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Segunda-feira, 18 de janeiro de 2021 I Série


Número 6

BOLETIM OFICIAL
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ÍNDICE
ASSEMBLEIA NACIONAL
Ordem do Dia
Ordem do dia da Sessão Plenária de 6 de janeiro de 2021 e seguintes.................................................. 118
Resolução nº 183/IX/2021:
Cria uma Comissão Eventual de Redação................................................................................................ 118
Resolução nº 184/IX/2021:
A Assembleia Nacional, após apreciação, aprova a conta Geral do Estado referente ao exercício económico
de 2016.................................................................................................................................................. 118
Voto de Pesar nº 35/IX/2021:
Voto de pesar pelo falecimento da cantora Celina Pereira..................................................................... 118
Voto de Pesar nº 36/IX/2021:
Voto de pesar pelo falecimento de José Alves Fernandes....................................................................... 119
CONSELHO DE MINISTROS
Decreto-lei nº 7/2021:
Define as normas e os procedimentos necessários à execução do Orçamento do Estado para o ano económico
de 2021.................................................................................................................................................. 119

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118 I Série — n o 6 «B.O.» da República de Cabo Verde — 18 de janeiro de 2020

ASSEMBLEIA NACIONAL Voto de pesar nº 35/IX/2021


de 18 de janeiro
––––––
(Pelo passamento da cantora Celina Pereira)
Ordem do Dia
Cabo Verde perdeu, no passado 17 de dezembro de 2020,
A Assembleia Nacional aprovou a Ordem do Dia abaixo uma das suas mais importantes referências culturais,
indicada para a Sessão Ordinária do dia 6 de janeiro e sobretudo, uma das principais intérpretes da morna, a
seguintes: saudosa e ilustre cidadã natural da Boavista e residente
há várias décadas em Lisboa, Portugal, Celina Pereira.
I. Perguntas dos Deputados ao Governo.
O 17 de dezembro passou a ter para nós os Cabo-verdianos,
II. Aprovação de Propostas de Lei: um caráter marcadamente melancólico do ponto de vista
1. Proposta de Lei que procede à terceira alteração do cultural, não fosse nesse sombrio dia que, em anos distintos
Código do Processo Penal aprovado pelo Decreto-Legislativo Cabo Verde e o seu povo perderam duas das maiores pérolas
nº 2/2005, de 7 de fevereiro (Votação Final Global); da canção tradicional, ou seja, Cesária Évora e Celina Pereira.
A cantora lírica crioula, descendente de uma família de
2. Proposta de Lei que procede à primeira alteração músicos, revelou-se precocemente para a música no seu
à Lei n.º 34/V/97, de 20 de junho, que aprova o regime berço natal - ilha da Boa Vista, terra-máter da morna,
geral das pensões do Estado (Votação Final Global); constatação que derivou da pena de Eugénio Tavares, para
III. Aprovação de Projeto de Resolução: encontrar o palco da afirmação na ilha de adoção – São Vicente,
nomeadamente com a mítica banda «Ritmos cabo-verdianos».
- Projeto de Resolução relativo à Conta Geral do Todavia, sua carreira só viria a projetar-se em escala
Estado do ano de 2016. internacional a partir dos anos 80, quando residindo em
Gabinete do Presidente da Assembleia Nacional, aos 6 Portugal, por razões pessoais e profissionais, passou a
de janeiro de 2021. — O Presidente, Jorge Pedro Maurício protagonizar com força e majestade, concertos e gravações
dos Santos. musicais de onde emergem - «Boa Vista, nha terra»,
«Bedjiça», «Maria D'ascençon» «Rabolo», entre tantas
–––––– outras que enriqueceram o cancioneiro popular.
Resolução nº 183/IX/2021 Mas Celina não era somente uma grande cantora, ela foi uma
de 18 de janeiro
das maiores pesquisadoras de todos os tempos interpretando
tanto canções, as mais díspares e conhecidas do repertório
A Assembleia Nacional vota, nos termos da alínea m) nacional, como também aquelas que ela ajudou a trazer de
do artigo 175.º da Constituição, a seguinte Resolução: volta ao convívio do grande público memoravelmente gravadas
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Artigo 1.º tanto nos saudosos discos de vinil como nos atuais CDs.
Evidenciou-se, também, pela sua capacidade intrínseca
É criada, ao abrigo do número 1 do artigo 194.º do de contadora de estórias, rebuscando um passado em que
Regimento da Assembleia Nacional, uma Comissão os meninos do povo, aglomeravam-se à soleira da porta,
Eventual de Redação com a seguinte composição: em noites de luar para escutarem a mamãe velha em
1. João Gomes Duarte, MPD - Presidente contos antigos, notavelmente recuperados e imortalizados
no livro «Do Tambor a Blimundo», indiscutivelmente a
2. João Baptista Correia Pereira, PAICV sua maior obra, numa tiragem dos idos anos 90.
3. Isa Filomena Pereira Soares da Costa, MPD Hoje, todo o público cabo-verdiano a conhece pela sua
4. Moisés António do Espírito Santo Tavares Borges, voz e a aclama como uma das rainhas da nossa música,
PAICV tamanha a sua importância, como cantora que entrou
definitivamente para a galeria da cultura graças aos seus
5. Filipe Alves Gomes dos Santos, MPD feitos, passando doravante a sua obra a ser reverenciada
Artigo 2.º como um hino à Cabo-verdianidade.
Cabo Verde, através do seu órgão representativo de toda
A Comissão extingue-se uma vez realizada a redação a nação, nas ilhas e na diáspora, reconhece Celina Pereira
final dos textos legislativos. como um vulto e referência incontornável da cultura nacional
Aprovada em 6 de janeiro de 2021. do Cabo Verde Independente e Democrático. Aproveitou-se
da sua dimensão universalista para cantar e promover a
Publique-se. cultura de Cabo Verde. Aliás, foi merecidamente condecorada,
O Presidente da Assembleia Nacional, Jorge Pedro em 2003, com a medalha de mérito – grau comendadora –
Maurício dos Santos. pelo Presidente português, Jorge Sampaio, pelo trabalho
na área da educação e da cultura Cabo-verdiana.
–––––– Celina Pereira fica, também, umbilicalmente ligada à
Resolução nº 184/IX/2021 elevação da Morna a Património Imaterial da Humanidade
– feito reconhecido pela UNESCO em dezembro de 2019,
de 18 de janeiro
na Colômbia. Esse momento marcante da história e
A Assembleia Nacional vota, nos termos da alínea m) da cultura de Cabo Verde tem a marca e o contributo
do artigo 175.º da Constituição a seguinte Resolução: inestimável da caboverdiana da ilha das Dunas.
Artigo único É com sentido de dor e de perda irreparável que o
Parlamento caboverdiano rende esta merecida e justa
A Assembleia Nacional, após apreciação, aprova a homenagem a uma cidadã ilustre da nossa terra e da nossa
Conta Geral do Estado referente ao exercício económico cultura, endereçando o seu profundo sentimento de pesar
do ano de 2016. à família e à comunidade artística residente e na diáspora.
Aprovada em 7 de janeiro de 2021. Assembleia Nacional, aos 7 de janeiro de 2021.
Publique-se. Publique-se.
O Presidente da Assembleia Nacional, Jorge Pedro Presidente da Assembleia Nacional, Jorge Pedro
Maurício. Maurício dos Santos.

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Voto de pesar nº 36/IX/2021 O Grupo Parlamentar do Movimento para a Democracia


endereça, aos familiares de Beto Alves, aos correligionários,
de 18 de janeiro
amigos e a toda a população de Santa Catarina consternada
(Pelo passamento de José Alves Fernandes) com o passamento físico de José Alves Fernandes, as
mais sentidas condolências, augurando muita força e
É com profunda consternação que o Grupo Parlamentar desejando conforto.
do Movimento para a Democracia assinala o falecimento
de José Alves Fernandes, carinhosamente chamado Beto Até sempre, Presidente!
Alves, Presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina
de Santiago, ocorrido no passado 24 de dezembro de 2020. Assembleia Nacional, aos 7 de janeiro de 2021.
Filho de Tomás da Costa Gomes Fernandes e de Publique-se.
Amélia Varela Alves, José Alves Fernandes, o Beto Alves,
nasceu a 6 de maio de 1976, na zona de Travessa Baixo, Presidente da Assembleia Nacional, Jorge Pedro
localidade da Ribeira dos Engenhos, concelho de Santa Maurício dos Santos.
Catarina de Santiago.
O ilustre filho de Santa Catarina, fez os estudos ––––––o§o––––––
secundários no liceu Amílcar Cabral, em Assomada, onde,
após ter concluído o ensino pré-universitário, lecionou a CONSELHO DE MINISTROS
disciplina de Introdução ao Direito.
Beto Alves licenciou-se em Ciência Política (ramo de ––––––
Estado e Administração Pública) pela Universidade
Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa, Decreto-lei nº 7/2021
tendo feito, ainda, uma pós-graduação em Direito das
Autarquias Locais. Foi, também, formador de profissão. de 18 de janeiro

Exerceu o cargo de Diretor de Saneamento e Fiscalização O Orçamento do Estado de 2021 é o primeiro elaborado
e de Diretor do Ambiente e Saneamento, durante o mandato à luz da Lei de Bases do Orçamento do Estado, a Lei n.º
2008/2012 do Movimento para a Democracia – MpD na 55/IX/2019, de 1 de julho.
Câmara Municipal de Santa Catarina.
Nas eleições autárquicas de 2012 é eleito Vereador Neste quadro, regista-se formalmente a alteração da
do Pelouro da Água, Energia, Ambiente, Saneamento e metodologia do orçamento, transitando da metodologia
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Proteção Civil, acumulando ainda as funções de Presidente tradicional - assente na dicotomia orçamental, que integra
do Conselho de Administração do extinto Serviço Autónomo o orçamento de funcionamento e o de investimento - e na
de Água e Saneamento de Santa Catarina, funções que orçamentação de custos - para a metodologia programática
exerceu até 2016, altura em que, tendo sido candidato e por resultados, nos termos definidos nos artigos 16º e
do MpD à presidência da Câmara Municipal de Santa 26º da mencionada Lei.
Catarina nas eleições autárquicas desse ano, foi eleito
com maioria absoluta. Assim, convindo cumprir o disposto no artigo 59º da Lei
n.º 55/IX/2019, de 1 de julho, o Governo aprova e publica
Beto Alves foi eleito para um segundo mandato (2020/2024) o Decreto-Lei de execução orçamental de cada exercício
à frente da Câmara Municipal de Santa Catarina, nas económico, até 31 de dezembro do ano anterior a que
eleições do passado dia 25 de outubro último. respeita a vigência do Orçamento do Estado.
Homem de poucas palavras, mas de muita dedicação ao Para o efeito, durante o presente exercício orçamental,
trabalho e comprometido com as causas de desenvolvimento o diploma de execução estabelece regras e procedimentos,
de Santa Catarina, em apenas quatro anos de mandato, visando a materialização das grandes linhas prioritárias do
Beto Alves deixa obras por quase todos os cantos de Santa Orçamento para o ano de 2021, que passam, nomeadamente
Catarina e fez da cidade de Assomada uma cidade de pela: i) criação de oportunidades para os jovens, através
verdade e que orgulha todos os santa-catarinenses e não de políticas ativas de emprego e empregabilidade e
só, ainda que não o manifestem expressamente. melhoria do ambiente de negócios; ii) gestão sustentável
José Alves Fernandes, homem que não se cansava e eficaz dos recursos públicos, através da contenção e
quando o assunto era Santa Catarina, parte do nosso controlo das despesas e reforço da transparência da
convívio, mas fica a memória de um dos mais destacados utilização dos bens públicos, bem como a previsibilidade
Presidentes de Câmara de Santa Catarina e de Cabo Verde. no pagamento aos fornecedores e credores em geral; iii)
reforço de políticas e medidas de inclusão e resiliência;
Com a partida de Beto Alves para a eternidade, Santa e iv) melhoria dos serviços prestados ao cidadão, através
Catarina de Santiago perde um “ilustre filho” um promotor do reforço das instituições públicas e da disponibilização
e defensor dos valores da liberdade e da democracia e da de infraestruturas inteligentes e modernas.
convivência pacífica. Beto Alves era um Bom Presidente,
um Bom Amigo e um Bom Patriota, como bem diz o Nesta conformidade, dando cumprimento à Lei do
Primeiro Ministro José Ulisses Correia e Silva. Orçamento de Estado para o ano de 2021, aprova-se o
presente Decreto-lei de Execução Orçamental.
Apesar da tristeza do adeus, a morte não consegue apagar
os seus feitos e as suas marcas de Homem sereno, íntegro, Assim,
trabalhador, de qualidade humana ímpar e intocável,
que deixa legado que orgulha os Santa-catarinenses e
os cabo-verdianos, no país e na diáspora. Ao abrigo do disposto no n.º 3 do artigo 2º da Lei n.º 109/
IX//2020, de 31 de dezembro, que aprova o Orçamento do
Cremos que os santa-catarinenses, através dos seus Estado para o ano económico de 2021; e
legítimos representantes municipais, saberão manter
viva a memória de Beto Alves, atribuindo o seu nome a No uso da faculdade conferida pela alínea c) do n.º 2 do
uma rua, instituição ou através de edificação de um busto. artigo 204º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

