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Influência da concentração de ZnSO4 na

diferença de potencial de uma célula galvânica

Trabalho realizado realizado no âmbito da disciplina de química por:


*Mariana Balbina, n.º 21;
*Pedro Carvalho , n.º 23;
*Raquel Esteves, n.º 24;
Do 12.º CT5.
Atividade realizada nos dias (17/11/2021 e 24/11/2021)

Professora: Marília Peres


Ano letivo: 2021/22
Trabalho entregue a 12/12/2021
Índice

Objetivos 3

Introdução teórica 4

Parte experimental 7
Material e equipamento 7
Reagentes 7
Esquema de montagem 8
Procedimento experimental 8
Cuidados de segurança a respeitar no trabalho 9
Registo de observações 10

Equações químicas 10

Cálculos/Gráficos 11
Gráfico da força eletromotriz da pilha em função da variação da concentração de ZnSO4
12

Conclusões e críticas 13

Bibliografia/Webgrafia 15
Objetivos

Neste trabalho, no âmbito da disciplina de Química, realizou-se uma Atividade


de Projeto Laboratorial onde se pretende construir uma pilha eletroquímica com uma
diferença de potencial pré-definida e onde se vê a influência da concentração dos
iões de ZnSO4 nessa diferença de potencial, com o intuito de verificar e concluir os
seguintes pontos:

● Identificar os constituintes de uma pilha eletroquímica;


● Prever a diferença de potencial (ddp) de uma pilha eletroquímica conhecendo
os elétrodos (condições-padrão);
● Identificar os fatores de que depende a diferença de potencial de uma pilha;
● Verificar a influência da concentração dos iões de ZnSO4 na diferença de
potencial de uma célula galvânica (pilha);
● Construir uma pilha que esteja de acordo com as seguintes especificações:
- deve ter uma ddp compreendida entre os 0,50V e 1,5V;
- não deve usar reagentes (ou produtos de reação) que comprometam a
segurança no laboratório ou do ambiente.
Introdução teórica

Pilha ou célula galvânica/voltaica é um dispositivo no qual é produzida


corrente elétrica a partir de uma reação de oxidação-redução espontânea (ou seja
não é necessário aplicar corrente elétrica para que ocorra).
Corrente elétrica ⤻ Movimento orientado de partículas com carga elétrica
(eletrões ou iões).

Numa reação de oxidação-redução, assim como o nome indica, ocorre uma


oxidação e uma redução.
Numa oxidação o átomo dá origem ao seu ião e aos eletrões que perdeu (ex:
A → A+ + e-). Numa redução ocorre o contrário, um ião mais eletrões originam um
átomo (B+ + e- → B).

Numa pilha galvânica existem dois metais ligados por um fio condutor, um do
lado esquerdo, e que tem o nome de ânodo ou elétrodo negativo, e um do lado
direito que tem o nome de cátodo ou elétrodo positivo. O ânodo tem maior poder
redutor que o cátodo, ou seja, oxida-se mais facilmente que o cátodo.
Cada um dos metais terá que estar mergulhado numa solução que contenha
catiões do respectivo metal, as soluções têm o nome de eletrólitos e permitem que
ocorra as reações de oxidação e redução.

O ânodo tem que estar separado dos catiões presentes na solução que
mergulha o cátodo, caso contrário irá ocorrer transferência direta de eletrões. O uso
de uma membrana porosa ou de uma ponte salina garantem não só isso como
fecham o circuito.
A membrana porosa impede que as duas soluções se misturem mas
possibilita a passagem dos iões de um eletrólito para o outro de forma a manter o
equilíbrio elétrico.
A ponte salina é um tubo em forma de “U” invertido, fechado nas duas
extremidades com tampões porosos contendo, geralmente, um gel de ágar-ágar
saturado com sal. Impede também a mistura das soluções, no entanto não permite a
passagem dos iões de um eletrólito para o outro. E é aí que o sal participa, pois ao
longo da reação, o ânodo vai-se oxidando e o cátodo reduzindo-se, levando a um
aumento de iões no eletrólito do ânodo ficando carregado negativamente e uma
diminuição de iões no eletrólito do cátodo ficando carregado positivamente assim,
através da ponte salina os catiões do sal movem-se para o eletrólito do ânodo e os
aniões movem-se para o eletrólito de cátodo promovendo o equilíbrio elétrico que
permite o fluxo de eletrões externamente do ânodo para o cátodo.
A corrente elétrica é garantida com o fecho do circuito por parte da ponte
salina ou membrana porosa e consequente oxidação do ânodo cujos eletrões
resultantes serão transferidos até ao cátodo através do fio condutor que os une
levando à redução do cátodo (reação de oxidação-redução).

