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CURSO
DE
CALDEIRARIA
I - NOÇÕES GERAIS
Introdução
Neste capítulo forneceremos algumas noções sobre fogo, combustível, comburente,
calor e combustão, assim como alguns conceitos sobre pressão, temperatura e vapor.
Consideramos estas noções essenciais para que o Operador de Caldeiras possa ter
uma base teórica, colaborando assim para o bom desenvolvimento e um melhor entendimento
de suas tarefas e procedimentos diários.
1. - Matéria:
Estados da Matéria:
Sólido: Tem forma própria e volume definido;
Líquido: Não tem forma definida, mas volume bem definido;
Gasoso ( vapores ): Não tem forma própria e nem volume definido. Assumem a
forma e o volume do recipiente que os contém.
Mudança de Estado:
sublimação
fusão vaporização
S solidificação L liquefação G
sublimação
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3. Combustível:
Lenha:
* Composta principalmente de leguinina, celulose, resinas, águas e cinzas;
* Teor de enxofre desprezível;
* Baixo poder calorífico: entre 3000 e 4000 kcal/ kg;
* Ocasiona o desmatamento, obrigando a criação de florestas energéticas;
* Problemas de fornecimento e estocagem;
* Baixo custo (dependendo da região em relação aos derivados de petróleo.
Xisto:
* Betuminosos - rochas compactas impregnadas de betume (hidrocarbonetos
naturais);
* Perobetuminosos - rochas compactas formadas por complexos de matéria orgânica.
Petróleo:
* Formado por restos de matéria orgânica e vegetal acumulada no fundo dos antigos
mares e , soterrados pelos movimentos da crosta terrestre;
As principais jazidas no Brasil estão situadas nos seguintes Estados: Bahia, Sergipe,
Alagoas, Rio Grande do Norte, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Carvão Vegetal:
* Obtido através da carborização da lenha (2 m3 lenha - 1m3 de carvão);
* Poder calorífico aproximado de 7000 kcal / kg
* Praticamente isento de enxofre;
* Usado principalmente para siderurgias e gasogênios;
Óleo BPF:
* Obtido através de destilação fracionada do petróleo;
* Poder calorífico inferior (aprox) = 9700 kcal / kg;
* Alto teor de enxofre (S);
* Evasão de divisas;
* Reservas limitadas;
* Necessidades de pré - aquecimento para queima;
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Gás Liqüefeito de Petróleo (GLP) /
* Compostos de gás propano + gás butano;
* Poder calorífico (aprox) = 11.900 kcal / kg.
4. Poder calorífico
O poder calorífico define-se como a quantidade de calor emitida pela combustão
completa de um combustível.
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5. Comburente:
6. Temperatura:
Ainda que a temperatura seja uma propriedade bastante familiar, é difícil encontrar-
se uma definição exata para ela. Estamos acostumados à noção de temperatura antes de mais
nada pela sensação de calor ou frio quando tocamos um objeto. Além disso aprendemos pela
experiência, que ao colocarmos um corpo quente em contato com um corpo frio, o corpo
quente se resfria e o corpo frio se aquece.
A temperatura de um corpo representa seu estado térmico com relação a sua
possibilidade de transmitir calor a outros corpos.
Para a medição da temperatura, criaram-se escalas térmicas, tais como, Celsius ou
Centígrada, Fahrenheit, Kelvin, etc. A escala utilizada no Brasil é a Celsius ou Centígrada.
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c) Ponto de Combustão:
Na experiência da madeira se o
aquecimento prosseguir, a quantidade de gás
expelida do tubo aumentará. Entrando em
contato com a chama do fósforo ocorrerá a
ignição, que continuará , mesmo que o
fósforo seja retirado. A queima, portanto ,
não para. Foi atingido o “ponto de
combustão”, isto é, a temperatura mínima a
que esse combustível sólido, a madeira .
sendo aquecido, desprende gases que, em
contato com a fonte externa de calor, se
incendeiam, mantendo-se as chamas. No
ponto de combustão, portanto, acontece um
fato diferente, ou seja, as chamas continuam
c) Temperatura de Ignição:
Continuando o aquecimento da
madeira os gases, naturalmente, continuarão
se desprendendo. Em certo ponto, ao saírem do
tubo, entrando em contato com o oxigênio
(comburente), eles pegarão fogo sem
necessidade da chama do fósforo.
Ocorre então, um fato novo; não há
mais necessidade da fonte externa de calor.
Os gases desprendidos do combustível,
apenas ao contato com o comburente, pegam
fogo e, evidentemente mantêm-se em
chamas. Foi atingida a “temperatura de
ignição”, que é a temperatura mínima em
que gases desprendidos de um combustível
se inflamam, pelo simples contato com o
oxigênio do ar.
d) Temperatura de Vaporização:
O SO2 (ou SO3) tende a combinar-se com a água formada na reação ou com
a unidade presente no combustível, resultando o ácido sulfúrico (H2 SO4) ou ácido
sulfuroso (H2SO3). Ocorrendo o resfriamento destes gases, em virtude de termos
uma temperatura de saída na chaminé próxima de 170 C (ponto de orvalho), os
mesmos irão condensar-se provocando sérios problemas de corrosão nas chapas
metálicas da chaminé, chapéu da chaminé, cobertura e estruturas metálicas.
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7.3. Reações básicas na combustão
Reação Ideal
A quantidade de ar ideal para proporcionar a queima completa do
combustível. Deve-se salientar que esta quantidade de ar é teórica (obtida através de
cálculos).
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Reação com falta de ar
Nesta reação a quantidade de ar será insuficiente para promover a queima
completa do combustível
Quanto à chama
- Chama vermelho-fuliginosa – combustão incompleta
- Chama muito branco – excesso de ar
- Chama com fagulhas – má atomizaçao
- Chama alaranjada-clara – boa combustão
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8. Calor:
a) Transmissão de
Calor Convecção:
Ocorre quando aquecemos um fluido as partículas em contato com a
superfície aquecida tornam-se menos densas, tendendo a afastar-se da mesma,
como conseqüência ocorrem correntes de deslocamento fazendo com que as
partículas mais frias venham a entrar em contato com a superfície aquecida.
Condução:
Experimente segurar uma colher ou algum outro objeto metálico
comprimido, com a outra extremidade colocada na chama de um fogão. Depois de
algum tempo, a temperatura da parte que está em sua mão ficará tão alta que você
não conseguirá mais segurá-la. Isso acontece pelo processo de condução, que é a
transmissão de calor através das moléculas de um meio material.
Cada material tem um coeficiente de
condutividade térmica que lhe é
característico. Esse coeficiente expressa, em
calorias, a quantidade de calor conduzida por
segundo, através de uma camada de 1m de
espessura por 1m2 de área, quando a
diferença de temperatura entre as
extremidades da camada é de 1oC
Radiação:
É a capacidade que os corpos possuem de irradiar energia, a radiação não
necessita de um meio de transmissão.
Exemplo: se você estiver próximo a um material aquecido, após alguns
instantes você sentirá sensação de calor
O aquecimento da Terra pelo Sol, o cozimento de alimentos no forno de
fogão, o aquecimento de água através de um coletor solar e a Geração de vapor na
Fornalha da Caldeira são exemplos onde a troca de calor é realizada
predominantemente através da Irradiação.
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b) Calor Sensível:
Quando o calor é adicionado à água, a temperatura desta água sobe
aproximadamente 1oC para cada quilocaloria (kcal) adicionado a cada quilo de
água. O aumento da temperatura pela adição de calor pode ser percebido pelos
nossos sentidos. Isto é chamado de calor sensível.
Assim o calor sensível continua a ser fornecido, até que a água atinja seu
ponto de ebulição.
É o calor responsável pela variação de temperatura de uma substância,
sem que ocorra mudança de estado.
c) Calor Latente:
É o calor fornecido a uma substância para que a mesma mude de estado
físico, não havendo porém aumento de temperatura.
A demora ou rapidez com o qual os corpos se fundem ou liquefazem, tem sua
explicação no calor latente, que e a quantidade de calor absorvido pelos corpos na
sua mudança de estado, sem que haja aumento aparentemente de temperatura
O calor latente necessário à fusão ou liquefação varia com sua natureza. Na
passagem do estado líquido ao gasoso, o líquido não muda de temperatura enquanto
dura sua transformação, e todo calor empregado é absorvido para produzir
mudança de estado.
d) Calor Especifico
O que é calor específico. Algumas substâncias são mais difíceis de se
aquecerem do que outras. Se você coloca uma vasilha com água sôbre uma chama e
um bloco de ferro sôbre uma chama igual, o ferro fica em pouco tempo tão quente
que faz ferver qualquer gôta de água que nêle respingue. A água da vasilha
continuará tão fria que você pode mergulhar nela seus dedos (Fig. 15-2). O ferro
necessita de menos calor para elevar sua temperatura do que a água. Nós dizemos
que o ferro tem menor calor específico. Calor específico de uma substância é a
quantidade de calor necessária para elevar de um grau a temperatura da unidade de
pêso dessa substância.
(Fig. 15-2).
d) Caloria
Símbolo: cal
Com esta unidade de calor é muito pequena, usa-se na prática a quilocaloria;
que é equivalente a 1000 cal. Então quilocaloria será definida como a quantidade de
calor necessária para elevar 1 Kg de água de 1°C.
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9. Pressão:
Quando tratamos com líquidos e gases, normalmente falamos de pressão;
nos sólidos falamos de tensão. A pressão num ponto de um fluido em repouso é
igual em todas as direções e definimos pressão como a componente normal da força
por unidade de área.
A pressão é a força a que um objeto está sujeito dividida pela área da
superfície sobre a qual a força age. Definimos a força aqui como sendo uma força
agindo perpendicularmente à superfície.
A pressão (símbolo: p) é a força normal (perpendicular a área) exercida por
unidade de área
A unidade no SI para medir a pressão é o Pascal, equivalente a
uma força de 1 newton por uma área de 1 metro quadrado. A
pressão exercida pela atmosfera ao nível do mar corresponde a
101.325 Pa, e esse valor é normalmente associado a uma
unidade chamada atmosfera padrão
A unidade de pressão, é o pascal, Pa. A pressão é frequentemente medida em
outras unidades (atmosferas, libras por polegada quadrada, milibars, etc.). Mas o
pascal é a unidade apropriada no sistema MKS (metro-quilograma-segundo).
Quando falamos em presão atmosférica, estamos insinuando a pressão
exercida pelo peso de ar que paira sobre nós. O ar na atmosfera alcança uma altura
enorme. Logo, mesmo que a sua densidade seja baixa, ele ainda exerce uma grande
pressão.
a) Pressão Atmosférica
Por definição pressão é força por superfície. Embora não percebemos o ar
possui um determinado peso, e como conseqüência exerce uma força sobre a
superfície da terra.
