ALEXANDRA NOGUEIRA
APOSTILA DE CONFEITARIA
São Paulo
2016
SUSCETÍVEL DE SER REDUZIDO A UM MERO
CONSUMO DE BENS MATERIAIS; É, ANTES DE MAIS, UMA REPRESENTAÇÃO
1
1
Tradição oral holandesa, citação extraída do Dicionário do doceiro de Antônio José de Souza Rego, p.13,
SUMÁRIO
1 MASSAS PARA PÂTISSERIE .................................................................................. 7
1.1 PÂTE SUCRÉE, SABLÉE, FONCÉE E PIE ............................................................... 7
1.1.1 Combinando os ingredientes da massa doce ................................................................. 8
1.1.2 Métodos de mistura ....................................................................................................... 9
1.1.2.1 Por sablage ou método arenoso ..................................................................................... 9
1.1.2.2 Por cremage ................................................................................................................... 9
1.2 PÂTE SUCRÉE............................................................................................................. 9
1.3 PÂTE SABLÉE ........................................................................................................... 10
1.4 PÂTE À FONCER ...................................................................................................... 10
1.5 OLD FASHINED APPLE PIE .................................................................................... 10
1.6 FICHAS TÉCNICAS .................................................................................................. 11
1.6.1 Ficha técnica pâte sablée ............................................................................................. 11
1.6.2 Ficha técnica pâte sucrée ............................................................................................. 12
1.6.3 Ficha técnica old fashined Apple pie .......................................................................... 13
1.6.4 Ficha técnica pâte foncer ............................................................................................. 14
1.7 TABELA DE PESOS E MEDIDAS DAS PÂTES (MASSAS). ................................ 14
2 A MASSA FOLHADA .............................................................................................. 15
2.1 PROCEDIMENTOS BÁSICOS ................................................................................. 16
2.2 TIPOS DE MASSA FOLHADA................................................................................. 17
2.2.1 Massa folhada blitz...................................................................................................... 17
2.2.2 Massa folhada tradicional............................................................................................ 18
2.2.3 Massa folhada italiana ................................................................................................. 18
2.2.4 Massa folhada invertida .............................................................................................. 18
2.3 FICHAS TÉCNICAS .................................................................................................. 19
2.3.1 Ficha técnica massa folhada clássica .......................................................................... 19
2.3.2 Saint Honoré ................................................................................................................ 20
2.3.2.1 Ficha técnica St. Honoré ............................................................................................. 20
2.3.3 Mil-folhas (Napoleon) ................................................................................................. 21
2.3.3.1 Ficha técnica mil-folhas .............................................................................................. 22
2.3.4 Pithivier ....................................................................................................................... 22
2.3.4.1 Ficha técnica Pithivier ................................................................................................. 23
2.3.5 Jalousie ........................................................................................................................ 23
2.3.5.1 Ficha técnica Jalousie .................................................................................................. 24
3 PÂTE À CHOUX ...................................................................................................... 24
3.1 FICHAS TÉCNICA .................................................................................................... 25
3.1.1 Ficha técnica de pâte à choux ...................................................................................... 25
3.1.2 Creme Paris-Brest ....................................................................................................... 26
3.1.2.1 ficha técnica creme Paris-Brest ................................................................................... 27
4 PAO-DE-LÓ .............................................................................................................. 27
4.1 FICHA TÉCNICA DE PÃO DE LÓ SIMPLES ......................................................... 30
4.2 FICHA TÉCNICA DE BISCUIT ROCAMBOLE ...................................................... 31
4.3 FICHA TÉCNICA DE GÉNOISE .............................................................................. 32
5 BISCUIT LADY FINGERS/ CHAMPAGNE E SAVOIARD............................... 32
5.1 FICHA TÉCNICA DE BISCUIT LADY FINGERS .................................................. 33
5.2 FICHA TÉCNICA DE BISCUIT SAVOIARD .......................................................... 34
6 BISCUIT JACONDI OU BISCUIT VIENNOIS .................................................... 34
6.1 FICHA TÉCNICA BISCUIT JACONDI OU BISCUIT VIENNOIS ......................... 35
6.2 PÂTE À CIGARETTE OU PÂTE À DÉCOR ............................................................ 36
6.2.1 FICHA TÉCNICA PÂTE À CIGARETTE OU PÂTE À DÉCOR ............................ 36
7 AÇUCAR E SEUS PONTOS DE CALDA .............................................................. 37
7.1 CALDAS ..................................................................................................................... 38
8 CURD, CALDAS, GLAÇAGE ................................................................................. 39
8.1 CURD DE LIMÃO ..................................................................................................... 39
8.1.1 Ficha técnica curd de limão ......................................................................................... 40
8.2 GLAÇAGE .................................................................................................................. 40
8.2.1 Ficha técnica glaçage. ................................................................................................. 41
8.3 CALDA DE CHOCOLATE ........................................................................................ 42
8.3.1 Calda de chocolate/calda negra ................................................................................... 42
8.4 CRÉMEUX DE MARACUJÁ .................................................................................... 43
8.4.1 Ficha técnica de crémeux de maracujá. ....................................................................... 43
9 CREMES BÁSICOS UTILIZADOS NA CONFEITARIA INTERNACIONAL 43
9.1 CREME CONFEITEIRO OU CREME PÂTISSIÈRE. .............................................. 44
9.1.1 Ficha técnica creme pâtissier....................................................................................... 45
9.1.2 Quadro de aromatização para creme confeiteiro e creme anglaise ............................. 46
9.1.3 Creme mousseline ....................................................................................................... 46
9.1.3.1 Ficha técnica de creme mousseline ............................................................................. 47
9.1.4 Quadro de aromatizantes para creme mousseline. ...................................................... 48
9.1.4.1 Ficha técnica - creme diplomata ou legère .................................................................. 48
9.1.4.2 Ficha técnica - Creme de amêndoas ............................................................................ 49
9.1.5 Creme frangipane ........................................................................................................ 49
9.1.5.1 Ficha técnica - creme frangipane. ............................................................................... 50
9.1.6 Creme de leite fresco/ creme chantilly ........................................................................ 50
9.1.6.1 Ficha técnica creme chantilly ...................................................................................... 50
9.1.7 Creme anglaise. ........................................................................................................... 51
9.1.7.1 Ficha técnica - creme anglaise..................................................................................... 51
9.1.8 Creme bavaroise. ......................................................................................................... 53
10 PÂTE À BOMBE ...................................................................................................... 53
10.1 FICHA TÉCNICA PÂTE À BOMBE ........................................................................ 53
10.2 CREME MANTEIGA À BASE DE PÂTE À BOMBE. ............................................ 54
10.2.1 Ficha técnica creme manteiga à base de pâte à bombe. .............................................. 54
11 MERENGUES ........................................................................................................... 55
11.1 MERENGUE FRANCÊS ............................................................................................ 56
11.2 MERENGUE SUÍÇO .................................................................................................. 57
11.3 MERENGUE ITALIANO........................................................................................... 57
12 GANACHES .............................................................................................................. 58
12.1 GANACHE À BASE DE CREME DE LEITE FRESCO........................................... 60
13 CROCANTE PRALINÉ ........................................................................................ 60
13.1 FICHA DO PRALINÉ ................................................................................................ 61
14 MOUSSES .................................................................................................................. 61
14.1 MOUSSE À BASE DE MERENGUE ITALIANO .................................................... 62
14.1.1 MOUSSE À BASE DE PÂTE À BOMBE ................................................................. 62
15 PRODUÇÕES INTERNACIONAIS CONFEITARIA ....................................... 63
15.1 CHEESECAKE ........................................................................................................... 63
15.1.1 Ficha técnica Cheesecake. ........................................................................................... 64
15.2 CREME BRÛLÉE ....................................................................................................... 65
15.2.1 Ficha técnica creme brulée. ......................................................................................... 65
15.3 PETIT GATEAU......................................................................................................... 66
15.3.1 Ficha técnica petit gateau ............................................................................................ 66
15.4 TIRAMISU.................................................................................................................. 67
15.4.1 Ficha Tiramisu............................................................................................................. 68
15.5 SACHERTORTE ........................................................................................................ 69
15.6 RECHEIO DE MAÇA PARA TORTA ...................................................................... 71
15.6.1 Ficha técnica de recheio de maça para torta ................................................................ 71
16 TORTA CONTEMPORANEA - MOUSSE DE LIMÃO SICILIANO E
AMORAS ................................................................................................................... 72
16.1 FICHA TÉCNICA TORTA COMTEMPORANEA ................................................... 72
17 DOÇARIA BRASILEIRA ........................................................................................ 73
17.1 DOCES BRASILEIROS E DOÇARIA CONVENTUAL PORTUGUESA............... 74
17.2 MANJAR BRANCO DE COCO ................................................................................ 74
17.2.1 Ficha técnica de manjar branco de coco ...................................................................... 75
17.3 FATIAS DE BRAGA.................................................................................................. 76
17.3.1 ficha técnica de fatias de Braga ................................................................................... 76
17.4 BOLO DE CUIA ......................................................................................................... 77
17.4.1 Ficha técnica bolo de cuia ........................................................................................... 77
17.5 BABA DE MOÇA ...................................................................................................... 78
17.5.1 Ficha técnica baba de moça ......................................................................................... 78
17.6 COCADA DE FORNO ............................................................................................... 79
17.6.1 Ficha técnica cocada de forno ..................................................................................... 79
17.7 MARMELADA DE MARACUJÁ ............................................................................. 80
17.7.1 Ficha técnica marmelada de maracujá ........................................................................ 80
17.8 BOLO LEGALISTA ................................................................................................... 81
17.8.1 Ficha técnica bolo legalista ......................................................................................... 81
18 BOLOS ....................................................................................................................... 82
18.1 BOLO CHIFFON ........................................................................................................ 82
18.2 GENOISE CLÁSSICA ............................................................................................... 84
18.2.1 Ficha técnica genoise clássica ..................................................................................... 84
18.3 BOLO DE FRUTAS CAKE AUX FRUITS ............................................................ 85
18.3.1 Ficha técnica cake aux fruits ....................................................................................... 85
18.4 BOLO QUATRE QUARTS ........................................................................................ 86
18.4.1 Ficha técnica bolo quatre quarts .................................................................................. 86
18.5 BOLO MARMORE MARBLE ................................................................................ 87
18.5.1 Ficha técnica bolo Marmore Marble ........................................................................ 88
19 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 89
1 MASSAS PARA PÂTISSERIE
A palavra francesa
Pâte (massa) é classicamente
empregada para descrever uma categoria
de produtos que são a base de muitas
criações tradicionais e
contemporâneas. As massas são tão
importantes que há tradicionalmente uma
seção responsável pela sua produção em
confeitarias ou padarias.