Por conseguinte, após algum tempo verificar-se-á a diminuição da massa do


ânodo e um aumento de massa do cátodo.

A diferença de potencial de uma pilha pode ser influenciada pela


concentração dos iões envolvidos.

Segundo o Princípio de Le Châtelier um aumento da contração do eletrólito


do cátodo faria a reação evoluir no sentido de compensar esse aumento ou seja,
favorecendo a reação direta, a reação característica da pilha, levando a um
aumento do valor da diferença de potencial. O mesmo aconteceria se a
concentração do eletrólito do ânodo diminuísse.
No entanto, se houver um aumento da concentração do eletrólito do ânodo a
reação iria evoluir de forma a compensar esse aumento favorecendo a reação
inversa, reação contrária à característica da pilha, e consequentemente levando a
uma diminuição do valor da diferença de potencial. O mesmo aconteceria caso se
fizesse diminuir a concentração do eletrólito do cátodo.

Ânodo (s) + Eletrólito do cátodo (aq) ⇋ Eletrólito do ânodo (aq) + Cátodo (s)

Nas condições-padrão (1 mol/dm3, a 25 ºC e 1 atm), o cálculo da diferença de


potencial da pilha, que será igual ao valor da força eletromotriz caso o voltímetro
esteja ligado diretamente aos polos da mesma, é feito através dos valores de
potencial padrão (Eº (V)) de cada um dos metais.

- No caso de as concentrações serem unitárias:


△EºCélula = Eº Oxidante - Eº Redutor
* Se △EºCélula > 0, a reação espontânea dá-se no sentido direto;
* Se △EºCélula <0, a reçãoesponrânea dá-se no sentido inverso.

- No caso de as concentrações não serem unitárias: (usa-se a equação de Nernst)


0.059 0.059
△EºCélula = ( 𝑛
) log K △ECélula = △Eº - ( 𝑛
) log Q

n - n.º de eletrões; K - Constante de equilíbrio; Q - Quociente da reação.

Também é possível calcular a diferença de potencial fora das situações


padrão:
𝐸=𝐸0 − ( )𝑙𝑜𝑔 𝑄
𝑅*𝑇
𝑛*𝐹
(Equação de Nernst)

𝐸- força eletromotriz da célula galvânica;


𝐸0 - diferença de potencial/ força eletromotriz padrão;
𝑅 - constante de gases ideais, 8,314 J/mol;
𝑇- temperatura;
𝐹- constante de Faraday, 96500 C/mol.
Parte experimental

Material e equipamento

- Voltímetro (δ=0,001 V);


- Fios elétricos,
- Recipiente de cobre para a pilha de Daniell;
- Barra/haste de zinco;
- Termómetro;
- Garrafa de esguicho;
- Pipeta de Pasteur;
- 2 Gobelés;
- Funil de vidro;
- Proveta graduada 1 ;
- Proveta graduada 2 ;
- Vareta de vidro.

Instrumentos Incertezas Alcance

Proveta graduada 1 0.100 ml 100 ml

Proveta graduada 2 0.50 ml 50 ml

Gobelés ------------------------------- 250 ml

Reagentes

- Água destilada;
- Sulfato de cobre(2+) - água (1/5)1;
- Sulfato de zinco(2+) - água (1/7)2.
Esquema de montagem