Exemplo:
Um tubo de vidro contendo mercúrio ( hg ) conforme a fig.- a, em seguida
vira-se o tubo dentro de um recipiente, fig.- b.
Então observamos que o mercúrio não desceu por completo do tubo, o que
significa que algo está segurando o líquido dentro do tubo. Esta força
que segura o líquido dentro do tubo é o peso da camada de ar , que atua
sobre a superfície do líquido, ou seja, pressão atmosférica
mercúrio(hg)
fig.-a fig.-b
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b) Pressão Efetiva (manométrica):
Exemplo:
Um equipamento trabalhando sob pressão é conexado em tubo em forma de
“U”, contendo em seu interior mercúrio ( hg ).
A pressão do equipamento causará um desnível (h), sendo o desnível
multiplicado com peso especifico do mercúrio para a pressão manométrica.
Patm
equip.
h
Pabs.
c) Pressão Absoluta:
Define-se como sendo o resultado da soma da pressão atmosférica (PATM),
mais a pressão manométrica (PMAN).
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Um vacuômetro é um instrumento de medida de pressão, semelhante ao
manômetro, para medir pressões em Recipientes que operam sob vácuo.
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A tabela apresenta os valores para a transformações das unidades
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DE PARA Kgf/cm Psi Pa KPa MPa Bar mBar mmCA mmHg
2
1-Kgf/cm 1 14,22 98.066,5 98,066 0,098 0,98 980,66 10,01 735,56
7.500,6
1-Mpa 10,19 145,037 1.000.000 1.000 1 10 10.000 102,07
1
750,06
1-Bar 1,019 14,50 100.000 100 0,1 1 1.000 10,207
1
0,000009
1-mmCA 0,0999 1,42 9796,85 9,79
7
0,097 97,96 1 0,073
UNIDADES DE PRESSÃO
at = Atmosfera Técnico
psi = lbf/pol2
X = 300,0 psi
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10. Vapor:
a) Definição:
O vapor é gerado através de um fluido vaporizante (no caso a água) que
absorve certa quantidade de energia térmica (calor), a quantidade de energia térmica
que a água recebe , faça com que a mesma transforme em vapor.
Exemplo:
Em um processo industrial que possui trocadores de calor, utiliza-se vapor
para aquecer o produto. Neste processo o vapor cede a energia térmica (calor) para o
produto.
b) Vapor Saturado:
A vaporização ocorre a pressão e temperatura constante. Certa quantidade
de energia térmica (calor), deve ser adicionada para que 1 kg de água entre em
ebulição e se transforme totalmente em vapor saturado. Durante a vaporização o
volume específico é alterado.
O vapor saturado, é composto por uma mistura de água e vapor, cuja
temperatura se mantém constante em relação à sua pressão, e é justamente esta
característica que lhe confere maior facilidade no controle de temperatura de
processos, portanto, é o tipo de vapor mais utilizado na maioria das aplicações
industriais, que não requerem isenção de umidade ou altas temperaturas.
c) Vapor Superaquecido
Define-se vapor superaquecido como sendo todo vapor que esteja a uma
temperatura superior a sua temperatura de vaporização. Após a água ter evaporado,
continuamos a fornecer calor. Esta quantidade de calor excedida irá elevar a
temperatura do vapor superaquecendo o mesmo. A pressão permanece constante.
O vapor superaquecido é isento de umidade e comporta-se nas tubulações
como gás. Graças a estas qualidades, é o perfeito para alimentação de turbinas
geradoras de energia elétrica ou motora, e este é de fato sua principal aplicação. Isso
por que as turbinas não podem receber umidade, sob o risco de sofrerem danos em
seus componentes
Exemplo:
* Para a pressão absoluta de 1,0 kg / cm2 o volume do vapor gerado de 1,0 kg
de água ocupara 1,75 m3;
* Para a pressão absoluta de 5 kg / cm2 o volume do vapor gerado de 1,0 kg
de água ocupará 0,3816 m3;
* Ao volume em m3 ocupado para cada quilograma (kg) de vapor, define-se
como sendo o volume específico, do valor saturado (m3 / kg).
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12. Entalpia:
T ºC
vapor superaquecido
liquido + vapor
ts
líquido
hl hv entalpia
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13. Tabela de Vapor Saturado:
P TS V’ H’ H” R
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II - GERADORES DE VAPOR ( CALDEIRAS )
1. HISTÓRIA
Herão, matemático e físico que viveu na Alexandria, Egito, descreveu a
primeira máquina à vapor conhecida em 120 a.C. A máquina consistia em uma
esfera metálica, pequena e oca montada sobre um suporte de cano proveniente de
uma caldeira de vapor. Dois canos em forma de L eram fixados na esfera. Quando o
vapor escapa por esses canos em forma de L, a esfera adquiria movimento de
rotação. Este motor, entretanto não realizava nenhum trabalho útil. Centenas de
anos depois, no séc. XVII, as primeiras máquinas à vapor bem - sucedida foram
desenvolvidas.
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Em 1765, Watt aperfeiçoa o modelo de Newcomen. Seu invento deflagra a
revolução industrial e serve de base para a mecanização de toda a indústria.
Stephenson revoluciona os transportes com a invenção da locomotiva a vapor
2. Definição de Caldeira:
Gerador de vapor (ou caldeira) é um trocador de calor mais complexo, cuja
finalidade é produzir vapor. Para produzir este vapor é utilizado um fluído
vaporizante (no caso a água) e energia térmica (calor).
Trataremos de Caldeiras a vapor de água, embora existem geradores para
outros tipos de vapores. A energia térmica usada no processo de produções de
vapor, será obtido através da queima de um combustível que poderá ser: sólido,
líquido ou gasoso.
Nem sempre a fonte produtora de calor é um combustível, podendo ser
aproveitado calores residuais de processos industriais (escape de motores diesel ou
de turbinas a gás) dando ao equipamento a denominação de Caldeiras de
Recuperação ou ainda utilizar resíduos industriais.
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3. Tipos de Caldeira:
Caldeiras (flamotubulares)
Ou tubos de fogo. São aquelas em que os gases quentes da combustão
passam por dentro dos tubos circundados pela água .
Rendimento térmico
O rendimento térmico da caldeira flamotubular é normalmente mais baixo e
o espaço ocupado por ela é proporcionalmente maior, embora atualmente já existam
modelos compactos desse tipo de caldeira. Apesar dessas restrições, seu emprego
pode ser indicado de acordo com as necessidades particulares de cada processo
industrial, sendo adequado para pequenas instalações industriais.
Caldeiras aquotubulares:
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b) Quanto à energia empregada para o aquecimento:
d) Quanto à Montagem:
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As caldeiras aquotubulares, porém além do tipo compacto, podem ser do tipo
“montadas em campo”, quando seu porte justificar sua construção no local de
operação como, a caldeira de 30 metros de altura .
f) Quanto à Pressão:
Caldeira Pressões
Psi Kgf / cm2
Baixa pressão 100 - 400 7-28
Média pressão 400 - 800 28-57
Alta pressão 800 - 300 57 - 512
Pressão super crítica 3000 e maiores 212 e maiores
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h) Quanto à automatização:
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4. Classificação das Caldeiras:
Horizontal:
Vertical :
* Fornalha Interna;
* Fornalha Externa.
Este foi o primeiro tipo de caldeira que surgiu, são conhecidas por tubo de
fogo ou flamotubulares, por que os gases de combustão circulam no interior dos
tubos ficando a água por fora dos mesmos.
Segundo a figura notamos que a caldeira tipo tubo de fogo é constituída de
um cilindro externo que comporta a água, de tubos por onde passam o fogo e
dependendo do numero de passes possuem câmara dianteira e traseira para
reversão dos gases .
São feitas para operar em pressões limitadas, uma vez que o vaso submetido
a pressão é relativamente grande, o que inviabiliza o emprego de chapas de maiores
espessuras.
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Caixa de Fumaça
A caixa de fumaça é o local por onde os gases da combustão fazem a reversão
do seu trajeto, passando novamente pelo interior da caldeira (pelos tubos de fogo).
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As fornalhas externas são utilizadas principalmente no aproveitamento da
queima de combustíveis de baixo poder calorífico, tais como: serragem, palha, casca
de café e de amendoim e óleo combustível (1A, 2A ... etc.)
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Lancaster
A caldeira Lancaster é de construção idêntica à anterior, porém tecnicamente
mais evoluída.
Pode ser constituída de dois a quatro tubulões internos e suas
características são: área de troca térmica de 120 a 140m² e vaporização de 15 a 18
kg de vapor/m². Algumas delas apresentam tubos de fogo e de retorno, o que
apresenta uma melhoria de rendimento térmico em relação às anteriores.
Caldeira Multitubular
Na caldeira multitubular, a queima de combustível é efetuada em uma
fornalha externa, geralmente construída em alvenaria instalada abaixo do corpo
cilíndrico.
Os gases quentes passam pelos
tubos de fogo, e podem ser de um ou
dois passes. A maior vantagem é poder
queimar qualquer tipo de combustível.
Na figura a seguir, temos um exemplo
de caldeira multitubular.
Caldeira Locomóvel
A caldeira locomóvel, também do tipo multitubular, tem como principal
característica apresentar uma dupla parede em chapa na fornalha, pela qual a água
circula.
Sua maior vantagem está no fato
de ser fácil a sua transferência de local e
de poder produzir energia elétrica. É
usada em serrarias junto à matéria-
prima e em campos de petróleo
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6. Componentes Principais de uma Caldeira Flamotubular:
a) Fornalha;
É o local onde se processa a queima do combustível e a conseqüente
liberação de calor.
- Aparelho de Combustão:
O qual promove a mistura do comburente com o combustível e a queima do
mesmo.
b) Queimadores
Aparelho destinado a pulverizar o combustível, misturando-o
convenientemente com o ar, a fim de se obter uma boa combustão.
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d) Pré-Aquecedor de Óleo:
Situado antes da entrada do combustível no queimador, serve para aquecer o
óleo (somente os que necessitam de aquecimento) fazendo-o atingir uma viscosidade
correta para a queima.
f) Economizador
Equipamento que aproveita o calor residual dos gases de combustão para
aumentar a temperatura da água de alimentação.
g)Chaminé
É um tubo destinado ao escoamento dos gases da combustão. Este
escoamento se dá através de tiragem forçada ou tiragem natural (tiragem é a
retirada dos gases da combustão de dentro da caldeira, através de uma diferença de
pressão).
e) Passes
Existem flamotubulares verticais, porém, atualmente, as caldeiras
horizontais são muito mais comuns, podendo possuir fornalhas lisas corrugadas; 1,
2 e 3 passes; traseira seca ou molhada.
