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Os tipos de medidores de glicemia

Os doentes diabéticos devem medir a sua glicemia várias vezes ao dia (dependendo do tipo
de diabetes e de acordo com as recomendações médicas para a sua própria condição).
Descubra os diferentes tipos de medidores que existem.

A medição da glicemia em casa é geralmente feita com medidores tradicionais.Nestes é


necessário picar o dedo para a obtenção de uma gota de sangue. No entanto, começam a
aparecer vários medidores no mercado que evitam a picada e, em teoria, facilitam o dia a dia
do doente.

Aqui fica um breve descritivo das várias funcionalidades dos medidores disponíveis no
mercado, em Portugal, para que possa decidir que características deve privilegiar e escolher o
que mais se adequa a si. Lembre-se: esta é uma decisão que pode ser tomada em conjunto
com o médico ou o farmacêutico.

Funcionalidades dos medidores de glicemia tradicionais


#1 Tiras de medição melhoradas

Alguns medidores privilegiam a simplicidade e comodidade na medição da glicemia.


Embalagens de tiras com um design antiqueda, que permitem um manuseamento mais
eficiente das tiras de teste, assim como um sistema ejetor que faz com que seja mais fácil
obtê-las são um exemplo.
Outros há que têm diferentes tiras de teste com o objetivo de obter 2 tipos de resultados
diferentes:

• a análise da glicemia;
• a análise da presença no sangue de corpos cetónicos, substâncias tóxicas que advêm
de umas das principais complicações da diabetes – a cetoacidose diabética.

#2 Recurso a ferramentas digitais

Para utilizadores mais tecnológicos, que gostem de ferramentas e apoio extra leitura, há
medidores que podem ser integrados com uma aplicação – com conectividade bluetooth ou
wireless – que permite a passagem dos dados automática para o smartphone.

Os resultados da glicemia captados ao longo do dia podem depois ser automaticamente


sincronizados e registados. Gera-se assim informação importante sobre como as suas
atividades afetam esses mesmos níveis de glicemia. Permitem além disso o registo de outra
informação como alimentação, atividade física, medicação e também adicionar fotografias.
Notas ou mensagens de voz podem ajudar a dar mais significado aos seus resultados estão
também disponiveis.

#3 Obtenção de dados diferentes, úteis e bastante variados

Alguns medidores garantem o acesso a informação sobre o seu progresso e orientação para o
controlo da diabetes. Estes incluem mensagens educativas e motivadoras, com base nos seus
atuais e anteriores resultados de glicose bem como outros dados monitorizados.
Ao receber o seu resultado de glicose no sangue, o medidor pode gerar dicas, informações e
até mensagens motivadoras (através desafios e jogos, por exemplo).
Existe ainda a possibilidade de comunicação direta com o profissional de saúde, enviando-
lhes resultados úteis: através da construção de um diário digital da diabetes, sempre
atualizado com os seus resultados. É possível escolher entre vários gráficos diferentes, enviá-
los por email ou mensagem ao profissional de saúde ou cuidador que o ajudam no controlo da
diabetes.
#4 Sistemas tudo-em-um

Os sistemas tudo-em-um são muito práticos. Oferecem um dispositivo que tem no seu
interior as tiras de medição juntamente com o sistema de punção (com que se pica o dedo).
Mais simples para quem prefere não ter de se preocupar também com as tiras de teste: leva
acoplado tudo o que precisa para a medição num objeto só.

#5 Facilidade de leitura

Muitos medidores têm funcionalidades que ajudam a ler melhor os resultados – as


complicações oculares da diabetes podem dificultar a leitura dos valores de glicemia.

Há dispositivos, e até aplicações, que apresentam os seus resultados através de um código de


cores universal. O verde está dentro do objetivo, amarelo está acima do objetivo e o
vermelho está abaixo do objetivo, facilitando a sua interpretação.

Há ainda outros com visor grande, números grandes, mensagens com ícones simples e alertas
no visor.

Além disso, muitos medidores de glicemia optam por ecrãs retroiluminados, com uma luz de
fundo no visor que facilita os testes com qualquer intensidade luminosa e até portas de tiras
de testes com contraste de cor para ajudar na localização.

Medidores de glicemia tradicionais vs. medidores que não


usam agulhas
Todas as características referidas anteriormente dizem respeito a medidores tradicionais, o
que significa que utilizam todos o sistema mais habitual de medição da glicemia – implicam
picar o dedo através de uma lanceta e utilizar uma tira de medição para captar a gota de
sangue. Ligados a um dispositivo eletrónico, permitem medir a quantidade de açúcar no
sangue.

Mas como a diabetes já é complicada o suficiente, a simples ideia de não ter de picar o dedo
várias vezes ao dia é tentadora. Nesse sentido, a tecnologia tem vindo a evoluir e há, hoje, um
conjunto de medidores que permitem medir a glicemia com precisão, evitando as tiras, o
sistema de punção e, claro, as picadas.

Em Portugal, actualmente, o único sistema disponível para já e que mede a glicemia sem a
necessidade de picada, fá-lo através do fluido que corre entre as células logo abaixo da pele –
chamado de líquido intersticial. Um disco, leve, indolor, resistente à água, é colocado no
antebraço e renovado de 14 em 14 dias. O sistema está depois ligado a um dispositivo de
medição ou a uma aplicação para smartphone, sendo apenas necessário encostar o medidor
ao sensor para obter uma leitura.

Dos outros medidores que estão disponíveis noutros países, ou estão ainda a ser
desenvolvidos, encontramos várias opções que podem vir a ser uma mais-valia para os
doentes portugueses: dispositivos com mola para leitura na orelha, outros que só precisam de
ser mudados de 3 em 3 meses ou até lentes de contacto com a funcionalidade de medição da
glicemia.

Em síntese dentro deste mundo vasto, o melhor é sempre começar por pensar nas
características que melhor se adequam às suas necessidades e, depois, discutir com o
profissional de saúde as várias opções que tem à disposição.

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