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ARQUITETURA E URBANISMO
São Luís
2018
DENISE FONSÊCA PINHEIRO
São Luís
2018
DENISE FONSÊCA PINHEIRO
COMISSÃO JULGADORA:
NOME:
Arquiteto e Urbanista
Faculdade Pitágoras - Turú - São Luís - MA
Professor Examinador
NOME:
Arquiteto e Urbanista
Professor Convidado
São Luís (MA), ____ de _________________ de 2018.
Provérbios 22:6
RESUMO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 16
1 INTRODUÇÃO
de crianças que eram deixadas ainda recém-nascidas, em círculos feitos nos muros
das casas de misericórdia, com a proibição, as mães teriam que registrar a criança e
somente depois entrega-las ao orfanato. Antes dessa determinação, o índice de
abandono ultrapassava a faixa de 70%, eram inúmeros os motivos para o abandono,
miséria, crianças concebidas fora do matrimonio, doentes e até crianças negras.
Desta forma, mesmo o código do menor tendo sido criado para defesa da
criança e adolescente, perante sua criação ainda havia conhecimentos muito
prematuros a respeito do abandono, maus tratos e infrações, acreditando que o
afastamento da sociedade seria a solução mais cabível, assim, não levando em
consideração a origem do problema, deixando várias frestas que deixavam os
menores de 18 anos ainda vulneráveis.
Foi instruído no dia 13 de julho de 1990, pela Lei 8.069, ele regulamenta os
direitos das crianças e dos adolescentes, tendo como base as diretrizes da
Constituição Federal de 1988 e uma series de normativas internacionais, tais como:
Diretrizes das Nações Unidas para prevenção da Delinquência Juvenil, Regras de
Beijing – Regras mínimas das Nações Unidas para administração da Justiça e da
Juventude e a Declaração dos direitos da criança.
A partir do ECA, uma nova doutrina foi estabelecida, “sendo seu paradigma
a erradicação das violações de direitos da criança e do adolescente através da
proteção integral dos interesses dos mesmos” (MARTINS, 2005, p.52). Todavia, a
orientação ao acolhimento, deve ser posto em última opção, quando forem
esgotadas todas as possibilidades de permanência à família de origem.
população. Dessa forma, enfrentavam isso como se a população pobre tivesse uma
predestinação a não saber conviver em sociedade, devido ao comportamento
desalinhado, assim, seriam condenados à segregação. Quando na realidade esses
eram desprovidos de proteção.
Fonte: http://rc24h.com.br/noticia/ver/3306/secretaria-
de-cultura-inaugura-replica-da--roda-dos-expostos--
nesta-sexta-feira--dia-27-de-julho
26
Fonte: www.novomilenio.inf.br/
Nos séculos XVIII e XIX, as meninas órfãs tinham proteção religiosa nos
acolhimentos femininos, estes são tão anciãos quanto as Casas de Expostos, essas
instituições tinham como objetivo proteção e educação de órfãos pobres, o
atendimento de acolhimento iria garantir no futuro a valorização da mulher: com um
casamento, educação e do dote. O pai não teria mais a tutela, no entanto, era
oferecido condições para que essas meninas desenvolvesse um lugar na sociedade,
tais como: cuidados com o lar, enxoval de casamento e o dote.O moço interessado
em casar-se podia escolher a órfã e devia ser aceito pela direção da instituição ou
pelo presidente da província quando o dote era pago pelo governo, como ocorria no
Recolhimento dos Remédios, no Maranhão (Dias: 1989 [1852], p.256).
de salvar a infância brasileira do século XX, foi uma época de forte presença do
Estado quanto ao planejamento e a implantação de políticas de acolhimento.
Criando o Código de Menores em 1927. Foi nesse período que foi instaurado a
escola de reforma, com a finalidade de recuperar o chamado menor delinquente. Na
década de 80, houve uma mudança quanto o rumo da institucionalização de
crianças e adolescentes:
ABRIGO INSTITUCIONAL
Definição
Público Alvo
CASA LAR
Definição
Público Alvo
abrigo para apenas um determinado sexo, faixa etária reduzida, ou até mesmo
crianças e adolescentes com deficiência ou que convivam com HIV/AIDS.
Essa modalidade de acolhimento é adequada para grupos de irmãos, que
tenham uma perspectiva de acolhimento média a longo prazo.
Definição
Público Alvo
1 criança ou adolescente por vez, exceto, quando for um grupo de irmãos (este
caso será realizado uma avaliação técnica, para seja explanado se é a melhor
alternativa), e se a família terá disponibilidade ao acolhimento.