Vantagens:
Custo de aquisição mais baixo;
Facilidade de manutenção;
Exigem pouca alvenaria;
Dispensam tratamento rigoroso da água de alimentação
Desvantagens:
Baixo rendimento térmico;
Partida lenta devido a grande quantidade de água;
Pressão limitada a 18 Kg / cm2;
Apresentamdificuldades para instalação de economizador, superaquecedor e pré -
aquecedor;
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7. Componentes Aquotubulares
Ao acompanharmos o processo evolutivo por que passaram os geradores de
vapor, notamos que nas caldeiras de tubo de fogo primitivas, a superfície de
aquecimento era muito pequena, tendo conseqüência uma baixa vaporização
específica (12 a 14 Kg de vapor / m2) e que gradualmente foi sendo aumentada com
o número de tubos.
Por mais tubos que se colocassem dentro da caldeira inconvenientemente,
tais como: baixo rendimento térmico, demora na produção de vapor, com a evolução
térmica das indústrias, estas começaram a necessitar de caldeiras com maior
rendimento, menos consumo, rápida produção e grandes quantidades de vapor.
Baseado nos princípios da termodinâmica e na experiência com os tipos de caldeiras
existentes, resolveram os fabricantes inverter a situação, ou seja, trocaram os tubos
de fogo por tubos de água, tendo assim aumentado em minuto a superfície de
aquecimento e surgindo a caldeira tubo de água.
Esse tipo de caldeira é de utilização mais ampla, uma vez que possui vasos
pressurizados (tubulões) de menores dimensões relativas, o que viabiliza, econômica
e tecnicamente, o emprego de maiores espessuras e portanto a operação em
pressões mais elevadas. Outra característica importante desse tipo de caldeira é a
possibilidade de adaptação de acessórios, como o superaquecedor, que permite o
fornecimento de vapor superaquecido, necessário ao funcionamento de turbinas
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7.1. Componentes principais de uma caldeira aquotubular.
a) Tambor de Vapor:
É um cilindro fechado colocado na parte mais alta do gerador de vapor
servindo basicamente para separar a água do vapor formado e controlar o nível
mínimo e máximo da mesma.
Devido a grande velocidade que sai o vapor da caldeira e ser o mesmo
saturado, este tende a arrastar consigo gotas de água e impurezas. Para evitar este
problema são instaladas placas metálicas separadoras de vapor.
d) Fornalha:
Parede d’água
Nas caldeiras a fornalha, a parede d’água é formada por tubos que estão em
contato direto com as chamas e os gases, permitindo maior taxa de absorção de
calor por radiação.
Os tipos mais comuns de construção de parede d’água são:
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e) Superaquecedor:
São equipamentos destinados a superaquecerem o vapor saturado através de
tubos de aço em forma de serpentina, cujo diâmetro varia conforme a capacidade da
caldeira. Quanto aos tubos , os mesmos podem ser classificados em lisos ou
aletados.
Classificação:
Os superaquecedores geralmente são classificados quanto a localização:
a) dependente: quando fazem parte da própria caldeira;
b) independente: quando são separados da caldeira , ou seja possuem
fornalha própria.
h) Economizador:
Econimizador, ou aquecedor de água, é um equipamento destinado a aquecer a
água de alimentação do gerador de vapor, trazendo algumas vantagens como:
* vaporização mais rápida;
* regularização da carga térmica, pois não é necessário o aumento de
combustível para compensar a entrada de água fria.
* aumenta o rendimento termodinâmico do equipamento, pois é aproveitado o
calor residual dos gases de combustão.
f).Pré-Aquecedor:
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g) Desaerador:
É utilizado para aquecer a água e também desprender os gases contidos na
mesma, como: oxigênio (O2) e gás carbônico (CO2).
Redução do tamanho da caldeira;
Queda da temperatura de combustão;
Eliminação da necessidade de uso de refratários de alta qualidade;
Vaporização específica maior, sendo de28, 30 Kg de vapor/m2 à 50 Kg de vapor/m2
para as caldeiras com tiragem forçada;
Fácil a sua manutenção e limpeza;
Rápida entrada em regime;
Fácil inspeção nos componentes.
8.1 Fornalhas
É o local onde se processa a queima do combustível e a conseqüente
liberação de calor. Esta dividida em:
- aparelho de combustão: o qual promove a mistura do comburente com o
combustível e a queima do mesmo.
- câmara de combustão: local onde se realiza a complementação da
combustão.
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Combustíveis sólidos
Como modelo básico, para maior facilidade de exposição, será adotada a
queima de combustível sólido em uma fornalha de leito fixo, com carga manual,
conforme ilustrado na figura B.6.
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Inicialmente, entrando na fornalha, o ar primário atravessa a grelha, a zona
das cinzas, atingindo a zona de oxidação. As cinzas, apesar de todos os
inconvenientes, protegem a grelha contra as altas temperaturas reinantes na região
de oxidação.
Os gases que deixam o leito são compostos por CO2, CO, vapor d’água, N2 e
uma série de vapores e gases combustíveis.
8.2 Queimador
Os queimadores são equipamentos destinados a promover, de forma
adequada e eficiente, a queima dos combustíveis em suspensão.
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Ao contrário dos combustíveis gasosos, que já se encontram em condições de
reagir com o oxigênio, os óleos combustíveis devem ser preparados antes da queima.
A preparação consiste em:
Tipos de Queimadores
a) Atomização Mecânica
a - 1) Queimadores de óleo sob pressão:
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Queimador de vazão variável
O queimador é construído com dois tubos de diâmetros diferentes colocados
um dentro do outro. O óleo entra pelo tubo maior até atingir o canal circular, sendo
então distribuído por um conjunto de palhetas que fazem o óleo adquirir um
movimento de rotação dirigindo-se à câmara cilíndrica. Neste ponto o óleo tem duas
alternativas, uma quantidade sai pelo orifício e o excesso retorna pelo tubo de
diâmetro menor.
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b) Atomização por Fluído Auxiliar
b - 1) Queimador com baixa pressão de ar:
O ar é admitido no queimador à uma pressão de 0,5 Kg/cm 2 à 1,8 Kg/cm2. O
movimento da rotação que este adquire ao passar por palhetas e a turbulência
decorrente do choque com o óleo é que produzem a pulverização.
b - 4) Queimador à vapor:
A pulverização é feita por intermédio do vapor à pressões de 1 à 10 Kg/cm2.
Suas vantagens são a de possuir partes móveis e poder tyrabalhar com óleos de alta
viscosidade, e seu maior inconveniente está nas partidas da caldeira pois o vapor é
proveniente dela mesma.
8.3 Refratário
Os refratários podem se apresentar como:
tijolos; mantas; placas; pó Suas
principais características são:
resistência ao calor; retenção do calor; baixa dilatação; resistência à
corrosão
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Basicamente, os refratários são compostos de sílica e alumina. Um exame
microscópico de um material refratário mostra uma estrutura composta de grãos de
diâmetros diversos, ligados entre si. A forma e o tamanho dos grãos, bem como o
percentual de grãos com o mesmo diâmetro contido na mistura (reologia) influência
diretamente na resistência mecânica, dureza, densidade, porosidade, resistência à
erosão e à condutividade do calor.
Entre os métodos mencionados, não existe uma diferença física real, somente
uma forma diferente de produzi-la. A forma mecânica pode ainda ser classificada em
tiragem forçada e tiragem induzida.
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8.3.1. Tiragem Natural
Produz-se mediante a chaminé, sendo causado pela diferença de peso
específico dos gases quentes da combustão e a do ar atmosférico que entra no forno.
A tiragem varia com as condições climáticas, sendo menor quando a temperatura
externa é elevada. Os tipos mais comuns de chaminés são construídas em tijolos,
aço e concreto.
8.4 Chaminé
É a parte da caldeira através da qual efetua-se a retirada dos gases de
combustão para o meio ambiente.
Podem ser construídas de chapas metálicas e/ou alvenaria, conforme o
projeto de cada fabricante.
46
9 - Caldeiras Elétricas
Princípio de Funcionamento
A produção de vapor, em uma caldeira elétrica, baseia-se no seguinte fato: a
corrente elétrica, ao atravessar qualquer condutor, encontra resistência a sua livre
circulação e desprende calor (Efeito Joule).
A água pura é considerada um mau condutor de Corrente Elétrica, portanto
deve-se adicionar determinados sais à mesma para que se possa obter uma
determinada Condutividade. Alguns fabricantes recomendam a adição de soda
cáustica ou fosfato trisódico na água de alimentação (observe que esta adição deve
ser calculada e colocada após o tratamento químico da água de alimentação).
A quantidade de vapor gerada (Kg/h) depende diretamente dos seguintes
parâmetros:
condutividade da água;
nível da água;
distância entre os eletrodos.
Tipo Resistência
Destinada, geralmente, para pequenas produções de vapor. Na maioria das
vezes são do tipo horizontal, utilizando resistência de imersão.
48
9.1 Aquecedores Para Fluído Térmico
Dependendo do tipo de processo, muitas vezes torna-se praticamente
impossível a utilização do vapor. Por exemplo, é necessário, para produção de
determinada resina sintética, um aquecimento de aproximadamente 320ºC. Se
fossemos utilizar vapor, teríamos que trabalhar com uma pressão de 120 Kgf/cm2
(aproximadamente), o que tornaria a nossa caldeira inviável do ponto de vista
técnico e econômico. Para resolvermos este problema, podemos utilizar em vez da
água outro fluído, como por exemplo os fluídos térmicos (óleos térmicos), pois os
mesmos possuem uma alta temperatura de vaporização, permitindo assim um
aquecimento elevado aliado a uma reduzida pressão. Em alguns casos o fluído
térmico pode ser a própria água (quando necessitamos de temperaturas não muito
elevadas); este fato ocorre em indústrias de massas alimentícias.
Principais Características
Elimina-se qualquer possibilidade de corrosão e incrustação na caldeira;
Regulagem precisa de temperatura e pressão;
Eliminação de perdas ocasionais do fluído (não existe vapor
flash e nem
purgadores nas linhas de distribuição e nos equipamentos);
Se o fluído térmico for um óleo, o custo do mesmo será bem superior ao da água;
A segurança deverá ser mais rígida no que diz respeito à possíveis vazamentos.
49
III -ACESSÓRIOS E INSTRUMENTOS DE CONTROLE DE UMA CALDEIRA
1.2 Tubulações:
Devem ligar o reservatório de água à caldeira. O diâmetro é função da vazão
da água, da bomba, válvulas e filtros utilizados.