Figura 1: Pilha de Daniell, versão vaso poroso


https://www.eecis.udel.edu/~portnoi/academic/academic-files/daniellcell.html

Procedimento experimental

1. Preparou-se uma quantidade suficiente de solução eletrolítica antes de iniciar


a experiência; 200ml de solução de sulfato de cobre (II) de concentração 1
mol/dm3 e 200ml de solução de sulfato de zinco (II) de concentração 1
mol/dm3.
2. Introduziu-se a solução de CuSO4 no recipiente de cobre (elétrodo
positivo/cátodo) e a solução de ZnSO4 no copo de porcelana porosa.
3. Introduziu-se a barra/haste de zinco (elétrodo negativo/ânodo) no copo de
porcelana porosa.
4. Mediu-se o valor da diferença de potencial nos terminais da pilha construída
usando o voltímetro e mediu-se também a temperatura da solução.
5. Registou-se os valores.
6. Estudou-se o efeito da concentração da solução de ZnSO4 que afeta a
diferença de potencial produzida numa pilha fazendo-se variar as
concentrações da solução de ZnSO4 de concentração 1 mol/dm3 quatro
vezes retirando sempre à anterior 0,20 mol/dm3 , mantendo sempre o seu
volume volume inicial de 200ml adicionando água destilada à solução de
ZnSO4 em falta, ficando cada vez menos concentrada.
7. Voltou-se a medir o valor da diferença de potencial e a temperatura da
solução para cada variação da concentração da solução de ZnSO4.
8. Registou-se os valores.
9. Após a experiência, lavou-se o material de laboratório utilizado e limpou-se
em profundidade os aparelhos e os elétrodos.
10. Os produtos químicos já não úteis foram armazenados em recipientes
apropriados e foram eliminados de modo profissional, pela professora.
11. Em relação ao tratamento da solução de sulfato de cobre (II), adicionou-se
ferro no estado sólido (em arames) e passado algum tempo formou-se cobre
sólido e sulfato de ferro (II) que é menos perigoso e prejudicial para o
ambiente do que o sulfato de cobre (II).

Cuidados de segurança a respeitar no trabalho

- Ler o procedimento experimental de maneira a fazer uma preparação correta;


- Ler atentamente os rótulos,tomando conhecimento dos possíveis riscos da sua
utilização;
- Evitar o contacto de substâncias com a pele;
- Não deixar frascos de substâncias abertos ou mal fechados;
- Ter cuidado com o manuseamento dos fios elétricos;
- Usar bata, luvas de borracha ou látex, óculos de proteção e máscara;
- Manter sempre a bancada limpa e organizada;
- Efetuar a atividade sempre de pé e ter os cabelos sempre atados;

SUBSTÂNCIA SÍMBOLO SIGNIFICADO CUIDADOS A TER

- Evitar a inalação de
CuSO4 Irritante ou nocivo vapores;
- Evitar o contacto com a
pele e olhos.

- Evitar o contacto com a


CuSO4 Corrosivo pele, olhos e vestuário.
- Colocar num recipiente
Prejudicial para o de recolha de resíduos
CuSO4 meio ambiente destinados para o efeito;
ZnSO4 - Não despejar
diretamente na banca.

Registo de observações

Concentração de ZnSO4 (mol/dm3) Diferença de potencial (V)

1,00 1,085

0,80 1,088

0,60 1,083

0,40 1,085

0,20 1,085

Equações químicas

Semirreação de oxidação: Zn(s)→Zn2+(aq) + 2e-


Semirreação de redução: Cu2+(aq) +2e-→Cu(s)
Reação global de oxidação redução: Zn(s)+Cu2+(aq)→Zn2+(aq)+Cu(s)

Tratamento da solução de sulfato de cobre: Fe(s)+CuSO4(aq)→FeSO4(aq)+Cu(s)


Cálculos/Gráficos

Os valores de diferença de potencial elétrico são calculados com base na equação


de Nernst. Estes valores teóricos serão comparados posteriormente com os valores
obtidos a partir da medição direta da diferença de potencial (através de um
voltímetro) que atravessa o fio condutor ligado aos dois elétrodos.

𝐸0 - diferença de potencial/ força eletromotriz padrão da pilha de zinco e cobre, igual


a 1,10V
[𝑍𝑛2+]
𝑄= [𝐶𝑢2+]
T- temperatura (igual a 294,15K/ 21ºC para a primeira variação da concentração de
ZnSO4 e igual a 292,15K/19ºC para as restantes variações)

Em condições-padrão, o valor da força eletromotriz da pilha de zinco e cobre é


1,10V. Os potenciais - padrão de redução são: E° (Zn2+/Zn) =- 0,76 V e E°
(Cu2+/Cu)= +0,34 V. Uma vez que o cobre tem maior potencial-padrão de redução
do que o zinco, o cobre será reduzido (agente oxidante) e o zinco oxidado (agente
redutor)

∆𝐸𝑐é𝑙𝑢𝑙𝑎 = 𝐸𝑜𝑥𝑖𝑑𝑎𝑛𝑡𝑒 − 𝐸𝑟𝑒𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟 ⇔ ∆𝐸𝑐é𝑙𝑢𝑙𝑎 =+ 0, 340 − (− 0, 760) ⇔ ∆𝐸𝑐é𝑙𝑢𝑙𝑎 =+ 1, 100𝑉