Quem trabalha nessa seção é conhecido como Tourier (padeiro ou
profissional que prepara massas). Esta é uma profissão importante porque o cuidado em
misturar e manusear adequadamente as várias preparações de massas determina
definitivamente a qualidade do produto final de uma confeitaria ou padaria.
Há inúmeros tipos diferentes de massas para pâtisserie. Embora cada uma delas tenha
uma textura própria, muitas são feitas com farinha, gordura, açúcar, um líquido como água,
leite e/ou ovos em proporções variadas. A textura de cada massa é o resultado dos
ingredientes usados, da maneira como a gordura foi incorporada à massa, e quanto o glúten
foi desenvolvido.
Se a farinha usada para a massa doce for muito fraca, esta não terá força suficiente
para ser aberta e moldada, fica quebradiça. Se a farinha for muito forte, vai produzir uma
massa muito resistente para ser aberta, vai precisar de mais hidratação e vai encolher
excessivamente durante o cozimento. A melhor opção é a farinha comum, com baixa proteína,
o que podemos saber realizando o teste de glúten, pois ela fornece força suficiente para a
massa mantendo-a amanteigada e crocante.
A manteiga sem sal é a escolha padrão para massas doces, pois acrescenta sabor
adocicado e complexo. Mas a utilização de manteiga demi-sel pode ser usada trazendo um
contraste e sabor ideal à massa.
Os três tipos de açúcares utilizados para sua produção são; refinado, confeiteiro
glaçúcar e impalpável. A escolha afeta a textura da massa, as características de manuseio e o
sabor. O açúcar impalpável ou glaçúcar, não irá incorporar ar à massa, o que vai reduzir sua
expansão, criando uma massa mais fácil de trabalhar. Com o açúcar refinado, o sabor
melhora, mas em contrapartida ele agrega mais ar à manteiga fazendo com que a massa se
expanda mais.
e evita-se que ela absorva rapidamente os líquidos, dando mais força à massa final.
A manteiga (deve estar macia) e o açúcar são emulsionados (batidos), depois juntam
os ovos ou gemas e por ultimo a farinha de trigo até a incorporação completa. Esse método é
utilizado para massas doces, já que os líquidos não são absorvidos tão rapidamente pela
farinha e pode assim evitar que as massas fiquem elásticas.
É feita geralmente pelo método cremage. Como contém uma maior quantidade de
ovos e açúcar, ela é mais difícil de trabalhar, se comparada com as outras. É usada para bases
de forminhas moldadas ou para biscoitos cortados com moldes. é fácil de manusear em grande
quantidade, e geralmente, tem longa durabilidade. O resultado é uma massa crocante, que se
esmigalha facilmente.
9
1.3 PÂTE SABLÉE
Sablée em francês significa arenoso. A pâte sablée é rica, delicada e esfarelada por
causa da alta proporção de manteiga, gemas e açúcar. Algumas versões acrescentam farinha
de amêndoas e fava de baunilha, para realçar o sabor e a textura. O resultado se comparado
com as outras massas, é substancialmente melhor. O método para seu preparo pode ser o de
sablage ou cremage.
formas para tortas. De acordo com o Traité de pâtisserie moderne (Darenne e Duval, 1974, p.
54-55), há cinco variações clássicas, que inclui a pâte à foncer básica, comum, para entremets,
levée ordinaire para tortas e flans. Pode ter muito pouco açúcar ou nenhum açúcar, podendo
ser usada para pratos doces e salgados.
A formula é processada com manteiga
à temperatura (15°C) em vez de
manteiga gelada. Dessa forma, é
produzida uma massa com textura
delicada, já que a manteiga se dissolve
mais facilmente.
10
populares na Europa e, especialmente, na Inglaterra, muito antes de se tornarem um símbolo
norte-americano. A popularidade da torta de maça nos Estados Unidos coincide com o fato de
o país se tornar o maior produtor de maças do mundo. Esta versão tradicional da torta de maça
é reminiscente das versões clássicas mantidas por várias gerações.
FICHA TÉCNICA
de
Ingrediente Quantidade Unidade Medida
Gemas 0,040 g
sal 0,005 g
MODO DE PREPARO:
Essa massa é mais frágil e delicada de trabalhar do que a sucrée. Ela derrete na boca. Não é aconselhável fazer
tortinhas de frutas com ela.
11
1.6.2 Ficha técnica pâte sucrée
FICHA TÉCNICA
1
PRODUÇÃO: PÂTE SUCRÉE porção
Unidade de
Ingrediente Quantidade
Medida
Essa massa doce é utilizada principalmente para tortas doces de frutas. Ela é menos frágil e mais
crocante.
12
1.6.3 Ficha técnica old fashined Apple pie
FICHA TÉCNICA
1
PRODUÇÃO: old fashined Apple pie porção
Unidade
Ingrediente Quantidade de Medida
Passar filme Pack sobre a massa e levar para a geladeira por pelo menos 4 horas.
A quantidade de água necessária pode variar de acordo com o teor de umidade da farinha conforme a gordura
for acrescentada à farinha. Quanto mais gordura for misturada, menos água será necessário.
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Cobrir com a massa, selar as duas partes criando uma borda decorativa.
Pincelar com egg wash e finalizar com açúcar cristal.
Levar para assar em forno de convecção a 170°C por aproximadamente 40 a 45 minutos.
FICHA TÉCNICA
Unidade de
Ingrediente Quantidade
Medida
MODO DE PREPARO:
Depois de pronta embrulhar a massa em filme plástico e colocar na geladeira por 4 horas ou de um dia
para o outro. Abrir a massa e colocar nas forminhas que desejar. Levar de volta à geladeira. Deixar
gelar por 1 hora. Pré-aquecer o forno a 150°C e assar por uns 20 minutos.
Essa massa é uma variação de massa mais delicada e leve. É utilizada para preparações como quiches e
outros tipos de tortas com recheios salgados.
Abaixo tabela comparativa com as quantidades de massas exigidas para cada tipo de
14
fôrma. A quantidade de massa depende do diâmetro da forma.
Diâmetro do aro Peso da massa a ser utilizada Espessura da massa
10 cm 0,050 grs. 2 mm
12 cm 0,070 grs. 2 mm
14 cm 0,100 grs. 2 mm
16 cm 0,120 grs. 2 mm
18 cm 0,150 grs. 2,5 mm
20 cm 0,200 grs. 2,5 mm
22 cm 0,250 grs. 3 mm
24 cm 0,300 grs. 3 mm
26 cm 0,320 grs. 3 mm
28 cm 0,350 grs. 3 mm
30 cm 0,400 grs. 3 mm
32 cm 0,450 grs. 3 mm
34 cm 0,500 grs. 3,5 mm
2 A MASSA FOLHADA
15
Embora a massa folhada seja feita com somente quatro ingredientes básicos (farinha,
água, manteiga, sal), o processo de preparação a transforma em única, diferente de todas as
outras. Podem ser acrescentados à massa básica ingredientes adicionais como suco de limão,
vinho branco, açúcar (em quantidade mínima), malte e ovos.
A farinha para pão com baixo teor de proteína, em geral, é a utilizada. No entanto, se
a massa folhada for feita à mão, até 25% do peso da farinha de trigo pode ser substituído pela
farinha para bolos (comum), para facilitar o manuseio da massa. A água utilizada para massa
folhada de ser sempre fria, e o sal vai ajudar a equilibrar o sabor da farinha e o da manteiga. O
ideal é que a manteiga tenha alto teor de gordura. Em média a manteiga faz parte da metade
do peso da massa. Ingredientes ácidos como suco de limão ou vinho branco podem
acrescentar um pouco mais de extensibilidade a ela, e também ajudam a prevenir a oxidação.
A versão italiana da massa folhada leva uma pequena quantidade de ovos e, às vezes, açúcar,
que enriquece um pouco mais a massa.
Os quatro tipos principais de massa folhada são blitz, tradicional, italiana e invertida.