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CAPÍTULO I 3- A evolução e o desenvolvimento profissional na


carreira na Administração Pública e nas entidades públicas
DISPOSIÇÕES GERAIS empresariais realizam-se de acordo com a disponibilidade
Artigo 1º orçamental e financeira.
Objeto e âmbito 4- É proibido o recrutamento de pessoal de cargo inferior
a Assistente Técnico nível I, podendo, excecionalmente,
1- O presente diploma define as normas e os procedimentos a Direção Nacional da Administração Pública DNAP em
necessários à execução do Orçamento do Estado para o articulação com a Direção Nacional do Orçamento e da
ano económico de 2021. Contabilidade Pública (DNOCP) autorizar o recrutamento
de pessoal com cargo inferior àquele, mediante proposta
2- O presente diploma aplica-se a todos os Organismos fundamentada.
do Estado que realizam despesas públicas através do
Orçamento do Estado. 5- O número anterior não se aplica ao recrutamento de
pessoal das estruturas de ensino, das estruturas nacionais
CAPÍTULO II de saúde e dos centros de acolhimento infantil.
DISCIPLINA ORÇAMENTAL 6- Para efeito de aplicação do previsto no número 1,
Artigo 2º devem os sectores enviar à DNAP, até 20 de fevereiro
de 2021, o mapa de pessoal de acordo com o modelo
Disciplina orçamental fornecido, assim como as necessidades de recrutamento
para o corrente ano.
1- Nenhuma receita pode ser liquidada e cobrada,
mesmo que seja legal, se não tiver sido objeto de inscrição Artigo 5º
orçamental. Procedimentos de recrutamento
2- Nenhuma despesa pode ser efetuada sem que, além 1- Todas as propostas para a efetivação de novos
de ser legal, se encontre suficientemente discriminada no recrutamentos, nomeação de pessoal do quadro especial,
Orçamento do Estado e tenha cabimento no correspondente de pessoal dirigente e chefia operacional da Administração
crédito orçamental. Pública Central, que resultem ou não de mobilidade, devem
ser remetidas, diretamente, pelas Direções Gerais de
3- Os dispostos nos números anteriores são aplicados Planeamento, Orçamento e Gestão (DGPOG) ou serviços
sem prejuízo das alterações orçamentais efetuadas ao equiparados, responsáveis pela gestão dos recursos
abrigo do artigo 88º, 89º e 90º da Lei n.º 55/IX/2019, de humanos e administração, à DNAP, acompanhadas dos
1 de julho. elementos de acordo com a legislação aplicável.
4- Os saldos decorrentes do exercício de 2020 que não
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2- Todos os recrutamentos, incluindo contratos de gestão,


forem inscritos no Orçamento do Estado de 2021, nos devem ser inseridos no SIGOF e na Base de Dados de
termos alínea b) do n.º 11 do artigo 58º do Decreto-lei n.º Recursos Humanos (BDRH).
3/2020 de 17 de janeiro, não podem ser utilizados para
efeito de financiamento das despesas. 3- Todos os contratos de gestão e de contratos de
prestação de serviço de caráter contínuo em vigor são
Artigo 3º obrigatoriamente revistos e enquadrados nos termos dos
Emissão de parecer sobre projetos de diplomas legais ou números 7, 8 e 9 do artigo 8º da Lei do Orçamento para
despachos com impacto orçamental o ano económico 2020.
1- Todos os atos do Governo, inclusive os projetos de 4- A mobilidade de funcionários na administração
diplomas legais ou despachos, que impliquem aumento pública é efetuada mediante instrumentos de mobilidade
de despesas ou redução de receitas devem ser objeto de geral e de mobilidade especial, de acordo com a legislação
parecer do Departamento Governamental responsável existente.
pelas Finanças, nos termos do artigo 18º do Regimento
n.º 1/2011 de 27 de junho, e devem incluir uma estimativa 5- Para satisfação das necessidades de pessoal, os
rigorosa das implicações orçamentais e financeiras, a recrutamentos na Administração Pública Central direta
curto e médio prazo. e indireta devem ser feitos mediante concurso público.
Artigo 6º
2- O parecer a que se refere o número anterior deve
ser favorável, para efeitos de apreciação da proposta em Exclusividade
sede do Conselho de Ministros. 1- Fica proibida a concessão de dispensa a funcionários
CAPÍTULO III nomeados em regime de carreira, para estudos durante
o período normal de funcionamento da Administração
MEDIDAS DE POLÍTICA DE RECURSOS Pública.
HUMANOS 2- É igualmente aplicado o previsto no número anterior,
Artigo 4º salvo legislação especial contrária, ao exercício da atividade
de docência ou ministrar ações de formação, ou a preparação
Recrutamento, evolução na carreira e mobilidade de pessoal de aulas no local e na hora normal de trabalho.
1- O concurso de ingresso na Administração Pública 3- O incumprimento do prescrito nos números anteriores,
fica condicionado, à utilização prévia dos instrumentos é sancionado nos termos previstos no estatuto disciplinar
de mobilidade, previstos no Decreto-lei n.º 54/2009, de dos agentes da Administração Pública.
7 de dezembro, e à reclassificação do pessoal afeto aos
setores que pretendem recrutar, desde que cumpram os Artigo 7º
requisitos estabelecidos no artigo 19º do Decreto-lei n.º Controlo orçamental
9/2013 de 26 de fevereiro de 2013.
1- Fica interdita a liquidação ou o pagamento de qualquer
2- A coordenação e supervisão de todos os procedimentos despesa de encargos com o pessoal, resultante de novos
de recrutamento e seleção na administração pública recrutamentos e nomeações, bem como com contratos
central direta e indireta são da responsabilidade da de prestação de serviço de carácter contínuo, antes da
Direção Nacional da Administração Pública. publicação do respetivo despacho permissivo.

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2- Fica interdita a atribuição de efeito retroativo à b) Cada departamento governamental, em concertação


data da publicação do despacho acima referido, salvas com a DNOCP, deve elaborar e manter atualizado
as exceções previstas na lei. um quadro de disponibilidade da verba, no qual
devem constar o montante do orçamento inicial,
3- Antes da homologação, pelo membro do Governo, de a lista nominal dos beneficiários, o impacto
contratos a prazo, contratos de tarefa, ou ainda qualquer financeiro dos processos em trâmite e dos
outra forma de relação laboral, fica igualmente interdita a processos já publicados em Boletim Oficial e
liquidação ou pagamento de qualquer despesa de encargos os respetivos saldos.
com o pessoal resultante dos mesmos.
Artigo 9º
4- As despesas com a publicação dos atos administrativos
de gestão de recursos Humanos são da responsabilidade Transferência de verbas
do setor a que pertence o funcionário. 1- Durante o ano económico de 2021, na passagem dos
5- Cabe ao Ministério das Finanças, através de retenção, funcionários públicos do ativo para aposentação, bem
efetuar o pagamento das despesas com a publicação do como na entrada em regime de reserva dos efetivos das
ato da aposentação dos ex-subscritores da função pública. Forças Armadas, os processos devem ser encaminhados
6- Os funcionários públicos no ativo e na situação de com a proposta de transferência da dotação prevista para
aposentados e reformados, com familiares beneficiários de o funcionário público em ativo ou o efetivo das Forças
abono de família, devem apresentar, no último trimestre do Armadas no respetivo ano, para as rubricas “Pensão de
ano precedente a este direito, os documentos que legitimem Aposentação” e “Pensão de Reserva”, respetivamente.
o pagamento desta prestação pecuniária, nomeadamente: 2- Igualmente, os processos de “Pensão de Sobrevivência”
a) Boletim de Abono de Família e a Cédula pessoal ou devem ser acompanhados da proposta de transferência
Bilhete de Identidade ou Certidão de Nascimento; da dotação inscrita na rúbrica “Pensão de Aposentação”
para “Pensão de Sobrevivência”.
b) Tratando-se de filhos com idades superiores a dezoito
anos e, a frequentarem estabelecimentos de ensino Artigo 10º
no país ou no estrangeiro, devem igualmente, Funcionários das missões diplomáticas
anexar documentos comprovativos de matrícula
e frequência escolar com aproveitamento; 1- O pagamento dos subsídios aos funcionários públicos
do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Comunidades
c) Tratando-se de pais ou outros familiares a viverem (MNEC) colocados nas missões diplomáticas e postos
na dependência dos funcionários públicos, devem consulares, é efetuado mediante transferência bancária,
apresentar prova de vida e documento passado segundo o calendário para a transferência de fundos para
pela autoridade administrativa do seu local de as missões diplomáticas e postos consulares.
residência, confirmando não possuírem bens
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de sustento e viverem na dependência dos 2- A liquidação das despesas, referidas no número