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Aspectos Jurídico-Administrativo
Esse tipo de acolhia é feito sob um termo de guarda provisória, solicitado pelo
serviço de acolhimento. A guarda deve ser expedida imediatamente após a
aplicação da medida protetiva estabelecida.
REPÚBLICA
Definição
Aspectos Físicos
Sala de Estar ou
similiar/Sala de Espaço suficiente para acomodar o número de usuários;
jantar/copa
Deve conter 1 lavatório, 1 vaso sanitário e 1 chuveiro para a
Banheiro
cada 6 usuários;
Fonte: Orientações técnicas: Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes, 2009.
LEGISLAÇÃO
Foi sancionado com vetos a Lei 13.509/2017, pelo presidente Michel Temer,
que estabelece novas medidas para impulsionar o processo de adoção no país,
dando prioridade aos grupos de irmãos e crianças, além de adolescentes com
problemas de saúde. A nova lei tem origem no Projeto de Lei da Câmara (PLC)
101/2017, aprovado no Senado por unanimidade me 25 de outubro. O projeto altera
o ECA, Lei n°8.069, de julho de 1990 e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
aprovada pelo Decreto-Lei n°5.452, de 1° de maio de 1943, e a Lei n° 10.406, de 10
de janeiro de 202, Código Civil. O texto já entrou em vigor.
O projeto foi relatado no Senado pela senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), que
lamentou o excesso de burocracia para a adoção.
Essas crianças que estão nos abrigos gostariam de ter um lar, mas é tanta
burocracia que elas não conseguem ser adotadas. Demora tanto tempo
para chegar ao cadastro nacional que aí elas crescem e muitas famílias se
desinteressam desse processo. Esse projeto foca nesse gargalo para
agilizar os procedimentos relacionados à destituição do poder familiar e à
adoção de crianças e adolescentes.
PROCESSO DE ADOÇÃO
cadastro é o projeto mais importante da corregedoria, são almas que estão à espera
de acolhimento, de um lar, almas muitas vezes abandonadas nos abrigos. Com o
novo cadastro, teremos informações públicas claras, impedindo falcatruas na ordem
do cadastro”, diz o ministro João Otávio de Noronha, na ocasião do lançamento do
sistema.
Com o novo CNA, a criança é colocar como sujeito principal do processo,
para que seja permitido a busca de uma família para ela. Nesse aspecto, entrará em
vigor a emissão de alertas em caso de atraso no cumprimento de prazos
processuais e a busca de perfil aproximado ao escolhido pelos adotantes, almejando
assim, ampliar as possibilidades de adoção. Até então, a procura pelo perfil
escolhido no período de entrevista dependia de uma busca manual, dificultando o
processo de adoção. Com o cadastro, a comunicação entre as varas de infância se
torna mais viável, e também a agilidade de adoções interestaduais.
Fonte: http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/87469-corregedoria-lanca-novo-sistema-de-adocao-e-
acolhimento
Fonte: http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/87469-corregedoria-lanca-novo-sistema-de-adocao-e-
acolhimento
um pouco além, ela visa oferecer cursos profissionalizantes, para que dessa forma
os jovens, quando completarem a idade de 18 anos e ter que deixar a instituição,
consiga seguir em frente, estudando e caminhando para o estabelecer melhorias de
vida.
Outra instituição estabelecida em São Luís, é o Lar Dom Calábria, que está
implantado na Cidade Operária, este é assistido pela Secretaria Municipal da
Criança e Assistência Social (SEMCAS), onde todas as crianças que estão ali
43
“As crianças vêm para o abrigo por medida de proteção. O tempo de dois anos é o
que a Justiça credita à reabilitação dos pais, quando ainda há interesse de retorno
da criança ou adolescentes à família. É um tempo marcado por sofrimento, angustia
e solidão”, disse Glecio Santos.
BPC
Benifício de Prestação Continuada
LOAS
Lei Orgânica de
Assistência Social
PNAS
Política Nacional de Assistência Social
Fonte: do Autor
Fonte: do Autor
NOB-RH/SUAS
CNAS Norma Operacional Básica De Recursos
Conselho Nacional de Humanos Do Sistema Único De Assistência
Assistência Social Social
Fonte: do Autor
Fortalecimento da autonomia
A criança e o adolescente devem possuir direitos e terem suas opiniões
consideradas, podendo opinar em decisões que possam repercutir no seu
desenvolvimento e trajetória de vida, no entanto, essa autonomia não deve ser
confundida com a falta de limites.