1.4 Filtro:
Destina-se a reter as impurezas presentes na água.
a) Injetor:
50
O injetor é usado em instalações pequenas ou alimentador de emergência
nas grandes instalações. Dificilmente o injetor trabalha com temperatura de água de
alimentação superior a 38°C.
b) Bombas Centrífugas:
São as bombas que tem dado os melhores resultados, quer pela simplicidade
de seus componentes (fácil manutenção) como pelas altas vazões que podem
alcançar. As bombas centrífugas podem possuir um ou mais estágios dependendo
da vazão necessária.
2. Visor De Nível
O visor de nível deverá ser purgado (drenado) pelo menos uma vez por dia,
evitando-se assim que corpos estranhos possam provocar incrustações e
consequentemente leituras incorretas. O operador da caldeira deverá realizar a
purga de duas maneiras:
51
3. Dispositivos para Controle Automático do Nível de Água.
4. Válvulas De Segurança
É um dispositivo de segurança das caldeiras, capaz de descarregar todo o
vapor (para a atmosfera) que elas possam geras, sem que a pressão interna
ultrapasse um certo limite. Geralmente este limite é fixado pelo fabricante da
caldeira, ficando em torno de 10% acima da pressão máxima de trabalho.
52
5. Válvulas De Descarga De Fundo
6. Pressostato
Caldeiras à Óleo:
Para controlar a pressão podem existir dois pressostatos que atuam de forma
distinta. O primeiro liga ou desliga a chama. O segundo atua de forma a modular a
chama, isto é, coloca em fogo alto ou fogo baixo.
Caldeiras à Combustíveis Sólidos:
Neste caso, o pressostato atua sobre a queima do combustível. As formas
podem ser:
a) desligando o exaustor;
b) cortando a alimentação de combustível (quando é automática).
53
7. Manômetro
8. Ventiladores
Os ventiladores (sopradores ou exaustores) são necessários para o seguinte:
1) fornecer ar suficiente para a queima do combustível;
2) fornecer energia ao ar e aos gases de exaustão, de modo que os mesmos
consigam vencer as perdas de carga existentes no interior da caldeira;
3) garantir uma adequada tiragem.
54
IV - SISTEMA DE REDES
1.1. Recomendações:
Água Fria:
a) Fazer a ligação de água na bomba o mais direto possível, evitando ao
máximo curvas.
b) Quando houver necessidade de curvas, fazê-las o mais suave possível.
Água Quente:
a) Todas as observações feitas para o uso de água fria devem ser observadas.
Injetores:
a) O injetor é recomendado para uso em caldeiras de pequeno porte e em
caso de emergência.
b) Só funciona com água fria (máximo 40° C).
c) É interessante o reservatório de água ficar acima do injetor.
d) As recomendações para água fria também são válidas aqui.
55
2.1 Sistema de Aquecimento:
Para que a queima de combustíveis líquidos com alta viscosidade, torna-se
necessário o aquecimento do mesmo para dar condições de bombeamento e boa
pulverização.
Os problemas que podem ocorrer quando o óleo estiver com viscosidade
elevada, são:
- Dificuldades no bombeamento;
- Pulverização deficiente;
- Dificuldade em acender o combustível;
- Estabilidade da chama irregular;
- Entupimento do bico do queimador.
Reservatório Externo:
Destinado a armazenar uma quantidade suficiente de óleo para garantir o
suprimento de combustível por um determinado período (dias ou semanas).
Recomenda-se portanto guardar o óleo à 40° C, quando a bomba funciona
alguns minutos por hora e a 60°C quando a bomba trabalha continuamente ou o
óleo desce por gravidade.
Tanque de Serviços:
Este geralmente é aquecido com resistências elétricas até 80°C, quando a
caldeira vai entrar em funcionamento. Ao normalizar a produção de vapor, o próprio
retorno do óleo do queimador é suficiente para manter todo o combustível aquecido
(temperatura mínima 60°C).
Pré-Aquecedor de Óleo :
Sua função é aquecer o óleo até a temperatura ideal de pulverização
(viscosidade correta) o que varia com o tipo de combustível . Para o tipo BFP (baixo
ponto de fluidez) a temperatura indicada seria 120°C e 135°C para o óleo
combustível Tipo E.
56
3.1. - Tubulação de Vapor:
Geralmente as linhas de vapor são construídas com tubos de aço-carbono
sem costura por serem baratos, possuírem excelentes qualidades mecânicas e
facilidade de soldagem. Só não usam-se estes tubos em circunstâncias especiais,
quando a segurança dos mesmos podem ser afetada.As tubulações de vapor
obedecem a um traçado, de tal forma que atinjam todos os equipamentos que
utilizem este vapor.
3.3. Condensado:
É resultado da transferência do vapor em líquido, quando este transfere
(através de uma serpentina ou camisa) o calor de vaporização. O condensado
formado, deverá ser retirado do equipamento, para evitar o afogamento da
serpentina ou camisa de vapor o que viria a prejudicar a eficiência de troca térmica.
O equipamento que faz esta retirada (sem deixar escapar o vapor) é o purgador de
vapor.
57
Esquema de distribuição de Vapor e retorno de Condensado
Aplicações:
• Isolamento de tubulações
• Isolamento de turbinas a vapor
• Isolamento de reatores
• Revestimento de caldeiras
58
V - OPERAÇÃO DE CALDEIRAS
1. Partida:
59
* Válvulas geral de entrada de água, até o vapor atingir a contrapressão
indicada da válvula de retenção;
* Válvulas de vapor do combustor.
c) Primeiro Acendimento:
É importante que uma caldeira nova, seja aquecida gradualmente para que
evita-se problemas quanto a dilatação brusca das peças que a constitui. Desta forma
é recomendável ligar a caldeira em fogo baixo por alguns minutos, e desligá-la por
outro tanto tempo, repetindo esta operação até o seu aquecimento final.
2. Regulagem e Controle
61
2.2 - Circulação
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Poder Calorífico Inferior (PCI): É definido com a quantidade de calor liberada
pelo combustível, menos o calor necessário para evaporar a água existente no
combustível e também a água na reação da combustão.
63
Ocorrendo uma destas falhas, a fornalha da caldeira ficaria sujeita à uma
explosão, caso não houvesse a interrupção imediata do fornecimento do
combustível. São dois os fatores que propiciam a existência desta explosão;
a) a mistura entre o ar e o combustível deve estar dentro dos limites de
inflamabilidade, conforme mostra o quadro a seguir.
b) há necessidade de uma fonte de calor adequada para iniciar a combustão
da mistura. Esta fonte de calor pode ser originária de faíscas elétricas,
chamas próximas, eletricidade estática, refratários aquecidos, ...
Termostáticos:
Funcionam através da dilatação de lâminas bimetálicas quando há liberação
de calor dentro da fornalha, interrompendo a corrente elétrica quando o fogo se
apaga (as lâminas se contraem). Devido a vários fatores, estes dispositivos não são
recomendados para o uso industrial.
Termoelétricos:
Funcionam através de termopares, podendo ser de dois tipos:
a válvula principal do combustível está ligada diretamente à armadura do
eletroímã. O eletroimã opera um interruptor que aciona uma válvula
solenóide, a qual comanda a chama (liga / desliga).
Sensores Ópticos:
São baseados na irradiação de energia proveniente de chama de combustão,
produzindo luz e calor sob a forma de ondas, por exemplo luz visível, ondas
infravermelhas e ondas ultravioletas.
Estes dispositivos funcionam com o auxílio de células fotoelétricas, as quais
comandam um relê que interrompe o circuito de óleo se o fogo apagar por algum
motivo.
Válvula Solenóide
É um equipamento auxiliar de controle e destina-se a cortar rapidamente o
suprimento de combustível em caso de falha da chama.
64
2.5 - Tiragem
Regulador de Nível:
Caso a caldeira possua controle automático do nível de água, uma vez por
dia deve ser testado o seu funcionamento. No momento da descarga, o alarme soará
e a combustão interromperá (se a caldeira for à óleo combustível) e a bomba de
alimentação de água deverá ligar-se.
Acendimento Automático:
Verificar o sistema de acendimento automático, certificando-se de que todos
os equipamentos estão ligando na seqüência e tempos corretos.
66
Defeito Causa Providência
67
Defeito Causa Providência
b) Sistema de Alimentação de Combustível -
1º Bomba de Óleo Diesel ou Querosene
O motor não vira Veja recomendações sobre
motores
A bomba não funciona A bomba está emperrada Desmontá-la e veja se
suas engrenagens estão em
ordem
68
Defeito Causa Providência
4º Combustor Piloto
O depósito de diesel ou
querozene está vazio,
O manômetro não devendo ser cheio
registra pressão Válvula fechada. Abri-la
Existe ar na tubulação de
sucção. Eliminar
O combustor falha ou não Existe ar na tubulação de
ascende A pressão indicada no sucção. Eliminar
manômetro é inferior à O filtro está sujo, devendo
indicada ser retirado e limpo
Pulverizador sujo Limpá-lo
Eletrodos de ignição com Ajustá-lo ou trocá-los
defeito ou desajustados
Defeito no circuito elétrico Corrigir
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Defeito Causa Providência
f) Manômetro
O manômetro de ar não Defeito do compressor Verificar letra c deste ítem
registra pressão
ou registra pressão muito Manômetro defeituoso Trocá-lo
baixa
O manômetro de vapor
registra pressão inferior à
pressão máxima de trabalho, Defeito no manômetro Trocá-lo
quando a caldeira desliga
O manômetro de óleo não Circuito de óleo Ver letra b deste ítem
registra ou registra pressão combustível com defeito
muito baixa
g) Gases de Escape
Fendas ou rupturas nos Retirar a tampa traseira e
refratários da tampa traseira eliminar as fendas ou
rupturas do refratário
Tubos de caldeira sujos Fazer a limpeza com
Temperatura dos gases de
por incrustação de fuligem do escovas de aço
escape acima do normal
combustível
Tubos da caldeira sujos Deverá ser feita a limpeza
por incrustação no lado da adequada, para eliminar este
água problema
Pulverizador entupido Desmontar o queimador e
desentupi-lo
A fumaça está saindo mais Falta ar secundário Algum problema no
escura do ventilador. Verificar
que o normal Temperatura do óleo Verificar o aquecimento do
combustível muito alta ou óleo
baixa
71
5. Roteiro de Vistoria Diária
Outras precauções que devem ser tomadas pelo Operador de caldeiras são:
72
6. Procedimentos em Situações de Emergência
A) Incêndios de
Óleo: Causas:
Ignição de óleo ou vapor de óleo acumulado na
fornalha; Pulverizadores entupido;
Gotejamento ocasionado pelo maçarico;
Deposição excessiva de carvão nas aberturas de fornalhas e registros de
ar;
Vazamentos na rede de alimentação de óleo;
Alta temperatura de armazenamento do óleo no tanque de serviço;
Saturação do ambiente da Casa de Caldeiras por gases
combustíveis; Curtos-circuitos em geral.
