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Radiação Solar

A Atmosfera e a Radiação Solar


O Sol irradia para o espaço, em
todas as direcções, quantidades de
energia elevadíssimas , mas só uma
pequena parte atinge a superfície da
Terra.

A quantidade de energia solar


recebida à superfície da Terra varia
de lugar para lugar, havendo, então,
uma variação e uma distribuição
desigual desta energia à superfície da
atmosfera e no globo .

A energia solar (Energia proveniente


do Sol, sob a forma de ondas
electromagnéticas) é responsável
por todos os processos físicos e
químicos e pelos fenómenos
biológicos e meteorológicos que se
fazem sentir à superfície da Terra.
Assim, deve-se à
energia solar:

- o ciclo da água ou
ciclo hidrológico;

- a desigual
repartição da
temperatura;

- a diversidade de climas, desde os climas frios das regiões polares,


passando pelos temperados das latitudes médias, aos quentes e
húmidos das regiões equatoriais.
A radiação solar é um fenómeno de natureza electromagnética,
propagando-se segundo um movimento ondulatório.

A velocidade da radiação solar é de 300 000 km/s, levando cerca de


oito minutos a chegar à Terra. Esta é constituída por radiações
simples, referenciadas pelo seu comprimento de onda ou pela sua
frequência.

RELAÇÃO ENTRE O COMPRIMENTO DE ONDA E A FREQUÊNCIA

Devido à sua elevada temperatura (ronda os 6000 °C na sua superfície), o Sol


emite radiações de pequeno comprimento de onda, isto é, de elevada
frequência.
Ao conjunto das radiações solares simples dá-se o nome de espectro
electromagnético ou espectro solar.

Radiações visíveis: que correspondem às sete cores do arco-íris designando-se


vulgarmente por janela óptica.

Radiações invisíveis: com um pequeno comprimento de onda (para a esquerda


das radiações visíveis) surgem as bandas do ultravioleta e com um grande
comprimento de onda (para a direita das radiações visíveis) surgem as bandas do
infravermelho.
A atmosfera: filtro da radiação solar
Em consequência da enorme distância a que a Terra se encontra do Sol, apenas uma
pequena parte da radiação por ele emitida atinge o limite superior da atmosfera
(Constante Solar).
constante solar — quantidade de energia que recebe em cada metro quadrado de
superfície da camada superior da atmosfera.

Sistema Solar
Mercúrio

Vénus
Terra
Marte

Júpiter Neptuno

Saturno

Urano Plutão
Apenas 49% do total da radiação solar que chega ao limite superior da atmosfera (Constante
Solar) consegue atingir a superfície do globo. Os processos atmosféricos que explicam a perda
de 51% da Radiação Solar são :
- Absorção ( 20%)
- Reflexão (25%)
- Difusão (6%)

Absorção - É feita essencialmente pelo


31% +21%=52%
Ozono Estratosférico que absorve grande 21%
parte das radiações ultravioletas e pelo
vapor de água , dióxido de carbono,
poeira e nuvens que se encontram na
troposfera que retêm as radiações
infravermelhas.

Reflexão – Ocorre no limite superior da


atmosfera, nas nuvens e na superfície
terrestre, incluindo Oceanos, mares,
lagos e rios a que se chama Albedo.

Difusão – Resulta de inúmeras reflexões


dos raios solares sobre as moléculas de
gás e partículas sólidas que se encontram
em suspensão na atmosfera (poeira e
impurezas).
ALBEDO DE UMA SUPERFÍCIE

A radiação solar, ao incidir sobre qualquer corpo, vai, em maior ou menor quantidade, sofrer
uma mudança de direcção, sendo reenviada para o espaço por reflexão.

Albedo - É a energia reflectida por uma superfície em relação ao total de energia nela
incidente (expresso em percentagem).

- As superfícies de cor clara, como a neve, têm um albedo elevado, reflectindo quase a
totalidade da energia solar nelas incidente, logo não aquecem muito.

- As superfícies de cor escura têm um albedo muito fraco, o que se traduz numa grande
absorção de radiação solar e num consequente aquecimento.