[𝐸𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜−𝐸𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙]
O erro relativo (%) é dado por: 𝐸𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜
× 100

0- Para a concentração de sulfato de zinco (ZnSO4) igual a (1,00 ± 0,01 mol/dm3):


1,00
𝑄= 1,00
=1,00
𝐸𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜=1,100 − ( 8,314*294,15
2*96500 )𝑙𝑛 ( )⇔ 𝐸1 ≃ 1, 100V
1,00
1,00
𝐸𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 =1,085 V
[1,100−1,085]
𝐸𝑟𝑟𝑜 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 = 1,100
×100 = 1,36%

1- Para a concentração de sulfato de zinco (ZnSO4) igual a (0,80 ± 0,01 mol/dm3):


0,80
𝑄= 1,00
=0,80
𝐸𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜=1,100 − ( 8,314*294,15
2*96500 )𝑙𝑛 ( )⇔ 𝐸1 ≃ 1, 103V
0,80
1,00
𝐸𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 =1,088 V
[1,103−1,088]
𝐸𝑟𝑟𝑜 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 = 1,103
×100 = 1,36%

2- Para a concentração de sulfato de zinco (ZnSO4) igual a (0,60 ± 0,01 mol/dm3):


0,60
𝑄= 1,00
=0,60
𝐸𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜=1,100 − ( 8,314*292,15
2*96500 )𝑙𝑛 ( )⇔ 𝐸1 ≃ 1, 106V
0,60
1,00
𝐸𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 =1,083 V
[1,106−1,083]
𝐸𝑟𝑟𝑜 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 = 1,106
×100 = 2,08%

3- Para a concentração de sulfato de zinco (ZnSO4) igual a (0,40 ± 0,01 mol/dm3):


0,40
𝑄= 1,00
=0,40
𝐸𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜=1,100 − ( 8,314*292,15
2*96500 )𝑙𝑛 ( )⇔ 𝐸1 ≃ 1, 112V
0,40
1,00
𝐸𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 =1,085 V
[1,112−1,085]
𝐸𝑟𝑟𝑜 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 = 1,112
×100 = 2,43%

4- Para a concentração de sulfato de zinco (ZnSO4) igual a (0,20 ± 0,01 mol/dm3):


0,20
𝑄= 1,00
=0,20
𝐸𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜=1,100 − ( 8,314*292,15
2*96500 )𝑙𝑛 ( )⇔ 𝐸1 ≃ 1, 120V
0,20
1,00
𝐸𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 =1,085 V
[1,120−1,085]
𝐸𝑟𝑟𝑜 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 = 1,120
×100 = 3,12%

Gráfico da força eletromotriz da pilha em função da variação da


concentração de ZnSO4

Gráfico da variação da força eletromotriz em função da variação da concentração da solução