Cada uma tem suas virtudes e seus seguidores, e é importante conhecer cada uma delas para
saber qual é a mais apropriada para determinados produtos. Além dessas quatro fórmulas
básicas, há inúmeras variações possíveis baseadas em inclusões na massa, como cacau em pó,
pasta de pistache, ou manteiga para a beurrage.
É a mais básica entre essas massas folhadas. Também é conhecida como massa
folhada rápida, por sua preparação ser mais ligeira que as outras. É essencialmente uma massa
amanteigada bastante laminada que teve as dobras completadas. A quantidade média de
manteiga utilizada é de 75% do peso da farinha.
A massa folhada blitz é misturada somente até se formar uma massa básica, sendo
importante não misturar em excesso. Os pedaços de manteiga devem ser do tamanho de bolas
de golfe para produzir uma laminação adequada. Pode não ter uma boa aparência depois de
misturada, mais vai se tornar mais homogênea quando iniciar a laminação. Depois de
misturada a massa deve descansar no refrigerador por no mínimo 20 minutos. Para a massa
folhada blitz, o normal são quatro dobras simples, já que não há uma grande quantidade de
17
manteiga concentrada nela. A massa deve descansar por no mínimo 20 minutos depois das
duas primeiras dobras, e também depois da terceira e quarta dobras. Muitas dobras podem
danificar o volume e a laminação do produto final.
É feita com a beurrage e a dètrempe e requer um processo mais elaborado que a blitz.
A manteiga para a folhada tradicional é normalmente 50% do peso da massa. Com uma media
de 50% da farinha hidratada, a massa é bastante firme, o que é necessário para criar camadas
distintas de massa e manteiga.
A mistura da dètrempe limita-se apenas à incorporação dos ingredientes. Depois de
misturada, a massa deve descansar no refrigerador por pelo menos uma hora antes de iniciar a
laminação. Da mesma forma que as massas folhadas fermentadas, é possível fazer duas
dobras seguidas. Entre cada uma delas, a massa deve descansar no refrigerador, ou até mesmo
no freezer para manter a temperatura fria.
18
torne mais extensiva, é preciso primeiro mistura-la com a farinha. Ao todo, aproximadamente
40% do peso da farinha é adicionado à manteiga. O détrempe para essa massa é mais
enriquecido também, com uma média de 30% de manteiga na massa. É fundamental que essa
manteiga seja misturada de forma homogênea, e depois resfriada, ao contrário da beurrage
para a massa folhada tradicional e italiana, que pode ser usada imediatamente. Para a massa
folhada invertida, são necessárias cinco dobras simples.
É fundamental que o trabalho com a massa folhada seja rápido e eficiente para evitar
o aquecimento. Em razão de a massa ser, normalmente, aberta com uma espessura bem fina, o
aquecimento ocorre rapidamente. Depois de aberta, a massa deve relaxar, ou poderá encolher
após ser cortada. Além disso, é importante deixar que ela descanse por ao menos 30 minutos
no refrigerador depois que o produto for moldado, prevenindo assim que encolha durante o
cozimento.
FICHA TÉCNICA
1
PRODUÇÃO: MASSA FOLHADA CLÁSSICA OU TRADICIONAL porção
Unidade de
Ingrediente Quantidade
Medida
19
MODO DE PREPARO:
O bolo St. Honoré é uma homenagem ao santo padroeiro dos padeiros e dos
confeiteiros franceses, St.Honoré, bispo de Amiens. Esta confecção sofisticada é construída a
partir de um gâteau consistindo em uma camada de massa folhada, que é depois coroada com
pâte à choux e decorada com delicadas bolas choux carameladas. A apresentação extravagante
deste bolo tradicional francês oferece uma visão absolutamente surpreendente, perfeita para
ocasiões especiais.
FICHA TÉCNICA
1 porção
PRODUÇÃO: ST HONORÉ
Unidade de
Ingrediente Quantidade
Medida
20
Creme chiboust -
CREME CHIBOUST
Creme pâtissière - ½ receita
Merengue italiano 0,200 g
Gelatina em pó - 0,007 g
Água para hidratar 0,049 g
MODO DE PREPARO:
Cortar um círculo de 20 cm de massa folhada para cada bolo, marcar com um rolo furador.
Com o saco de confeitar com a ponteira redonda, confeitar um circulo com a pâte à choux na parte externa da
borda da massa folhada. Confeitar uma espiral aberta que começa de fora e termina no centro, diminuindo de
altura conforme muda para o centro.
Pincelar com egg wash a massa folhada e a pâte à choux.
Assar em forno de convecção a 180°C até dourar.
Em forma forrada com papel manteiga, confeitar pequenos puffs de pâte a choux. Cada bolo precisa de 12 a 15
puffs.
Assar em forno de convecção a 160°C até ficar dourado.
Para a preparação do creme chiboust a gelatina hidratada deve ser colocada ao creme confeiteiro assim que sair
do fogo. Levar para geladeira e concluir o procedimento.
O merengue italiano é acrescentado no final, quando o creme confeiteiro estiver pronto e cremoso.
21
2.3.3.1 Ficha técnica mil-folhas
FICHA TÉCNICA
Unidade de
Ingrediente Quantidade Medida
Creme pâtissière com adição de gelatina ,0,007 grs para 0,049 grs de
água. 1 receita
Creme leite fresco batido em ponto ¾ 0,200 g
Açúcar confeiteiro glaçúcar qb
Açúcar refinado qb
MODO DE PREPARO:
Montagem:
Aparar as bordas da massa folhada e reservar.
Cortar as folhas em três tirar no comprimento, em torno de 10 cm de largura cada uma.
Bater o creme confeiteiro, como será demonstrado no laboratório.
Colocar metade do creme pâtissière na base da tira folhada e espalhar.
Colocar a segunda tira delicadamente sobre o creme.
Aplicar uma segunda camada de creme sobre a tira e finalizar com a ultima tira de massa folhada.
2.3.4 Pithivier
22
2.3.4.1 Ficha técnica Pithivier
FICHA TÉCNICA
Unidade
Ingrediente Quantidade de
Medida
1 receita de massa folhada
Creme frangipane
Calda de damasco
MODO DE PREPARO:
Abrir a massa folhada até obter uma espessura de 2,5 mm
Cortar 2 circulos de 20 cm de diâmetro e uma tira de 1 cm, suficientemente longa para circundar o
bolo.
Colocar o disco em forma com folha de papel manteiga. Pincelar ligeiramente com água e colocar uma
tira de 1 cm em torno da massa.
Com o saco de confeitar, colocar o frangipane no centro do círculo.
Caso queira pode colocar frutas sobre o frangipane.
Pincelar a borda da tira com água e colocar o segundo disco, pressionar levemente para ficar firme.
2.3.5 Jalousie
A jalousie consiste em duas longas peças retangulares de massa folhada recheada com creme
de amêndoas ou frangipane. A crosta superior é cortada com linhas paralelas, que depois de
assada parece com venezianas de janela. A adição de frutas, como maçã, pera, pêssego ou
frutas vermelhas, acrescenta um colorido sazonal, ao serem colocadas sobre o recheio. Depois
de assar, o doce é muitas vezes glaceado e guarnecido com um brilho sutil de pérolas de
açúcar. Normalmente a jalousie é vendida em fatias.
23
2.3.5.1 Ficha técnica Jalousie
FICHA TÉCNICA
Unidade de
Ingrediente Quantidade
Medida
Colocar essa tira sobre a massa com recheio, selando-a bem com as laterais umedecidas.
3 PÂTE À CHOUX
24
Os franceses deram este nome original pâte à choux, ou
repolho, pela sua aparência. Conhecida desde o século
XVI, a formula foi aperfeiçoada por Antoine
Carême no século XIX, e é usada ainda hoje.
Excepcionalmente delicada antes de assar, a pâte à
choux deve
ser
moldada
com colher
ou saco de confeitar. Depois de assada, a crosta
externa retém vapor no interior, criando uma
forma arredondada com um furo no centro. As
conchas crocantes são recheadas com uma variedade de cremes e finalizadas com coberturas.
Sobremesas surpreendentes como croquembouche, profiteroles, gateaux Saint
Honoré, Paris-Brest e os éclairs são todas feitas com pâte à choux.
FICHA TÉCNICA
Unidade de
Ingrediente Quantidade
Medida
25
Ovos - 4a6 Unid
MODO DE PREPARO:
Modo de preparo:
*A massa choux pode ser feita com 330 g de água ou 165g de água e 165g de leite.
Numa panela de inox, colocar a água, manteiga, sal e açúcar. Levar à ebulição.
Jogar o trigo todo de uma vez só quando o liquido ferver e misturar vigorosamente com um pão duro.
Deixar no fogo até a massa se soltar do fundo da panela.
Colocar a massa em uma batedeira e com o batedor folha começar a bater a massa. Deixar sair o vapor por
30 seg. e começar a acrescentar os ovos 1 a 1 até obter o ponto de fita. Este ponto será demonstrado em
laboratório.
Colocar a massa dentro de um saco de confeitar e fazer várias formas, que serão ensinadas no laboratório.
Pincelar ovos em cima.
Assar por uns 25 minutos a 160°C. ou até ficar dourado e seco no interior.
A pâte á choux pode ser congelada crua ou assada. Crua pode ser congelada por 2 semanas, e depois de
descongelada por completo, ela pode ser assada normalmente. Todos os produtos da choux tem a
durabilidade curta, em torno de 24 horas, uma vez que a massa tende a se tornar excessivamente macia.