- Por outro lado, quanto maior a inclinação dos raios solares maior é o albedo.
Albedo de algumas superfícies
A radiação terrestre
Uma das maiores contribuições da radiação solar é o aquecimento do nosso planeta, sem o
qual a temperatura média na Terra seria de aproximadamente -238 °C e a água apenas existiria
no estado sólido.
Ao ser absorvida pela Terra, a radiação solar converte-se em energia calorífica, aquecendo a
superfície terrestre. Esta, por sua vez, emite a mesma quantidade de energia que recebe,
encontrando-se, por isso, em equilíbrio térmico (EFEITO DE ESTUFA)

A radiação terrestre – radiação emitida pela Terra – processa-se em grande comprimento de onda (radiação
infravermelha), ao contrário da radiação solar que é, essencialmente, de curto comprimento de onda.
Nota - Ter em atenção que o efeito de estufa é um fenómeno natural e necessário ao equilíbrio
térmico da Terra. O problema que se põe, desde há décadas, prende-se com o aumento de
intensidade deste fenómeno provocado pela acção humana (poluição).
O Efeito de estufa explica o facto de as temperaturas noturnas não baixarem tanto
quanto seria de esperar, já que, durante a noite, a Terra não recebe energia do Sol. Por
isso, quando o céu está nublado, as temperaturas são, geralmente, mais elevadas do que
se o céu estiver limpo.

CONSEQUÊNCIAS DO AUMENTO DO EFEITO DE ESTUFA


A VARIAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR

Apesar de, a nível global, existir um Equilíbrio energético ou Térmico (energia perdida
é igual à energia recebida), tal não acontece na maior parte das regiões da Terra.

Zona Intertropical – A quantidade de


Energia recebida à superfície é superior
aquela que é emitida pela Terra
( Excedente energético e de calor).

Zona Temperada – A quantidade de


Energia recebida à superfície é igual
aquela que é emitida pela Terra
( Equilíbrio energético e de calor)

Zona Fria – A quantidade de Energia


recebida à superfície é inferior aquela
que é emitida pela Terra
( Défice energético e de calor)
NOTA: Apesar destas diferenças, o Equilíbrio Energético Global é uma realidade, devido
essencialmente à dinâmica da atmosfera que faz a transferência de energia entre as regiões
excedentárias para as regiões deficitárias
Os factores responsáveis pela variação da radiação solar

A variação da radiação solar à superfície depende de uma série de factores, dos quais
salientam:
a) A forma esférica da Terra responsável pela Inclinação dos raios solares.
b) O movimento de Translação responsável pela desigualdade dos dias e das noites.

a) Inclinação dos raios solares.


1
1 – Nas regiões perto do Equador:
a) Os raios solares incidem verticalmente 2
(menor obliquidade)
b) A massa atmosférica a atravessar é menor
c) A superfície a aquecer é menor
d) Maior quantidade de energia recebida
e) Logo, as temperaturas são mais elevadas

2 – Nas regiões Polares: 2 1


a) Os raios solares incidem com maior obliquidade
b) A massa atmosférica a atravessar é maior
c) A superfície a aquecer é maior
d) Menor quantidade de energia recebida
e) Logo, as temperaturas são mais baixas

Assim se explica o défice térmico das regiões das latitudes mais elevadas e o excesso
energético das regiões com latitudes mais baixas.

É o Movimento de Translação da Terra que faz variar , ao longo do ano, a duração dos dias
e das noites .
b) O Movimento de Translação

Fig. O movimento de translação


da Terra e duração do dia nos
solstícios e em diferentes
latitudes.
CONCLUSÃO
1 – Portugal, no Solstício de Junho ( Verão), recebe as maiores quantidades de energia porque :
a) O Sol encontra-se a incidir diretamente no Trópico de Câncer (menor obliquidade).
b) A massa atmosférica a atravessar é menor.
c) A Superfície a aquecer é menor.
d) Os dias são maiores do que as noites o que aumenta o tempo de exposição aos raios solares.

2– Portugal, no Solstício de Dezembro ( Inverno), recebe as menores quantidades de energia porque :


a) O Sol encontra-se a incidir diretamente no Trópico de Capricórnio (maior obliquidade).
b) A massa atmosférica a atravessar é maior.
c) A Superfície a aquecer é maior.
d) Os dias são menores do que as noites o que diminui o tempo de exposição aos raios solares.
A distribuição da radiação solar em Portugal
Portugal Continental por localizar-se numa faixa compreendida entre os 37e 42 graus
Norte regista valores de radiação bastante significativos mas com grande variabilidade
anual e espacial.