de ZnSO4
Conclusões e críticas

Tendo em conta que, teoricamente a diferença de potencial da pilha deve


aumentar quando a concentração da solução de sulfato de zinco hepta-hidratado
diminuí (os valores obtidos para a diferença de potencial. através da equação de
Nernst vão aumentando quando a concentração de ZnSO4 diminui) e na prática
ocorreu o contrário ou pelo menos não se verificou o esperado aumento (os valores
medidos no voltímetro tanto aumentaram como diminuíram à medida que a
concentração do eletrólito de zinco foi variada) podemos concluir que existiram
alguns erros que afetaram o procedimento experimental e posteriormente a validade
dos resultados obtidos.
Assim sendo, ocorreram erros que afetaram tanto a precisão como a exatidão
dos resultados obtidos. A falta de exatidão é concluída pela divergência entre os
valores teóricos calculados para a grandeza em estudo e os valores obtidos
experimentalmente. Mesmo que os erros tenham sido inferiores a 5%, os valores
esperados variavam muito subtilmente fazendo com que o erro relativo nunca fosse
muito elevado.
Num cômputo geral, os resultados obtidos derivam de uma falta de precisão
mais acentuada do que propriamente da falta de exatidão uma vez que os valores
obtidos experimentalmente não variam de forma correspondente ao esperado,
havendo resultados tanto acima como abaixo do esperado que inviabilizam as
conclusões da atividade laboratorial acerca da variação da força eletromotriz da
pilha e as concentrações dos iões em solução.
Os motivos que originaram os erros que afetaram a experiência podem
prender-se com a falta de controlo de outra variável que é a temperatura, uma vez
que as medições foram efetuadas em duas aulas diferentes em que se obtiveram
medições de temperatura diferentes (294,15K e 292,15K). Embora a diferença entre
elas não seja exacerbada, pode ter tido um papel predominante na relação entre os
resultados do primeiro dia ( [ZnSO4]=1,00 mol/dm3 e [ZnSO4]=0,80 mol/dm3) e os
restantes valores já que que a variação esperada entre f.e.m. também é muito
reduzida.
Outra conclusão que podemos retirar do registo de observações é que as
medições realizadas durante o primeiro dia estavam a corresponder ao expectável:
a concentração menor de sulfato de zinco provocou um aumento da diferença de
potencial lida no voltímetro. Quando continuámos a experiência na aula seguinte,
começando com [ZnSO4]=0,60 mol/dm3 a diminuição da concentração provocou um
aumento pouco reduzido na f.e.m.
Uma vez que os principais valores que suscitam dúvidas (f.e.m quando
[ZnSO4]=0,80 mol/dm3 e [ZnSO4]= 0,60 mol/dm3) são referentes às concentrações
visualizadas no final de uma aula e no início de outra, será possível que tenha
ocorrido um engano no armazenamento da solução de sulfato de zinco (que tenha
alterado a sua concentração pois o erro relativo também aumenta no segundo dia)
ou então a utilização de uma solução de sulfato de cobre com diferente
concentração na segunda aula em relação à primeira.
Poderão também ter existido erros durante o processo de transferência de
soluções e diluição da solução de sulfato de zinco que podem justificar o aumento
do erro relativo da primeira para a última medição e assim inviabilizar os resultados
obtidos.
Outra condição que pode ter afetado a experiência é a manutenção do
equilíbrio elétrico dentro de cada uma das soluções. Se a passagem catiões para o
cátodo e a de aniões para o ânodo através do copo de porcelana porosa for
relativamente lento, o tempo de medição da f.e.m no voltímetro pode não ter sido
suficiente para que se dessem as alterações dentro do sistema necessárias para
que tivesse ocorrido a variação de f.e.m esperada.
Bibliografia/Webgrafia

ROSA Miguel, BENTO Rodrigo, MOREIRA Tomás,FILIPE Inês; 2018/2019; APL 1-


Construção de uma pilha com determinada diferença de potencial elétrico.
https://prezi.com/p/oi8lu9aujuax/apl-1-construcao-de-uma-pilha-com-determinada-dif
erenca-de-potencial-eletrico/ (consultado no dia 11/12/2021)

SILVA Ana Carolina, SOUSA Catarina, CAETANO Francisco, SANTOS Joana;


11/12/2013; APL 1 - Construção de uma pilha com diferença de potencial
determinada.
https://prezi.com/gaztytcmaz-s/apl-1-construcao-de-uma-pilha-com-diferenca-de-pot
encial-determinada/ (consultado no dia 11/12/2021)

FERNANDO Henrique, CUNHA Ricardo, LOPES Jéssica; 2010/2011; Actividade de


Projecto - Relatório Construção de uma pilha QUÍMICA 12ºANO.
https://cloud.fciencias.com/wp-content/uploads/2014/11/Constru%C3%A7%C3%A3o
-de-uma-pilha2.pdf (consultado no dia 11/12/2021)

MENEZES Sílvia, NUNES Sofia Frazoa e Filipa; 30/12/2019; Produtos de limpeza:


como identificar os símbolos de perigo; Deco Proteste.
https://www.deco.proteste.pt/casa-energia/manutencao-casa/dicas/produtos-de-limp
eza-como-identificar-os-simbolos-de-perigo/como-identificar-os-simbolos-de-perigo
(consultado no dia 11/12/2021)

Manual do produto; Pilha de Daniell; 26/06/2018.


https://hugepdf.com/download/manual-do-produto-pt-5b32d4868ddd1_pdf
(consultado no dia 11/12/2021)

MagLab. ; Daniell Cell, 17/06/2019.


https://nationalmaglab.org/education/magnet-academy/watch-play/interactive/daniell-
cell (consultado no dia 12/12/2021)

SILVA Cristina Celina, CUNHA Carlos, VIEIRA Miguel; 2020; Eu e a Química


Química 12.º ano Manual; Porto Editora; Rua da Restauração, 365, 4099-023 Porto,
Portugal.

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