descendentes. anterior, faz-se pela rubrica “Subsídios Permanentes”
7- O incumprimento do previsto no número anterior 3- Para efeito da efetivação das transferências, a DGPOG
implica a suspensão do pagamento da respetiva prestação do MNEC deve remeter, trimestralmente, à DNOCP a lista
pecuniária. nominal dos funcionários públicos abrangidos no n.º 1.
8- Fica expressamente proibida, nos termos da 4- A DGPOG do MNEC deve comunicar imediatamente
Resolução n.º 22/93, de 29 de novembro, a organização à DNOCP, todas as situações que impliquem a alteração
de festas, bem como a atribuição de prendas, brindes ou das transferências referidos no n.º 1.
similares, com recursos públicos por parte dos serviços e
organismos integrantes do sector público, administrativo Artigo 11º
e empresarial, ou de fundos e serviços sociais existentes Processamento de remunerações e abonos
no sector público alimentados em mais de 50% (cinquenta
por cento) por transferências do setor público. 1- Compete às DGPOG ou serviços equiparados dos
departamentos governamentais inserir, através do SIGOF,
9- Os dirigentes e gestores públicos que realizarem as ações o registo mensal das remunerações de todos os funcionários
previstas no artigo anterior incorrem em responsabilidade públicos pertencentes aos respetivos quadros de pessoal.
disciplinar e ou civil, ficando obrigados a repor de uma
só vez o montante das despesas realizadas. 2- Compete às DGPOG ou serviços equiparados e aos
Artigo 8º Controladores Financeiros a fiscalização e o cumprimento
Dotação provisional para despesas com pessoal da Lei n.º 39/VIII/2013, de 17 de setembro, no que tange
ao regime de incompatibilidade do pessoal aposentado.
1- Os encargos provisionais para recrutamentos, nomeações,
regresso ao quadro, reclassificações e reformulações de 3- O processamento das remunerações que viola o previsto
contrato, evolução e desenvolvimento profissional são no diploma referido no número anterior é considerado,
cativados pela DNOCP e disponibilizados caso a caso, para todos os efeitos, indevido, cabendo às DGPOG ou
mediante efetivação do ato. serviços equiparados e aos Controladores Financeiros a
responsabilidade solidária pela recuperação e reposição
2- As transferências do Orçamento do Estado aos integral dos montantes pagos indevidamente.
Serviços e Fundos Autónomos e Institutos Públicos
devem ser deduzidas dos encargos provisionais previstos 4- São consideradas remunerações, designadamente: os
no n.º 1 deste artigo, até ao momento da autorização da ordenados, vencimentos, salários, subsídio de residência,
despesa associada a cada caso de regresso ao quadro, subsídio de comunicação, subsídio de representação,
recrutamento e nomeação. subsídio de férias, subsídio de natal, subsídio de refeições,
3- Para o controlo da disponibilidade orçamental inscrita suplementos remuneratórios diversos, gratificações
na verba Dotação Provisional para despesas com pessoal: certas e permanentes, gratificações eventuais, horas
extraordinárias, prémio de produtividade, comissões ou
a) A emissão da confirmação de disponibilidade prémios, participações em custas e multas, participações
orçamental deve ser feita na verba da dotação nos emolumentos, senhas de presença e abonos para falhas.
provisional inscrita para o efeito que, após a
efetivação do ato, deverá constituir contrapartida 5- Os registos das alterações devem ser efetuados, pelas
para o reforço da rubrica própria, previstos no entidades referidas no n.º 1, até ao dia 10 (dez) de cada
classificador de despesa em vigor; mês, com os dados das alterações relativos ao mês anterior.

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6- Fica proibida a contemplação, no mês a que respeitam, 6- O disposto no número anterior não se aplica aos
de alterações posteriores à data estabelecida e que beneficiários não residentes da pensão de aposentação,
ultrapassem o prazo definido no número anterior, sendo devendo estes proceder à prova de vida, mediante a
da inteira responsabilidade dos serviços referidos a não presentação dos “Certificados de Vida” ou presencialmente
introdução dessas alterações para efeitos do processamento na DNOCP, nas repartições Concelhias de Finanças, na casa
dos vencimentos. do Cidadão, nas Embaixadas e Postos Consulares, no último
trimestre do ano procedente ao direito à pensão ou abono.
7- Os dados inseridos, após o prazo estabelecido, devem
ser processados no mês imediatamente seguinte a que 7- Os beneficiários da pensão de sobrevivência residentes
disserem respeito. e não residentes devem apresentar os documentos que
8- Compete às DGPOG ou serviços equiparados processar comprovem os requisitos legais estabelecidos para a
o Abono de Família dos filhos e outros dependentes dos atribuição e manutenção dos respetivos direitos.
funcionários públicos afetos aos respetivos departamentos 8- O incumprimento do prazo estabelecido no número
governamentais, cabendo-lhes, igualmente, introduzir 6 e 7 implica a suspensão da pensão a partir do mês de
na BDRH os dados individuais dos beneficiários e a fevereiro.
consequente suspensão daqueles que, nos termos da lei, Artigo 13º
perderam direito a esta prestação pecuniária.
Restituição de pagamentos indevidos
9- Constitui tarefa das DGPOG ou serviços equiparados 1- As DGPOG ou serviços equiparados e a DNOCP, em
inserir o desconto das faltas injustificadas, o desconto articulação com a Direção Geral do Tesouro (DGT), devem
proveniente da aplicação de penas disciplinares e outros zelar pelo pagamento devido de remunerações e pensões,
que tenham enquadramento legal. cabendo-lhes a responsabilidade pela recuperação integral
10- As DGPOG ou serviços equiparados responsabilizam- dos montantes eventualmente pagos indevidamente.
se pela introdução da “Pensão de Alimentos”, “Depósitos 2- Em caso de pagamentos indevidos, os beneficiários
Judiciais Obrigatórios” por solicitação dos Tribunais devem proceder à devolução imediata dos respetivos
Judiciais, bem como dos descontos de “quotas” dos sindicatos. montantes à DGT, via Documento Único de Cobrança
11- Cabe também às DGPOG ou serviços equiparados (DUC), emitido por esta.
processar os subsídios por morte aos familiares dos 3- O incumprimento do estabelecido no número anterior
funcionários públicos falecidos. determina a suspensão do recebimento dos salários
12- São fixadas, no Anexo I, que faz parte integrante do subsequentes, até o limite da compensação do valor pago
presente diploma, as datas-valor dos processamentos, por indevidamente.
ministérios, cabimentação e liquidação, visto do controlador 4- São solidariamente responsáveis, todos os funcionários
financeiro e a data de creditação das remunerações e das públicos e dirigentes que, culposamente, ainda, que a
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pensões nas contas dos beneficiários. título de negligência, contribuírem para o processamento
13- As datas-valor dos processamentos referido no e o pagamento indevido de remunerações ou pensões.
numero anterior aplicam-se apenas às remunerações 5- É considerado pagamento indevido, os valores
dos funcionários e agentes, aposentados, reformados, recebidos a título de salário, que violem o disposto no artigo
beneficiários de penão de sobrevivência e do regime não 22º do Decreto-lei n.º 3/2010 de 8 de março de 2010, que
contributivo e outros servidores públicos da Administração aprova o regime faltas, férias e licença dos funcionários
Pública integrados na base de dados de RH/Salários do públicos, sendo a responsabilidade das DGPOG ou serviços
Ministérios das finanças. equiparados o envio do processo ao INPS.
14- Caso as datas referidas no número anterior Artigo 14º
coincidam com sábado, domingo ou feriado, os créditos Gestão da Base de Dados
que se encontram marcados para os referidos dias, passam
automaticamente para o dia útil imediatamente anterior, Os órgãos de soberania, os serviços simples, assim como
e bem assim, todos os subsequentes. os Serviços e Fundos Autónomos, incluindo os Institutos
Públicos, ficam obrigados a fazer toda a gestão do seu
Artigo 12º
pessoal a partir da Base de Dados dos Recursos Humanos
Processamento de pensões (BDRH) da Administração Pública.
1- Transitoriamente, cabe à DNOCP processar, até ao CAPÍTULO IV
dia 10 (dez) de cada mês, através do SIGOF, as pensões
de aposentação, as de sobrevivência e as demais cujos PATRIMÓNIO PÚBLICO
beneficiários constem da Base de Dados das Pensões. Secção I

2- Cabe, igualmente, à DNOCP processar o Abono Aquisições Públicas


de Família devido aos aposentados e reformados, cujos Artigo 15º
beneficiários devem provar documentalmente, durante Plano anual de aquisições
o último trimestre do ano precedente, o direito a esta
prestação social pecuniária. 1- As entidades adjudicantes devem elaborar, anualmente,
um Plano de Aquisições, com a indicação dos bens móveis
3- Constitui, também, tarefa da DNOCP processar e serviços a adquirir ou alugar no ano seguinte, bem como
o subsídio por morte aos familiares dos aposentados e as empreitadas de obras públicas a realizar devidamente
reformados falecidos. aprovado pela entidade competente para autorizar as despesas.
4- A DNOCP toma providências visando a atualização da 2- Os Planos Anuais de Aquisições devem ser submetidos,
BDRH relativamente às Pensões, de todos os beneficiários, para visto, à Direção Geral do Património e da Contratação
eliminando os falecidos, menores que atingiram a maioridade Pública (DGPCP) e á entidade responsável pelo controlo
e que perderam o direito à pensão de sobrevivência de procedimentos do ministério responsável pela área
e cônjuges sobreviventes que hajam celebrado novos das finanças, previamente à publicação dos mesmos no
casamentos. portal da contratação pública.
5- A prova de vida efetua-se de forma automática pelo 3- Em caso de incumprimento pelas entidades adjudicantes
Ministério das Finanças, mediante cruzamento de dados do disposto dos números anteriores, ficam sujeitas à
entre o Registo, Notariado e Identificação e a Base dados instauração do competente processo de contraordenação,
dos pensionistas. nos termos do Código de Contratação Pública.

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I Série — n o 6 «B.O.» da República de Cabo Verde — 18 de janeiro de 2020 123


Artigo 16º 10- Os contratos de aquisição de veículos destinados aos
Contrato de aprovisionamento serviços com autonomia financeira devem ser celebrados
entre o serviço e o fornecedor, devendo, entretanto,
1- Tendo por base o protocolo estabelecido entre a remeter, para conhecimento e registo na DGPCP o referido
DGPCP e os fornecedores, os contratos de aquisição de contrato e os anexos.
bens e serviços, tais como, de eletricidade, água, telefone,
fax, telex, internet, seguro auto, devem ser celebrados entre 11- Durante o ano de 2021, o Ministério das Finanças
as DGPOG ou serviços equiparados de cada ministério e o determina procedimentos com vista a aquisição de veículos
fornecedor direto, nos termos do Código da Contratação Pública. preferencialmente mediante contrato de leasing.
2- Os contratos de aquisição de bens e serviços, 12- Nos casos das doações, devem ser enviadas à DGPCP
designadamente, serviços de segurança e vigilância o dossiê completo, para efeito de inventário e cadastro.
privada, serviços externos de limpeza, manutenção de Artigo 18º
equipamentos e instalações, só podem ser celebrados Aquisição de imóveis
mediante procedimento de contratação pública adequado,
promovido pela UGA ou pela UGAC. 1- A instrução dos processos de aquisição de imóveis
deve obedecer o prescrito nos artigos 66º e seguintes do
3- Os contratos mencionados no número anterior que Decreto-lei n.º 2/97, de 21 de setembro.
tenham sido celebrados há três ou mais anos, não devem 2- As aquisições onerosas de edifícios, sem prejuízo do
ser renovados, e ficam sujeitos a uma nova consulta do estabelecido na lei para representações diplomáticas, carecem
mercado em conformidade com a modalidade de aquisição de autorização prévia do membro do Governo responsável pela
prevista na lei. área das Finanças, precedida de parecer técnico do membro do
4- A formação dos contratos para aquisição e locação Governo responsável pela área das Infraestruturas.
de bens, serviços e obras, serviços de consultoria feita no 3- A aquisição de imóveis pelos Serviços e Fundos
âmbito dos Projetos de Investimentos, pode ser conduzida Autónomos e os Institutos Públicos, fica dependente de
pela Unidade de Coordenação dos Projetos e deve cumprir autorização conjunta do membro do Governo responsável
com o previsto no Código da Contratação Pública. pela área das Finanças e do membro do Governo de que
Artigo 17º dependem, precedida de parecer técnico do Ministério
Aquisição de veículos responsável pela área das Infraestruturas.
Artigo 19º
1- Todas as entidades referidas nas alíneas a) e c) do
Reparação e conservação de edifícios
n.º 1 do artigo 5º do CCP, incluindo todas as unidades
de coordenação de projetos de investimentos, devem 1- Todas as propostas para intervenções com previsão de
adquirir veículos através da formulação de uma proposta custo superior a 1.500.000 $00 (um milhão e quinhentos
fundamentada, indicando o preço previsto da viatura, a mil escudos) a realizar em imóveis propriedade do Estado,
3 569000 000000