Desligamento gradativo
Em casos de reintegração familiar ou encaminhamento à família substituta, o
serviço de acolhimento deve oferecer parâmetros de desligamento gradativo,
preparando a criança e o adolescente para a despedida do abrigo, e das pessoas do
qual criou um vínculo afetivo. Deve haver a oportunidade de a criança ser ouvida,
sobre os medos, inseguranças, perspectivas e planos.
3 ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA
CONFORTO TÉRMICO
CARTA SOLAR
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CARTA PSICOMÉTRICA
Zona Brasileiras
A cidade de São Luís do Maranhão, está situada na zona 8 (de cor cinza do
mapa), região equatorial do Brasil, do qual consiste em temperaturas entre 24°C a
26°C e baixa amplitude anual 3°C, com chuvas abundantes e bem distribuídas,
níveis de chuvas superiores a 2.000 mm. A floresta Amazônica sofre influência
desse clima. A zona equatorial, está presente na Amazônia, norte de Mato Grosso e
a oeste do Maranhão, padece ação direta das massas de ar equatorial continental e
atlântico, de ar quente e úmido.
ESTRATÉGIAS BIOCLIMÁTICAS
Ventilação Natural
A ventilação pode obter funções distintas, em relação ao edifício construído:
Renovação do ar;
Resfriamento psicofisiológico;
Resfriamento convectivo.
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Ventilação cruzada
Efeito chaminé
Sombreamento
Vegetação
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Proteções
Cobogó
Prateleira de luz
Proteção interna
Brises
Determina-se como brise qualquer elemento que sirva como obstrução para
a incidência solar direta. Na aplicação de brise de vidro, deve-se considerar a que
ocorrerá a elevação da absortância, assim, é recomendado o afastamento de 1
metro de distância em frentes aos vãos, evitando a radiação solar direta e o restante
que for absorvido se resfria pela ventilação externa.
Teto verde
Essa tipologia de sistema é eficaz durante todo o ano, seja inverno ou verão.
A vegetação retém parte significativa da radiação recebida pela camada de terra da
cobertura e recebe pouca quantidade de calor, se comparada a uma cobertura
convencional.
Parede verde
Materiais sustentáveis
A partir do século I a.C. Vitrúvio afirma que traçado das cidades deveria
protegê-las dos ventos dominantes, determinando à sua volta um perímetro murado
e poligonal, no interior da qual as ruas constituíam-se um traçado ortogonal e
regular.
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MATERIAIS
Bambu
O material é bastante multifuncional, o seu uso vai desde a produção de
alimento e de artesanato, até aplicação na construção civil. Ghavami (1992) afirma
que o bambu é um material vantajoso para ser usado no Brasil, pois é bem adaptado
ao clima tropical úmido, podendo ser encontrado em abundância na natureza.O
engenheiro civil Vitor Hugo Silva Marçal, secretário Executivo da Associação
Brasileira de Produtores de Bambu (ABPB):
O bambu recebeu o nome de “aço verde”, pois sua utilização é 3 vezes mais
resistente que ao uso do aço, outra vantagem é a taxa de rebrota anual, promove a
colheita constância sem avariar a plantação, quanto mais é cortado, mais tende a se
propagar. Além das vantagens já apresentadas, constam a economia e a
durabilidade, quando utilizada de forma correta, a duração pode ser de até 25 anos,
quanto ao custo, pode-se reduzir em mais de 25% o valor total da obra. A sua
aplicação no edifício dá-se desde a decoração quanto à estrutura (pilares, vigas e
telhados), todavia, este desta aplicabilidade é necessário um tratamento específico
(mergulhar as toras em uma mistura de CCB - cromo, cobre e boro - por quatro a
cinco dias), a esterilização contra pragas, garantindo durabilidade e facilidade de
manutenção.
Tijolo Ecológico
Telhado Verde
O telhado verde por definição é todo o telhado que agrega em sua
composição, uma camada de solo ou substrato de vegetação. Um telhado verde é
uma alternativa viável e sustentável perante os telhados e lajes tradicionais, pois
facilita o gerenciamento de grandes cargas de águas pluviais, desencadeando em
melhorias térmica, serviços ambientais e novas áreas de lazer. (NASCIMENTO,
2010).
humano era afeta por estas variáveis ambientais, quanto à sua qualidade de vida.
Segundo estudos sobre a Psicologia Ambiental, percebeu-se que o meio ambiente
tem constante influência sobre o bem-estar e a produtividade.