A distribuição anual da radiação solar A distribuição anual da Temperatura

Os valores de radiação global média mais elevados registam-se no Verão, sobretudo


durante o mês de Julho, enquanto os mais baixos se verificam no Inverno
A distribuição espacial da radiação solar
1 - Os valores da radiação solar
global aumentam, em geral, de
norte para sul, verificando-se
também, na região central, um
aumento no sentido Litoral-
Interior.

2 - O aumento da radiação global


de norte para sul é mais
acentuado no Inverno, enquanto
a variação Litoral-Interior é mais
notória no Verão.

3 - No Inverno, os valores mais


elevados encontram-se também
no Sul, com uma inflexão para
norte, pelo vale inferior do Tejo
e até ao vale do Mondego. Os
valores mais baixos alargam-se,
agora, a todo o extremo norte.
Fatores responsáveis pela desigual distribuição da Radiação Solar em Portugal

1- Latitude - As regiões do Sul recebem sempre maior quantidade de radiação


solar, devido à menor inclinação dos raios solares.

2- Proximidade do mar - As áreas próximas do mar são geralmente mais


nebulosas logo recebem a radiação solar com menor intensidade, pois as
nuvens refletem e absorvem parte da radiação solar incidente.

3- Número de horas de insolação – Em geral, o número de horas em que o


Sol se encontra acima da linha do horizonte aumenta de norte para sul e do
Litoral para o Interior .
4- Altitude – As áreas com maior altitude têm maior nebulosidade e, em
consequência, uma redução do número de horas de Sol descoberto.

5- Exposição das vertentes - as vertentes voltadas a sul estão mais expostas ao


Sol e, como tal, têm maior insolação (encostas soalheiras), as vertentes voltadas
a norte têm mais horas de sombra e, por isso, nelas a insolação é menor
(encostas umbrias).
A variabilidade da radiação solar em Portugal

 Fatores que explicam a diferenciação espacial da radiação


solar:

 A latitude, embora registe  A proximidade do mar faz-se


pequenas diferenças no sentir pela influência que o
território nacional, é a grande mesmo exerce ao nível da
responsável pelo facto de as humidade do ar e da
regiões do Sul receberem nebulosidade. Por esta razão, as
maior quantidade de regiões do litoral, sobretudo a
radiação solar, uma vez que norte do Tejo, recebem menos
para estas o ângulo de radiação que as regiões do
incidência dos raios solares interior, pois são áreas que estão
é sempre superior. mais frequentemente encobertas
pela nebulosidade e, portanto,
com menor insolação.
A variabilidade da radiação solar em Portugal

 Fatores que explicam a diferenciação espacial da radiação


solar:

 A influência da altitude  A exposição solar e a


deve-se essencialmente inclinação das vertentes
ao facto de esta provocar influenciam a quantidade de
um aumento da radiação solar recebida, uma vez
nebulosidade e, portanto, que as encostas voltadas a sul
uma diminuição da recebem os raios solares com
insolação. maior ângulo de incidência e
estão mais expostas ao Sol,
sendo, por isso, designadas de
vertentes soalheiras.
A variabilidade da radiação solar em Portugal

 Nas encostas viradas a norte, pelo contrário, os raios solares


incidem mais obliquamente e a insolação é menor, razão pela qual
são consideradas vertentes umbrias ou sombrias.

 A influência da exposição geográfica das vertentes é


particularmente evidente na ilha da Madeira.

Fig. Vertente soalheira – Câmara de Fig. Vertente umbria – Santana (lado


Lobos (lado sul da ilha da Madeira) norte da ilha da Madeira)
A distribuição da Temperatura em Portugal
Em Portugal, apesar da amenidade das temperaturas regista-se uma variação
anual e uma distribuição espacial bastante significativas.

Sul do Tejo
Temperaturas
médias anuais
mais altas.

Em janeiro a temperatura Em julho a temperatura média


média mensal diminui de mensal aumenta do litoral para
sudoeste para nordeste. o interior.
Fig. Distribuição da temperatura média anual e das isotérmicas de janeiro e julho em Portugal Continental.

Isotérmicas - São linhas que unem pontos de igual temperatura média.


