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Os agentes agressivos do ambiente que podem afectar a saúde dos trabalhadores são de
quatro tipos:
• Manutenção da saúde;
Conjunto de normas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas usadas para prevenir acidentes,
seja instruindo/convencendo pessoas, da implementação de práticas preventivas.
1.2 Visão
Luz: radiação electromagnética que produz uma sensação visual. Trata-se de uma onda entre 380 e
180 nn (nanómetro), sendo uma parte do conhecido espectro de radiação electromagnética.
Fluxo luminoso: quantidade de luminosidade total de luz emitida por uma fonte luminosa e cuja
unidade é o lúmen (lm).
Iluminância: medida do fluxo luminoso incidente por unidade de superfície; tem como unidade de
medida o lux (lx) e mede-se com um luxímetro.
A concepção dos locais de trabalho deverá proporcionar aos trabalhadores a quantidade de luz
adequada à realização das suas tarefas. Salienta-se a importância de aberturas e janelas, uma vez
que a iluminação natural é, em princípio, a mais favorável à saúde dos trabalhadores.
A iluminação geral deve ter em conta a intensidade e a distribuição uniforme da luz, de modo a
evitar sombras, encadeamentos, reflexos, contrastes acentuados e o efeito estroboscópico, no caso
da existência de órgãos móveis de equipamentos.
Efeito estroboscópico: Ocorre quando uma máquina rotativa, em funcionamento, ao ser iluminada
por uma luz florescente comum, poder criar uma ilusão de que está parada.
As radiações visíveis ou luminosas ao nosso dispor podem ter duas origens fundamentais:
iluminação natural e iluminação artificial.
Salienta-se a importância de ter uma iluminação natural ou artificial adequada, caso contrário
poderá ser causa de acidentes de trabalho e/ou doenças profissionais.
A tabela internacional de níveis de iluminância define níveis mínimos por actividade ou tarefas.
Assim, podemos orientar-nos pelos seguintes valores de referência:
Uma escolha adequada dos elementos estruturais, tal como a cor das paredes, dos tectos e
pavimentos, pode melhorar significativamente os níveis de iluminação optando, por exemplo, por
tectos brancos que permitem um índice de reflexão de 80%.
A distribuição da luz pode ser feita através de vários métodos que apresentamos em seguida.
Iluminação directa: a luz incide directamente sobre a superfície iluminada; é a mais económica e
a mais utilizada para grandes espaços;
Iluminação indirecta: a luz incide sobre a superfície a ser iluminada, através da reflexão sobre
paredes e tectos; é a mais dispendiosa e neste método, a luz fica oculta da vista, através de
dispositivos ou anteparos opacos.
Iluminação semi-directa: é aquela em que a maior parte da luz é dirigida à superfície a ser
iluminada (iluminação indirecta), todavia parte da luz que é reflectida por intermédio de paredes e
do tecto.
Lâmpada de incandescência
Baixo custo.
Boa restituição das cores dos objectos.
Fácil instalação.
Período de vida útil curto.
Baixo rendimento luminoso.
Lâmpada fluorescente
Longa durabilidade.
Excelente distribuição de luz.
As lâmpadas fluorescentes, devido ao seu bom rendimento e excelente restituição de cores, são as
mais adequadas para a iluminação geral dos espaços de trabalho fechados como escritórios, salas
de reuniões, sanitários, oficinas e pequenos armazéns.
Uma luz branca é boa para trabalhar, enquanto que uma luz de cor amarelada convida a repouso.
Quanto mais branca a cor da luz, mais se aproxima à similaridade da luz natural e, portanto, mais
favorável do conforto visual do trabalhador.
1.2.5. A Visão
Tal como acontece com uma máquina fotográfica, a energia radiante emitida por uma fonte
luminosa ou reflectida por um corpo é projectada na retina pelo sistema óptico cristalino. Assim, a
íris dilata ou contrai a pupila, controlando a quantidade de luz que entra no olho. Na parte posterior
da íris, o cristalino recebe os raios de luz e muda constantemente a sua forma, o que lhe permite
uma melhor focagem. Este processo denomina-se acomodação.
