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QUESTÕES
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Faça um resumo em 20 linhas explicando a lógica do pensamento de Marx no livro (letra
proletariado e os meios com os quais essa deve ser vencida. Com caráter histórico e didático,
toque revolucionário e brutal, pois é por meio da exploração clínica e aberta sob outras classes
pela qual o proletariado foi e é usado pela burguesia como ferramenta de manobras políticas e
quando unido como uma só classe, é uma potência superior à burguesia. É nesse ponto que o
valor do livro se expõe de forma clara porque é apresentado os meios com os quais o novo
Estado, dominado pela democracia do proletariado deve ser regido. Esse atua visando o
potencial máximo de produção, o desaparecimento das demarcações e antagonismos nacionais
possível notar o que fora apresentado até aqui, isto é, a luta de classes existente em diferentes
épocas e lugares, além da exploração burguesa e do uso de sua contraparte como mecanismo
Por fim, é no último capítulo, que se compreende em totalidade a lógica do texto: que
média com os escravos modernos. De acordo com a teoria de Karl Marx tal comparação
Segundo a teoria de Karl Marx a comparação do filme “Da Servidão Moderna” no qual
“nas primeiras épocas históricas, verificamos, quase por toda parte, uma completa
divisão da sociedade em classes distintas, uma escala graduada de condições sociais.
Na Roma antiga encontramos patrícios, cavaleiros, plebeus, escravos; na Idade Média,
senhores, vassalos, mestres, companheiros, servos; e, em cada uma destas classes,
gradações especiais. A sociedade burguesa moderna, que brotou das ruínas da
sociedade feudal, não aboliu os antagonismos de classes. Não fez senão substituir
novas classes, novas condições de opressão, novas formas de luta às que existiram no
passado.” (MARX, K.; ENGELS, 1848)
Ainda no texto que nortearia o pensamento comunista, Karl Marx indica que a sociedade
o capital. Logo, assim como nos remotos tempos da história da humanidade os operários são
mercadoria, artigo de comércio como qualquer outro, estando sujeitos a todas as decisões e
negociações do mercado.
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O filme “Da Servidão Moderna” é exemplar sobre quatro importantes questões que
• alienação: segundo Marx, a alienação é o meio onde as pessoas produzem, mas não
podem usufruir do fruto do seu trabalho assim viram “animais” novamente. Nesse
sentido o trabalho não serve de nada para o conhecimento individual, a vontade fica
Manifesto Comunista:
“O preço médio que se paga pelo trabalho assalariado é o mínimo de salário, isto é, a
soma dos meios de subsistência necessária para que o operário viva como operário.
Por conseguinte, o que o operário obtém com o seu trabalho é o estritamente
necessário para mera conservação e reprodução de sua vida. Não queremos de nenhum
modo abolir essa apropriação pessoal dos produtos do trabalho, indispensável à
manutenção e à reprodução da vida humana, pois essa apropriação não deixa nenhum
lucro líquido que confira poder sobre o trabalho alheio. O que queremos é suprimir o
caráter miserável desta apropriação que faz com que o operário só viva para aumentar
o capital e só viva na medida em que o exigem os interesses da classe dominante.”