Como evitar:
Evite acúmulos de óleo, ocasionados por vazamentos, tomando o cuidado
de conservar o local de trabalho limpo;
Solicite imediatamente os serviços de manutenção quando for verificado
qualquer tipo de vazamento;
Não use lâmpadas desprotegidas e nem equipamentos que possam
centelhar (emitir faíscas) dentro da Casa de Caldeiras;
Como proceder:
O fogo deverá ser imediatamente abafado, usando-se extintores de CO2 ou
Espuma Química;
Resfrie cuidadosamente as partes em contato com o óleo para impedir a
reignição;
B) Retrocesso:
Este fato ocorre quando a pressão interna da caldeira é maior que a pressão
ambiente (Casa de Caldeira).
O retrocesso nada mais é do que a explosão (ignição expontânea) de gases
combustíveis acumulados na fornalha, chaminé e nos passes da Caldeira.
Causas:
Vazamento do sistema de alimentação de
óleo; Entupimento da chaminé;
Temperatura inadequada do óleo (provocando combustão
parcial); Falhas de ignição;
Falhas ou paradas repentinas dos ventiladores de tiragem forçada;
73
Tentativa de reacender um maçarico a partir de uma parede
incandescente;
Formação de coque incandescente dentro da fornalha;
Falha do Operador de Caldeiras quanto a operação de início de
acendimento da Caldeira.
Como evitar:
Não se deve permitir o acúmulo de óleo na fornalha (se ocorrer depósitos
no interior da mesma, o óleo deverá ser retirado e em seguida promover-se
a completa ventilação);
As válvulas dos maçaricos devem ser mantidas sempre em boas condições de
vedação para impedir o vazamento para dentro das fornalhas;
Nunca tente reacender um maçarico através de paredes ou formações de
coques incandescentes;
Seguir corretamente as indicações contidas no Manual de Caldeira.
Como proceder:
Desligue imediatamente o queimador;
Interrompa o suprimento de combustível;
Verifique se há acúmulo de óleo no interior da fornalha, em caso
afirmativo, limpe-a completamente;
Verifique se a caldeira sofreu algum dano, em caso afirmativo chame o
departamento de manutenção;
Procure determinar a causa da explosão;
Se você tiver certeza de que a caldeira não foi danificada, promova então a
ventilação da fornalha (aproximadamente 10 minutos), a fim de que os
gases sejam expelidos para fora;
Tente reacender a caldeira;
Se o queimador desligar em “segurança” e você não conseguir acendê-lo
após a terceira tentativa, interrompa esta operação, procure determinar o
defeito (caso não encontre chame um mecânico).
Causas:
Defeito(s) no sistema de controle automático de nível;
Válvula de retenção do sistema de alimentação de água está com defeito;
Falta água no reservatório (caixa de água ou tanque de condensado);
Descuido do Operador (Caldeiras manuais);
Defeito elétrico e/ou mecânico na bomba de alimentação;
Filtro de linha de sucção da bomba entupido;
Aquecimento excessivo da água de alimentação, prejudicando o
funcionamento da bomba.
Como evitar:
Drenar (purgar) o visor de nível e a garrafa que contém os eletrodos (ou
bóia) pelo menos uma vez por dia;
74
Verificar diariamente o reservatório de água (caixa d’água e/ou tanque de
condensado);
Maior atenção do Operador (no caso de controle visual em caldeiras
manuais);
Realização de manutenção preventiva e/ou corretiva do sistema de
alimentação de água;
Quando você for realizar a descarga de fundo, jamais deixe a água
desaparecer do visor de nível;
Manutenção preventiva e/ou corretiva do sistema elétrico.
Como proceder:
I) Caldeira a óleo:
Coloque a chave do queimador na posição desligado;
Feche imediatamente a válvula de saída de vapor da caldeira (evitando-se
assim que o vapor saia e diminua ainda mais o nível de água);
Se a água é ainda visível no nível de vidro (visor), acione o controle
manual, se a bomba não funcionar utilize a bomba de reserva ou o injetor;
Se a água não for visível no nível de vidro (visor), não reponha água; deixe
a caldeira esfriar, pois do contrário a água pode causar sérios danos à
caldeira (choque térmico, explosões);
No caso anterior e após o resfriamento da caldeira, deve-se realizar uma
inspeção minuciosa a fim de que se possa identificar os danos causados. O
motivo que ocasionou a falta d’água deverá ser identificado e corrigido antes
de voltarmos a completar o nível da água;
Verificar se o sistema de instrumentação elétrica.
75
D) Nível d’água acima do limite máximo
Causas:
Defeito(s) no sistema de controle automático de
nível; Descuido do Operador (em caldeiras manuais);
Defeito elétrico na bomba de alimentação.
Como evitar:
Drenar (purgar) o sistema de controle de nível pelo menos uma vez por
dia;
Maior atenção do Operador (caldeiras manuais);
manutenção preventiva e/ou corretiva mais freqüente do sistema elétrico
da bomba.
Como proceder:
Desligar (ou interromper) imediatamente a alimentação de água;
Efetuar a descarga de fundo, até que o nível normal seja restabelecido;
Informar imediatamente ao departamento de manutenção o fato ocorrido.
76
resfriar as tubulações e refratários e em último caso, tirar o combustível de
dentro da fornalha manualmente (através de barras de ferro ou similares);
Providenciar a abertura da válvula imediatamente.
Causa:
Queda (interrupção) de fornecimento de energia elétrica.
Como proceder:
Fechar imediatamente a válvula principal de saída de vapor;
Observar a pressão indicada no manômetro da caldeira, verificando se as
válvulas de segurança abrem na pressão máxima de segurança;
Nota: é aconselhável todo Operador de Caldeira possuir, na Casa de
77
VI - TRATAMENTO DA ÁGUA PARA CALDEIRAS:
1. Introdução:
Nos processos industriais, o vapor pode ser um agente produtor de trabalho,
caso seja utilizado no acionamento de turbinas, compressores, bombas, ventiladores
e turbo-geradores, ou pode se constituir num meio de aquecimento, o qual, às vezes,
se faz direta ou indiretamente. No primeiro caso, o vapor se mistura intimamente ao
meio que sofre o aquecimento, no segundo o vapor passa através de tubos ou
serpentinas, cedendo apenas o calor.
2. Água de Alimentação:
2.1.Generalidade:
Os diversos tipos de águas encontrados na natureza nunca são puros, pois
todos apresentam uma certa quantidade de impurezas granulares ou moleculares.
Em seu estado químico puro a água é um líquido incolor, insípido e inodoro,
representada pela fórmula H2O, sendo reconhecida como solvente universal.
Para se tratar uma água é preciso, antes de tudo, conhece-la. Devido a certas
peculiaridades a água é natureza o solvente máxima. O conhecimento prévio de
algumas das impurezas irá definir o melhor emprego para a água, ou motivar um
tratamento específico para finalidade pretendida. São as seguintes as principais
impurezas encontradas na água.
78
Estes sais são encontrados para dentro dos rios através das águas das
chuvas ou mesmo das rochas que constituem seus leitos e margens. As chamadas
águas minerais são as mais ricas em sais dissolvidos, constituindo-se nos piores
tipos para alimentar caldeiras. Dentre os sais que se acumulam na caldeira, temos
de origem natural, que são os bicarbonatos, cloretos, óxido de ferro e alumínio
e sílica.
79
Escala do pH
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14
Ácido neutro básico
Sílica: Às vezes, conhecida como sílica reativa, está presente como ácido
silícico e silicatos solúveis em concentrações variando de 01 à 100 ppm. Nas
caldeiras combinadas com a dureza, pode gerar incrustações bastante duras, de
difícil remoção, pode ser eliminado por desmineralização, abrandamento com cal ou
evaporação.
80
Amônia: Apresenta-se algumas vezes, dissolvidas na água bruta em
concentrações que podem variar de poucos ppm até 20 ppm. Na maioria dos
suprimentos a amônia é completamente ionizada. Às vezes, pode estar combinada
na forma de compostos orgânicos. A amônia em água oxigenadas é corrosiva ao
cobre e suas ligas.
* Corrosão:
* Incrustação
* Arraste
81
3.1 - Corrosão:
É o ataque sofrido pelos metais componentes do sistema de geração de vapor,
provocado pela água e suas impurezas. É geralmente causada pela presença de
gases dissolvidos (principalmente o oxigênio) e sua reação com o ferro presente no
aço do equipamento. Como medida preventiva, é feita a desaeração na água de
alimentação da caldeira, através de métodos mecânicos (desaeradores)
complementados quimicamente pela adição de seqüestrantes de oxigênio, tais como
o sulfito de sódio ou hidrazina.
A corrosão não provoca danos somente no ponto de ataque, pois produz
contaminações sérias de óxidos metálicos que, por sua vez, podem se depositar em
outros locais.
A diminuição progressiva das paredes das caldeiras e tubulações podendo
provocar rompimento, podem ser oriundas de acentuados processos corrosivos. Em
praticamente, todos os sistemas que utilizam água, os problemas de formação de
depósitos e corrosão estão tão intimamente relacionados que ambos devem ser
corrigidos ou prevenidos eficientemente, para que se alcancem resultados
satisfatórios.
Cobre (Cu) e Níquel (Ni): Podem ser levados para o interior da caldeira na
forma de partículas metálicas devido a problemas ou cavitação de bombas e
tubulações. Assim haverá a formação de pilhas galvânicas na caldeira e
conseqüentemente a corrosão.
Gás Sulfúrico (H2S): Reage com o metal e produz depósitos pretos nucleados
como manchas.
Cloretos (CL-): provocam corrosão acelerada quando na água de caldeira
produzindo grandes alvéolos.
82
Amônia (NH3): A amônia ataca o cobre na presença de oxigênio e o óxido
cúprico na ausência dele.
3.2 - Incrustações:
83
em suspensão pode prejudicar irreversivelmente as resinas ou membranas,
demandando uma especial atenção aos filtros que precedem estes equipamentos.
3.3 - Arraste:
Causas Mecânicas
nível de água elevado com pouco espaço para vaporizar;
demanda vapor superior à capacidade da caldeira;
falta de acessórios na caldeira para purificar o
vapor. Causas Químicas
alta alcalinidade da água;
presença de sólidos em suspensão;
alta salinidade (cloretos, sulfatos).
84
4 - Tratamento Químico
Características da água;
Pressão da Caldeira;
Tipo de Indústria;
Finalidade do Vapor;
Qualidade Requerida para o
Vapor; Carga Média de Vapor;
Participação do Condensado
Retornado; Tipo de Caldeira;
Custo do Combustível;
Custos Globais.