Diariamente, milhões de trabalhadores encontram-se expostos ao ruído. Os ruídos que têm uma
intensidade elevada, mais de 85 decibéis, são os mais perigosos. Note-se que o problema é grave
para todos, mas principalmente para os trabalhadores que operam em determinados sectores de
actividades como as indústrias transformadoras de construção, discotecas, escolas, entre outros.
Ruído: som considerado como perturbador e indesejado; a sua intensidade (volume) é medida em
decibéis (dB).
Frequência do som: número de vibrações por segundo, emitidas pela fonte de ruído; é
medida em ciclos por segundos (cps).
Intensidade do som: é a característica que nos permite distinguir um som fraco (de baixa
intensidade) de um som forte (de outra intensidade). É media em dB.
- Perda de audição: o ruído excessivo danifica as células ciladas da cóclea, que fazem parte do
ouvido interno, podendo provocar perda de audição.
- Aumento dos riscos de acidentes de trabalho: níveis elevados de ruído limitam a capacidade de
concentração e de comunicação, inclusive de ouvirem sinais de alerta, aumentando a probabilidade
de ocorrência de acidentes de trabalho.
O ouvido externo é composto pelo pavilhão pelo canal auditivo, assim como pela entrada do canal
auditivo, que é coberta por pêlos e cera, tendo como função protegê-lo e limpá-lo.
O ouvido interno é formado por um sistema complexo de canais, que contém um líquido aquoso e
se move com as vibrações do ouvido médio, e pelas extremidades dos nervos sensitivos, que
convertem o movimento anteriormente referido em sinais eléctricos, sendo enviados ao cérebro
através do nervo da audição – nervo auditivo.
A medição do ruído significa que é possível efectuar avaliações segundo regras definidas em
normas, que estabelecem a forma como as mesmas devem ser realizadas nos locais de trabalho, e
que tipos de aparelhos existem ao dispor dos técnicos. O aparelho que geralmente é utilizado é o
sonómetro.
O dosímetro é um aparelho capaz de acumular os sinais dos ruídos num condensador, tornando
possível a análise das médias e picos sonoros gerados pela fonte.
Dose de ruído: nível sonoro contínuo equivalente ponderado a que um trabalhador está sujeito
durante um período de referência, que pode ser 8 horas diárias ou 40 horas semanais e que é
considerado como um valor 100% para referência.
O ambiente térmico define-se como o conjunto das variáveis térmicas do posto de trabalho, que
influenciam o organismo do trabalhador. Assim, este factor intervém, directa ou indirectamente, na
saúde e nas tarefas a executar por um determinado indivíduo.
Recomendações:
Velocidade do ar
1.5. Radiações
As radiações constituem uma forma de energia que podem dividir-se em ionizantes e não
ionizantes, conforme a sua capacidade de interagir com a matéria.
Radiações não ionizantes: não possuem energia suficiente para ionizar os átomos e as moléculas
com as quais interagem. As mais conhecidas são a luz visível, infravermelhos, ultravioletas,
microondas de aquecimento, microondas de rádio-telecomunicação e corrente eléctrica.
O campo electromagnético é uma linha invisível de força, que ocorre sempre que a electricidade
está a ser conduzida. Assim, esta força ocorre com fontes naturais, como o sol, e a partir de fibras
sintéticas, incluindo fontes de iluminação eléctrica, microondas, televisores, telemóveis e
computadores. Geralmente, os monitores emitem um campo de frequência extremamente baixo,
denominado ELF. Os computadores emitem radiações não-ionizantes, porém, segundo estudos
feitos pela Food and Drug Administration (FDA) e pelo Centro de dispositivos e saúde
Radiológica, os mais actuais emitem pouca ou nenhuma radiação ionizante. Ainda assim, pode-se
prevenir possíveis consequências das radiações através dos seguintes pontos:
Em termos de segurança no trabalho é fulcral manter extrema preocupação com a fadiga visual,
que se manifesta através de um conjunto de sintomas, desde a visão toldada até as dores de cabeça,
bem como a concentração dos músculos faciais e uma postura geral do corpo incorrecta. Assim,
demonstra-se fadiga visual quando há uma solicitação demasiado frequente dos músculos de
acomodação para verem objectos muito pequenos ou quando se faz um esforço frequente com a
retina, para se adaptar a contrastes.