proveniência da verba, a tipologia, características técnico- devem ser autorizadas pela DGPCP, como condição prévia
mecânicas, bem como cilindrada, potencia, modelo e o à consulta de mercado nos termos estabelecidos pelas
uso previsto. regras de contratação pública.
2- A proposta de aquisição de veículo, para além dos 2- As propostas de intervenções devem estar autorizadas
requisitos referidos no n.º 1, devem conter, nomeadamente, nos termos do artigo 3º do CCP e artigo 42º da Decreto-lei
a indicação de, pelo menos, mais dois modelos alternativos, n.º 1/2009, de 5 de janeiro.
adequadas à necessidade do serviço proponente. 3- Obtida a aprovação mencionada no numero anterior o
3- Antes da abertura de qualquer processo de aquisição serviço preponente deve cumprir com as regras prescritas
de veículos, deve ser dada preferência à afetação de veículos no CCP, mantendo as especificações técnicas e requisitos
disponíveis no parque automóvel do Estado. alvos de aprovação.
4- As propostas devem ser apreciadas pela DGPCP, 4- Os trabalhos de manutenção, reparação e conservação
a qual emite um parecer sobre os pedidos e remete ao de edifícios devolutos do Estado e das residências oficiais
membro do Governo responsável pela área das Finanças, são assegurados, respetivamente, pela DGPCP em
para efeitos de decisão final. articulação com as entidades responsáveis, e pelo sector
ao qual pertence o beneficiário da residência oficial.
5- Obtida a aprovação mencionada no numero anterior o
serviço preponente deve cumprir com as regras prescritas 5- As entidades adjudicantes devem identificar as
no CCP, mantendo as especificações técnicas e requisitos necessidades de conservação e manutenção de imoveis
alvos de aprovação. e as DGPOG ou serviços equiparados dos respetivos
departamentos ministeriais devem integrar essas
6- As aquisições de veículos para a Administração necessidades no Plano de Aquisição Anual, e submeter para
Central do Estado, durante o ano de 2021, são adquiridas aprovação do respetivo membro do Governo, e posterior
de forma agrupada e centralizada na UGAC, mediante o formação do contrato nos termos do CCP, visando uma
lançamento de procedimento concursal, a ocorrer no mês adequada conservação e manutenção dos imóveis a eles
de março e agosto. afetos, inclusive residências oficiais.
7- Em casos de urgência devidamente justificada, 6- Nos casos em que os imóveis estejam afetos a mais
pode o membro do Governo responsável pela área das do que um departamento governamental, a DGPCP
Finanças, autorizar, individualmente, as aquisições pelos deve indicar o departamento responsável pela formação
departamentos governamentais. e execução dos contratos visando a realização das obras.
8- Nos termos do número 6, a UGAC deve remeter à 7- O processo de execução de todas as obras de reparação
DGPCP toda a documentação, nomeadamente, os termos e conservação de imóveis do Estado com valor igual ou
de referência, cadernos de encargos propostas técnicas e superior a 3.500.000$00 (três milhões e quinhentos
financeiras apresentadas pelas empresas participantes escudos) e que afetam a estrutura do edifício, devem
e os relatórios de avaliação. ter o parecer e a supervisão técnica do Ministério das
Infraestruturas, Ordenamento do Território e Habitação
9- Os contratos de aquisição de veículos destinados (MIOTH) e para as obras de reparação e conservação
aos serviços simples da Administração Central devem cujo valor seja inferior a 3.500.000$00 (três milhões e
ser celebrados entre a DGPCP, em nome do Estado, e o quinhentos escudos) devem ser alvos apenas do parecer
fornecedor. técnico do mesmo.

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124 I Série — n o 6 «B.O.» da República de Cabo Verde — 18 de janeiro de 2020


Artigo 20º Artigo 24º
Construção Gestão de contratos

1- Todos os projetos de infraestrutura e obras públicas As entidades adjudicantes devem indicar para cada
da administração central, cuja execução seja centralizada procedimento de contratação pública lançado um Gestor
e financiada através do Orçamento do Estado, devem ser de contrato, com atribuição de assegurar a execução
efetuados por intervenção do MIOTH, em concertação com física e financeira do mesmo e de todas as obrigações
o departamento governamental responsável pelo sector. contratualizadas.
Artigo 25º
2- Sem prejuízo do disposto no CCP, a intervenção do
Adendas ao contrato
MIOTH nos projetos de infraestruturas e obras públicas
da administração central direta é obrigatória, tanto na 1- Todas as propostas de adendas aos contratos
aprovação dos projetos quanto na sua fiscalização. celebrados pelas Entidades adjudicantes objetos do Código
da Contratação Pública estão sujeitas às regras e limites
3- Nos casos em que, por força dos acordos de financiamento nela previstos e no Regime Substantivo dos Contratos
externo, seja obrigatória a constituição de unidades de Administrativos.
gestão ou de coordenação de projetos de infraestruturas
e obras públicas, as mesmas devem funcionar sob a 2- As adendas assinadas sem a observância do
coordenação do departamento competente do MIOTH, procedimento previsto no número anterior são nulas e
com a participação da entidade responsável pela obra, e sem qualquer efeito, isentando o Ministério das Finanças
do Ministério das Finanças. de quaisquer responsabilidades ou encargos.
Secção II
4- A situação jurídica dos terrenos sobre os quais se
pretende realizar infraestruturas ou obras públicas, deve Dinamização da economia local
ser previamente definida ou regularizada, junto do sector Artigo 26º
responsável pela área do Património do Estado. Dinamização da economia local
5- Toda a documentação, em suporte digital e/ou impresso, 1- Para efeito de implementação da política definida
designadamente projetos, levantamentos topográficos e no n.º 1 do artigo 50º da Lei que aprova o Orçamento do
respetivas coordenadas geográficas, plantas de localização, Estado, ficam fixados os seguintes limites para a escolha
registos prediais e matriciais das obras realizadas no de procedimentos em função do valor, exclusivamente
âmbito do presente artigo, deve ser remetida à DGPCP, para o ano económico de 2021:
para efeito de inventário e cadastro.
a) Deve-se adotar o procedimento de concurso público,
Artigo 21º para a celebração dos contratos de empreitadas
3 569000 000000

de obras públicas, de aquisição e locação de


Reparação e conservação de veículos
bens, serviços e serviços de consultoria, cujo
1-Todas as intervenções no âmbito da reparação e valor seja superior a 17.000.000 CVE (dezassete
conservação de veículos de valor superior a 400.000$00 milhões de escudos);
(quatrocentos mil escudos) a realizar em veículos do b) Deve-se adotar o procedimento de concurso restrito,
Estado devem ser autorizadas pela DGPCP. para a celebração dos contratos de empreitadas
de obras públicas, de aquisição e locação de bens,
2- As DGPOG ou serviços equiparados dos respetivos serviços e serviços de consultoria, cujo valor
ministérios, para uma adequada conservação e manutenção seja superior a 5.000.000$00 (cinco milhões de
dos veículos a eles afetos, inclusive os veículos de uso escudos) e inferior ou igual a 17.000.000 $00
pessoal, devem identificar, planear e executar as respetivas (dezassete milhões de escudos);
intervenções mediante a autorização da DGPCP.
c) Deve-se adotar o procedimento de ajuste direto,
Artigo 22º
para a celebração dos contratos de empreitadas
Fornecimentos de combustíveis de obras públicas, de aquisição e locação de
bens, serviços e serviços de consultoria, cujo
1- As aquisições de combustíveis pelos serviços da valor seja inferior ou igual a 5.000.000 $00
Administração Central do Estado devem fazer-se nos (cinco milhões de escudos).
termos da Portaria n.º 15/98, de 2 de março, alterada
pela Portaria n.º 5/2006, de 23 de janeiro, através de 2- O previsto no número anterior e respetivas alíneas,
carregamentos dos chips pela DGPCP. aplica-se exclusivamente aos programas do Governos cujos
objetivos sejam promover e dinamizar a economia local
2- A requisição da recarga dos chips de combustíveis e a geração de empregos nos Concelhos, de acordo com
deve ser precedida da cabimentação automática através do o previsto no artigo 50º da Lei do Orçamento do Estado.
Sistema Integrado de Gestão Patrimonial Georreferenciado 3- Nos casos de ausência ou inexistência de operadores
sob pena de não aprovação do pedido. económicos habilitados nos Concelhos para efeitos
3- A efetivação da recarga somente é feita no Chip do de aplicação dos números anteriores deve-se recorrer
respetivo bem e mediante o pagamento prévio. primeiramente, nos mesmos moldes, ao mercado da
respetiva ilha, e persistindo a situação, deve-se proceder
4- O disposto nos números antecedentes aplica-se ao lançamento de concurso público nos termos do Código
igualmente aos Institutos, Fundos e Serviços Autónomos. da Contratação Pública (CCP).
Artigo 23º 4- Para os contratos de empreitadas de obras públicas,
os empreiteiros e construtores devem ser identificados
Seguros de veículos na base de dados da Inspeção Geral da Construção e
Imobiliária, bem como a habilitação exigida.
1- Todos os contratos apólices de seguros de veículos
devem ser registados e cadastrados no Sistema Integrado 5- Para os contratos de locação e aquisição de bens
de Gestão Patrimonial Georreferenciado. móveis, aquisição de serviços, e serviços de consultoria,
a identificação dos operadores económicos deve ser
2- O disposto no número antecedente aplica-se igualmente mediante comprovativo de domicilio da sede no respetivo
aos Institutos, Fundos e Serviços Autónomos. Concelho ou Ilha.