26
3.1.2.1 ficha técnica creme Paris-Brest
FICHA TÉCNICA
Unidade de
Ingrediente Quantidade
Medida
MODO DE PREPARO:
Confeccionar o creme confeiteiro e leva-lo para a geladeira com está descrito na ficha técnica. Quando o
creme estiver gelado será feita a segunda etapa.
No bowl da batedeira bater a manteiga e acrescentar o praliné.
Levar o creme confeiteiro à batedeira e bater até ficar cremoso. Retirar da batedeira e juntar o creme de
manteiga e praliné misturando levemente.
Leva-lo à geladeira por 20 minutos antes de utilizar.
4 PAO-DE-LÓ
27
LEMBRANÇAS DA MINHA INFANCIA
Pão de ló de caixinha duas dúzias de gemas, uma de claras de ovos e duas dúzias de
colheres de açúcar, depois de batidos, ajuntem-se duas dúzias de colheres de farinha de
trigo, um pouco de erva-doce, bate-se e leve-se ao forno.
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No século XIX era confeccionado por famílias, destacando-se na sua fabricação a
família Arrota, a família Virgílio, a família Guedes.
Luiz de Oliveira Gomes da família Arrota presenteava seus clientes e amigos com
pães de ló de ovar, iniciando assim seu fabrico.
O fabrico até o final do século XIX era artesanal. A massa era batida à mão por duas
horas em alguidares de barro vermelho com pá de madeira e cozido em formas também de
barro forrado com papel de linho branco em fornos de lenha aquecido com pinhas ou ramos
secos. Para testar a temperatura do forno era utilizada uma vara comprida levando na
extremidade uma tira de papel de linho branco, devendo permanecer no forno o tempo de orar
um Pai-nosso, ocasião em que se invocava uma boa cozedura. Era tradição que as pessoas da
vila fornecessem ovos, açúcar e farinha, e levando para si as claras restantes e pagando o
29
4.1 FICHA TÉCNICA DE PÃO DE LÓ SIMPLES
FICHA TÉCNICA
de
Unidade
Ingrediente Quantidad e
Medida
Ovos 0,200 g
Cacau em pó 0,020 g
Ovos O,200 g
MODO DE PREPARO:
30
4.2 FICHA TÉCNICA DE BISCUIT
ROCAMBOLE
FICHA TÉCNICA
de
Unidade
Ingrediente Quantidade
Medida
Ovos 0,330 g
MODO DE PREPARO:
Modo de preparo:
Preparar o tabuleiro com papel manteiga e untar. Pré-aquecer o forno a 160°C Colocar os ovos no bowl
da batedeira e bater por uns 10 minutos. Acrescentar o açúcar aos poucos e bater até ficar com
consistência de fita.
Retirar da batedeira e acrescentar o trigo aos poucos peneirado sempre. Misturar delicadamente com uma
espátula o trigo na massa.
Por a massa no tabuleiro preparado, untado e levar para assar.
Assar por 10 minutos.
DICAS: em confeitaria biscuit quer dizer bolo fino, usado como base de tortas e rocamboles. Por isso a
receita esta incluída neste grupo.
31
4.3 FICHA TÉCNICA DE GÉNOISE
FICHA TÉCNICA
Unidade de
Ingrediente Quantidad e
Medida
MODO DE PREPARO:
Colocar os ovos e o açúcar dentro do bowl da batedeira e levar ao banho-maria no fogo baixo.
as vezes). Originalmente, as
massas eram cozidas sob a forma de um pão grande, que
depois era cortado em fatias, e estas, por sua vez, eram
secas no forno. Esse processo conferia melhor conservação ao produto.
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O Savoy, como o nome sugere, é uma especialidade típica do Piemonte, lar da Casa
Real de Sabóia.
Estes biscoitos feitos de farinha, fécula de batata, o açúcar e os ovos, aromatizado
com raspas de limão e baunilha.
Sua receita foi criada no final da Idade Média, por volta de 1356, o Tribunal de
Amedeo VI de Sabóia, onde foram criados por ocasião da visita do rei da França.
São biscoitos muito populares na Itália, um biscoito versátil e de bondade, pois entra
em várias receitas e espalhou-se por todo o mundo. Na Inglaterra são conhecidos como Lady
Fingers (dedos da senhora). Abaixo será demonstrado a ficha de lady fingers e uma de biscuit
savoiard.
FICHA TÉCNICA
Unidade de
Ingrediente Quantidad e
Medida
MODO DE PREPARO:
Untar e enfarinhar o tabuleiro.
Bater 1/3 do açúcar com as gemas e reservar
Bater as claras em neve e acrescentar o açúcar restante.
Na mistura de gemas acrescentar o trigo sempre peneirando e intercalar com as claras batidas.
33
5.2 FICHA TÉCNICA DE BISCUIT SAVOIARD
FICHA TÉCNICA
de
Unidade
Ingrediente Quantidade
Medida
Ovos 0,150 g
MODO DE PREPARO:
Pré-aquecer o forno a 160°C
Untar o tabuleiro, forrar com papel manteiga, untar e enfarinhar.
Bater as claras em neve e reservar.
Bater as gemas com o açúcar até ficar em ponto de fita.
Unir as duas misturar peneirando o trigo e mexendo suavemente.
Colocar em tabuleiro forrado com papel manteiga untado e enfarinhado.
Assar por 6 a 10 minutos em forno pré-aquecido a 160°C e verificar se esta no ponto.
34
amêndoas o que proporciona ao bolo uma textura muito atrativa. O jaconde pode ser decorado
com pâte à cigarette de diversas cores, utilizando corantes e cacau em pó para dar sabor de
chocolate.
O biscuit jaconde normalmente é assado em formas finas ou assadeiras. A farinha de
castanhas pode ser de qualquer tipo de oleaginosa, mas a favorita é a farinha de amêndoas
pelo seu sabor e textura.
A farinha de amêndoas normalmente é acompanhada por Tant pour Tant, que é
composta por parte de farinha de amêndoas e outra de açúcar impalpável. A parte do bolo
com o desenho é criada com uma matriz, que usa uma massa densa (pâte à décor) sobre uma
placa de silicone. Não devemos utilizar papel manteiga, pois o desenho fica distorcido e gruda
na folha. A cobertura feita com o desenho impresso deve ser congelada para se consolidar e a
massa é colocada na forma logo em seguida, espalhada com uma espátula. O desenho adere
ao bolo durante o cozimento.
FICHA TÉCNICA
de
Unidade
Ingredientes Quantidade
Medida
Gemas 0,070 gr
Ovos 0,055 gr
Claras 0,180 gr
MODO DE PREPARO:
35
Pré-aquecer o forno a 160°C.
Prepare o tabuleiro utilizando o silpat.
No bowl da batedeira, colocar as gemas os ovos e bater até ficar fofo. Reservar.
Bater as claras em neve e acrescentar o açúcar refinado, bater e reservar.
Acrescentar o trigo e o tant pour tant à mistura de gemas e ovos misturando delicadamente.
Acrescentar as claras em neve com delicadeza e aos poucos para que não perca volume.
FICHA TÉCNICA
de
Ingrediente Quantidad e Unidade Medida
Massa mãe
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Farinha de trigo 0,100 g
Claras 0,100 g
*Variação
Cacau em pó 0,030 g
MODO DE PREPARO:
Bater a manteiga em um bowl de inox com o fouet até obter uma mistura homogênea.
Juntar o açúcar de confeiteiro glaçúcar peneirado e misturar.
Acrescentar as claras à temperatura ambiente, e incorporar à mistura.
Peneirar a farinha de trigo e acrescentar a preparação batendo.
A mistura deve ser guardada na geladeira, em vasilha bem tampada.
*A pâte pode ser colorida com cacau em pó ou corantes de cores variadas.
*No caso da variação acima a medida de trigo e cacau deve somar e dar 100g para que a fôrmula fique
sempre na mesma proporção.
quiserem num tacho em outros tantos pícaros de agua. E, primeiro que lhe deitem o
açúcar, deitem-lhe duas claras de ovos nesta agua, muito bem batidas, que façam
grandes ensaboadas. E, como assim estiver, deitem o açúcar e ponham-no ao fogo e
deixei-no ferver sem o mexerem nem bolirem com ele.(...) tirem-no do fogo e
escurem-no e bem, e então ponham-
37
7.1 CALDAS
A calda é essencial em muitas receitas doces e no preparo de sobremesas. Ela pode adoçar o
suco de frutas ou ser usada como decoração, dando acabamento a tortas.
Seja qual for seu uso, a calda começa com o açúcar dissolvido em água ou suco de frutas. Uma calda
espessa tem grande proporção de açúcar em relação ao líquido: já uma calda simples leva menos
açúcar, é menos doce e mais fina. A calda de açúcar pode ser utilizada para diversos fins, dependendo
do grau de concentração de açúcar.
Combinar a água e o açúcar e colocar na panela. Limpar as bordas e levar para ferver. Depois de
levantar fervura, marcar 10 minutos e desligar a calda. Deixar esfriar e guardar.
CALDA 30 BAUMÉ
AGUA 0,850 G - 100 %
AÇUCAR 1165 G - 137 %
AÇUCAR INVERTIDO para dar cor de caramelo. 0,300g de água quente, 0,004 g de suco de
limão, ferver e desligar.