4 REFERENCIAL EMPÍRICO
4.1 CASA DE ACOLHIMENTO PARA MENORES / CEBRA – DINAMARCA
Ficha Técnica
Arquitetos/Escritório:CEBRA
Paisagista: PK3
Engenheiro: Søren Jensen
Localização: StrandgårdsAlle, 5300 Kerteminde, Dinamarca
Área: 1500.0 m²
Ano do Projeto: 2014
Fabricante:Troldtekt
Fonte:https://www.archdaily.com.br/br/760562/casa-de-acolhimento-para-menores-cebra
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Fonte:https://www.archdaily.com.br/br/760562/casa-
de-acolhimento-para-menores-cebra/
5470e2d3e58ece205e00009b-diagram
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/01-108938/classicos-da-arquitetura-
amsterdam-orphanage-slash-aldo-van-eyck
ambientes de transição, estes, não são absolutamente interiores, nem tão pouco,
exteriores, mas intermediários. A composição da planta também é composta por
pátios abertos internos.
Fonte: https://casavogue.globo.com/Arquitetura/noticia/2017/08/marcelo-rosenbaum-
projeta-escola-em-tocantins-com-ajuda-de-alunos.html
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5. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO
5.1.1 METODOLOGIA
Fonte: do Autor
FAIXA ETÁRIA
Até 5 anos 6 a 11 anos 12 a 15 anos 16 a 17 anos Não informado
10%0%
25%
29%
35%
Fonte: do Autor
Serviços de acolhimento institucional
Instituição Privada Instituição Pública
O gráfico condizente com a faixa etária, no item em azul escuro mostra
acolhidos até 5 anos de idade, do
15%qual, totaliza a segunda maior porcentagem do
Fonte: do Autor
Fonte: do Autor
adjacentes a cada face, são: face A - Rio Anil Shopping/Faculdade Pitagóras; face B
– Fundação Antônio Brunno; face C – Terminal de Integração Cohab/Cohatrac e
Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão e face D – Mercado Municipal da
Cohab.
Figura 21 - Localização
O bairro atende aos seguintes itens: zona residencial, praças para convívio
comunitário, próximos a pontos de ônibus, escolas públicas, bancos, igrejas, pronto-
socorro, delegacia, supermercados e serviços afins.
LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Fonte: http://www.adorocinema.com/noticias/filmes/noticia-109608/
O forma do projeto terá como base o jogo infanto-juvenil Tetris, uma espécie de
quebra-cabeça, que tem como objetivo encaixar peças para não perder o jogo, este
seria uma metáfora ao cotidiano de todo ser humano, no entanto, trazendo como
referência às crianças e adolescentes, do qual após passarem por momentos
conflituosos em suas vidas precisam seguir, montar as peças do seu futuro
almejando alcançar grandes objetivos, seja o retorno ao convívio familiar, iniciar a
vida com uma família substituta ou até a transformação de vida, mesmo que
permaneça na instituição até completar a maioridade. Dessa forma cada peça do
"jogo" é vista como uma circunstância que ocorreu na vida deste para que
momentos positivos e negativos, possam ser motivações à criação de um
desenvolvimento saudável.
acolhidos tenham convívio no seio familiar, seja com a família de origem, extensa ou
adotiva, na impossibilidade, o jovem permanecerá no abrigo.
aos acolhidos que se sintam ser parte de uma instituição. O projeto também
priorizou por não agredir à realidade vividas pelos acolhidos, ou seja, a estrutura do
abrigo buscou manter a padrão socioeconômico.
Figura 32 - Implantação
6. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BERTOLUCCI. Rodrigo. Brasil tem 47 mil crianças em abrigos, mas só 7.300 podem
ser adotadas, 2017 , disponível em: [https://oglobo.globo.com/sociedade/brasil-tem-
47-mil-criancas-em-abrigos-mas-so-7300-podem-ser-adotadas-21384368] Acesso
em: 28 de agosto de 2018.
CARRIEL. Paola. 23 mil crianças ainda vivem nas ruas no Brasil. 2011 disponível
em : [https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/23-mil-criancas-ainda-
vivem-nas-ruas-no-brasil-epp6r1bvny1r1impam9dv7426/] Acesso em: 28 de
setembro de 2018.
DEUS. Persio Ribeiro Gomes de. Crescer em ambiente familiar de agressão pode
aumentar problemas psiquiátricos na vida adulta 2014, disponível em:
[https://www.minhavida.com.br/familia/materias/17252-crescer-em-ambiente-familiar-
de-agressao-pode-aumentar-problemas-psiquiatricos-na-vida-adulta] Acesso em: 05
de setembro de 2018.
THEREZA, Maria – casa lar para meninas – TFG arquitetura – 2016, disponível em:
[https://issuu.com/mariathereza22/docs/caderno_tfg_final_maria_thereza]Acesso
em: 07 de setembro de 2018.
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APÊNDICES
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ANEXOS