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I Série — n o 6 «B.O.» da República de Cabo Verde — 18 de janeiro de 2020 125

6- As entidades adjudicantes, nos termos do artigo 5º do Artigo 29º


CCP, devem destinar, no mínimo, 25% do seu orçamento Comunicação de rescisão dos contratos de arrendamento
relativo a aquisição de bens e serviços para as micro e
pequenas empresas definidas na Lei n.º 70/VIII/2014, 1- Os serviços ficam obrigados a comunicar à DGPCP,
de 26 de agosto, alterado pelo Decreto-lei n.º 12/2016 de com a antecedência mínima de sessenta dias antes do
1 de março, que aprova o Regime Jurídico das Micro e fim do prazo contratual, o propósito de rescindir os
Pequenas Empresas. contratos respeitantes a prédios tomados de arrendamento
Secção III para instalação de serviços ou outros fins de interesse
administrativo.
Gestão Patrimonial
2- A comunicação intempestiva implica o apuramento
Artigo 27º de responsabilidades e o ressarcimento ao Estado, através
de DUC, por eventuais despesas com rendas que forem
Gestão de bens imóveis liquidadas e depositadas nas contas dos senhorios para
além da data da desocupação ou devolução dos prédios.
1- Compete à DGPCP tomar as decisões estratégicas relativas
à entrada e saída de ativos imóveis do Património do Estado 3- Todos os serviços são obrigados a providenciar a
e dos expedientes associados à gestão administrativa dos entrega dos imóveis aos senhorios, livres e desocupados
bens imóveis, nomeadamente aquisições, arrendamentos, na data de cessação dos respetivos contratos e no estado
afetação, concessões e alienações. em que se encontravam na altura do arrendamento, salvo
desgastes ocasionados pelo seu uso normal e/ou quando
2- Nenhum setor pode autorizar a ocupação de instalações o contrato dispuser de forma diferente.
por outros sectores ou serviços, sem a devida autorização
prévia do membro do Governo responsável pela área das Artigo 30º
Finanças.
Inventário Geral dos Bens Patrimoniais do Estado
3- As propostas de atribuição de imóveis ou instalações
públicas, devem ser adequadamente fundamentadas, Os serviços e organismos do Estado, incluindo os Institutos
nos termos do Decreto-lei n.º 2/97 de 21 de janeiro, e Públicos, Serviços e Fundos Autónomos, devem prestar a
submetidas à autorização ministerial por intermédio da devida colaboração à DGPCP, diretamente ou através de
DGPCP. entidade por esta indicada, na realização do Inventário
Geral dos Bens Patrimoniais do Estado, nomeadamente:
4- Os imóveis que não estejam a ser utilizados, deixem
de ser necessários aos serviços ou de qualquer forma não a) Procedendo ao registo e cadastro dos bens que
3 569000 000000

estejam a ser aplicados aos fins de interesse público a lhes estejam afetos, no Sistema Integrado de
que obedeceram a sua afetação, regressam à DGPCP, Gestão Patrimonial Georreferenciado, logo que
nos termos do artigo 91º do Decreto-lei n.º 2/97, de 21 tal lhes seja solicitado, dentro dos prazos para
de janeiro. tanto estipulados, com respeito pelos parâmetros
que hajam sido estabelecidos em formulários ou
Artigo 28º outros documentos apresentados pela DGPCP; e
Arrendamento para a instalação de serviços públicos
b) Colaborando com a DGPCP e entidades por esta
1- Os contratos de arrendamento de imóveis para indicada no âmbito da elaboração do referido
instalação de serviços e organismos do Estado, qualquer inventário.
que sejam o fim a que se destinam, incluindo os Serviços Artigo 31º
e Fundos Autónomos, cuja renda mensal exceda 50.000
$00 (cinquenta mil escudos), carecem de autorização Gestão de bens móveis
prévia da DGPCP.
1- No âmbito da desconcentração patrimonial, a DGPCP
2- Os contratos cujas rendas mensais excedam 500.000 define as políticas e regras de aquisição, renovação e abate
$00 (quinhentos mil escudos) carecem de autorização dos bens móveis de forma transversal, regras relativas ao
prévia do membro do Governo responsável pela área das cadastro e inventário e supervisionar o seu cumprimento.
Finanças e do setor a que depende o serviço.
2- As DGPOG ou serviços equiparados gerem em termos
3- Os serviços interessados devem enviar à DGPCP as operacionais os bens móveis, designadamente a aquisição
propostas, devidamente fundamentadas, nos termos do e a atualização do cadastro de inventário e zelam pelo
Decreto-lei n. º 2/97, de 21 de janeiro, e aprovadas pelo seu estado de conservação.
ministro de que dependem.
Artigo 32º
4- Os contratos de arrendamento relativos aos serviços
simples da Administração Central, mencionados nos n.ºs Gestão de parque de veículos do Estado
1 e 2 são celebrados entre a DGPCP, em nome do Estado,
e o Senhorio. 1- A DGPCP deve tomar decisões estratégicas de entrada,
saída, afetação e reafectação de veículos e os respetivos
5- Os contratos de arrendamento relativos aos serviços registos nas conservatórias.
simples da Administração Central cujo valor mensal seja
inferior a 50.000 $00 (cinquenta mil escudos), são celebrados 2- Os serviços e organismos do Estado, incluindo os
entre o responsável dos serviços administrativo central Institutos Públicos, Serviços e Fundos Autónomos, devem,
do departamento governal em que se integra o serviço através da DGPOG ou serviços equiparados, proceder à
a instalar e o Senhorio, perante o Notário Privativo do identificação e o planeamento das necessidades futuras.
Estado.
3- Os serviços e organismos do Estado, incluindo
6- Os contratos de arrendamento entre os Institutos, os Institutos Públicos, Serviços e Fundos Autónomos,
Fundos e Serviços Autónomos e os respetivos Senhorios devem igualmente proceder à manutenção e reparação
devem ser celebrados perante o Notário Privativo do Estado. dos veículos e zelar pela sua correta utilização.

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126 I Série — n o 6 «B.O.» da República de Cabo Verde — 18 de janeiro de 2020


Artigo 33º Artigo 36º
Deslocações e estadias Implementação de contadores pré-pagos

1- As deslocações em serviço, inter-ilhas e ao exterior, Visando a racionalização do consumo da energia elétrica,


carecem da autorização prévia do membro do Governo em todos os edifícios públicos e ocupados pelos serviços
responsável pelo serviço onde o funcionário está integrado. públicos devem ser instalados os Contadores Pré-pagos.
Artigo 37º
2- As deslocações ao exterior dos chefes de missão e
dos funcionários públicos colocados nas representações Encargos com as telecomunicações
diplomáticas de Cabo Verde carecem da autorização 1- O acesso à linha internacional e às chamadas
prévia do membro do Governo responsável pelos Negócios interurbanas, locais, redes fixas/móvel, deve ser concedido
Estrangeiros. de acordo com o estipulado na Portaria n.º 52/2009, de
30 de dezembro.
3- As deslocações para o exterior fazem-se, sempre que
possível, pela via direta e mais económica, atendendo aos 2- As DGPOG ou serviços equiparados, em casos
preços praticados no mercado, salvo nos casos devidamente excecionais, devidamente justificados, e mediante proposta
autorizados pela respetiva tutela. do responsável máximo do serviço solicitante, podem
autorizar tais comunicações a funcionários públicos cuja
4- As deslocações para o exterior, quando completamente natureza do trabalho justifique.
financiadas, dispensam o Estado de quaisquer encargos
com ajuda de custo. 3- Com base na faturação recebida mensalmente, as
DGPOG ou entidades equiparadas procedem a cabimentação,
5- As deslocações em serviço são realizadas apenas liquidação e pagamento, não carecendo da intervenção
quando os objetivos prosseguidos não possam ser do Controlador Financeiro.
alcançados através da utilização dos meios tecnológicos, 4- O reforço da verba com as telecomunicações só pode
designadamente videoconferência e videochamadas. ser feito com contrapartida da verba do orçamento do
Artigo 34º departamento governamental interessado, devendo cada
um adotar medidas efetivas de controlo de utilização dos
Reposição ao Tesouro telefones e dos correspondentes custos.
1- As despesas liquidadas e pagas, designadamente na Artigo 38º
rubrica “Deslocações e Estadias”, cujo bem ou serviço não Serviço telefónico móvel
tenha sido utilizado e tenha dado lugar à sua devolução e 1- O membro do Governo responsável pela área das
correspondente reposição ao Tesouro, dá direito à reposição Finanças deve fixar, por Portaria, limites para as despesas
do crédito, pelo montante reposto. com o serviço telefónico móvel, designadamente em
3 569000 000000

2- Os funcionários do Estado, incluindo pessoal dirigente, relação às comunicações internacionais e às comunicações


do quadro especial e titulares dos órgãos de direção dos em roaming feitas pelas entidades não abrangidas pelo
Institutos Públicos e das empresas públicas, que efetuarem serviço gratuito.
deslocações em violação ao disposto no n.º 3 do artigo 5º da 2- O encargo com o pagamento das comunicações
Lei do Orçamento para o ano económico de 2021 devem através do serviço telefónico móvel, para além dos limites
repor, mediante dedução, a diferença correspondente a a serem fixados nos termos do número anterior, feitos por
despesa a mais a que deu origem. qualquer utilizador não abrangido pelo serviço gratuito, é
Artigo 35º
imputado ao responsável do departamento que autorizar
o fornecimento e a utilização desse serviço.
Controlo de eletricidade e água
3- As comunicações em roaming só podem ser utilizadas
1- Todos os contratos de eletricidade e água devem ser mediante autorização do membro do Governo responsável
registados e cadastrados no Sistema Integrado de Gestão pelo departamento interessado e do membro do Governo
Patrimonial Georreferenciado. responsável pela área das Finanças.
Artigo 39º
2- As DGPOG ou serviços equiparados, nos casos em Controle do serviço das telecomunicações
que os respetivos orçamentos estejam dotados com verba
para consumo de eletricidade e água, devem comunicar à 1- As DGPOG ou serviços equiparados devem proceder
DGPCP e, aos serviços utilizadores, num prazo máximo de diretamente à análise e controlo dos consumos, em
quinze dias a contar da publicação do presente diploma, conformidade com as faturas mensais que lhes são
os plafonds anuais para as despesas para cada serviço enviadas pelos fornecedores, e de acordo com os plafonds
ou unidade orgânica e a sua distribuição por cada local atribuídos, e remeter trimestralmente à DGPCP mapas
de consumo. de despesas com as comunicações.
3- Com base na faturação recebida mensalmente, os 2- Havendo despesas com os serviços de telecomunicações
serviços ordenadores de despesas procedem a cabimentação, sem que haja a disponibilidade para o respetivo pagamento,
liquidação e pagamento, não carecendo da intervenção a entidade fornecedora deve cessar imediatamente a
do Controlador Financeiro. prestação de serviços de telecomunicações, cabendo
aos serviços ou unidades orgânicas, no quadro do seu
4- Havendo consumos sem que haja a disponibilidade orçamento, efetuar os ajustes orçamentais necessários
para o respetivo pagamento, a entidade fornecedora deve à resolução do problema.
cessar imediatamente o fornecimento de energia elétrica 3- Em casos devidamente justificados, pode o membro
e água, cabendo aos serviços ou unidades orgânicas, no do Governo responsável pela área das Finanças, mediante
quadro do seu orçamento, efetuar os ajustes orçamentais proposta do departamento governamental respetivo,
necessários à solução do problema. autorizar o acesso ao serviço móvel profissional às
5- Os serviços ou unidades orgânicas devem proceder unidades cuja natureza do trabalho justifique o acesso a
diretamente à análise e controlo dos consumos, em esse serviço adicional.
conformidade com as faturas mensais que lhes são enviadas 4- As comunicações indevidamente efetuadas implicam o
pelos fornecedores e, de acordo com os plafonds atribuídos, apuramento de responsabilidades e o respetivo ressarcimento
remeter trimestralmente os mapas de despesas à DGPCP. de eventuais despesas ao Estado.