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FIO 105°C calda rala, conservação de frutas
OUTROS PONTOS
PONTO DE FIO DE CARAMELO PARA 0,500 grs. de açúcar refinado, 0,125 grs. de
DECORAÇÃO água, 0,050 grs. de glucose. Deixar atingir cor
de guaraná e temperatura de 145°C
O curd de limão, também conhecido como lemon cheese, é uma sobremesa tradicional britânica. No
final do século XIX e no começo do século XX na Inglaterra, o creme de limão, feito em casa, era
servido com pão ou scones no chá da tarde e usado como recheio para bolos, pequenas pâtisseries e
tortas.
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8.1.1 Ficha técnica curd de limão
FICHA TÉCNICA
de
Unidade
Ingrediente Quantidade
Medida
Manteiga 0,100 g
Gemas 0,120 g
MODO DE PREPARO:
Levar ao fogo médio em uma panela de inox, metade do açúcar, a manteiga o suco de limão, até dissolver
todo o açúcar e chegar a 65°C. Num bowl coar as gemas misturar o açúcar restante com o fouet, mas não
bater para não incorporar ar e espuma. Adicionar a mistura de limão quente derramando em fios, e
mexendo sempre até todo o liquido ser incorporado às gemas. Levar o bowl ao banho-maria.
Continuar mexendo com um pão duro em banho-maria até ficar um creme espesso e brilhante (ponto
napper), O processo demora um pouco.
Retire do fogo e acrescente as raspas de limão. Guardar em vasilha tampada na geladeira.
Utilizar depois de gelado. Colocar na massa de torta assada e fria e levar ao forno a 95°C por
aproximadamente 10 minutos.
Decorar com fios de chocolate ou arabescos.
8.2 GLAÇAGE
40
8.2.1 Ficha técnica glaçage.
FICHA TÉCNICA
Unidade Medida de
Ingrediente Quantidade
GLAÇAGE BASICA
Glucose 0,100 g
Agua 0,250 g
GLAÇAGE DE FRUTAS
GLAÇAGE DE CHOCOLATE
Agua 0,140 g
Cacau em pó 0,080
MODO DE PREPARO:
Modo de preparo 1º: ferver a glucose com a água. Retirar do fogo e colocar a gelatina hidratada
Modo de preparo 2º: com a cobertura líquida ainda quente, adicionar a polpa de frutas que tbm deve ser
fervida.
Derramar sempre a cobertura morna sobre a torta. Espalhar rapidamente com a espátula para não criar grumos.
Modo de preparo 3º: levar para a panela a água o açúcar e o creme de leite, deixar levantar fervura.
Acrescentar o cacau em pó mexer bem com o fouet, deixar ferver por 10 minutos. Retirar do fogo e guardar
em geladeira
41
8.3 CALDA DE CHOCOLATE
FICHA TÉCNICA
Unidade Medidade
Ingrediente Quantidade
Glucose 0,125 g
MODO DE PREPARO:
Preparar a calda simples e reservar. (a calda deve estar quente para jogar sobre o chocolate).
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8.4 CRÉMEUX DE MARACUJÁ
FICHA TÉCNICA
PRODUÇÃO: CREMEUX DE MARACUJÁ 1 porção
Unidade Medida de
Ingrediente Quantidade
Gemas 0,075 g
Ovos 0,100 g
Gelatina em pó 0,004 g
Manteiga 0,100 g
MODO DE PREPARO:
Levar o suco até quase fervura com metade do açúcar.
Num bowl combinar as gemas coadas e as claras e o restante do açúcar, misturar com o fouet mais não
incorporar ar.
Verter a calda a 65°C dentro da mistura de claras e gemas e misturar.
Voltar com a mistura para o banho maria até atingir 85°C.
Retirar do banho-maria e acrescentar a gelatina.
Quando a mistura atingir 35°C acrescentar a manteiga macia.
Colocar o crémeux na geladeira ou utilizar nas bases de tortas de pâte sucrée.
9 CREMES BÁSICOS UTILIZADOS NA CONFEITARIA INTERNACIONAL
43
Os 4 tipos de cremes que serve como base na preparação de sobremesas são o creme
de leite fresco, os merengues, o creme anglaise e o creme pâtissièr (creme confeiteiro). Esses
cremes básicos são diferentes em sua composição, mas compartilham de características em
comum; o ingrediente principal é um elemento lácteo.
Outros 2 cremes que também tem uma consideração especial é o creme de amêndoas
e o creme frangipane.
44
9.1.1 Ficha técnica creme pâtissier
FICHA TÉCNICA
Unidade Medidade
Ingrediente Quantidade
Gemas 0,100 g
Manteiga 0,060 g
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9.1.2 Quadro de aromatização para creme confeiteiro e creme anglaise
46
9.1.3.1 Ficha técnica de creme mousseline
FICHA TÉCNICA
de
Ingrediente Quantidade Unidade Medida
Gemas 0,196 g
Manteiga 0,595 g
MODO DE PREPARO:
Fazer o creme confeiteiro como ensinado no laboratório, mais deixar cozinhar em fogo baixo.
Assim que retirar o creme do fogo acrescentar a metade da manteiga. colocar num bowl, cobrir com filme
Pack e levar à geladeira.
Proceder como deve ser feito e colocar na geladeira.
Quando estiver resfriado, retirar da geladeira, colocar dentro do bowl da batedeira e bater.
Enquanto bate acrescentar a outra metade da manteiga, que, deve estar em temperatura ambiente ou pomada.
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9.1.4 Quadro de aromatizantes para creme mousseline.
FICHA TÉCNICA
Unidade Medida de
Ingrediente Quantidade
Gelatina em pó 0,008 g
MODO DE PREPARO:
48
9.1.4.2 Ficha técnica - Creme de amêndoas
FICHA TÉCNICA
Unidade Medidade
Ingrediente Quantidade
Manteiga 0,125 g
Amêndoas em pó 0,125 g
Ovos 0,150 g
MODO DE PREPARO:
Colocar o açúcar em uma tigela, junto com a manteiga amolecida. Acrescentar os ovos um a um
e misturar em cada adição.
Juntar as amêndoas em pó, a farinha de trigo e por ultimo a essência de baunilha.
O creme de amêndoas deve ficar ligeiramente compacto. Pode ser utilizado como recheio para tortas ou
diferentes especialidades de confeitaria que depois serão levadas ao forno.
O Frangipane é o tema de uma das historias culinárias mais curiosas. Conta-se que tudo
começou quando um nobre italiano do século XVI, o marques Muzio Frangipani, criou luvas
com perfume de amêndoas, inaugurando, assim, uma tendência na moda parisiense. Os
confeiteiros, querendo capitalizar sobre a febre da última moda, experimentaram diversas
maneiras de capturar o perfume nas sobremesas, desta forma nasceu o frangipane.
Aromatizado com farinha de amêndoas, esse creme rico, baseado em duas partes de creme de
amêndoas para uma parte de creme pâtissier. Este creme é usado para rechear tortinhas de
pâte ou folhados, brioches, doces matinais, doces da doçaria portuguesa e outras confecções.
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9.1.5.1 Ficha técnica - creme frangipane.
FICHA TÉCNICA
de
Ingrediente Quantidade Unidade Medida
Essência de amêndoas qb
MODO DE PREPARO:
Fazer o creme de amêndoas e o creme confeiteiro como descrito, unir os dois com um pão duro e utiliza-lo.
Sabendo que, este creme precisa de ser assado antes de ser consumido.
FICHA TÉCNICA
50
de
Unidade
Ingrediente Quantidade
Medida
Essência de baunilha qb
MODO DE PREPARO:
Colocar a tigela contendo o creme de leite fresco dentro de um bowl com gelo e água.
Acrescente o açúcar de confeiteiro glaçucar peneirado e bater energicamente até obter o ponto desejado.
FICHA TÉCNICA
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PRODUÇÃO: CREME ANGLAISE 1 porção
Unidade de
Ingrediente Quantidade
Medida
52
9.1.8 Creme bavaroise.
Existem dois termos semelhantes, embora diferentes em sua composição: o creme bavarois e
o creme bavarois com e no final da pronuncia. A bavarois é uma mistura de creme anglaise,
acima descrito no qual se adiciona gelatina e creme de leite batido; depois ele é colocado
numa forma para gelar e serve com caldas e frutas a escolha. Pode ser utilizado nas
confecções de pavês, bolos, charlotes e sorvetes. O creme pode mudar de sabor, de forma ou
de acompanhamento como foi falado. A receita foi revelada por Carême.
Temos também o creme bavarois, que é uma bebida cujo ingrediente principal é o chá quente
com leite ao qual se adicionam gemas batidas com açúcar e um pouco de kirsh. Surgiu como
bebida no famoso café Procope de Paris no século XIX. O chef Escoffier recomendava que
fosse tomada em copos especiais, enquanto a preparação estava ainda espumosa. Seus
aromatizantes também podem variar. A receita abaixo descrita é um creme anglaise à base de
leite somente e acrescido de creme de leite fresco.
10 PÂTE À BOMBE
FICHA TÉCNICA
de
Unidade
Ingrediente Quantidade
Medida
Água 0,100 g
MODO DE PREPARO:
Modo de preparo: coar as gemas e colocar dentro do bowl da batedeira com 30 g de açúcar bater até ficar
fofo e claro. Colocar o açúcar e a água numa panela de inox, levar ao fogo até atingir entre 112°C.