(MARX, K.; ENGELS, 1848)
trabalho, cada vez mais, alienante, que lhe parece ser dado generosamente quando estão
demonstrando como as pessoas acham normal uma jornada de trabalho tão desgastante
Podemos afirmar assim que seria a diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o
“O que queremos é suprimir o caráter miserável desta, apropriação que faz com que
o operário só viva para aumentar o capital e só viva na medida em que o exigem os
interesses da classe dominante”. (MARX, K.; ENGELS, 1848)
Já no filme relata o trabalho como um instrumento de tortura, titulado como tal pelo
sistema dominante, em que os proletários dedicam toda a energia e tempo de suas vidas
para manter viva a ideia de utilidade, já que é exercendo o ato de compra que o fará
continuar a viver ainda que para isso seja necessário ser escravo; esse fenômeno é
“Quando se fala de ideias que revolucionam uma sociedade inteira, isto quer dizer
que, no seio da velha sociedade, se formaram os elementos de uma nova sociedade e
que a dissolução das velhas ideias marcha de par com a dissolução das antigas
condições de vida.” (MARX, K.; ENGELS, 1848)
“Quando o mundo antigo declinava, as velhas religiões foram vencidas pela religião
cristã; quando, no século XVIII, as ideias cristãs cederam lugar às ideias racionalistas,
a sociedade feudal travava sua batalha decisiva contra a burguesia então
revolucionária. As ideias de liberdade religiosa e de liberdade de consciência não
fizeram mais que proclamar o império da livre concorrência no domínio do
conhecimento.” (MARX, K.; ENGELS, 1848)
“O proletariado utilizará sua supremacia política para arrancar pouco a pouco todo
capital à burguesia, para centralizar todos os instrumentos de produção nas mãos do
Estado, isto é, do proletariado organizado em classe dominante, e para aumentar, o
mais rapidamente possível, o total das forças produtivas.” (MARX, K.; ENGELS,
1848)
No filme podemos exemplificar por meio das crianças, onde são vítimas desse sistema
que sufoca a liberdade dela desde o berço, com objetivo de torna-las estupidas, tirando
ordens hierárquicas. Segundo o marxismo, o que cria valor é a parte do capital investida
produção e o valor de venda dos produtos, a mais-valia, apropriada pelo capitalista, não
De acordo com o filme, a produção tem um caráter abusivo, capaz de criar imitações
dos alimentos - que se tornam escassos pelo mau uso do avanço da modernidade. Nesse
novo espaço só há lugar para máquinas programadas, não para terra fértil. “Não são
filme, destacamos a fala do narrador sobre a possibilidade de uma outra realidade e que
sociedade impossível).
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1. O socialismo reacionário
A) O socialismo feudal: irá buscar o retorno da sociedade a organização feudal, por não
moderna sociedade burguesa e se sucumbiram aos golpes dessa indesejável ambição, não
podendo mais travar uma luta no campo político, lutaram no campo literário. Para conquistar
afinidade, a aristocracia pôs-se do lado da classe trabalhadora, fingindo esquecer seus próprios
interesses. Começou então, por espírito de vingança, a satirizar os novos senhores e a profetizar
seu destino catastrófico. Desse modo surgiu o Socialismo Feudal, numa mistura de lamentações
e pequenos livros, repercussão do passado e ameaças para o futuro. Sua maior reprovação à
burguesia não é o fato de ter produzido um proletariado, mas sim, produzido um proletariado
revolucionário. Por isso colabora ativamente na luta política contra a classe operária.
seja, introduzir os meios modernos de produção e de troca, porém, na forma do sistema das
“Não é a aristocracia feudal a única classe arruinada pela burguesia, não é a única
classe cujas condições de existência se estiolam e perecem na sociedade burguesa
moderna. Os pequenos burgueses e os pequenos camponeses da Idade Média foram
os precursores da burguesia moderna. Nos países onde o comércio e a indústria são
pouco desenvolvidos, esta classe continua a vegetar ao lado da burguesia em
ascensão.” (MARX, K.; ENGELS, 1848)
os precursores da burguesia moderna. Tal classe não tinha determinação fixa, oscilando entre
proletários súbitos a concorrência e os burgueses súbitos aos avanços das grandes indústrias
que logo seriam substituídos pelas máquinas e próprio comércio. Os intelectuais criticavam o
operária do ponto de vista da pequena burguesia. Foi assim que se formou o Socialismo
Pequeno-burguês.
dissolução dos antigos costumes, das antigas relações de família, das velhas nacionalidades.