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Artigo 40º Artigo 44º
Adoção do Sistema Voice Over Internet Protocol Prestação de contas dos órgãos de soberania

1- As novas instalações devem ser, preferencialmente, 1- É obrigatória a utilização do SIGOF pelos órgãos
dotadas do sistema Voice Over Internet Protocol (VOIP). de Soberania, para procederem ao registo da informação
sobre a execução orçamental e remeter à DNOCP as
2- A instalação do sistema VOIP é da responsabilidade seguintes informações:
do serviço beneficiário, da DGPCP e do Núcleo Operacional a) Mensalmente, até os cinco dias subsequentes
da Sociedade de Informação (NOSI). ao período a que respeitam, os balancetes da
execução orçamental, em conformidade com as
3- Com a instalação do sistema VOIP, as dotações instruções da DNOCP;
inscritas na rubrica “comunicações” dos sectores serão
reduzidas pela DNOCP e DGPCP, em conformidade com b) Igualmente com a periodicidade e prazos definidos na
as poupanças geradas. alínea anterior, todas as alterações orçamentais
ocorridas no período;
CAPÍTULO V
c) Trimestralmente, até o dia vinte do mês seguinte,
TRANSFERÊNCIAS CORRENTES ÀS FAMÍLIAS o relatório da execução orçamental, elaborado
NO EXTERIOR pelo órgão de gestão, acompanhado do quadro de
indicadores de gestão orçamental, para permitir
Artigo 41º acompanhar e avaliar o grau de realização das
atividades orçamentadas; e
Evacuação de doentes carenciados para o exterior
d) As contas do exercício de 2020, até 30 de março
1- A execução das despesas com a evacuação externa do ano seguinte àquele a que respeitam.
de doentes, beneficiários da proteção social do regime não
contributivo, faz-se mediante transferências ordenadas a 2- Em caso de incumprimento das obrigações de
favor da Embaixada de Cabo Verde em Portugal, através informação decorrentes do número anterior, a DNOCP
do Centro Nacional de Prestações Sociais (CNPS). não procede à análise de quaisquer pedidos, processos ou
de qualquer expediente proveniente dos organismos em
2- Do montante das transferências mensais, a Embaixada causa, com exceção daqueles cujos processamentos sejam
deve deduzir 5% (cinco por cento) para a cobertura de expressamente autorizados por despacho do membro do
custos administrativos com o serviço de apoio aos doentes Governo responsável pela área das Finanças.
evacuados. 3 - O disposto no número anterior inclui a apreciação
de pedidos de libertação de créditos, com exceção dos
3- A Embaixada remete mensalmente ao CNPS, ao
3 569000 000000

relativos às remunerações certas e permanentes e à


Ministério da Família e Inclusão Social e ao Ministério segurança social.
das Finanças os documentos de prestação de contas.
CAPÍTULO VII
Artigo 42º
PROCESSAMENTO DE RECEITAS PELOS
Pensão na diáspora DEPARTAMENTOS GOVERNAMENTAIS
Artigo 45º
1- A execução das despesas para o pagamento das
pensões atribuídas às comunidades emigradas em situação Arrecadação de receitas
de vulnerabilidade económica e social faz-se mediante 1- Todas as Recebedorias do Estado devem dispor de
transferências trimestrais, no início de cada trimestre, sistema informático adaptado ao Documento Único de
ordenadas a favor das Embaixadas ou Representações Cobrança (DUC) e plenamente integrado no sistema de
Consulares dos países beneficiários da prestação pelo controlo de recebimento administrado pela DGT.
CNPS.
2- Todas as Recebedorias do Estado devem assegurar
2- As Embaixadas ou Representações Consulares devem o depósito diário das receitas cobradas em conta de
encaminhar os comprovativos de pagamento das pensões passagem expressamente indicadas pela DGT, abertas
ao CNPS até ao último dia de cada trimestre. junto dos Bancos Comerciais e na rede dos Correios,
através do DUC.
3- Os custos administrativos associados ao pagamento
das pensões e à prestação de outros serviços relacionados 3- Os serviços da Administração Pública que ainda
com essa prestação social são assumidos pelo CNPS, não têm acesso ao sistema informático adaptado ao
mediante protocolo estabelecido com a Embaixada ou DUC devem solicitar à DGT a sua integração na Rede
Representações Consulares dos países beneficiários. de Cobranças do Estado.
4- A falta de solicitação de integração na Rede de Cobrança
4- Anualmente, durante o 1º trimestre de cada ano, do Estado implica a suspensão dos duodécimos, os quais
deve ser realizado o encontro de contas entre o CNPS e as são retomados somente após o respetivo cumprimento.
Embaixadas ou Representações Consulares relativamente
ao valor das pensões transferidas e não pagas. 5- A identificação da conta de passagem de fundo, a que
se refere o n.º 2, e os procedimentos inerentes ao depósito
CAPÍTULO VI de valores, são definidos pela DGT.
EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DOS ÓRGÃOS DE 6- As receitas consulares arrecadadas pelas missões
SOBERANIA diplomáticas e consulares de Cabo Verde no exterior
devem ser depositadas nas contas bancárias dessas
Artigo 43º missões, procedendo-se a comunicação à DGT, à DNOCP
e à DGPOG do MNEC.
Regime de duodécimo
7- Ficam consignadas ao financiamento de despesas
A transferência de fundos aos Órgãos de Soberania inscritas nos orçamentos de cada missão diplomática ou
efetua-se mediante o regime de duodécimos, nos termos consular, as receitas consulares por elas arrecadadas,
da alínea c) do artigo 7º da Lei do Orçamento do Estado devendo ser deduzidas das transferências para os fundos
para o ano económico de 2021. de gestão os montantes correspondentes.

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128 I Série — n o 6 «B.O.» da República de Cabo Verde — 18 de janeiro de 2020

8- Outros procedimentos, resultantes do processo de Artigo 48º


reforma e da modernização das finanças públicas, e cuja Pré-notificação de contribuintes
implementação altere os circuitos atuais, são aprovados
por Portaria do membro do Governo responsável pela De modo a estimular o cumprimento voluntário de obrigações
área das Finanças. fiscais, a DGCI, através do Serviço de Tributação e Cobrança
(STC), deve garantir a comunicação atempada de pré-notificação
Artigo 46º de contribuintes por meios eletrónicos e/ou telefónicos.
Procedimentos para arrecadação das receitas Artigo 49º
Reconciliação bancária
1- Os pagamentos das receitas, nas Entidades Colaboradoras
na Cobrança, podem ser efetuados por cheque visado, Todas as Repartições de Finanças têm a obrigatoriedade
cheques do próprio banco, numerário, Serviço de Pagamento de proceder diariamente ao fecho de caixa.
Automático (POS), Automated Teller Machine (ATM), Artigo 50º
telemóvel e homebanking. Isenção de direitos na importação de táxis
2- Diariamente, as Entidades Colaboradoras na Cobrança 1- Os titulares de licença para exploração do serviço de
devem remeter à Direção Geral do Tesouro uma relação de táxis devem solicitar o pedido da isenção ao Diretor-Geral
todos os pagamentos efetuados em cada dia, em ficheiro das Alfândegas, com os seguintes documentos:
informático, enviado por Protocolo de Transferência de
Ficheiro (FTP). a) Cópia da fatura com especificação das características
técnicas da viatura e/ou dos equipamentos;
3- As informações específicas, referente às cobranças e b) Fotocópia do livrete do veículo automóvel a substituir;
aos pagamentos efetuados, conforme previsto no número
anterior, devem discriminar o número do DUC. c) Fotocópia atualizada e certificada da licença de
operador de táxi, emitida pela Câmara Municipal
4- Após a identificação de um dos elementos referidos no competente;
número anterior, a Entidades Colaboradora na Cobrança
deve recolher o montante, registar a data da cobrança, o d) Situação fiscal regularizada;
código do banco e da agência da cobrança, formando um e) Parecer técnico favorável emitido pela DGTSR.
número que identifique, inequivocamente, esse registo
de cobrança. 2 - Só podem beneficiar da isenção prevista no artigo 30º
da Lei que aprova o Orçamento do Estado para 2021, as
5- Os pagamentos nas caixas das Recebedorias do Estado viaturas que preenchem, cumulativamente, as seguintes
podem ser efetuados através de cheques, numerário e do caraterísticas:
Serviço de Pagamento Automático (POS). a) Terem motor com cilindrada mínima de 1400cm3;
3 569000 000000

6- Diariamente, o responsável pela cobrança nas caixas b) Possuírem quatro ou cinco portas;
das Recebedorias do Estado deve elaborar um balancete
do movimento diário, o qual deve ser conferido pela DGT, c) Apresentarem distância entre os eixos não inferior
mediante reconciliação com os registos efetuados durante a dois metros e meio;
o dia e o montante existente em caixa. d) Não ter sido anteriormente matriculadas definitivamente
noutro país.
7- O montante arrecadado durante o dia deve ser
depositado na conta de passagem do Tesouro junto dos 3- Não beneficiam da isenção de direitos previstos
Bancos Comerciais e na rede dos Correios no dia imediato no presente artigo os automóveis do tipo ‘Minibus’
ao da sua arrecadação, impreterivelmente. independentemente da sua lotação.
CAPÍTULO VIII 4- Os beneficiários das isenções previstas no presente
artigo, nos cinco anos subsequentes à sua desalfandegação,
PROCEDIMENTOS NO ÂMBITO DA REFORMA não podem ceder, alienar ou transmitir, a título gratuito
DA ADMINISTRAÇÃO FISCAL ou oneroso, as mercadorias importadas no âmbito deste
diploma, salvo em casos excecionais, devidamente justificados
Artigo 47º e aprovados pelo Director Geral das Alfandegas mediante
Declaração e pagamento de obrigações fiscais o pagamento dos direitos e demais imposições calculados
com base no valor que tenham no ato de alienação ou
1- As Repartições de Finanças estão obrigadas ao estrito mudança de destino ou aplicação.
cumprimento dos novos procedimentos de processamento,
conforme instruções técnicas emitidas pela instância CAPÍTULO IX
central. RECURSOS CONSIGNADAS
2- As Repartições de Finanças estão autorizadas a Secção I
aceitar apenas formulários preenchidos de declaração Receitas consignadas
fiscal que respeitem os formatos dos modelos aprovados Artigo 51º
oficialmente. Receitas consignadas
3- As Repartições de Finanças têm a obrigação de 1- As receitas consignadas são criadas por lei própria e
emitir recibos por cada ato de entrega de formulários devem dar entrada numa conta própria junto ao Tesouro.
de declaração fiscal e/ou pagamento pelos contribuintes.
2- As receitas consignadas e as despesas delas decorrentes
4- No ato de emissão dos recibos de entrega, as Repartições regem-se pelo Regime Jurídico da Tesouraria do Estado
de Finanças devem garantir a recolha de informações aprovado pelo Decreto-lei n.º 10/2012, de 2 de abril.
cadastrais relevantes, especificamente identificados nas 3- O Conselho de Ministros aprova anualmente, a
instruções técnicas emitidas pela instância central. anteceder a aprovação do OE, as diretivas de aplicação
5- Não sendo possível o cumprimento do exposto no das receitas consignadas, sob proposta do membro do
número 2, deve ser efetuada a receção provisória dos Governo responsável pela gestão dessas receitas.
documentos e o recebimento dos valores financeiros 4- As diretivas definem as prioridades de investimentos a
das obrigações, ficando a emissão do recibo de entrega serem financiados pelas receitas consignadas, devidamente
pendente da substituição dos documentos. fundamentadas e com previsão orçamental.