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Jogar a calda em fio sobre as gemas bem devagar, sempre batendo. Deixar bater até que a produção fique
morna.
Utilizar nas produções de mousse quando for necessário.
É uma preparação para ser empregada em mousses, pois ao pasteurizarmos as gemas elas não oferecem
riscos à saúde. Para transformar essa base em mousse basta acrescentar 0,005 g de gelatina, hidratada em
0,035 g de água e acrescentar 0,200 g de creme de leite fresco batido em ponto ¾ e aromatizar com polpa
de frutas, chocolate ou doce de leite 0,200 g de cada.
FICHA TÉCNICA
PRODUÇÃO: CREME MANTEIGA À BASE DE PÂTE À BOMBE 1
porção
de
Unidade
Ingrediente Quantidade
Medida
MODO DE PREPARO:
Com a pâte à bombe na batedeira e esfriada adicionar a manteiga em ponto pomada. Bater até ficar
emulsionada.
Caso a manteiga entre fria o creme irá talhar. A solução para esse caso é coloca-lo em banho maria
e bater até o creme voltar ao estado liso.
Conservar na geladeira, mais lembre sempre de bater antes de ser utilizado.
54
11 MERENGUES
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11.1 MERENGUE FRANCÊS
FICHA TÉCNICA
de
Ingrediente Quantidade Unidade Medida
Claras 0,200 g
MODO DE PREPARO:
Bater as claras na velocidade 2 até encorpar, acrescentar aos poucos o açúcar refinado e após o açúcar de
confeiteiro impalpável ou glaçucar.
O merengue está pronto quando formar um pico firme ao levantar o batedor da batedeira.
Sobre um tabuleiro untado e enfarinhado, fazer os suspiros no formato desejado, usando um saco de
confeitar. Levar ao forno a uma temperatura de 90°C a 120°C por 1 hora e 30 minutos, dependendo do
tamanho dos merengues.
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11.2 MERENGUE SUÍÇO
FICHA TÉCNICA
Unidade de
Ingrediente Quantidade
Medida
Claras 0,250 gr
Açúcar refinado 0,500 gr
Essência baunilha qb
MODO DE PREPARO:
Misturar com o fouet até atingir 65°C a 70°C, sem parar de mexer.
Atingindo a temperatura passar para a tigela da batedeira e bater na velocidade 2 até que esteja
completamente fria e firme.
Sobre um tabuleiro untado e enfarinhado, dar formato desejado. Levar ao forno a uma temp. de
90°C a 120°C por 1 hora e 30 minutos, dependendo do tamanho dos merengues.
FICHA TÉCNICA
Unidade Medidade
Ingrediente Quantidade
Claras 0,250 g
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Água 0,150 g
Glucose 0,050 g
Essência de baunilha qb
MODO DE PREPARO:
Modo de preparo:
A calda deve atingir uma temperatura entre 112°C e 120°C, dependendo da utilização que se queira dar ao
merengue.
Coloque as claras no bowl da batedeira e reserve. Quando a calda atingir determinado grau (será
demonstrado e falado no laboratório e anotado pelo aluno. Ligue a batedeira e bata as claras na velocidade 2.
A calda chegando à temperatura ideal, verter em fios e devagar no bowl da batedeira, com a mesma em
movimento.
O merengue deve bater até que o bowl da batedeira esteja a temperatura ambiente.
Utilizar para mousses, coberturas de bolos e sobremesas.
Para que possamos fazer o creme manteiga é só acrescentar 0,500 g de manteiga amaciada ao merengue e
bater até ficar leve e macio.
12 GANACHES
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- para cada parte de chocolate amargo, ao leite ou branco, 1 parte de creme
anglaise.
Para obter um ganache mais firme ou mais mole, as proporções devem variar de
acordo com o desejado.
Nos ganaches de creme de leite e creme inglês, pode-se incorporar manteiga até 10%
do peso do ganache para obter uma textura mais suave e aveludada. A manteiga deve ser
adicionada no final da preparação.
Deve-se incorporar glucose ou mel até 10% do peso do ganache para obter um
resultado mais suave e para evitar que o cristal de açúcar do ganache se recristalize; a glucose
ou mel deve ser dissolvido no creme de leite ou leite do creme inglês.
Além das bases acima descritas temos o ganache de corte.
O ganache de corte é a base de todos os tipos de bombons de chocolate para revestir
firme que a do ganache para rechear bombons moldados, permite executar formas variadas,
fáceis de moldar, enrolar e manipular.
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12.1 GANACHE À BASE DE CREME DE LEITE FRESCO
FICHA TÉCNICA
Unidade Medida de
Ingrediente Quantidade
Manteiga 0,050 g
Mel 0,050 g
MODO DE PREPARO:
Modo de preparo: picar o chocolate e colocar em um bowl de inox. Numa panela de inox ferver o creme de
leite, manteiga e mel.
Retirar do fogo e jogar por cima do chocolate, cobrir com filme e deixar por uns 3 minutos.
Misturar com pão duro até ficar liso.
Cobrir com filme e guardar na geladeira.
Pode acrescentar uma bebida alcoólica, mas nesse caso diminua o creme de leite fresco em 50 grs. e acrescente
a mesma medida de uma bebida.
Chocolate ao leite ou branco 0,500 gr
Creme de leite fresco 0,200 gr
13 CROCANTE PRALINÉ
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O praliné pode variar, dependendo da do uso de amêndoas ou avelãs, ou as duas, em
sua preparação, se estão peladas ou inteiras, se o açúcar da mistura assume uma cor clara ou
escura. A porção do praliné costuma ser o mesmo peso de frutas secas (amêndoas, avelãs) e
de açúcar. De acordo com uma lenda muito repetida pelos confeiteiros, datada do final do
século XVIII, o nome praliné vem do Duque de Plessis-Praslin (1598-1675). Conta-se que o
cozinheiro do duque, Clément Jaluzot, inventou um método para recobrir amêndoas inteiras
com açúcar caramelizado. Depois de alguns anos, diante do sucesso alcançado, ele se mudou
para a cidade de Montargis para se dedicar à produção comercial desses doces.
FICHA TÉCNICA
PRODUÇÃO: PRALINÉ 1 porção
Unidade Medida de
Ingrediente Quantidade
Agua 0,100 g
MODO DE PREPARO:
Modo de preparo: colocar o açúcar na panela e 100 g de água e deixar fazer uma calda a 120°C, acrescentar as
amêndoas e mexer sobre o fogo, o açúcar começa a cristalizar.
Continue mexendo até o açúcar caramelizar as amêndoas.
Depois dessa etapa o açúcar vai começar a derreter novamente e carameliza as avelãs.
Retirar do fogo e colocar sobre silpat. Deixar esfriar e quebrar.
Pode passar por robot cup. Guardar em pote bem tampado.
14 MOUSSES
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Á base de merengue italiano.
Á base de pâte à bombe.
Á base de zabaione.
FICHA TÉCNICA
de
Ingrediente Quantidade Unidade Medida
MODO DE PREPARO:
Modo de preparo: hidratar a gelatina, aquecer a polpa de fruta e colocar a gelatina hidratada.
FICHA TÉCNICA
Unidade de
Ingrediente Quantidade
Medida
62
1 receita de pâte à bombe
MODO DE PREPARO:
Modo de preparo: hidratar a gelatina, aquecer a polpa de fruta e colocar a
gelatina hidratada.
Fazer a calda com o açúcar e água até chegar a 115°C, colocar as gemas coadas no bowl. da
batedeira. Quando a calda chegar ao ponto, verter devagar dentro do bowl da batedeira.
Bater até ficar fofo e claro.
Misturar delicadamente a mistura de gemas com a polpa de fruta.
Bater o creme de leite a 3/4 e acrescentar a mistura em duas vezes, para
preservar a aeração. Utilizar.
15.1 CHEESECAKE
Acredita-se que o cheesecake tenha se originado na Grécia antiga, onde era servido
para os atletas durante os primeiros Jogos Olímpicos ocorridos em 776ª.C. os romanos
disseminaram o cheesecake da Grécia para toda a Europa, cujos imigrantes acabaram levando
a tradição para os Estados Unidos. O queijo cremoso, o queijo mais usado para preparar o
cheesecake atualmente, foi inventado por um leiteiro norte-americano, que estava tentando
recriar o queijo francês Neufchatel. Quando James L.Kraft criou o queijo pasteurizado em
1912, com o queijo cremoso pasteurizado Philadelphia seguindo logo atrás, a produção de
cheesecake nos Estados Unidos acelerou de forma significante. Os cheesecakes são
apreciados por sua impressionante riqueza e variações infinitas
63
15.1.1 Ficha técnica Cheesecake.
FICHA TÉCNICA
Unidade de
Ingrediente Quantidade
Medida
Base
Manteiga 0,120 gr
Mel 1 cs
Canela qb
Creme
Essência de baunilha qb
Ovos 0,150 gr
MODO DE PREPARO:
1 - Preparar a base, em uma forma redonda de 20 cm ou 25 cm e colocar a massa feita com os biscoitos
triturados com a manteiga e nivelar bem. Pode ser feita em aros de mono-porção.
64
5 - Assar em forno pré-aquecido a 150°C por 1 hora mais ou menos, sem deixar a água do banho-maria secar.