A distribuição espacial da Temperatura em Portugal
Janeiro (Página 127) Distribuição da temperatura Média
Janeiro
A distribuição das Isotérmicas revelam que:
a) Em janeiro a temperatura média mensal diminui de
sudoeste para nordeste.
b) Os valores mais baixos de temperatura registam-se no
Nordeste Transmontano.
C) Os valores mais elevados de temperatura registam-se
na Costa Alentejana e Litoral Algarvio.

Fatores responsáveis:

Latitude - Embora as diferenças de latitude no nosso país


não sejam significativas, elas são suficientes para
explicar a variação da temperatura registada entre as
regiões a Norte e as regiões a Sul.

Continentalidade – As regiões do nosso país que se


encontram afastadas do mar (Interior) registam
valores mais baixos de temperatura dado que estão
afastados da ação moderadora do mar. (Os oceanos
aquecem e arrefecem mais lentamente do que o
Interior do Território).
A distribuição espacial da Temperatura em Portugal
Julho (Página 127) Distribuição da temperatura Média
A distribuição das Isotérmicas revelam que: Julho

a) Em julho a temperatura média mensal aumenta do


litoral para o interior.
b) Os valores mais baixos de temperatura registam-se
junto ao Litoral.

c) Os valores mais elevados de temperatura registam-se


na faixa do interior do País.

Fatores responsáveis:

Continentalidade – As temperaturas vão aumentando


de Oeste-Este revelando a influência clara do
maior ou menor afastamento do Oceano. As
regiões do nosso país que se encontram afastadas
do mar (Interior) registam valores mais elevados
de temperatura dado que estão afastados da ação
moderadora do mar.
(O Interior aquece e arrefece mais rapidamente do
que o Litoral do Território).
A distribuição da temperatura no território nacional
Fig. Distribuição da temperatura média anual Fig. Amplitude térmica anual em
em Portugal continental Portugal continental
Valorização da radiação solar
A VALORIZAÇÃO ECONÓMICA DA RADIAÇÃO SOLAR
A RADIAÇÃO SOLAR EM PORTUGAL
 Portugal localiza-se numa  por essa razão, regista valores de
faixa de latitude compreendida radiação solar consideráveis e
Fig. Radiação solar global à superfície na Europa

sensivelmente entre os 30º N e bastante superiores aos verificados


os 42º N… na maior parte dos países da Europa.
 quantitativos recebidos
Radiação Solar
anualmente, em Portugal,
criam um forte potencial
de aproveitamento da
Recurso Natural energia solar

pode ser potencializado do ponto de vista

Económico

quer pela promoção quer pela produção


do turismo de energia
aproveitamento energético pode ser feito diretamente

como fonte de calor através da conversão da


para aquecimento radiação solar em eletricidade
Sistemas Térmicos Sistemas Fotovoltaicos

convertem diretamente a
captação, por coletores, da radiação solar em energia
radiação solar direta elétrica

através de células
fotovoltaicas

aquecimento de energia solar como


edifícios, águas, fonte de calor na que transformam a energia
etc. produção de solar numa corrente de
eletricidade. eletrões.
Valorização da radiação solar

Fig. Casa de habitação com coletores solares, no concelho de Almeida.


Valorização da radiação solar

Fig. ETAR biológica que utiliza energia solar, em Castelo Mendo.


Valorização da radiação solar

 A produção de eletricidade a partir


da energia solar…
tem vantagens

 Ambientais  Económicas

pois permite:

• aumentar o emprego (atividades ligadas


à produção de energia solar e à construção
• diminuir as e instalação da necessária tecnologia)
emissões de gases
de efeito de estufa na • reduzir as importações de
produção de energia combustíveis fósseis e, eventualmente,
exportar energia solar, diminuindo a
dependência e a despesa externas
Valorização da radiação solar

 A tecnologia atual coloca alguns condicionalismos:

• a variabilidade da
radiação solar

 interrompida durante a noite e


diminui consideravelmente no inverno
(época de maior consumo energético)

• a exigência de grande
investimento de capital e
ocupação de vastas áreas

preferência próximo das grandes


áreas urbanas a abastecer, de
modo a reduzir as perdas no Fig. Central fotovoltaica, na área metropolitana
processo de transporte de Lisboa (concelho de Loures).
O TURISMO

…é uma das principais


 O clima português…
razões para Portugal se
encontrar entre os principais
• com temperaturas moderadas…
destinos turísticos do
• e grande número de dias luminosos…
mundo.

