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O que se espera do Professor de Projeto de Vida 

A professora de Projeto de Vida explicou assim para a gente: o Projeto de Vida é um plano que 
você coloca no papel, um plano para você traçar o seu futuro. 

No 5º ano, a gente nem prestava atenção a essas coisas, pensava mais em brincar, estudar, 
essas coisas. 

Aí, chegou o 6º, teve o acolhimento. 

E o acolhimento falou tudo: o que era Projeto de Vida, como é importante para a nossa vida e 
tal. 

E a gente começou a prestar mais atenção ao que a gente pensava, ao que a gente estudava 
para ser realmente o que a gente quer. 

Porque se você pegar uma profissão que você não quer, você não vai ser feliz na sua vida. 

Meu sonho é ser confeiteira. 

‐ E o dela, dubladora. ‐ Isso. 

Cada um é único. Explica lá: cada um é único, ninguém é igual a ninguém, não adianta: "Ah, eu 
quero ser igual a minha irmã". 

Cada um tem a sua personalidade, cada um tem seus sonhos, cada um batalha por uma coisa 
diferente. 

O professor tenta conhecer mais a gente, o que a gente gosta de fazer, o que a gente gosta de 
assistir, o que a gente faz em casa, para ajudar a gente a escolher o nosso projeto de vida, tipo: 
eu gosto de cozinhar e gosto muito de doce. 

Aí, ele falou: "Você pode ser confeiteira". 

"Veja uns vídeos de como é ser confeiteira para ver se você se encaixa". 

O Projeto de Vida não é tipo: "Eu quero ser confeiteira e ponto final, não vou mudar de 
projeto". 

Ano passado, eu queria ser cantora. 

Ano retrasado, eu queria ser estilista. 

Este ano, quero ser confeiteira. 

Ano que vem, pode ser que eu mude de novo. 

A gente não tem certinho, certinho ainda. 
Ele coloca o plano que você quer no papel. 

Tipo: "Ah, eu vou fazer o Ensino Fundamental. 

Quando acabar o Ensino Fundamental, eu pretendo fazer uma prova para poder entrar na 
ETEC. 

E, se não conseguir entrar na ETEC, qual é meu outro plano para eu conseguir terminar a 
escola e conseguir já um emprego, já conseguir uma faculdade"? 

É nisso que o Projeto de Vida ajuda. 

O Projeto de Vida te prepara, faz o que é melhor, as faculdades melhores para você conseguir, 
como você ganhar uma bolsa de estudos, como conseguir trabalhos. 

É você traçar cada pedra que você vai encontrar no caminho e não tropeçar nelas. 

O professor de Projeto de Vida tem que ser calmo, paciente, compreensivo, porque, muitas  
vezes, ele não vai falar só sobre Projeto de Vida, ele vai falar sobre os problemas das crianças, 
das pessoas para quem ele vai dar aula, porque, muitas vezes, ele tem que escutar os  
problemas, saber ouvir, saber conversar para poder escutar, para poder saber mais sobre o 
aluno. 

As avaliações são mais dedicadas à vida, sabe?  

Às escadas que a gente coloca, cada caminho que a gente quer traçar. 

A cada semestre, a gente faz essas avaliações.  

A gente coloca tudo que aprendeu no Projeto de Vida, depois, a gente faz uma autoavaliação, 
como a gente foi nesse semestre, como a gente pode melhorar, o que a gente não fez, o que a 
gente pode fazer. 

Porque não adianta a gente falar e não fazer, porque tem que correr atrás! 

As aulas de Projeto de Vida não são muito teóricas. 

Elas são mais práticas. 

A gente conversa mais, lê. 

A gente pode ouvir músicas relacionadas, a gente pode fazer um teatro relacionado, a gente já 
fez bastante teatro relacionado ao Projeto de Vida. 

As conversas, geralmente, são em rodas, para a gente ir conversando um com o outro. 

A gente, agora, coloca mais as coisas que a gente quer no papel, planeja mais o que a gente 
quer ser, o que a gente quer fazer, quando fazer, essas coisas. 

Exemplo: um piquenique, a gente combina o que cada um vai trazer lá na escola, a gente faz 
tudo certinho, planejado, para, no dia, dar certo, porque se a gente for naquela: "Ah, vou levar 
não sei o quê", todo mundo leva uma coisa só e não dá certo o piquenique. 
E a atividade que mais marcou para mim na aula de Projeto de Vida foi quando o professor 
mandou a gente escrever o nome dos nossos amigos, as pessoas que a gente mais 
considerava, pegar e escrever o que a gente mais gosta neles. 

As críticas que a gente tem e o que a gente mais gosta. 

Aí, eu escrevi da minha amiga, da minha mãe, do meu pai, da minha família inteira, e isso 
marcou muito, porque a gente não pode ver só as coisas ruins do outro. 

A gente tem que ver as diferenças e as qualidades dele. 

A gente tem que aprender a conviver com as pessoas diferentes. 

A gente faz várias coisas não só para o nosso projeto de vida, mas para ser um cidadão bom 
para o nosso país e para o nosso estado. 

Como a gente pode melhorar o nosso ambiente com o que a gente está fazendo, como 
melhorar a comunidade. 

Ela também fala sobre os valores da vida cidadã, tipo: saber ouvir, saber esperar a sua vez, 
essas coisas. 

A gente faz uma atividade falando o que tem na nossa comunidade de interessante, tipo uma 
campanha de agasalho, essas coisas, o que poderia ter, o que você queria que tivesse, e como 
a gente pode fazer para aquela coisa que você queria acontecer. 

Então, tudo que a nossa escola tem também é para a nossa comunidade. 

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