Note-se a importância das pausas no trabalho, dando que estas têm um efeito benéfico sobre a
fadiga visual, evitando problemas mais graves, em termos de saúde, para o trabalhador.
Com a introdução dos meios informáticos nos mais variadíssimos sectores de actividade, e porque
uma grande parte das pessoas passa longas horas a trabalhar com computadores (quer no trabalho,
quer em casa), o facto é que este tipo de equipamentos exige um esforço cada vez maior do sistema
visual dos seus utilizadores e uma consequente fadiga visual, traduzida num conjunto de sintomas,
como os que se apresentam de seguida:
Dilatação da pupila.
Piscar frequentemente os olhos.
Irritação – ardor, picadas, dor, lacrimejar.
Inchaço.
Olheiras.
Conjutivites.
Vista turva ou desfocada.
Nervosismo.
Elaborado por: Vicente Alves dos Santos
Vicentealves199413@gmail.com
WhastApp: 924853490
Capítulo I – Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho
Sonolência.
Enxaquecas.
Tontura e náusea.
Prematuramente, podemos pensar que existem poucos problemas ergonómicos nos escritórios.
Todavia, sabemos que isto não é verdade pois esforços visuais, mentais, e até o isolamento são
factores de monotonia.
Grande parte dos utilizadores dos computadores passa horas em frente aos mesmos,
queixando-se, posteriormente, de:
Dores de costas;
Rigidez de ombros e pescoço;
Tendinites;
Pernas cansadas, com pouca circulação sanguínea, originando o aparecimento de varizes;
Problemas visuais.
Os problemas anteriormente referidos são na sua maioria causados pela postura incorrecta do
corpo.
Fruto da natureza monótona e solitária deste tipo de trabalho também é reportado outros
tipos de problemas a considerar, como por exemplo:
Alteração do humor;
Ansiedade;
Estados depressivos e stress.
1.7.1. A Ergonomia
A partir do momento em que foi identificada como uma das maiores causas de absentismo, a
questão ergonómica transformou-se numa preocupação constante das empresas.
A palavra Ergonomia deriva de duas palavras gregas – ergos (trabalho) e nomos (estudo) – e
significa os costumes, hábitos e leis de trabalho. No entanto, este termo poderá ter asserções
diferentes, dado que existem dois conceitos gerais deste vocábulo:
Conceito Ergonómico mais antigo, ligado à cultura americana: utilização da ciência e para
melhorar as condições de trabalho do indivíduo.
Conceito Ergonómico mais recente, ligado à cultura européia: a Ergonomia é considera a
ciência do trabalho, pelo que estuda o trabalho do homem com a finalidade de o melhorar.
Os problemas anteriormente referidos foram resolvidos por equipas de cientistas e o êxito deste
trabalho foi um exemplo para a aplicação do mesmo processo na indústria. Desta forma,
desenvolveu-se a idéia de estudar o homem no seu ambiente de trabalho com a finalidade de
adaptar cada tarefa ao trabalhador.
Os diferentes domínios de atuação são abordados em dois momentos diferentes, pelo que se
originou a Ergonomia de concepção e a Ergonomia de correcção.
Constate-se ainda que podemos falar numa Ergonomia pró-activa e numa Ergonomia reactiva.
Ergonomia reactiva: reage aos problemas tentando resolvê-los, depois de se terem manifestado.
Será sempre correctiva, com todas as implicações e custos adicionais que uma correcção sempre
apresenta.
Com base na experiência e conhecimento de Grandjean, e através de uma determinação das queixas
mais sentidas nos postos de trabalho, que exigem que os trabalhadores permaneçam muitas horas
sentados, estabeleceram-se algumas regras em relação aos equipamentos usados.
