Aborto

O aborto tem sido um assunto cada vez mais abordado, e tem gerado várias
discordâncias e impasses na sociedade humana, especialmente quando colocamos
a pergunta: será o aborto moralmente correto?
Vamos esclarecer primeiro o que é o aborto. Estamos a falar do aborto induzido,
que é quando uma mulher decide (pela própria vontade) se quer retirar o feto ou
não.A mulher pode querer abortar por várias razões válidas, pode-se sentir muito
nova para ser mãe, a gravidez pode não ter sido planeada, etc, mas é aqui que
começam a surgir várias questões: se a mulher estava a praticar o ato sexual de
livre vontade, saberia as consequências que poderia trazer, pois a consequência
complementa a ação.
Mas será justo acabar com a vida inocente de um bebé por nascer sem este
poder tomar a sua própria decisão como um ser vivo?
Não, para ser uma pessoa, segundo John Locke, é preciso possuir certas
capacidades mentais, como o pensamento,e a razão. Ora, um feto não possui
nenhuma dessas características, logo, não o podemos considerar uma pessoa, que,
para além de não ter todas as capacidades mentais requisitadas, também não
possui as físicas. Analisando também que um feto é um ser que não possui
consciência de si, nem exprime a sua vontade, podemos concluir que “eliminar” um
feto não pode ser considerado moralmente errado. Claro que o feto possui o seu
código genético que o faz um ser único assim, como qualquer ser humano.Dado isto
podemos defender que “ Matar um ser humano com uma identidade genética
própria é errado. Um feto é um ser humano com uma identidade genética própria.
Logo, matar um feto é errado”. Mas sendo assim estamos a cometer uma ação
moralmente incorreta ao matar animais para nosso consumo diário já que os mesmo
apresentam código genético
No que toca à nossa opinião, achamos que o aborto é moralmente correto e
apoiamos, porque no final das contas, é a mulher que se submete a todas as
mudanças e complicações, sejam elas físicas ou psicológicas que uma gravidez
impõe, será sobre ela que cairão as responsabilidades parentais da criança, entre
muitos outros, logo, para a sociedade um feto abortado terá menos importância do
que uma mulher revoltada com a vida que não escolheu.

Inês Fonseca Nº10, Lara Fabiana Nº11, Mariana Pedras Nº 19

10ºP