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I Série — n o 6 «B.O.» da República de Cabo Verde — 18 de janeiro de 2020 129


Artigo 52º Artigo 56º
Utilização de receitas consignadas Reembolso de imposto
1- As receitas consignadas só podem ser utilizadas Os contribuintes em dívida para com o fisco e à Previdência
para liquidação e pagamento das despesas na medida da Social podem solicitar encontro de contas, caso sejam
disponibilidade existente e entrada efetiva das receitas credores do Estado, decorrente do não reembolso dos impostos
na respetiva conta. sobre o rendimento e sobre o valor acrescentado (IVA).
2- O prazo vinculativo para o pagamento das despesas Artigo 57º
por débito das contas das receitas consignadas é de quinze
dias no máximo, a contar da data da liquidação da despesa. Quotas a organismos internacionais

3- O financiamento de despesas através da receita 1- O Ministério responsável pela área dos Negócios
consignada concretiza-se mediante a celebração de um: Estrangeiros assume a programação financeira dos
a) Protocolo, para o financiamento de projetos executados pagamentos das “Quotas a organismos internacionais”
pelos serviços da administração central, assinado previstas na dotação orçamental inscrita na rúbrica de
entre o membro do Governo responsável pela classificação económica 02.06.02.01.01 – Quotas Organismos
gestão da conta da receita ou seu representante Internacionais Correntes, na unidade orçamental
e o representante promotor do projeto; 40.45.30.01 – Encargos Comuns – Transferência Exterior.

b) Contrato-programa, para o financiamento de 2- O plano de pagamento é aprovado pelo Conselho


projetos executados pela administração local de Ministro, sob proposta do Ministério dos Negócios
e ou associações da sociedade civil, nos termos Estrangeiros e Comunidades (MNEC), incorporando
do artigo 68.º as quotas dos organismos a serem pagas, bem com a
calendarização dos respetivos pagamentos.
Artigo 53º
Processamento de despesas dos Fundos com receitas 3- Salvo casos excecionais, a definir por Resolução do
consignadas Conselho de Ministros, todas as unidades e projetos que
tenham inscrito dotações orçamentais para efeito de
1- A execução das despesas dos Fundos com receitas pagamento de quotas devem proceder, em concertação
consignadas não está sujeita ao visto do Controlador com o MNEC, a transferência de verbas para a unidade
Financeiro, passando a ser executada em três fases. orçamental 40.45.30.01, devendo aquele ministério
2- A Inspeção Geral das Finanças realiza trimestralmente atualizar a lista e o plano de pagamento em consonância.
ações de inspeções sobre a conformidade da execução das Artigo 58º
despesas, nos termos da lei.
3 569000 000000

Prazos para autorização das despesas e fim do exercício


3- No caso de verificação de irregularidade os gestores orçamental
são responsabilizados disciplinar e criminalmente se for
o caso. 1- As alterações orçamentais devem ser processadas
até o dia 15 de novembro de 2021.
Secção II
Outros recursos consignados 2- A cabimentação das despesas deve ser processada
até o dia 25 de novembro de 2021.
Artigo 54º
Recursos consignados 3- A autorização das despesas deve ser processada até
o dia 30 de novembro de 2021.
1- A execução orçamental de unidades e projetos
financiados com recursos consignados ao abrigo de acordos 4- A liquidação das despesas deve ser feita até o dia 10
de créditos e/ou de donativos, incluindo a ajuda alimentar, de dezembro de 2021, com exceção de salários do pessoal
é feita com base na disponibilidade efetiva dos recursos jornaleiro afeto aos projetos de investimentos, evacuação
pelos financiadores numa conta aberta no Tesouro ou no de doentes, deslocações e estadias e outras consideradas
Banco de Cabo Verde e confirmação prévia da DNOCP urgentes, devidamente justificadas.
do enquadramento orçamental.
5- É estipulado o dia 15 de dezembro como data limite
2- O saldo disponível em cada momento para um para liquidação dos contratos-programa no quadro da
determinado projeto ou programa é o limite máximo execução descentralizada dos projetos de investimentos.
permitido para a execução de despesas desse projeto ou
unidade, podendo o mesmo ser sujeito ao reforço mediante 6- A data limite de cabimentação da conta cliente e das
autorização, nos termos do artigo 67º, sob epígrafe contas especiais e da conta cliente é fixada no dia 14 e 20
alterações orçamentais. de dezembro de 2021, respetivamente.
CAPÍTULO X 7- A regularização do fundo de maneio deve ser feita
PROCESSAMENTO DE DESPESAS PELOS até 17 de dezembro.
DEPARTAMENTOS GOVERNAMENTAIS 8- As datas previstas nos números anteriores podem ser
Artigo 55º atualizadas mediante despacho do membro do Governo
Autorização de despesas e Pagamento
responsável pela área das Finanças.

1- Os departamentos governamentais ficam autorizados 9- Para efeito de encerramento do ano fiscal, a DGT deve
a ordenar, até aos montantes das disponibilidades efetuar todos os pagamentos até 31 de dezembro de 2021.
inscritas nos seus orçamentos, e de acordo com os créditos
disponibilizados pela DGT, o pagamento aos fornecedores 10- A DGT, após o término do exercício orçamental, deve
ou beneficiários. fazer o levantamento de todas as despesas cabimentadas
e liquidadas e não pagas e, em concertação com a e a
2- Não devem ser pagas quaisquer faturas emitidas DNOCP, proceder a anulação das referidas despesas no
por fornecedores ou beneficiários do Estado que sejam Orçamento de 2021, bem como o respetivo enquadramento
detentores de dívidas fiscais. no exercício económico seguinte, para efeito de pagamento.

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130 I Série — n o 6 «B.O.» da República de Cabo Verde — 18 de janeiro de 2020

11-A DGT deve apurar os saldos financeiros de 2021 n.º 36/2019 de 22 de outubro, que define as normas e os
de todas as contas ativas junto do Tesouro e proceder da procedimentos relacionados com a gestão do sistema de
seguinte forma: pagamentos e recebimentos dos organismos que gerem
recursos do Estado.
a) Os saldos dos serviços simples da Administração
Pública, Serviços e Fundos Autónomos e Institutos 4- As verbas com financiamento Tesouro só são
Públicos com conta aberta junto do Tesouro, cujo disponibilizadas após o cumprimento do princípio da
recurso provém essencialmente de transferência unicidade de caixa.
do Orçamento do Estado, são transferidos para
a Conta Única do Tesouro, no prazo de cinco Artigo 60º
dias úteis após o término do ano 2021; Movimentação de conta

b) Os saldos dos Serviços e Fundos Autónomos e 1- A conta referida no artigo anterior é movimentada
Institutos Públicos apurados na execução a crédito, de acordo com os seguintes procedimentos:
orçamental de 2021, cuja receita própria for
superior a 50% (cinquenta por cento) do total a) Por ordem de transferência dos duodécimos\
de despesa anual, podem transitar para o disponibilidade financeira, correspondentes
Orçamento 2022, quando, cumulativamente, à dotação inscrita no Orçamento do Estado,
seja autorizada a transição pelo membro de com a indicação das datas de efetivação dos
Governo responsável das Finanças e tenha sido movimentos;
prevista a utilização desse saldo como recurso b) Pelas receitas próprias arrecadadas pelos serviços
ao financiamento do Orçamento de 2022; referidos no n.º 1 do artigo anterior, as quais
são depositadas na conta do Tesouro;
c) A não inscrição dos respetivos saldos nos termos
da alínea anterior, implica o seu depósito, no c) Pelas receitas provenientes do financiamento
prazo de dez dias após o término do ano 2021. externo à unidades e aos projetos inscritos no
orçamento;
d) Os saldos das contas especiais financiados com
recursos externos em execução no final do ano d) Pelos reforços superiormente autorizados.
de 2021 são inscritos no Orçamento do Estado 2 - A conta é movimentada a débito, pelas ordens de pagamento
2022, mediante autorização prévia do membro emitidas pelos organismos detentores dessas contas.
da Governo responsável pelas Finanças.
Artigo 61º
12- Os saldos dos Órgãos de Soberania, e outras Retenção na fonte de impostos devidos na aquisição
entidades sem conta aberta junto do Tesouro cuja receita de bens e serviços
3 569000 000000

própria for superior a 50% (cinquenta por cento) do total


da despesa anual, apurados na execução do orçamento Nas situações em que os serviços tenham que reter
de 2021, cuja utilização não tenha sido prevista como impostos devidos pelos fornecedores ou prestadores de
recurso de financiamento do orçamento de 2021 devem serviços, as requisições de transferências para o pagamento
ser transferidos para a conta de passagem do Tesouro aos beneficiários devem ser sempre efetuadas através de
junto dos Bancos Comerciais, no prazo de 10 dias úteis DUC ou modelo equivalente, conforme couber.
após o término do ano 2021. Artigo 62º
13- Os eventuais saldos dos duodécimos disponibilizados Receitas próprias
pelo Tesouro durante o ano 2021 aos Órgãos de Soberania
e outras entidades sem conta aberta junto do Tesouro, Todas as receitas arrecadadas pelos Serviços, Fundos
devem ser transferidos para a conta de passagem do Autónomos e Institutos Públicos devem ser depositadas
Tesouro junto dos Bancos Comerciais, no prazo de dez imediatamente numa das contas de passagem expressamente
dias úteis após o término do ano 2021, sob pena de não ser indicada pela Direção Geral do Tesouro, abertas junto
feita a primeira transferência do duodécimo do Orçamento das agências dos Bancos Comerciais, rede dos Correios e
do Estado do ano 2022. outras plataformas de recebimento, através do DUC ou
pagas nos meios da Rede Vinti4.
CAPÍTULO XI Artigo 63º

EXECUÇÃO DOS ORÇAMENTOS DOS Fundo de Maneio


SERVIÇOS, FUNDOS AUTÓNOMOS 1- O fundo de maneio, aprovado pelo Decreto-Regulamentar
E INSTITUTOS PÚBLICOS n.º 1/2007, de 15 de janeiro, alterado pelo Decreto-
Artigo 59º Regulamentar n.º 18/2013, de 24 de julho, pode ser
constituído por um valor a definir pela DGT, devidamente
Contas junto do tesouro autorizado pelo membro do Governo responsável pela
área das Finanças, até o limite máximo de 10% (dez por
1- Cada Serviço ou Fundo Autónomo, Instituto Público cento) da soma dos duodécimos das rúbricas orçamentais
e Unidades de Coordenação de Projetos, com exceção do abrangidas, líquida de valores orçamentais cativos.
Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), deve
possuir conta exclusivamente junto do Tesouro, sobre 2- O fundo de maneio é composto por rubricas de
a qual se registam, a crédito e a débito, os movimentos funcionamento que correspondem às despesas nas seguintes
necessários para a execução do seu orçamento. rubricas económicas:
2- Salvo casos excecionais, devidamente autorizados a) Material de escritório e consumo de secretaria;
pelo Ministério das Finanças, através da DGT, é vedado b) Material de consumo clínico;
aos serviços referidos na alínea anterior, a abertura de
contas financeiras junto dos Bancos Comerciais. c) Material de Limpeza, higiene e conforto;
3- O incumprimento do estipulado no número anterior d) Transporte;
implica o encerramento da conta pela DGT, consequente
suspensão das transferências do Tesouro e aplicação de e) Materiais e serviços de conservação e reparação;
contraordenação estipulada no artigo 15 º do Decreto-lei f) Outros bens e serviços.