As cadeiras devem:
Permitir uma oscilação do tronco, com uma graduação de altura entre os 38 e 54 cm;
Ter assento giratório e borda frontal arredondada para manter as coxas do utilizador
paralelas ao chão; a largura deve oscilar entre 40 a 45 cm de largura e 38 a 42 cm de
profundidade;
Possuir cinco pés de apoio com rodízios, para uma maior estabilidade, permitindo também a
deslocação na área de trabalho;
Ter um encosto com inclinação regulável, ajustando-se conforme o desejado, possuindo
uma altura de 48 a 52 cm acima do assento, e uma largura recomendável de 32 a 36 cm;
Possuir forma de gamela com uma inclinação ascendente frontal de 3o a 6o, pois evita que
as nádegas escorreguem;
Ter estofo composto por materiais rugosos, mas confortáveis e fáceis de limpar.
As secretárias devem:
Ter bordas arredondadas, porque as extremidades rectas geram compreensão na pele, nos
nervos e tendões e também dificultam a microcirculação;
Ter a mesa com uma dimensão suficiente para o trabalho a realizar, permitindo que o
trabalhador consiga um espaço livre e organizado de movimentação para as suas rotinas de
trabalho.
Os ambientes de trabalho, tendo em conta o excessivo o número de horas que o utilizador passa à
frente de computadores, provocando problemas como a fadiga visual, cansaço e dores musculares,
devem ser projectados cuidadosamente, tendo em conta algumas regras.
a) Monitor:
Deve ser posicionado de forma a que a linha superior do texto esteja ao nível dos olhos, na
posição sentada.
A distância entre os olhos e o monitor deve ser aproximadamente, a medida correspondente
ao cumprimento dos braços.
Para evitar o ofuscamento, o monitor deverá estar inclinado verticalmente, posicionado
paralelamente às luzes do tecto e perpendicularmente às janelas; as cores das paredes
devem ser neutras e as janelas deverão apresentar persianas ou cortinas para minimizar o
reflexo das janelas.
b) Teclado:
Deve estar centrado com o monitor, numa superfície grande para acomodar também o
“rato”, uma vez que ambos devem estar à mesma altura.
Deve ficar o mais direito possível, para que se evitem esforços no pulso.
A sua altura deve ser de forma a que no processo de digitalização, os ombros do operador
fiquem relaxados.
Pode utilizar-se ou não o apoio de braços na cadeira, e mão deve flutuar sobre as teclas,
mantendo uma angulação neutra em relação ao punho.
c) Rato:
A escolha deste equipamento deve ser feita, tendo em conta o seu encaixe na mão do
utilizador, para que este o possa movimentar de forma confortável e suave.
Deve estar posicionado em frente à mão, para que permita a manutenção de uma posição
angularmente neutra.
Os utilizadores devem ter o cuidado de tirarem a mão de cima do mesmo, quando estejam a
realizar outras tarefas como atender ao telefone ou falar com outro indivíduo.
e) Telefones:
Assim, perante o que foi exposto, devem ser contempladas algumas medidas na concepção ou
organização deste tipo de espaço de trabalho:
Espaço sensorial: o homem reage tecnicamente com o meio (espaço térmico) e outros
espaços que influenciam globalmente o espaço laboral, designadamente, sensações visuais,
olfactivas e auditivas.
Espaço psicológico: onde os psicólogos enquadram o problema do stress ocupacional, que
surge frequentemente neste tipo de postos de trabalho, quer pela presença de factores
ligados a uma carga de trabalho excessiva ou deficitária, quer por conflitos relacionados
com o trabalho e que acarretam um conjunto de reacções emocionais, fisiológicas,
cognitivas e comportamentais.
b) Exigências da tarefa:
Carga física.
Carga Mental.
Elaborado por: Vicente Alves dos Santos
Vicentealves199413@gmail.com
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Capítulo I – Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho
Repetição.
Monotonia.
Concentração.
c) Características da tarefa:
Duração.
Relação com outras tarefas.
Carga de trabalho.
Continuidade.
d) Instruções e procedimentos:
Adequados.
Claros.