8 - Dispor o cheesecake em prato adequado e decorar com morangos frescos ou um couli de frutas vermelhas.
entre os ingleses, espanhóis e franceses, todos reivindicando para si a criação desse prato
clássico, um creme suave com açúcar caramelizado por cima. O creme Brûlée é
imprescindível no cardápio de muitos restaurantes hoje e é apresentado em uma rica variedade
de sabores.
FICHA TÉCNICA
Unidade Medida de
Ingrediente Quantidade
Sal 0,002 gr
Ovo 0,055 gr
MODO DE PREPARO:
Procedimento:
2 - Num bowl misturar com cuidado as gemas coadas, o ovo coado, e a metade do açúcar e o sal. Não bater
para não formar espuma, apenas misturar bem de leve.
65
3 O leite, creme de leite e a outra metade do açucar e a fava de baunilha, levar à fervura na panela de inox
e deixado amornar. Adicionar à mistura de ovos e açúcar, e, misturar com delicadeza. Se necessário passar
por peneira.
4 -Colocar em potes apropriados para creme Brûlée e assar em banho-maria a 150°C em forno pré-aquecido
por 45 minutos.
5 - Assar até apenas ficar firme no meio.
6 - Remover do forno e transferir par o refrigerador descoberto.
7 - Para servir, pulverizar uma camada fina de açúcar sobre o creme e queimar com o maçarico ou sob o
grill.
FICHA TÉCNICA
de
Ingrediente Quantidade Unidade Medida
66
Manteiga 0,200 gr
MODO DE PREPARO:
Derreter o chocolate meio amargo em banho-maria ou micro-ondas, acrescentar a manteiga e reservar.
Obedeça as orientações do professor.
Num bowl, coar as gemas e os ovos, acrescentar o açúcar refinado e levar em banhomaria até atingir a
temperatura de 65°C.
Retirar do banho-maria e acrescentar à mistura de chocolate e manteiga que ficou reservada, passando a
mistura de ovos e gemas pela peneira e misturar bem com o fouet.
Peneirar o trigo aos poucos sobre a mistura e colocar a essência de baunilha.
Untar formas próprias para petit com uma fina camada de manteiga e polvilhar trigo, mais não deixar
excesso. Colocar de 80 a 100 g de massa em cada forminha.
Levar para a geladeira para gelar bem, de um dia para o outro.
Aquecer o forno a 230°C por 5 minutos (forno combinado) levar os petit para assar por 3 minutos. Voltar
à geladeira, gelar e desenformar. Levar ao micro-ondas por 20 segundos para ser servido.
Em forno convencional, deixar aquecer por uns 10 minutos e colocar em forno alto os petit por 7
minutos e retirar do forno. Neste caso pode ser servido na hora com sorvete
15.4 TIRAMISU
67
15.4.1 Ficha Tiramisu.
FICHA TÉCNICA
Unidade de
Ingrediente Quantidade
Medida
*Calda de café
Nescafé 0,030 gr
Rum 0,100 gr
Agua 0,250 gr
Açúcar 0,250 gr
MODO DE PREPARO:
Preparar o biscuit como na ficha técnica.
Preparar a calda colocar em uma panelinha a água e o açúcar, levar para levantar fervura. Ferver por
5 minutos e desligar. Acrescentar o rum com o nescafé diluído, misturar e deixar esfriar.
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15.5 SACHERTORTE
O bolo Sacher consiste em duas camadas de chocolate denso com um recheio fino de
geléia de damasco, coberto com chocolate na superfície e nas laterais. Tradicionalmente é
servido com creme batido e café, já que muitos vienenses consideram a Sachertorte muito
seca para ser consumida sem acompanhamento.
A Sachertorte foi feita pela primeira vez em 1832, por Franz Sacher, que era o chef
de cozinha do príncipe Von Metternich.
Em 1985 surgiu uma disputa judicial entre a confeitaria Demel, a mais famosa de
Viena, e o Hotel Sacher, para quem teria o direito de chamar de genuína a torta Sacher que
vendiam. A Demel tinha comprado os direitos do neto do criador, Edouard Sacher, para
vender a torta com o selo oficial, enquanto que o Hotel Sacher alegava em sua defesa as
ligações familiares que tinha com o criador.
A torta da confeitaria Demel é coberto com geléia de damasco e coberto com
chocolate. A torta do Hotel Sacher é cortada ao meio, recheada com geléia de damasco,
coberta com geléia e depois com chocolate. Por fim leva a inscrição Sacher, feita com
chocolate no centro da torta.
Ficha técnica da Sacher Torte
FICHA TÉCNICA
Unidade de
Ingrediente Quantidade Medida
COMPONENTES:
Bolo sacher
Calda negra gr
Geléia de damasco
Calda simples
Açúcar 0,130 gr
Agua 0,130 gr
Glucose 0,070 gr
Calda negra
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Cacau em pó 0,010 gr
Geléia de damasco
Damascos 0,200 gr
Açúcar 0,150 gr
Bolo sacher
Manteiga 0,125 gr
Cacau em pó 0,040 gr
Gemas 4 unid.
Claras 4 unid.
MODO DE PREPARO:
Geleia de damasco
colocar os damascos de molho por 20 minutos. Bater no liquifidicador. Acrescentar o
açúcar, levar à panela de inox e deixar ferver.
Quando ficar brilhante retirar da panela e colocar num bowl para resfriar.
Fazer uma calda simples e reservar.
Calda negra conforme indicado na apostila.
Bolo da sacher:
Na batedeira bater a clara em neve e acrescente 50 g de açúcar. Num outro bowl bater as gemas com as 50
g açúcar até ficar fofo e claro.
No bowl das gemas misturar de leve o amido de milho peneirado com o fermento, acrescentar o chocolate
derretido e misturar. Acrescentar as claras em neve aos poucos para que a produção não perca volume.
Passar filme pack em um aro e untar. Colocar a massa dentro e levar para assar em forno pré-aquecido a
160 °C por uns 25 minutos. Verificar. Caso esteja assada retirar do forno.
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15.6 RECHEIO DE MAÇA PARA TORTA
FICHA TÉCNICA
de
Unidade
Ingrediente Quantidade
Medida
Manteiga 0,150 gr
Agua 0,150 gr
Canela em pó 0,003 gr
Noz moscada qb
Sal 1 pitada
Canela em pó qb gr
Noz moscada qb gr
Manteiga 0,030 gr
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MODO DE PREPARO:
FICHA TÉCNICA
Unidade de
Ingrediente Quantidade
Medida
Componentes da torta:
Biscuit jaconde com tiras cor púrpura, amarela ou vermelha 1 receita
Pâte à cigarette 1 receita
Inserção de amoras
dacquoise
Mousse de limão
Calda de amoras
Decor de chocolate branco
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Massa da dacquoise
Claras 0,150 gr
Açúcar refinado 0,050 gr
Açúcar impalpável 0,115 gr
Amêndoas em pó 0,115 gr
17 DOÇARIA BRASILEIRA
Sou mais doceira e cozinheira do que escritora, sendo a culinária a mais nobre de
todas as Artes: objetiva, concreta, jamais abstrata a que está ligada à vida e à saúde
humana.
1 mamão vermelho e firme de 2 quilos1 colher (sopa) de bicarbonato ou cal virgem, 1 quilo de
açúcar cristal. Descasque o mamão, retire as sementes e corte em pedaços. Coloque os pedaços
em água com bicarbonato ou cal virgem de construção. Depois de uma hora lave os pedaços
em água pura. Prepare, à parte, calda em ponto de espelho, quantidade suficiente para cobrir os
pedaços. Quando ela estiver no ponto, coloque os pedaços de mamão (faça antes furos com o
garfo para a calda penetrar) e em fogo lento espere até que fiquem macios. Deixe dormir na
calda, apurando no dia seguinte. Com o auxílio de uma colher de pau ou escumadeira, coloque
para escorrer em peneira de taquara. Enquanto isso apure bem a calda restante, até que comece
a açucarar. 6. Depois de escorridos, passe os pedaços de mamão na calda apurada para que
fiquem glaceados. Acabe de secá-los ao sol.
Como falar de doçaria se não falarmos da nossa doçaria, tão rica, tão marcante e
regional. Fruto de um imenso legado de raízes, miscigenação, que trouxe a característica do
povo brasileiro.
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A intimidade entre o doce a doceira e a família com suas receitas exclusivas dá
projeção e estilo às casas e suas cozinhas, que são como santuários onde vários odores e
sabores se transformam numa alquimia perfeita e imenso prazer.
O doce pontua o cotidiano, marca tempo de festa, história de uma região, memória
de família. Tudo reflete memórias arcaicas, fundamentais à compreensão e à essência do doce
enquanto um símbolo de realização gastronômica, que adoça o corpo e, principalmente o
espírito.
Vendia-
meia de leite. Sua receita ficou a dever-se às Monjas do Mosteiro de Celas que o faziam em
rodelinhas de barro do Carvalhal, com peito de galinha, ou bacalhau desfiado se o tempo era
de forçada abstinência. Curiosa é sua forma sensualmente mamilar, por isso o doce também é
74
-se em tal lubricidez uma a modos que compensação de
carnalidades teoricamente proibidas. Que sabemos de amadores, pessoas reais e fidalgos de
muito marca, servindo eleitos recolhidas.
de
Unidade
Ingrediente Quantidade
Medida
Calda de ameixas
Ovos 0,150 G
MODO DE PREPARO:
Modo de preparo: levar todos os ingredientes em uma panela de inox e cozinhar, sempre mexendo com
colher grande e fouet, para que não se crie grumos.