I. Externo:
a) Clarificação;
b) Abrandamento;
c) Desmineralização;
d) Desaeração
II. Interno;
III. Combinado.
I - Tratamento Externo:
85
a) Clarificação:
Coagulação - floculação;
sedimentação;
cloração;
filtração
Coagulação - Floculação
Como existem muitas partículas em suspensão na água abaixo do tamanho
coloidal, a sua separação por sedimentação fica inviabilizada (velocidade de
sedimentação = 1mm / ano). Para viabilizar a remoção dessas partículas usamos
produtos chamados coagulantes que aglutinam as partículas, formando flocos mais
facilmente decantáveis. Os coagulantes mais empregados são o sulfato de alumínio,
sulfato férrico, sulfato ferroso e cloreto férrico.
Sedimentação
Depois da floculação devemos retirar as impurezas aglutinadas. Isto se faz no
decantador. É um tanque onde a água fica em repouso por um determinado tempo
86
para que as impurezas se depositem. Enquanto a saída de água clarificada é na
superfície, no fundo do tanque existem mecanismos para a retirada do lodo
acumulado.
Filtração
Devido a não remoção de flocos miúdos pelos decantadores, a água deverá
passar por filtros para sua retenção.
b) Abrandamento
Consiste na remoção do cálcio (Ca) e magnésio (Mg) na forma de
bicarbonatos, sulfatos e cloretos da água de alimentação da caldeira. Há três
processos de abrandamento da água:
Processo da Cal Sodada a Frio e a
Quente; Processo de Fosfato;
Processo de Troca Iônica;
87
Sistema de Tratamento de Água de Caldeiras
Sistema compacto e de fácil manuseio, ideal para tratamento de água de rios,
lagos e represas proporcionando água clarificada para uso industrial.
88
c) Desmineralização
É o processo de remoção de íons da água utilizando resinas trocadoras de
íons (catiônicas e aniônicas).
d) Desaeração
Elimina os gases dissolvidos (O2, CO2, H2S) que provocam corrosão. Baseai-se
no fato da solubilidade de um gás em um líquido ser inversamente proporcional a
sua temperatura.
É necessário pulverizar a água
para aumentar sua superfície de
contato com o vapor. É recomendado
para tratamento de água de caldeiras
de alta pressão.
Operação
A água no "spray", sob a ação
do vapor tem o (O2) eliminado. 0
"scrubber(borbulhador) reduz o (O2)
abaixo de 0,005 cm³/l. A operação é
silenciosa e com vibração reduzida
Vantagens
1) - Eliminação do (O2) evitando corrosão interna que aumentam a
manutenção e reduz a vida da caldeira.
2) - Melhora na troca térmica. Redução no uso de produtos químicos.
3) - Recuperacão do vapor e do condensado de purgadores e drenos
reduzindo o consumo de combustível.
89
II - Tratamento Interno:
O tratamento interno se refere aos produtos químicos adicionados à água de
caldeira ou à água de alimentação, exercendo sua ação no interior da caldeira.
A) Remoção do oxigênio
Sulfito de sódio: Para utilização em caldeiras que operam a pressões menores
que 50 Kgf / cm2.
Na2SO3 + ½O2 Na2SO4
Sulfito Oxigênio
C) Redutor de dureza
São usados fosfatos para precipitar os sais de cálcio e magnésio na forma de
lama não aderente, mantidas em suspensão através de dispersantes (taninos,
alginatos).
* polifosfatos: tripolifosfatos
D) Alcalis
Para neutralizar a acidez da água usa-se soda ou potassa cáustica (NaOH e
KOH).
90
5 - Tratamento da Água Para Caldeiras Elétricas
91
Para obter a alcalinidade necessária da água da caldeira, junta-se soda
cáustica (NaOH) ou fosfato trisódico (Na3PO4), que são os únicos produtos que
deverão ser adicionados à água de alimentação.
92
VII - MANUTENÇÃO DAS CALDEIRAS
2.3 Depósitos
93
2.5 Queimador
2.6 Ventiladores
2.7 Bombas
a) Bomba de Alimentação de Água
Lubrificar regularmente os mancais da bomba e do motor.
Verificar o estado dos rolamentos, substituindo-os sempre que necessário.
Periodicamente, examinar o aperto dos parafusos que prendem o motor e a
bomba à base.
Abrir a bomba a cada 06 meses, examinando o estado da carcaça, rotor,
eixo e rolamento.
Verificar diariamente o aperto da prensa - gaxeta, observando se não há
vazamentos de água muito grandes. Caso seja necessário, apertar a prensa -
gaxeta de forma uniforme. Sempre deverá existir um pequeno gotejamento de
água, pois a mesma auxiliará na resfriação dos anéis de gaxeta.
2.8 Filtros
Toda semana devem ser retiradas as suas telas para lavagem.
94
2. Rotina de Inspeção diária
Também nunca se deve dar uma descarga nos coletores das paredes dos
tubos de água na fornalha quando a caldeira estiver produzindo vapor.
95
Queimadores de óleo: Quando o combustível usado é óleo pesado ou APF, os
bicos devem ser conservados sempre limpos, trocando-se periodicamente as lanças
dos queimadores; a viscosidade e as impurezas do óleo dirão se o período de 8 horas
é adequado. Após a substituição das lanças, os bicos são limpos e os queimadores
são colocados em suportes apropriados e os bicos imersos em óleo leve. Nunca se
deve permitir um acúmulo de óleo combustível na fornalha, sob risco de ocorrer
uma explosão.
Inspeção semanal
Válvulas de segurança: As válvulas de segurança da caldeira, principalmente
a válvula do superaquecedor devem se operadas manualmente; o dispositivo de
acionamento deve estar situado ao nível do piso da casa da caldeira, sendo a
operação efetuada quando a caldeira estiver com pouca carga. Deve-se ter o cuidado
com a ligação de descarga da válvula; não deve ser rígida em relação ao corpo da
mesma. O acionamento periódico das válvulas de segurança é a garantia para um
funcionamento regular durante a operação normal da caldeira.
96
Parada semanal:
Inspeção mensal
97
Motores elétricos: Lubrificar através dos pinos de lubrificação (graxeiras),
caso houver; não lubrificar em excesso.
Inspeção trimestral
Inspeção semestral
98
Pré-aquecedor de ar: Examinar as superfícies de aquecimento para verificar
se estão limpas, principalmente as partes por onde circulam os gases; caso
necessitem de limpeza, utilizar jato de água sob pressão. Verificar a existência de
vazamentos de ar e de gases; tolera-se até 10% de defeitos nos tubos quando
perfurados por ação de corrosão, pois até este limite, a influência sobre a operação
da caldeira não será muito grande; uma vez ultrapassado esse valor, os tubos
avariados devem ser substituídos.
Inspeção anual
Deve ser completa, incluindo um exame interno de todo o conjunto gerador
de vapor; é aconselhável fazer coincidir este período com o da segunda inspeção
semestral. Efetuar as seguintes operações:
99
3. Inspeção de Caldeiras
a) Inspeção Inicial: Antes de ser posta em operação, após ser instalada num
local ou reinstalada em outro.
quando uma caldeira permanecer fora de operação por mais de seis meses.
A) Exame do Prontuário
C) Exame Interno: Este exame deve ser feito antes e depois da limpeza
interna, servindo para detectar se a caldeira apresenta todas as condições de
segurança, bem como, serve para coletar dados como espessura da parede,
amostras de resíduos, corpos de prova, ...
Para realização deste exame, deve-se tomas as seguintes
precauções: esfriar a caldeira;
esgotar toda sua água;
as portas de inspeção deverão ser abertas;
garantir condições de segurança adequadas para que o inspetor possa
entrar na caldeira.
100
D) Atualização da Máxima Pressão de Trabalho
101
VIII - EXPLOSÃO
1. Risco de Explosão:
102
2. Causas que leva a Explosão:
a) Diminuição de resistência que pode ser decorrente do
superaquecimento ou da modificação de estrutura do material;
b) Diminuição da espessura, que pode advir da corrosão ou da erosão;
c) Aumento da pressão, que pode ser decorrente de falhas diversas,
operacionais ou não.
De acordo com a teoria cinética dos gases, a pressão exercida por um gás é
resultado dos impactos das partículas (moléculas ou átomos) contra as paredes do
recipiente que as contém. Dessa forma, tem-se que a pressão é diretamente
proporcional à energia cinética média das moléculas.
103
válvula solenóide é cortada, seu campo magnético é desfeito e, por gravidade, a
haste ferro-magnética cai, fechando a válvula que dá passagem ao combustível
para o queimador. Quando a pressão normal se restabelece, o pressostato fecha
novamente o circuito, a bobina é energizada e o campo magnético criado atrai a
haste ferro-magnética, abrindo a válvula.
Válvula de segurança
As válvulas de segurança de caldeiras, como dispositivo de proteção, têm a
função de dar saída ao vapor quando a pressão ultrapassa a MPTA, fazendo
diminuir a pressão interna.
Sistema manual
Com base na indicação do manômetro, o operador aciona os diversos
dispositivos da caldeira, tendo condições de interferir onde for necessário
para manter a pressão interna da caldeira: nos queimadores, na
alimentação ou mesmo na válvula de segurança, liberando vapor à
atmosfera por meio do acionamento da alavanca da válvula.
3. O Superaquecimento:
Superaquecimento é a explosão de aço, material com que é construída a
caldeira, a temperatura superiores às admissíveis, o que causa a diminuição da
resistência do material e cria o risco de explosões. Pode causar danos intermediários
104
antes da ocorrência de explosões como: empenamento, envergamento, abaulamento
de tubos e outros.
Nas caldeiras aquotubulares é muito freqüente a ocorrência do abaulamento
(defeito usualmente denominado laranja ou joelho, dada sua forma esferóidica, com
a superfície convexa voltada para o lado do gaze) decorrente da deformação plástica
do aço em temperatura da ordem de 400 a 540°C sob ação prolongada da pressão
interna do vapor.
105
b) Emprego de material defeituoso e falhas na fabricação.
Tais como reparos inadequados (solda em espelhos)., substituição de
material por motivos econômicos, outros como redução de espessura de chapas,
utilizadas no equipamentos e outros materiais.
Os defeitos de mandrilagem (explosão de tubos) são o trincamento das
chapas ou tubos e as descontinuidades microscópicas do aço, que podem
ocasionar vazamentos.
As operações de soldagem são numerosas na fabricação de caldeiras. As
falhas nas juntas soldadas potencializam os riscos de explosão, uma vez que
podem representar uma área de menor resistência.
