A inteligência é anterior a fala. Inteligência prática através das ações. Exploração manual e visual do ambiente. Esquemas iniciais são os reflexos. Formação do desenvolvimento das habilidades motoras grossas e finas. Desenvolvimento das capacidades perceptivas e sensoriais. 6 níveis de inteligência: 1º nível (0-1 mês): reflexos 2º nível (1-4 meses): primeiras adaptações, conhece o mundo pela boca e apresenta consciência corporal. 3º nível (4-8 meses): consciência das coisas, repetição de ações que chamam a atenção para si, consciência dos objetos e pessoas, age sobre o objeto, separação de sujeito e objeto. 4º nível (8-12 meses): ações intencionais, comportamento orientado, coordenação. 5º nível (12-18 meses): curiosidade aprimorada, noção de causalidade, novos significados, experimentação ativa, expressam-se por meio de movimentos, sons e ritmos. 6º nível (18-24 meses): demonstra intenções, representação (capacidade de pensar em um objeto através de outro), imitação mais apurada, início do pensamento simbólico, novos significados através de combinações mentais, começam a antecipar e solucionar problemas. Pré-operatório (2-7 anos) “vem antes das operações”, “estágio da representação ou inteligência simbólica” Caracteriza-se pela interiorização de esquemas de ação construídos no sensório-motor. Tudo deve ter uma explicação. Possui pensamento egocêntrico, intuitivo e mágico. Pensamento simbólico: imitação diferida, brincar de faz-de-conta, desenhar. Se divide em: Pensamento pré-conceitual (2-4 anos): as crianças parecem pouco preocupadas com a realidade, pensamento mágico transforma o real em imaginário, através do jogo simbólico a realidades perde sua densidade objetiva. Características do pensamento mágico Animismo: a criança tende a colocar sentimentos humanos a objetos a sua volta. Realismo: materializa os sonhos (medos, fantasias, desejos) Finalismo: nada acontece por acidente tudo tem uma explicação. Artificialismo: explicação de fenômenos naturais como se fossem feitos por pessoas. Tipo: quem pintou o céu? Egocentrismo: a criança liga tudo o que acontece com ela aos sentimentos e ações. Pensamento intuitivo (4-7 anos): há uma diminuição do egocentrismo, o pensamento já não é pela imaginação e sim pela percepção. Raciocínio pré- causal. Dificuldade em diferenciar uma classe de objetos de um único objeto. Características Conservação de volume, número e quantidade. Centralização: a criança só se pega a determinado aspecto para dar uma resposta. Pensamento inflexível. Irreversibilidade: não consegue desfazer suas ações que realizou para comprovar seu raciocínio. Incapaz de reverter uma direção. Não entende que se 3+1=4 logo 4-1=3. Raciocínio transdutivo: As crianças tende a dar uma mesma explicação para várias situações. Dificuldade de transformação/conservação (até 5 anos): O seu pensamento é estático, estão sempre no presente não existe futuro para elas. Sincretismo: Estabelece conexão entre elementos que não têm nada em comum. Dificuldades de classificação: as crianças normalmente experimentam dificuldades para estabelecer e relacionar classes de objetos ou situações. Dificuldades de seriação: as crianças frequentemente têm dificuldades em ordenar ou criar séries. Operatório concreto (7 aos 11anos) O equilíbrio entre a assimilação e a acomodação torna-se mais estável. Surge a capacidade de fazer análises lógicas. A criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, casualidade, já sendo capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Há três operações intelectuais importantes que mais se desenvolvem aqui, que são a seriação, a conservação, a enumeração e a classificação. Há a noção de pensamento reversível, não se limita a uma representação imediata, mas ainda depende do mundo concreto para chegar a abstração. Desenvolve a capacidade de representar uma ação no sentido inverso de uma anterior, anulando a transformação anterior (reversibilidade). A criança já diferencia aspectos e é capaz de refazer a ação. Aqui existe a noção de conservação - definida por Piaget como a capacidade de perceber que apesar das variações de forma ou arranjo espacial, uma quantidade ou valor não varia se dele não se retira ou adiciona algo. Autonomia em relação aos adultos; Sentimentos morais Sentimento de pertencer a um grupo; A criança passa a enfrentar os adultos (fortalecimento de opiniões e ideias); Cooperação. Operatório formal (11 anos em diante) Constrói-se o pensamento dedutivo realizando coisas mais complexas. Passagem do pensamento concreto para o formal ou abstrato. A representação agora permite a abstração total. A criança não se limita mais a representação imediata, nem somente as relações previamente existentes, mas é capaz de pensar em todas as relações possíveis logicamente, buscando soluções através de hipóteses e não apenas pela observação da realidade. As estruturas cognitivas da criança atingem seu nível mais elevado de desenvolvimento e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problemas.