Você está na página 1de 5

Nome: Gabrielle Brambilla

Disciplina: Análise e Projeto de Sistemas


Data: 11/11/2021

MODELOS DE PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO TRADICIONAIS

1 CASCATA

O modelo chamado Cascata, também chamado de Ciclo de Vida Clássico (sendo que é
um dos modelos/paradigmas mais antigos), consiste em um modelo para desenvolvimento de
software baseado em etapas que se seguem sequencialmente. As etapas que transcorrem com
esse modelo, ilustradas pela figura 1, são:
a) Comunicação: com o levantamento dos requisitos com o cliente;
b) Planejamento: com estimativas e estabelecimento de um cronograma;
c) Modelagem: no qual é realizado a análise e projeto;
d) Construção: com a codificação e testes;
e) Emprego: parte da entrega, suporte do sistema e feedback do cliente/usuário.

Comunicação Planejamento Modelagem Construção Emprego

Figura 1: Ilustração das etapas do modelo Cascata.

O uso da metodologia geralmente é indicado para projetos em que os requisitos estão


bem estabelecidos e sem grandes mudanças. Porém, o emprego desse modelo pode trazer vários
problemas, principalmente por vários projetos não terem essa natureza linear e com a
dificuldade em estabelecer as necessidades do cliente, tendo que uma versão operacional do
sistema só estará disponível para o cliente nas partes finais da sua construção (o que ocasiona
na passagem não percebida de erros).

2 INCREMENTAL

O modelo Incremental, por sua vez, combina as etapas lineares do desenvolvimento com
etapas paralelas. Consiste, assim, nas mesmas etapas que o modelo em Cascata (comunicação,
planejamento, modelagem, construção e emprego), tendo que as sequências ocorrem
paralelamente com cada uma sendo um incremento. Esse conceito é mostrado na figura 2.

N-ésimo Incremento

Comunicação Planejamento Modelagem Construção Emprego

2º Incremento

Comunicação Planejamento Modelagem Construção Emprego

1º Incremento (produto essencial)

Comunicação Planejamento Modelagem Construção Emprego

Figura 2: Ilustração das etapas do modelo Incremental.

Sendo que à medida que ocorrem novos incrementos, conforme o cronograma avança,
novas funcionalidades são acrescentadas no sistema, a partir de um produto essencial atingido
no primeiro incremento, com os requisitos básicos, e passando para a avaliação do cliente, e
esse processo se repete por todos os incrementos até o produto completo.
Com isso, esse modelo é utilizado com os requisitos iniciais quase estabelecidos e para
fornecer versões (incrementos) para avaliação o cliente, tendo que com isso pode ocorrer uma
expansão e refinamento de funções.

3 RAD

O modelo RAD, sigla para Rapid Application Development (em português:


Desenvolvimento rápido de aplicações), é de tipo incremental, com foco em um processo rápido
com objetivos e requisitos bem estabelecidos, sendo indicado, desse modo, para casos em que
esses aspectos são bem definidos. Para tanto, cada ciclo passava por incrementos já definidos,
ganhando assim novas funcionalidades ou passando por modificações, tendo que as funções são
divididas em módulos. Esse modelo consiste nas etapas:
a) Modelagem do negócio;
b) Modelagem dos dados;
c) Modelagem do processo;
d) Geração da aplicação;
e) Teste e Modificação.
Sendo que a demanda por mais pessoas para suprir o curto prazo esperado é maior
enquanto ocorrem as fases de modelagem e geração, fazendo com que não seja indicado para o
caso de não haver uma equipe suficiente para tanto, com várias equipes trabalhando com isso.

4 EVOLUCIONÁRIOS: PROTOTIPAGEM E ESPIRAL

4.1 Prototipagem

O modelo de Prototipagem é baseado no estabelecimento de objetivos gerais para o


sistema e identificar requisitos já reconhecidos como necessidade, sendo indicado para esses
casos. A partir disso, é realizado um projeto rápido, com modelagem (análise e projeto), para
chegar à um resultado que apresente o sistema na visão do usuário, como a interface do
programa, podendo também ser operacional com a utilização de elementos facilitadores.
Esse protótipo, então, recebe um feedback para alcançar os requisitos que ainda não
foram identificados e as demais necessidades de quem terá que utilizar o sistema. Esse processo
ocorre em iterações, ou repetições, sendo o processo mostrado pela figura 3.

Comunicação

Emprego
Entrega Projeto rápido
Realimentação

Construção de Modelagem
um protótipo projeto rápido

Figura 3: Ilustração das etapas do modelo de Prototipagem.

Esse paradigma pode ser utilizado em parceria com outros modelos, sendo que é visto
positivamente pela capacidade de demonstração do sistema para o usuário ter uma ideia do
caminho que o projeto toma. Por outro lado, a parte do cliente pode não entender a necessidade
de retrabalhar a partir do protótipo para evoluir o sistema e os desenvolvedores podem construir
o protótipo podem acabar por fazer escolhas rápidas, mas inapropriadas, fazendo com que
problemas surjam posteriormente.

4.2 Espiral

O modelo Espiral junta a prototipação com o modelo Cascata, resultando em versões


melhores conforme o avanço do processo de forma mais rápida, partindo de modelos simples
e protótipos para versões mais avançadas e completas. Na ilustração do modelo (figura 4), são
usadas as etapas detalhadas em outros modelos.

Figura 4: Ilustração das etapas do modelo de Espiral.

É considerado um paradigma realista para grandes projetos, principalmente pela conta


da iteração, e para os que podem apresentar maior risco, sendo a redução de risco ocorre pela
prototipação. Ademais, em todos os ciclos e etapas há uma atenção à riscos técnicos, fazendo
com que problemas futuros sejam prevenidos, sendo que pela importância desse mesmo aspecto
pode ser complicado para estabelecer confiança com o cliente sobre esse modo de trabalho.

5 RUP

Por fim, o modelo RUP, Rational Unified Process (tradução: Processo Unificado
Rational), corresponde à um processo de desenvolvimento com iteração e abordagem de erros.
Com isso, os projetos podem se sustentar apesar do aumento de complexidade, menor tempo
disponível para o prazo, à mudança de necessidades e requisições durante o período de
desenvolvimento e também à constante mudança da tecnologia.
A estrutura do modelo, como também demonstrado na figura 5, consiste nas fases:
a) Concepção: entende as necessidades envolvidas no projeto;
b) Elaboração: especifica e aborda pontos de risco;
c) Construção: desenvolvimento do sistema;
d) Transição: ajustes e implantação do sistema.

Concepção Elaboração Construção Transição

Figura 5: Ilustração das etapas do modelo de RUP.

Sendo que, em cada uma dessas fases, são feitas iterações curtas que abordam um grupo
de funções do sistema.

REFERÊNCIAS

DevMedia. RUP - Rational Unified Process. DevMedia, 2007. Disponível em: <
https://www.devmedia.com.br/rup-rational-unified-process/4574>. Acesso em: 17 de nov de
2021.

GUEDES, Marylene. O que é RAD - Rapid Application Development? TreinaWeb, 2020.


Disponível em: <https://www.treinaweb.com.br/blog/o-que-e-rad-rapid-application-
development>. Acesso em: 17 de nov de 2021.

PRESSMAN, Roger S. Engenharia de software: uma abordagem profissional. 7ª ed. Porto


Alegre: AMGH, 2011.

Você também pode gostar