Untar uma forma com óleo puro e molhar, colocar para gelar e desenformar somente no dia seguinte.
75
Modo de preparo: queimar o açúcar para calda. Acrescentar o creme de leite quente ou a água aos poucos e
os ovos ligeiramente misturados.
Colocar as nozes e desligar o fogo. Caso precise coloque um pouco de agua.
Pode servir com bolos, pudim e manjares.
FICHA TÉCNICA
de
Ingrediente Quantidade Unidade Medida
Ovos 10 unidades
Água 0,100 gr
Canela em pó qb
MODO DE PREPARO:
Modo de preparo: colocar os ovos no bowl da batedeira e bater até ficar cremoso e fofo, acrescentar o açúcar
aos poucos e continuar a bater.
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Retirar da batedeira e misturar com delicadeza o coco ralado o queijo e o trigo.
Colocar para assar em tabuleiro com papel manteiga untado e enfarinhado.
Assar em forno a 160°C, verificar o tempo.
Desenformar e passar uma camada de doce de ameixa, enrolar e polvilhar açúcar e canela;
FICHA TÉCNICA
1 porção
PRODUÇÃO: BOLO CUIA
Quan Unidad e
Ingrediente
tidade de Medida
Misture as claras em neve delicadamente. Despeje em forma untada e enfarinha e leve para assar.
Assar em forno pré-aquecido a 160°C por mais ou menos 1 hora ou até dourar.
Fazer um doce mole com a goiabada e um pouco de agua. Despejar essa calda sobre o bolo e
servir.
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17.5 BABA DE MOÇA
Mal a cantilena anunciava Aveiro, terra de moliceiros de proa alta, de vento e de má língua,
logo mil barricas atestadas de ovos moles, feito exclusivamente de gemas, açúcar em ponto e
salpico de canela em pó, passavam para as mãos ansiosas dos viajantes. Eram de aduelas
cingidas, a princípio, com trança de verga. Bem diferente das de hoje, grosseiramente
forneadas em cepo de madeira e com apressada pinturece de sua Ria. Já nem o doce é o
mesmo. Que abundem os mixordeiros, desvirtuando seu preparamente com descarada mistura
de abóbora e até farinha de arroz.
FICHA TÉCNICA
de
Ingrediente Quantidade Unidade Medida
Agua 0,250 g
Trigo 01 colher de
sopa
MODO DE PREPARO:
Modo de preparo:
Coar as gemas e acrescentar o leite de coco e o trigo e misturar bem.
Levar ao fogo uma panela de inox o açúcar e a agua com as especiarias, que pode ser:
canela em pau, aniz estrelado, casca de limão ou laranja e baunilha.
Deixar a calda chegar a 120°C desligar o fogo e deixar esfriar.
Colocar na panela que esta a calda a mistura de gemas e levar ao fogo novamente até dar um ponto cremoso.
78
17.6 COCADA DE FORNO
FICHA TÉCNICA
de
Ingrediente Quantidade Unidade Medida
Agua 1 copo
Gemas 0,080 gr
Leite 1 xícara
Essência de baunilha QB
MODO DE PREPARO:
Numa panela de inox colocar o açúcar e a agua e levar ao fogo para formar uma calda grossa.
Deixar esfriar e acrescentar o coco ralado, as gemas o leite, o trigo e a essência. Misturar muito bem e levar
para um pirex bem untado e assar em forno pré-aquecido a 160°C até formar uma crosta dourada por cima.
79
17.7 MARMELADA DE MARACUJÁ
FICHA TÉCNICA
Unidade de
Ingrediente Quantidade
Medida
MODO DE PREPARO:
Lave bem os maracujás. Corte-os, retire as sementes e passe-as por uma peneira para obter o sumo. Reserve.
Coloque as cascas numa panela com agua e leve ao fogo para cozinhar por 45 minutos. Retire do fogo e,
com uma colher, retire a parte branca da casca, descartando o restante. Junte um pouco do sumo e bata no
liquidificador.
Misture a massa obtida com o açúcar. Junte o suco restante e leve ao fogo, mexendo sempre para não grudar
no fundo. Quando estiver bem grosso e soltar do fundo da panela, retire do fogo. Sirva frio
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17.8 BOLO LEGALISTA
FICHA TÉCNICA
81
18 BOLOS
Se se quer comer um bolo e se tem todos os ingredientes, farinha açúcar, ovos, leite,
fogo, etc.,não se terá um bolo. É preciso saber reuni-los nas quantidades certas, seguir
uma receita, levá-lo ao forno. Cozinhá-lo. Depois comê-lo. Com parcimônia para não
ter indigestão.
Milton Lins
Um agente de seguros de Lós Angeles, Harry Baker, inventou o bolo chiffon em 1927 e
manteve guardada a receita por mais de vinte anos, preparando seus bolos somente para as
estrelas de Hollywood e para o famoso restaurante Brown Derby. Em 1947, a família Baker
vendeu a receita para a General Mills, que publicou a receita secreta em maio de 1948 na
revista Better Homes and gardens, criando uma sensação em todo o país. O ingrediente
secreto, óleo vegetal, foi revela
chiffon é úmido e tenro, leve e aerado, com o sabor tão
rico quanto o de um bolo com manteiga, mas a textura afofada, como de um bolo espumosos,
está baseada nas claras e no fermento para seu crescimento. O uso de óleo vegetal, em vez da
mistura de gordura e de açúcar, torna essa massa rápida e fácil de preparar. Em razão do alto
teor de óleo, o bolo chiffon, é bastante umedecido e resistente ao ressecamento, mesmo sob-
refrigeração.]
82
17.8.1 Ficha técnica bolo chifon
FICHA TÉCNICA
Unidade de
Ingrediente Quantidade
Medida
MODO DE PREPARO:
Peneire a farinha o fermento e o primeiro açúcar. Adicionar as raspas de limão.
Em cuba separada, misturar os ingredientes líquidos com o fouet; adicionar os ingredientes secos
lentamente para obter uma massa homogênea.
Bater as claras, acrescentar o segundo açúcar e o cremor de tártaro até o pico leve.
Combinar o merengue com a massa em três estágios até se tornar homogênea.
Colocar a massa em forma não untada 2 formas de 20 cm redondas.
Assar em forno de convecção a 168°C por uns 30 minutos ou até quando estiver assado.
Inverter as formas para esfriar. Remover das formas somente quando os bolos estiverem
completamente frios.
83
18.2 GENOISE CLÁSSICA
FICHA TÉCNICA
Unidade de
Ingrediente Quantidade
Medida
MODO DE PREPARO:
84
18.3 BOLO DE FRUTAS CAKE AUX FRUITS
A essência desta sobremesa complexa, com uma textura rica, está baseada na
formula de bolo com manteiga, e adota o método cremoso modificado. A utilização de
damascos secos, frutas cristalizadas, amêndoas, juntamente com uma aplicação generosa de
rum, traz um sabor intenso a cada fatia.
FICHA TÉCNICA
Unidade de
Ingrediente Quantidade
Medida
MODO DE PREPARO:
Macerar as frutas e as amêndoas no rum por 24 horas.
Peneirar a farinha e o fermento juntos e reservar.
85
Bater a manteiga e o primeiro açúcar até ficar cremosa. Acrescentar a calda de açúcar invertido e
as gemas.
Adicionar os ingredientes peneirados e misturar até incorporar.
Prepare o merengue com as claras e o segundo açúcar. Adicionar à massa em três estágios.
Acrescentar as frutas maceradas e colocar a massa nas 2 formas untadas de 20cm X 10cm
Assar a 168°C por 35 a 40 minutos ou até estar assado.
A massa do bolo e libra se compõe de quatro ingredientes, todos com o mesmo peso.
Tem esse nome porque originalmente, usava-se uma libra de cada um. É consumido em geral
na hora do chá e pode ser servido puro ou com vários recheios.
FICHA TÉCNICA
Unidade de
Ingrediente Quantidade
Medida
Método cremoso
Farinha de trigo 0,250 g
Ovos 0,250 G
Manteiga 0,250 G
Açúcar 0,250 G
Fermento em pó químico 0,008 G
1 limão zester e suco
MODO DE PREPARO:
86
Untar com manteiga e polvilhar trigo uma forma de furo no meio ou forma redonda de 25 cm de
diâmetro.
Pré aquecer o forno a 160°C.
Na batedeira colocar a manteiga macia e o açúcar e bater até ficar cremoso e claro.
Acrescentar os ovos aos poucos intercalando com o trigo.
Adicionar o suco de limão e as zester.
Retirar da batedeira e acrescentar o fermento químico.
Misturar delicadamente, colocar na forma e levar para assar em forma de 25 cm untada e
enfarinhada.
Forno pré-aquecido a 160°C e assar por uns 30 minutos. Verificar o assamento antes de retirar
do forno.
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18.5.1 Ficha técnica bolo Marmore Marble
FICHA TÉCNICA
Unidade de
Ingrediente Quantidade
Medida
88
19 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Goucha, Manuel Luis Coisas de Açúcar 2ª edição, outubro 1987 Texto Editora.
ROUX, Michel. Receitas de massas doces e salgadas 1ª ed. Tradução Débora da Silva
Guimarães Isidoro São Paulo: Larousse do Brasil, 2010.
Belluzzo, Rosa São Paulo : memória e sabor / Rosa Belluzo. São Paulo: Editora
UNESP, 2008.
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