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Tendo em vista, que os gêneros textuais são formas de ação social como afirma Carolyn
Miller (1984), o âmbito de sua circulação determina valores apregoados no meio social.
Dessa forma, cada sociedade tende a mostrar um funcionamento e organização na
produção de textos escritos e no processamento da oralidade. Sendo assim, o seu
desempenho social também possibilita uma estabilização das práticas discursiva, pois
determina uma espécie de controle social, controle este que permite os indivíduos
praticarem processos discursivos de acordo com o que está sendo exposto em
determinadas situações, como afirma Marcuschi (2008, p. 190):
Contudo, o gênero textual quando é trabalhado em sala de aula deve se ter cautela ao
apresenta-lo, pois de maneira geral cada gênero tem sua peculiaridade e apresenta graus
de flexibilidade que estão relacionados a atividades sociais e culturais. Marcuschi
(2008, p. 151) discorre que,
“Desde que não concebamos os gêneros como modelos estanques nem como
estruturas rígidas, mas como formas culturais e cognitivas de ação social
(Miller, 1984) corporificados na linguagem, somos levados a ver os gêneros
como entidades dinâmicas, cujos limites e demarcação se tornam fluidos.”
Como fatores dos eventos comunicativos de uma língua tem-se a fala e a escrita, sendo
estas constituintes da formação de uma sociedade, na qual, sua correlação com gêneros
textuais estão caminhado lado a lado, como afirma Marcuschi (2008, p. 190):
[...] o contínuo verificado entre fala e escrita também tem seu
correlato no contínuo dos gêneros textuais enquanto forma de
representação de ações sociais.