'C0mpe;§mim@-\ C0I1$i5t@ 113 A
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caP acidade de desenvolverl ed aprimorar constantemente
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”filosofia da historia", uma concepgao e uma atribuicapi _
significado ao todo temporal. Em outras palavras, e a d6 I1}
930 C16 um sistema - grupal, mas com fortes toques P6550315
sentido
— de significacoes através do qual o sujeito perceba 0
4.
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(ou do
tos OS Sentidos)
passado. da
Porh1st0.na'
mais que,de modo a Poder
na escola, lulgar os
evitemos even-
fornecer
Sentidgs fechados sobre os processos historicos, é isso o que
as pessoas procuram ao buscar o conhecimento historico, e é
isso 0 que tendem a construir com base nele. Tal fato so seré
um problema se esses sistemas de significacao do tempo fo-
{om completamente fechados a mudancas, reavaliagoes e cri-
tigas, de forma que a competéncia de interpretacao acabara
dogmatica e inflexivel, sem utilidade para o desenvolvimento
do pessoa e da sociedade.
p mativa om et ' é composta também pela
éncia de 01*ientagd0._’_, ssa competéncia também poderia
’" ' to historico”, em uma comparacao
com a ideia de letramento para a lingua nacional e o concei-
to de alfabetismo funcional: nao basta dominar a leitura e
a escrita; é preciso conseguir usar essas competéncias para
entender as instrucoes de um manual ou deixar um bilhete
compreensivel para alguém. Nao basta conhecer fatos e pro-
cessos bistoricos; é preciso ter capacidade de interpretar 0
tempo e usar esse conhecimento para a propria vida, agindo
em conformidade com os proprios principios e objetivos.
A competéncia de orientacao consiste na capacidade de
lltililar os conhecimentos e analises historicas adquiridos 6
Prgallizados para estabelecer um curso de acao pessoal, o que
lnclui tanto um projeto pessoal de futuro quanto o enga]a-
ment0 consciente em projetos coletivos, ou até mesmoa com-
pleta Ilegagao dos mesmos. Nesse sentido, de nada &d13I1t2l~O
alum aprender tudo sobre a Guerra Mundial enquanto na‘)
consegufi aprender ou aplicar nada do que aPrendeu Pafa
entender
I Por que o seu bairro r sua familia ou ele m6SII1° sao
vlfimfls de fenomenos como o desemPre80 estrutllfalr a dis“
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pamce. Camvez,
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no lnstlgacriite 1'1:r0 Educfzrg 0 czdada0?,
' ~ ha, uma
cultura de conhecimento 0 ou ro qne e undamental para
eonhecimento de si mesmo e 0 exerclcio da itolerangial que SE
adquire em grande parte com 0 saber h1stor1c0.
A contribuigéio da historia na escola nao é so a Comp;-eensao
da propria realidade e a formagfio da identidade, mas tam_
bém a concepgfio e compreensfio da diferenga, da alteridade
— tanto para ensinar a convivéncia nas sociedades que ho]-e
sao, na maioria, multiculturais, quanto para ensinar a julgar
0 proprio sistema politico e social em que se vive (sem ou_
tros pontos de visjca além daquele que eu vivo nao ha critica
efetiva possivel). E dentro desse raciocinio que pode ser lida
como oportuna a lei que institui a obrigatoriedade do estudo
da historia e cultura afro-brasileira, mesmo em comunidades
— como é comum no Parana — compostas na sua maior parte
p por descendentes de holandeses, poloneses, ucranianos e ale-
\m5es: para evimr*um fiea'doermndo‘-e para
prevenirlo comportamento excludente, considerando que a
modfernpidzagfio -tende a oolofiéiripidamente em convivio mul-
tifiiltural ageomunidades. D0 mesmo modo, 0 es-
Ffdoldagwculturas indigenas na Argentina é importante, mes-
/
mo que essas populagoes sejam hoje tao pouco expressivas
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ue , em suma, o conceito de consciencia historica dferec 6
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para o ensino da historia? Em primeiro lugar, afasta-s¢ uma
Visao voluntarista e messianica que, sob diferentes forma§,\
proponha a ”conscientizag5o historica" dos “sem-conscién-r
cia" porque, como argumentamos, isso nao existe: como to-\‘\
d
dos navegam por su as vidas conduzidos pela correnteza 0 \
tempo, todos tém que definir instrumentos e projetos para
navega-lo, e esse procedimento basico de Viver é a consci-
encia historica em agfio. Se pensamos em como o conceito dc-:1,
consciencia historica influi sobre os objetivos educacionaispo
conceito de competéncia narrativa é muito mais importante.
O objetivo da educagfio historica nao é formar a consciencia
historica, no sentido de pressupor que ela nao existeno edu-
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cando, para poder cria-la. Tam bém nao é fazer corn-qufiI todos
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\‘"-"che " ’ " ” nsciéncia historica genetlcfll
\ 8 uem" ao n1vel da co ~ >9
9 - 9 dos tip0S <16 86'
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Palavras finais
_ , .
~ d 6 sentido h1stor1co. Uma de 3 era g ao de. sentlrO_
ragao - f°1"ma te nas narrativas
~ p‘do
dominante ou mais frequen . , . 1.
pode ser Pre N0 caso de professores de historia, P0
duzidas por um grup0.f rma genétical que articula as demais.
@XemPl0’ predommd' a 0 0 modo critico e o eX€mP1a1'r sendo
Seguem-se, pela or ¢t_
m 'amente nao é V61-ificado. Entretanto,
O 9 C ~ '
que ° tradlclonal Pm 1 . - a 50 na construgao <16 Sentldos
f t reli ioso e sua Parnclp 9 ' d Caroline Pa-
0 a or g t evistados 113 Pesqulsa e
Para a malona dos ell r da ossivel Permanéncla de um
cievitch sao um indicador . Phistérica que é a fé em 818°
. . ciéncia ' '5-
fator tradlclonal da Onsf Ancia desse transcendente na hi
transcendente, 6 na Inter 'ere ue pensemos de outra forma is
, . ~
toria. Essa c0nstata§aO exlg e 31¢ a tradi<;5o tem Sell eSPa9° rso-
.
P€I'Sp€Ct1VElS - '
que lmagmam q . . .
nos gu]e1toS Com ac es .
duzido. ou anula d 0 11 a II10d€I‘I‘11d€1de dernidade.
6 011' Como h1-
t . . ais dessa H10 , derna em
as conquls tas intelectu da e1‘$P€C1IlV&
- po S-m0 _1o,, em
Pétese, trata-se exatamente ago para o "isso e flqul
_ . n
que 0 "1sso ou aqu110 Perde esp
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Ensino de historia e consciéncia histéri
ca 131
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