Seja qual for o processo, a execução das operações de soldagem devem ser
realizadas por soldadores qualificados e seguindo processos reconhecidos por
normas técnicas específicas.
Após a soldagem, as caldeiras devem passar por tratamento térmico para
avaliar as tensões dos metais (ajuste).
O controle radiográfico das juntas é a principal ação entre os ensaios não
destrutivos aplicáveis nestes casos
c) Dimensionamento
incorretos;
Falhas no projeto, como o
prolongamento excessivo dos tubos,
expandidos em espelhos de câmaras
de reversão, impedem a trajetória
livre dos gases quentes, causando o
superaquecimento nestas partes e
consequentemente, fissuras nos
tubos ou nos espelhos, nas regiões
entre os furos.
106
d) Queimadores mal posicionados;
O posicionamento dos queimadores também constitui num risco de
superaquecimento
Os materiais com que são fabricados os tubos e as chapas admitem
aquecimentos a até algumas centenas de graus Celsius, sem perderem suas
propriedades mecânicas. As chamas dos queimadores a óleo atingem valores da
ordem de 1.000°C. Se ocorrer, portanto, a incidência direta das chamas sobre o aço,
haverá o risco de superaquecimento e fluência do material, com conseqüências que
podem ir desde a deformação lenta e gradual da caldeira até sua explosão,
dependendo da concorrência de outros fatores
f) Incrustações;
Outro problema clássico é a incrustação, devido à deposição e agregação de
sólidos juntos ao aço da caldeira, no lado da água. Ela funciona como isolante
térmico e não permite que a água refrigere o aço.
107
Com esse aumento de temperatura, além das perdas de energia, do ponto de
vista da segurança, podem ocorrer as seguintes conseqüências indesejáveis:
o aço previsto para trabalhar em temperatura da ordem de
300°C fica exposto a temperaturas da ordem de 500°C, fora dos limites de
resistência e, portanto, em condições de riscos de explosão acentuados.
sendo quebradiça, uma parte da camada incrustante pode
soltar-se, fazendo a água entrar em contato direto com as paredes do tubo
em alta temperatura, o que provoca a expansão repentina da água e,
conseqüentemente, a explosão.
g) Hide out - ou ocultamento;
A falta de refrigeração dos tubos ocasiona o ocultamento. Este fenômeno
ocorre porque a concentração dos sólidos dissolvidos na água se cristalizam sobre
os tubos, formando uma camada aderente.
Como esta cristalização é sempre menor que os produtos inseridos para o
tratamento da água, a impressão é que estes estão sempre se escondendo em algum
lugar
4. Corrosão:
108
Corrosão Interna:
A corrosão interna das caldeiras processa-se sob diversas formas, segundo
diversos mecanismos, porém é sempre consequencia direta da presença de água: de
sua característica, de suas impurezas e de seu comportamento, quando em contato
com o ferro, nas diversas faixas de temperaturas.
Aeração Diferencial:
Nas caldeiras flamotubulares, o oxigênio dissolvido na água provoca corrosão
dos tubos superiores ; trata-se de corrosão por aeração diferencial; os tubos
submersos estão submetidos a menores concentrações de oxigênio, se comparados a
região acima da superfície da água. Essa diferença forma uma pilha em que o ânodo
é formado pela parte menos aerada.
Corrosão Salina:
Concentrações elevadas de cloretos também causam corrosões em virtude de
sua migração para fendas ou áreas sem proteção de magnetita, ou ainda sob
camadas de depósitos porosos quando estes se formam nas paredes dos tubos.
O cloreto de magnésio em particular se hidrolisa dando origem ao ácido
clorídrico que ataca o ferro da caldeira quimicamente.
Cloretos de modo geral na presença de oxigênio contribuem com a reação da
magnetita com o oxigênio, dando origem ao Fe2O3, óxido não protetor.
Corrosão Externa:
Os fenômenos de corrosão que se exercem sobre a face exposta aos gases de
combustão dependem dos combustíveis empregados e das temperaturas.
As zonas mais quentes das caldeiras ocorrem nos superaquecedores e nos
ressuperaquecedores. Corrosões nessas áreas podem ocorrer não só nas caldeiras a
óleo como também nas caldeiras a carvão; os mecanismos de corrosão dependem do
combustível mas em todos os casos os depósitos fluidos de cinzas que se formam
sobre os tubos desempenham um papel essencial na propagação de corrosão.
Estudos recentes têm permitido concluir que a corrosão se desenvolve em
caldeiras a óleo, quando se forma sobre o tubo um depósito de cinzas.
5 Falhas Diversas
109
Acidentes a Partir da Forma Construtiva
Situação:
defeitos externos ou que se projetam para fora do cordão da solda;
defeitos internos;
defeitos de concordância, defeitos na raiz, no primeiro passe etc.;
Geometria:
defeitos planos;
defeitos volumétricos;
Meios de detecção
defeitos identificáveis no exame visual;
defeitos identificáveis em exames destrutivos;
defeitos identificáveis em exames não destrutivos;
Gravidade
defeitos de pouca gravidade;
defeitos de muita gravidade;
defeitos sem gravidade.
110
O Instituto Internacional de Solda (IIW) classifica os defeitos por famílias ou
grupos:
b) Grupo Nº 2 – Cavidades
111
A falta de penetração pode ser causada pela combinação de fatores tais como
inadequação do desenho do chanfro, velocidade exagerada de avanço do
eletrodo, diâmetro de eletrodo muito grande, eletrodo inadequado (de baixa
penetração) ou, ainda, intensidade de corrente exageradamente baixa.
Cordão com reforço fora dos limites, apresentando concordâncias abruptas;
Defeitos de alinhamento, que podem eventualmente levar à ocorrência de
falta de fusão à raiz, sobre um dos elementos a ligar;
Mordeduras, que são defeitos de forma particularmente perigosa,
situados longitudinalmente ao lado do reforço e que correspondem à falta
de metal localizada,
em razão da fusão do metal de base não preenchida
devidamente;
Salpicos adjacentes ao cordão de solda, decorrentes do emprego de
intensidades de correntes muito altas ou de arco elétrico muito aberto.
Seja qual for o processo, a execução das operações de soldagem deve ser
realizada por soldadores qualificados e segundo processos reconhecidos por normas
técnicas específicas.
112
Acidentes a Partir de Defeitos de mandrilagem
A nível internacional, denomina-se mandrilagem a operação de expansão de
tubos utilizada na fabricação de caldeiras. Uma vez, porém, que essa denominação
pode causar confusões com as operações de furos, alguns fabricantes de caldeiras
preferem empregar o termo expansão de tubos.
Essa operação consiste na introdução do tubo no furo devidamente
dimensionado para recebê-lo e, em seguida, na expansão da extremidade do tubo
por meio de um mandril (dispositivo cônico que gira em torno de um eixo axial). Tem
a finalidade de ancorar o tubo no espelho (caldeiras flamotubulares) ou no tubulão
(caldeiras aquatubulares), com a devida estanqueidade.
113
Acidentes Causados Pelo Combustível
Casos Ocorridos
Acidentes Causas Observações
Conseqüências
Grav Prováveis do Complementares
Mortes Danosas
es Acidente
Ind. Ind. Não determinado 90% da casa de não se tem dados sobre
caldeira destruída vítimas.
02 Ind. Válvula 50% da empresa A parte superior da caldeira
emperrada destruída subiu cerca de 50 m de altura.
Foi dado alarme, evacuando-se
03 03 Não determinado 40% da empresa o local, e mesmo assim houve
destruída mortos e feridos. Pedaços a 50
m de distância.
03 06 Corrosão nas 70% da empresa Foi às duas horas da
emendas c/ solda destruída madrugada e na região da
apenas no caldeira.
exterior
03 06 Corrosão e 70% da empresa
emendas com destruída
soldas mal feitas
10 02 Incrustações 90% da empresa Aparece corrosões na
destruída tubulação, não se tem dados
sobre vítimas. Pedaços à 100
m.
114
EPI - Equipamentos de Proteção Individual - Elementos Integrantes
do projeto da Casa de Caldeira
116
NR 5.20 - A CIPA terá as seguintes atribuições:
117
IX - PROJETO DE CASA DE CALDEIERAS
Comentário: Esse artigo da Lei 6.514 deixa bem claro que, esteja a casa de
caldeira numa lavanderia, hotel, indústria em geral, restaurante, hospital, etc, as
empresas devem também cumprir outras disposições incluídas em código de obras
ou regulamentos sanitários dos Municípios ou Estados, além naturalmente de
obedecer a Lei 6.514, desde que as primeiras não entrem em conflito com essa
última.
118
§ 3º - Da decisão do Delegado Regional do Trabalho poderão os interessados
recorrer, no prazo de 10 (Dez) dias, para o órgão de âmbito nacional competente em
matéria de segurança e medicina do trabalho, ao qual será facultado dar efeito
suspensivo ao recurso.
119
d) Dispor de saídas amplas permanentemente desobstruídas;
e) Dispor de acesso fácil e seguro, indicadores de nível de água ou do líquido
que estiver sendo vaporizado, reguladores de alimentação e demais acessórios
necessários à operação e segurança da caldeira;
f) canalizar os gases de combustão, que devem ser lançados, através de
dispositivos adequados, fora do recinto das caldeiras;
g) dispor de ventilação adequada”.
II. adotar as medias que se tornem exigíveis, em virtude das disposições deste
Capítulo, determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se
façam necessárias;
120
Competência Técnica para Assinar projetos de Casa de Caldeiras
e Relatório de Inspeções Sobre Caldeiras
121
desenhos sobre a casa de caldeiras. Já no item III, dá poderes para aplicar
penalidades conforme o artigo 201:
122
Aspectos da Construção do Projeto da Casa de Caldeira
123
A Segurança da Caldeira analisada no Projeto da Casa de Caldeiras
124
características funcionais e a pressão máxima de trabalho permitida (PMTP), esta
última indicada, em local visível, na própria caldeira.
125
“As caldeiras, de qualquer estabelecimento, devem ser instaladas em ‘Casa
de Caldeiras’ ou em local específico para tal fim, denominado ‘Área de Caldeiras’”.
Aqui fica claro que as caldeiras ou serão instaladas em “Casa de Caldeiras”
ou em local apropriado denominado “Área de Caldeiras”.
Nesse último caso, a legislação da abertura técnica para as caldeiras de
alvenaria ou mesmo as caldeiras gigantescas da indústria petroquímica ou das
termoelétricas que possuem altura que vão até a 100 m (no Brasil).
Para esses casos a caldeira é a própria “Casa de Caldeiras”. O material de aço é
tratado e recebe pintura adequada, contra corrosão e outros agentes agressivos.