Fig. Turismo balnear e campo de golfe, no Algarve.


Valorização da radiação solar

 A radiação solar constitui um fator de desenvolvimento, pois a


atividade turística:
• gera emprego
• proporciona a entrada de divisas (dinheiro)

• gera efeitos multiplicadores

Fig. Padrão dos Descobrimentos


(desenvolvimento de outras atividades como o
comércio, os transportes, o artesanato, etc.

Porto – Vila Nova de Gaia


Fig. Caves do Vinho do
Valorização da radiação solar

• Desenvolve-se durante todo o ano

O turismo sénior…
• Associado à amenidade do clima

• tem vindo a ganhar


relevância em Portugal

• contribuindo para reduzir o


problema da sazonalidade
associado à atividade turística
Valorização da radiação solar

O setor imobiliário…

• beneficia da amenidade e
luminosidade do território português

 sobretudo no Algarve.

• muitos estrangeiros,
principalmente ingleses, • um número
compram casas de segunda significativo fixa mesmo
habitação no nosso país residência, sobretudo Fig. Albufeira - Algarve
população idosa
CONCLUSÃO
 O potencial de aproveitamento
de energia solar…

…varia de acordo com a radiação


global.
por isso:

• diminui de sul para • é maior no final da


norte, por efeito da primavera e no verão
latitude e do relevo (maior duração dos dias e
menor ângulo de incidência
• aumenta de oeste para este, da radiação solar)
sobretudo a norte do Tejo (maior
nebulosidade do litoral e maior
insolação do interior)
A VALORIZAÇÃO ECONÓMICA DA RADIAÇÃO SOLAR
As condições específicas do território português (temperaturas amenas e uma elevada
insolação média) fazem da radiação solar um recurso a valorizar, cuja potencialização
económica poderá ser feita quer através do turismo quer do aproveitamento da energia solar.

1 - O turismo é a atividade económica que


mais beneficia da excelente reputação
climática de Portugal e uma das razões que
atrai anualmente um grande número de
estrangeiros. O turismo dominante é o
balnear ou de praia dado possuirmos um
clima ameno e uma vasta costa de praia. A
amenidade do Inverno e, sobretudo, das
estações intermédias, atrai um turismo
sénior sobretudo vindo do Norte da Europa
para o nosso Algarve.
2 - A energia solar
Em Portugal existem potencialidades significativas de aproveitamento de energia solar (
sob a forma de energia térmica como na produção de energia eléctrica) que importa
valorizar, ainda mais tratando-se de uma fonte de energia gratuita, limpa e inesgotável,
cujo contributo poderá ser relevante para a diminuição da nossa dependência em
relação ao exterior e para a sustentabilidade ambiental.

a) Nos sistemas térmicos,


a energia solar é captada
através de colectores que
utilizam apenas a
radiação solar directa,
estando dependentes da
insolação. É utilizada no
aquecimento de edifícios
e de águas para uso
doméstico, em indústrias,
hotéis, piscinas, etc.
b) Na produção de energia eléctrica -
Os sistemas fotovoltaicos convertem
directamente a radiação solar em energia
eléctrica, através de células fotovoltaicas
que transformam a energia solar numa
corrente de electrões. Têm a vantagem de
aproveitar também a radiação difusa, em
situações de fraca nebulosidade.

Portugal é um dos países mais ricos da


Europa em termos de energia solar. A
insolação em Portugal Continental varia
entre 1800 e 3100 horas de sol por ano.
Para aproveitar este recurso estão a ser
investidos quase 600 milhões de euros em
painéis fotovoltaicos.
Existem algumas limitações que é necessário ultrapassar para viabilizar o aproveitamento
da energia solar:

• Esta forma de energia está sujeita à variabilidade da radiação solar, que é interrompida
durante a noite e diminui no Inverno que é o período de maior consumo de energia.

• Grande investimento de capital, dado que os materiais necessários são ainda muito caros;

• Disponibilidade de vastas áreas, pois as centrais solares ocupam muito espaço;

• Proximidade dos centros urbanos a abastecer, para reduzir as perdas por transporte.

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