Sua finalidade é reestabelecer o modo de produção e de troca anterior e o antigo sistema
a burguesia iniciava sua luta contra o absolutismo feudal. Os alemães se lançaram sobre tal
onde as teorias francesas ficaram reduzidas a uma pura informação literária. Para os filósofos
alemães, as reivindicações da primeira revolução francesa eram vistas como manifestação das
leis da vontade pura, da vontade tal qual deve ser e da vontade verdadeiramente humana. Assim
santos católicos, os alemães enxertarem a literatura francesa uma literatura profana e com
insanidades filosóficas. A este processo de enxertar filosofismos nas teorias francesas deram o
socialista e comunista francesa. Além do sentimento de felicidade por ter-se elevado acima da
pouco. “O verdadeiro socialismo” surgiu como uma arma para os pequenos burgueses, capaz
de vencer de uma só vez dois de seus inimigos, o poder industrial e político da burguesia. A
Se ocupam desta categoria aqueles que procuram melhorar a sorte da classe, tais
socialistas burgueses, querem alcançar as condições de vida da sociedade moderna sem as lutas
e os perigos que dela decorrem, querem a burguesia sem o proletariado. De maneira prática,
maneira alguma, extinguir as relações burguesas de produção, mas, ter reformas administrativas
torna uma simples figura retórica. Finalmente, se resume nesta frase: “os burgueses são
“Uma outra forma desse socialismo, menos sistemática, porém mais prática, procura
fazer com que os operários se afastem de qualquer movimento revolucionário,
demonstrando-lhes que não será tal ou qual mudança política, mas simplesmente uma
transformação das condições de vida material das relações econômicas; que poderá
ser proveitosa para eles. Notai que, por transformação das condições da vida material,
esse socialismo não compreende, em absoluto, a abolição das relações burguesas de
produção - o que só é possível por via revolucionária – mas, apenas, reformas
administrativas fundamentadas nessas condições de produção e que, portanto, não
afetam as realizadas sobre a base das próprias relações entre o capital e o trabalho
assalariado, servindo, na melhor hipóteses, para diminuir os gastos da burguesia com
seu domínio e simplificar o trabalho administrativo de seu Estado.” (MARX, K.;
ENGELS, 1848)
estruturas, mostrando o antagonismo e a luta entre as classes sociais e utiliza métodos para
“As primeiras tentativas diretas do proletariado para fazer prevalecer seus próprios
interesses de classe, feitas numa época de efervescência geral, no período da
derrubada da sociedade feudal, fracassaram necessariamente não só por causa do
estado embrionário do próprio proletariado, como devido à ausência das condições
materiais de sua emancipação, condições que apenas surgem como produto do
advento da época burguesa. A literatura revolucionária que acompanhava esses
primeiros movimentos do proletariado teve forçosamente um conteúdo reacionário.
Preconizava um ascetismo geral e um grosseiro igualitarismo.” (MARX, K.;
ENGELS, 1848)
Os primeiros passos que o proletariado deu para fazer prevalecer seus interesses
não possuía as condições necessárias materiais para sua emancipação, condições estas, que
aparecerão somente com a formação da burguesia como seu produto natural. Tem como
representantes Saint-Samon, Fourier, Owen, etc. que surgem no primeiro período da luta entre
das classes e a ação dos fatores que provocariam a dissolução da sociedade dominante,
entretanto, eles não reconhecem no proletariado nenhuma iniciativa histórica e nem capacidade
lado do desenvolvimento da indústria, e para solucionar tal condição, vão à procura de uma
ciência social e leis que as façam. Eles têm plena convicção de que a classe operária é a mais
sofredora e que a partir disto se devam defender seus interesses, assim, anseiam por melhores
condições materiais para toda a sociedade, mesmo para os mais privilegiados. Para isso, apelam
preferencialmente para a classe dominante. Seu sistema parece ser o melhor dos planos
possíveis para a melhor das sociedades possíveis. Afastam qualquer possibilidade de ação
política e, sobretudo revolucionária, tentando conseguir seus objetivos por meios pacíficos e
Tais obras socialistas e comunistas também terão elementos críticos, como atacar a
sociedade vigente em suas bases. Seus projetos positivos com relação a sociedade futura, como
da produção, tudo isso pretende acabar com o antagonismo de classes. No entanto, essas
se agrava e se define melhor, a oposição que lhe é feita perde qualquer justificação teórica. Daí
as seitas formadas por seus discípulos eram sempre reacionárias, sendo, porém, consequentes
realizar suas utopias sociais e opõe-se totalmente a qualquer ação política da classe operária.
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Marx apresenta as críticas feita ao comunismo como um sistema que visa destruir a
propriedade pessoalmente adquirida. Contudo, como exposto por ele, não é isso que o
comunismo busca abolir, não é sobre abolir a propriedade pessoal, fruto do trabalho e do mérito,
mas abolir a propriedade que o explora o trabalho assalariado, pois esta visa a criação de
aumentar a si mesmo para produzir novos trabalhos assalariados para explorá-los novamente.
Dessa maneira, fica claro o que Marx evidencia como objetivo na abolição da propriedade
burguesa, pois, os burgueses, são àqueles que usam da propriedade para explorar e exploram
para adquirir propriedade, tornando-a, por meio da política burguesa, em propriedade privada.
