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VAZ, Henrique C, de Lima. Morte e vida da filosofia. Síntese Nova Fase, Belo
Horizonte, v. 18, n. 55, p. 677-691, out./dez. 1991.
Argumentos:
Morte da Filosofia
-A filosofia não se encontra no mesmo local que as outras ciências, o que leva
muitos a assumirem que não possui a mesma relevância que estas. (atopismo
característico da filosofia, atopos: aquele que não tem lugar, se ocupa de algo
que não é comum).
- Alegar que a filosofia morreu é provar que ela está viva. A filosofia está ligada
a momentos de crise – justamente os momentos em que tendem a alegar sua
irrelevância, são onde se faz presente. Proclamar a morte da filosofia é fazer
filosofia.
“Ora, tomar como tarefa a busca dos fins e a proposição dos valores é a
própria razão de existir da Filosofia e sua morte não pode deixar de ser
anunciada quando a civilização volta às costas à interrogação sobre os fins e
se entrega freneticamente à fruição dos meios.” p. 680.
-A única maneira de a filosofia morrer de fato seria o homem deixar de possuir
sua natureza questionadora. A filosofia está ligada a razão, e só deixaria de ser
se o homem se desse por satisfeito em apenas saber tudo que já sabe sem
mais questionamentos radicais.
“(...) só filosofando se pode tentar provar que não se deve filosofar. A Filosofia
é, pois, imortal como a própria Razão, desde o momento em que essa se faz
interrogante e demonstrativa; pois, fazendo-se tal, ela não pode deixar de
descer às raízes de onde nascem as interrogações” p. 680.
Vida da Filosofia
-A filosofia vive porque a razão vive, logo, a filosofia vive enquanto o homem for
capaz de raciocinar (e com a filosofia, nasce a ciência).
Tradição e contemporaneidade
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