Suficientes.
Operacionais.
e) Factores individuais:
Idade.
Competências/experiências.
Personalidade.
Capacidades físicas.
Capacidades psicológicas.
Factores motivacionais.
Ao longo deste ponto, apresenta-se a Lei Geral do trabalho, cujo âmbito de aplicação são as
empresas públicas, privadas, mistas e cooperativas, assim como as organizações sociais não
integradas na estrutura da administração pública.
Para o estudo que nos interessa, apenas abordaremos os artigos 85o a 95o da Lei Geral do Trabalho,
sendo precisamente nessa secção e nesses artigos que podemos analisar que, como em matéria
legislativa, os trabalhadores são sujeitos activos na relação jurídica de trabalho, detentores de
direitos, mas também, sujeitos a deveres.
CAPÍTULO V
Condições de Prestação do Trabalho
SECÇÃO I
1. Além dos deveres estabelecidos nesta lei, designadamente na alínea g) do artigo 43.º,
são obrigações gerais do empregador, no que respeita à segurança e higiene no trabalho:
d) Cuidar que nenhum trabalhador seja exposto à acção de condições ou agentes físicos,
químicos, biológicos, ambientais ou de qualquer outra natureza ou a pesos, sem ser
avisado dos prejuízos que possam causar à saúde e dos meios de os evitar.
quando seja necessário para prevenir, na medida em que seja razoável, os riscos de
acidentes ou de efeitos prejudiciais para a saúde, impedindo o acesso ao posto de trabalho
dos trabalhadores que se apresentem sem o equipamento de protecção individual.
f) Tomar a devida nota das queixas e sugestões apresentadas pelos trabalhadores acerca do
ambiente e condições de trabalho e a adoptar as medidas convenientes.
i) Cumprir todas as demais disposições legais sobre segurança, higiene e saúde no trabalho
que lhe sejam aplicáveis, bem como as determinações legítimas da Inspecção Geral do
Trabalho e demais autoridades competentes.
2. O empregador que não cumpra o disposto na alínea b) do número anterior ou que tenha
deixado de cumprir as obrigações impostas pelo contrato de seguro além das sanções a que
fica sujeito, fica directamente responsável pela consequência dos acidentes e doenças
verificadas.
Artigo 86.º
(Colaboração entre empregadores)
Artigo 87.º
(Obrigações dos trabalhadores)
Artigo 88.º
(Responsabilidade criminal)
Artigo 89.º
(Obrigações imediatas do empregador)
3. Assegurar que nos centros de trabalho onde não haja posto de saúde, haja uma mala de
primeiros socorros, com o equipamento exigido no regulamento aplicável.
Artigo 91.º
(Competência da Inspecção Geral do Trabalho)
Artigo 92.º
(Vistoria das instalações)
Artigo 93.º
(Comissão de prevenção de acidentes de trabalho)
SECÇÃO II
Medicina no Trabalho
Artigo 94.º
1. Com base no apoio a ser prestado por parte dos serviços sanitárias oficiais e de acordo
com o tipo de riscos a que estão sujeitos os trabalhadores, as possibilidades de assistência
médica pública e a capacidade económica do empregador, pode este ser obrigado, por
despacho conjunto dos Ministros que tiverem a seu cargo, a administração do trabalho, da
saúde sectorial, a instalar um posto de saúde ou farmacêutico, destinado aos seus
trabalhadores.
2. O posto de saúde, quer se trate de posto médico ou de enfermagem, deve ser instalado
no centro de trabalho ou na sua proximidade e destina-se a:
a) Assegurar a protecção dos trabalhadores contra todos os riscos para a saúde que
possam resultar do seu trabalho ou das condições em que este é efectuado.
b) Contribuir para a adaptação dos postos de trabalho, das técnicas e dos ritmos de
trabalho à fisiologia humana.
3. A organização, funcionamento e meios de acção dos postos de saúde são fixados por
decreto complementar que igualmente define o apoio que lhes deve ser assegurado pelos
serviços sanitários oficiais.
Artigo 95.º
(Serviços médicos)