O item 13.2.9 diz que os pré-requisitos mais importantes que o Ministério do
Trabalho dá para aprovação do projeto da casa de caldeira são:
Sub-ítem 13.2.9 - A “Casa de Caldeiras” deverá satisfazer aos seguintes
requisitos:
I. Constituir prédio separado, construídos de materiais resistentes ao fogo,
podendo estar anexo a outro edifício do estabelecimento separado por parede
construída com material resistente ao fogo e afastado, no mínimo 3,0 m (Três)
metros de edificações contíguas, de terceiros, e do limite com a vias públicas;
II. Estar completamente isolada dos locais onde se armazenam ou manuseiam
substâncias para sua própria alimentação, conforme normas técnicas oficiais
vigentes no País;
III. Não ser utilizada para qualquer outra finalidade, com exceção de
compressores de ar, excluído, porém o reservatório de ar comprimido;
IV. Dispor de saídas amplas e permanentes desobstruídas;
V. dispor de acesso fácil e seguro, indicadores de nível de água ou do líquido que
estiver sendo vaporizado, reguladores de alimentação e demais acessórios
necessários à operação e segurança da caldeira;
VI. Canalizar os gases de combustão, que devem ser lançados através de
dispositivos adequados, fora do recinto das caldeiras;
Comentários:
126
X - Legislação
RESOLVE
Artigo 1º - Aprovar as Normas Regulamentadoras - NR do Capítulo V, Título
II, da Consolidação das leis do Trabalho, relativas à segurança e Medicina do
trabalho:
Normas Regulamentadoras:
NR - 1 - Disposições Gerais;
NR - 2 - Inspeção Prévia;
NR - 3 - Embargo e interdição;
NR-4 - Serviço especializado em Segurança e Medicina do Trabalho -
SSMT
NR-5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA;
NR-6 - Equipamento de proteção Individual - EPI;
NR-7 - Exames Médicos;
NR-8 - Edificações;
NR-9 - Riscos Ambientais;
NR-10 - Instalações e Serviços de Eletricidade;
NR-11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de
Materiais;
NR-12 - Máquinas e Equipamentos;
NR-13 - Caldeiras e Vasos Sob Pressão;
NR-14 - Fornos;
NR-15 - Atividades e operações Insalubre;
NR-16 - Atividades e Operações Perigosas;
NR-17 - Ergonomia;
NR-18 - Obras de Construção, Demolição e Reparos;
NR-19 - Explosivos;
NR-20 - Combustíveis Líquidos e Inflamáveis;
NR-21 - Trabalhos a Céu Aberto;
NR-22 - Trabalhos Subterrâneos;
NR-23 - Proteção Contra Incêndios;
NR-24 - Condições Sanitárias dos Locais de Trabalho;
NR-25 - Resíduos Industriais;
NR-26 - Sinalização de Segurança;
NR-27 - Registro de Profissionais;
NR-28 - Fiscalização e Penalidades.
127
NR 13 - Caldeiras
A NR supra tem nova redação dada pela PT SSST Nº 23, de 27.12.94 (DOU
de 28.12.94, republicada no de 26.04.95). O art. 2º da citada PT, dispõe:
“Artigo 2º - Os empregadores terão 30 dias para se adaptarem às novas
exigências introduzidas na NR 13, contados a partir da publicação desta Norma,
ressalvados os seguintes itens:
- adequação das instalações no tocante a válvula de segurança,
manômetros, sistemas de indicação de nível etc.: 180 dias.
- adequação das placas de identificação: 90 dias.
- pintura ou instalação de placa adicional: 90 dias.
- adequação do prontuário da caldeira: 120 dias
- classificação das caldeiras: 90 dias.
- adequação das instalações: 180 dias.
- adequação dos manuais de operação: 180 dias.
13.3.4 à 13.3.10 - adequação do treinamento de novos operadores: 90 dias.
- implantação do plano de manutenção preventiva em sistemas de controle e
segurança: 90 dias.
- prazos de inspeção das caldeiras devem ser imediatos, considerados a
partir da última inspeção.
- classificação dos vasos de pressão: 120 dias.
- adequação de manômetros, válvulas de segurança, etc: 270 dias.
- adequação das placas de identificação: 180 dias.
pintura ou instalação de placa suplementar com a categoria: 180 dias.
13.6.4.a - adequação do prontuário: 180 dias.
13.6.4.c - elaboração do projeto de instalação: 180 dias.
- adequação das instalações: 180 dias.
- adequação do manual de operação: 180 dias.
13.8.3 - treinamento de operadores novos: 180 dias
- implantação de plano de manutenção preventiva de sistemas de controle de
segurança: 120 dias.
13.1.2 - Para efeito desta NR, considera-se “Profissional Habilitado” aquele que
tem competência legal para o exercício da profissão de engenheiro nas atividades
referentes a projeto de construção, acompanhamento de operação e manutenção,
inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras e vasos de pressão, em
conformidade com a regulamentação profissional vigente no País.
128
13.1.4 - Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos
seguintes ítens:
a) válvula de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou
inferior a PMTA;
b) instrumento que indique a pressão do vapor acumulado;
c) injetor ou outro meio de alimentação de água, independente do sistema
principal, em caldeiras a combustível sólido;
d) sistema de drenagem rápida de água, em caldeiras de recuperação de
álcalis;
e) sistema de indicação para controle do nível de água ou outro sistema que
evite o superaquecimento por alimentação deficiente.
13.1.5 - Toda caldeira deve ter fixada em seu corpo, em local de fácil acesso e
bem visível, placa de identificação indelével com, no mínimo, as seguintes
informações:
a) fabricante;
b) número de ordem dado pelo fabricante;
c) ano de fabricação;
d) pressão máxima de trabalho admissível;
e) pressão de teste hidrostático;
f) capacidade de produção de vapor;
g) área da superfície de aquecimento;
h) código de projeto e ano de edição.
129
e) “Relatórios de Inspeção”, em conformidade com os sub-ítens 13.5.11,
13.5.12 e 13.5.13.
130
13.2 - Instalação de Caldeiras a Vapor
13.2.1 - A autoria do “Projeto de Instalação” caldeiras a vapor, no que concerne
ao atendimento desta NR, é de responsabilidade de “Profissional Habilitado”,
conforme citado no sub-ítem 13.1.2, e deve obedecer os aspectos de segurança,
saúde e meio ambiente previstos nas Normas Regulamentadoras, convenções e
disposições legais aplicáveis.
131
f) dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à manutenção da
caldeira, sendo que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter
dimensões que impeçam a queda de pessoas;
g) ter sistemas de captação e lançamento dos gases e material particulado,
provenientes da combustão, para fora da área de operação, atendendo às
normas ambientais vigentes;
h) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes e ter sistema de
iluminação de emergência.
13.2.5 - Constitui grave e iminente o não atendimento aos seguintes
requisitos:
a) para todas as caldeiras instaladas em ambiente aberto, as alíneas “b”, “d”
e “f” dos sub-ítem 13.2.3m desta NR;
b) para as caldeiras da categoria “A” instaladas em ambientes confinados, as
alíneas “a”, “b”, “c”, “d”, “e”, “g” e “h” do sub-ítem 13.2.4 desta NR;
c) para as caldeiras das categorias “B” e “C” instaladas em ambientes
confinados, as alíneas “b”, “c”, “d”, “e”, “g” e “h” do sub-ítem 13.2.4 desta NR.
132
grave e iminente o emprego de artifícios que neutralizem sistemas de controle
e segurança da caldeira.
13.3.5 - Para efeito desta NR será considerado operador de caldeira aquele que
satisfizer pelo menos uma das seguintes condições:
a) possuir certificado de “Treinamento de Segurança na Operação de
Caldeiras” e comprovação de estágio prático conforme sub-ítem 13.3.11;
b) possuir certificado de “Treinamento de Segurança para Operação de
Caldeiras” previsto na NR 13 aprovada pela Portaria Nº 02/84 de
08/05/84;
c) possuir comprovação de pelo menos 3 (Três) anos de experiência nessa
atividade, até 08 de Maio de 1984.
13.3.6 - O pré requisito mínimo para participação, como aluno, no “Treinamento
de Segurança na Operação de Caldeiras” é o atestado de conclusão do 1º grau.
133
13.3.10 - O estabelecimento onde for realizado o estágio prático supervisionado
deve informar previamente à representação sindical da categoria profissional
predominante no estabelecimento:
a) período de realização do estágio;
b) entidade, empresa ou profissional responsável pelo “Treinamento de
Segurança na Operação de Caldeiras”;
c) relação dos participantes do estágio.
134
13.4.3 - O “Projeto de Alteração ou Reparo” deve:
a) ser concebido ou aprovado por “Profissional Habilitado”, citado no sub-
ítem 13.1.2;
b) determinar materiais, procedimentos de execução, controle de qualidade e
qualificação de pessoal.
13.5.2- A inspeção de segurança inicial deve ser feita em caldeiras novas, antes
da entrada em funcionamento, no local de operação, devendo compreender
exame interno e externo, teste hidrostático e de acumulação.
135
consideradas especiais quando todas as condições seguintes forem
satisfeitas:
a) estiverem instaladas em estabelecimentos que possuam “Serviço Próprio
de Inspeção de Equipamentos” citado no Anexo II;
b) tenham testados a cada 12 (doze) meses o sistema de intertravamento e a
pressão de abertura de cada válvula de segurança;
c) não apresentem variações inesperadas na temperatura de saída dos gases
e do vapor, durante a operação;
d) exista análise e controle periódico da qualidade da água;
e) exista controle de deterioração dos materiais que compõem as principais
partes da caldeira;
f) seja homologada como classe especial mediante:
da categoria profissional predominante no
acordo entre a representação sindical
estabelecimento e o empregador;
do MTb, solicitada por qualquer uma das partes,
intermediação do órgão regional
quando não houver acordo;
decisão do órgão regional do MTb quando persistir o impasse.
136
13.5.9 - A inspeção de segurança extraordinária deve ser feita nas
seguintes oportunidades:
a) sempre que a caldeira for danificada por acidente ou outra ocorrência
capaz de comprometer sua segurança;
b) quando a caldeira for submetida a alteração ou reparo importante capaz
de alterar suas condições de segurança;
c) antes da caldeira ser recolocada em funcionamento, quando permanecer
inativa por mais de 6 (seis) meses;
d) quando houver mudança de local de instalação da caldeira.
13.5.10 - A inspeção de segurança deve ser realizada por “Profissional
habilitado”, citado no sub-ítem 13.1.2, ou por “Serviço Próprio de Inspeção
de Equipamentos”, citado no Anexo II.
13.5.11 - Inspecionada a caldeira, deve ser emitido “Relatório de Inspeção”, que
passa a fazer parte da sua documentação.
137