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“O moinho movido a braço nos dá a sociedade dos senhores feudais; o moinho movido a
ideias, essas categorias são tão pouco eternas quanto as relações às quais servem de
Para que se possamos organizar os conceitos apresentados por Karl Marx, analisaremos
por tópicos:
designadas por 'forças de produção', são constituídas pelos meios de produção – capitais,
“A burguesia, durante seu domínio de classe, apenas secular, criou forças produtivas
mais numerosas e mais colossais que todas as gerações passadas em conjunto. A
subjugação das forças da natureza, as máquinas, a aplicação da química A Indústria e à
agricultura, a navegação a vapor, as estradas de ferro, o telégrafo elétrico, a exploração
de continentes inteiros, a canalização dos rios, populações inteiras brotando na terra
como por encanto - que século anterior teria suspeitado que semelhantes forças
produtivas estivessem adormecidas no selo do trabalho social?” (MARX, K.; ENGELS,
1848)
• relações de produção: também designadas por relações sociais de produção, são
ferramentas, máquinas, matérias-primas e tudo o que possa ser suscetível de ser usado
para fins produtivos -, formas de repartição dos produtos - meios de produção ou bens
Não é, de modo algum, por mero acaso que as reflexões em torno das questões
centralidade tem a sua origem na estreita articulação estabelecida por Marx e Engels
entre aquilo que os homens são, aquilo que produzem e a forma como produzem, ou
seja, “aquilo que os indivíduos são depende das condições materiais da sua produção”.
Está assim justificado o argumento de Marx, em que sustenta que, “em todas as formas
que estabelecem a todas as outras produções e às relações a que elas dão origem a sua
categoria e importância”.
patrões-empregados).
de produção e com suas relações sociais de produtividade. A teoria de Karl Marx tem
como base o que ele chamava de concepção materialista da história. Segundo ela, as
alterações sociais que acontecem ao longo da história não estão baseadas em ideias, mas
Através do método marxista dessa teoria, pela primeira vez a história foi
analisada com fundamentos científicos que afirmavam que as razões das alterações
sociais não estavam no cérebro humano (ideias e pensamentos), mas sim no modo de
produção.
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Com toda certeza sim. Observamos que dentro da perspectiva Marxista tem de haver
uma sociedade totalmente liberta. Mas tais “produtos” divulgados e propagados com o intuito
de nos liberdade acaba nos aprisionando e nos tornando totalmente dependente, colocando-nos
reféns do capitalismo selvagem. Mas um pensamento bate de forma certa com o pensamento
de Marx que é que “o que é alimento para uns, é veneno para outros”, isso exemplifica o poder
exercido por essa sociedade do consumo, pensemos como diz o próprio ditado popular,
“enquanto uns choram, outros vendem lenços”, enquanto alguns são oprimidos outros
enriquecem de forma assustadora. Destaco ainda algo que é bastante claro nos dias atuais e que
Marx já havia observado: “Do mesmo modo que outrora uma parte da nobreza passou-se para
a burguesia, em nossos dias, uma parte da burguesia passa-se para o proletariado, especialmente
a parte dos ideólogos burgueses que chegaram à compreensão teórica do movimento histórico
Manifesto do Partido Comunista, muitos dos que nos oprimem se colocam como nós, mas
simplesmente nos cercam para saber nossos pontos fracos para novamente nos tornarem
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exercer, poderíamos dizer que tais veículos tornam-se cada vez mais opressores, dominadores
Pensemos utilizado aquilo que temos em material do sociólogo Marx. É certo que ele
colocaria as mídias sociais como uma grande responsável pela alienação de muitos das classes
inferiores, pois tais mídias colocam padrões de vida elevados de tal forma que obrigam as
tais consumos é que somos capazes de sermos realizados plenamente e deixarmos de ter uma
vida qualquer. Quanto à afirmação de serem tendenciosas é obviamente que sua resposta seria
afirmativa, pois muitas desses veículos têm lucros altíssimos encima de publicações que hora
MARX, K.; ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista, 1848. Porto Alegre: L&PM,
2009.
DA Servidão Moderna. Direção: Jean-François Brient e Victor León Fuentes. França: COR,
2009.