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I Série — n o 6 «B.O.» da República de Cabo Verde — 18 de janeiro de 2020 131

3- O membro do Governo responsável pela área das 2- As transferências de verbas inter-unidades, executados
Finanças pode autorizar a utilização de algumas rúbricas por um Serviço, Fundo Autónomo ou Instituto Público,
não previstas no regulamento, sempre que for solicitado são autorizadas pelos respetivos responsáveis máximos.
pelo setor e devidamente fundamentado.
3- O Tesouro não assume quaisquer despesas ou
4- O encerramento do fundo de Maneio é obrigatoriamente compromissos para com terceiros originados pelos Serviços
efetuado até 30 de novembro de 2021 para todos os serviços e Fundos Autónomos e pelos Institutos Públicos.
e organismos abrangidos pelo diploma do Fundo de Maneio,
a título excecional, mediante proposta fundamentada Artigo 67º
submetida a DGT o prazo pode ser prorrogado até 15 de
dezembro 2021. Alterações orçamentais

Artigo 64º 1- A inscrição e reforço de verba de unidades e projetos


financiados por donativos e empréstimos, referidos na
Prestação de contas pelos Serviços, Fundos Autónomos
e Institutos Públicos alínea d) do n.º 1 do artigo 88.º da Lei n.º 55/IX/2019,
de 1 de julho, que estabelece as Bases do Orçamento do
1- Para efeitos do controlo sistemático e sucessivo da Estado, definindo os princípios e regras que regulam
gestão orçamental, os Serviços, Fundos Autónomos e a sua formulação, programação, aprovação, execução,
Institutos Públicos, integrados ou não no SIGOF, bem avaliação, controlo e responsabilização, devem ser feitos
como as Embaixadas e Postos Consulares, delegações do oportunamente, através da DNOCP, em concertação com
Ministério da Educação, escolas secundárias e Delegacias DGT e DNP, mediante autorização do membro do Governo
de Saúde devem remeter, mensalmente, à DNOCP, até responsável pela área das Finanças.
o dia 5 (cinco) do mês seguinte, balancetes de execução
orçamental de receitas e despesas, com a identificação 2- O reforço e a inscrição de créditos orçamentais
das respetivas fontes de financiamento. dos quais provocam o aumento global do orçamento do
Estado e que se efetuam por conta dos saldos líquidos e
2- Igualmente, devem ser enviadas, até vinte dias disponíveis do FNE são efetuadas mediante resolução do
após o final de cada trimestre, as contas trimestrais e Conselho de Ministros.
anual, respetivamente, acompanhadas do correspondente
relatório para serem integradas nas Contas trimestrais 3- As transferências de verbas inter-unidades orçamentais,
e anual a serem apresentadas à Assembleia Nacional. enquadrados dentro do mesmo programa e/ou programas
diferentes do mesmo pilar, nas dotações das unidades e
CAPÍTULO XII dos projetos financiados com recursos não consignados,
que venham a mostrar-se necessárias durante a execução,
ALTERAÇÕES ORÇAMENTAIS
3 569000 000000

devem ser propostas pela DGPOG ou serviços equiparados


Artigo 65º do sector, acompanhadas do parecer do Gestor do Programa
e/ou Unidade/Projeto respetivo e autorizadas pelo membro
Restrições do Governo responsável pelo sector.
1- As dotações orçamentais correspondentes às despesas 4- As transferências de verbas inter-unidades orçamentais
com o pessoal não podem ser utilizadas como contrapartida enquadrados em programas de pilares diferentes, só
para o reforço de outras rúbricas de despesas que não podem ser efetuadas mediante resolução do Conselho de
estejam integradas naquela, salvo para casos de pensões. Ministros, sob a proposta conjunta do membro do Governo
responsável pelo sector e pelo da área das finanças.
2- São proibidas as transferências dos ativos não
financeiros para as despesas correntes, bem como alterações
sucessivas na mesma rubrica orçamental, não devendo 5- As transferências de verbas inter-unidades orçamentais
ser reforçada uma rubrica anulada e vice-versa, salvo enquadrados em ministérios diferentes, só podem ser
autorização expressa do membro do Governo responsável efetuadas mediante resolução do Conselho de Ministros,
pela área das Finanças. sob a proposta do membro do Governo responsável pela
área das finanças.
3- Os números anteriores não se aplicam às unidades
financiadas por donativos e empréstimos e aos projetos 6- As transferências que se efetuem por conta de
de investimentos. dotação provisional são autorizadas mediante despacho do
membro do Governo responsável pela área das finanças,
4- São proibidas, no sector da saúde, as transferências independentemente do pilar e do Ministério.
de verbas das rubricas de medicamentos e material de
consumo clínico, bem como o respetivo transporte, para 7- Para efeitos de aplicação do número 1 do presente
as outras rubricas. artigo, cabe à DNOCP analisar a solicitação e proceder
Artigo 66º
à respetiva validação no SIGOF.

Alterações orçamentais dos Serviços, Fundos 8- As alterações devem estar devidamente acompanhadas
Autónomos e Institutos Públicos da respetiva reprogramação dos produtos.
1- As alterações nos orçamentos dos Serviços e Fundos
Autónomos e dos Institutos Públicos obedecem, para além 9- É proibida a transferência de verbas após a autorização
do que a lei geral dispõe, às seguintes regras: de despesa ou a celebração de contratos de obras públicas,
contratos programa, protocolos, contratos de prestação de
a) As transferências de verbas inter-rubricas são da serviços ou acordos de financiamento, salvo autorização
competência do dirigente máximo do organismo; e expressa do membro do Governo responsável pela área
das Finanças.
b) As alterações que impliquem acréscimo de despesa
global do Serviço, Fundo Autónomo ou Instituto 10- É interdita a transferência de verbas de projetos
Público, são da competência do membro do financiados com recursos consignados ao abrigo de acordos
Governo responsável pelo respetivo departamento de crédito ou de donativo, incluindo a ajuda alimentar,
Governamental. salvo acordo prévio do doador.

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132 I Série — n o 6 «B.O.» da República de Cabo Verde — 18 de janeiro de 2020

CAPÍTULO XIII 14- É estipulado um prazo de 1uma semana, no máximo,


para a tramitação do processo até a sua conclusão, com
DESCENTRALIZAÇÃO DA EXECUÇÃO a assinatura do contrato programa por todas as partes
Artigo 68º envolventes.
Descentralização da execução 15- O incumprimento das normas estabelecidas nas
cláusulas dos contratos programas implica a suspensão
1- A execução orçamental incumbe aos departamentos imediata dos mesmos.
governamentais e aos Institutos Públicos, podendo ser
descentralizada para as Câmaras Municipais, e Organizações 16- O modelo de contratos financiados através de fundos
da Sociedade Civil (OSC), empresas públicas ou outras alimentados com receitas consignadas é aprovado por
entidades com as quais o Governo tenha convenção, Portaria do membro do Governo responsável pela área
mediante celebração de contratos-programa. das Finanças
2- Os projetos das Câmaras Municipais, OSC ou outras
entidades com as quais o Governo tenha convenção, CAPÍTULO XIV
devem ser apresentados ao departamento governamental
competente na matéria, para autorização. SEGUIMENTO E AVALIAÇÃO

3- O enquadramento nos programas, de valor superior Artigo 69º


a 1.000.000.00 um milhão de escudos, deve ser efetuado
aquando da autorização da despesa, mediante parecer Seguimento e avaliação
técnico da DNP, a ser emitido num prazo máximo de
setenta e duas horas. 1- Para efeitos de Monitoramento e Avaliação, as
entidades responsáveis pelos programas do PEDS 2017-
4- Para efeito de analise os contratos Programas devem 2021, devem submeter à DNP os Quadros Lógicos dos 34
ser submetidos via correio eletrónico e os pareceres programas, contendo objetivos específicos, indicadores de
emitidos por esta mesma via. resultados e suas metas, assim como os produtos, bens e
serviços destinados aos beneficiários de cada programa
5- A não emissão do parecer no prazo referido no número e respetivos indicadores, metas e custos.
anterior, faz com que se considere, automaticamente,
adequado o enquadramento apresentado. 2- Durante o ano orçamental 2021, o Ministério das
Finanças, através da DNP, iniciará implementação
6- Sem prejuízo da aplicação do disposto no número do sistema piloto de monitoramento e avaliação, como
anterior, a entidade com competência para o enquadramento instrumento de programação, gestão e monitoramento
dos programas é responsabilizada civilmente pelo dos Quadros Lógicos de programas do PEDS.
3 569000 000000

enquadramento indevido, nos termos da lei.


3- As entidades responsáveis pelos programas devem
7- Autorizada e enquadrada a despesa nos programas submeter a lista homologada dos Gestores de programas,
o departamento governamental competente, celebra um projetos e unidades finalísticas à DNP até o dia 20 janeiro
contrato-programa com as entidades referidas no n.º 1, do ano orçamental.
onde são definidos todos os procedimentos de execução, de
prestação de contas e de auditoria, incluindo a previsão 4- Os gestores de projetos e unidades finalísticas devem
financeira plurianual, caso seja aplicável, e as fichas dos atualizar, mensalmente, as informações referentes à
projetos. evolução dos indicadores de produto, até o dia quinze do
8- O contrato-programa deve conter obrigatoriamente mês subsequente a que correspondem. 
informação sobre o NIF, número de conta bancária,
o endereço e o contacto do beneficiário, respeitando a 5- As informações referentes à evolução dos indicadores
estrutura do modelo constante do Anexo II, que integra de objetivos específicos do programa devem ser atualizadas
o presente diploma. pelo Gestor de Programa até o dia 20 de fevereiro de
cada ano.
9- O contrato-programa é outorgado, por parte do
Governo, pelo sector a que a matéria do contrato-programa 6- Até 15quinze dias após cada trimestre, o Gestor de
respeite, representado pela Direção Geral do Planeamento, Programa submete um relatório qualitativo que inclui:
Orçamento e Gestão, entidade a qual cabe a fiscalização
financeira e a execução orçamental do contrato. a) Atividades realizadas no período;
10- Em caso de projetos, de valor igual ou superior b) Principais objetivos alcançados;
a três mil contos, de infraestruturas e obras públicas,
agrícolas e do ambiente, o contrato-programa deverá c) Dificuldades e aprendizagens; e
integrar, também, como primeiro outorgante o sector
responsável pelas respetivas áreas. d) Objetivos para o próximo período.
11- Os adiantamentos acima de 30%, em caso de contrato- 7- A disponibilização das verbas, incluindo os produtos
programa com o valor superior a 3.000.000$00 três mil das alterações orçamentais, ficam condicionadas ao cabal
contos, devem ser objeto de autorização do membro do cumprimento dos prazos estabelecidos no presente artigo.
Governo responsável para áreas das Finanças.
12- É proibida a assinatura de novos contratos-programa, 8- Mediante exercício de controlo de conformidade pela
com qualquer entidade ou instituição, enquanto esta não DNP, através do Serviço de Planeamento Estratégico,
justificar a utilização de verbas adiantadas. Monitorização e Avaliação (SPEMA), Projetos, Unidades e
Programas que não cumpram o estabelecido nos números
13- O disposto no número anterior não se aplica à anteriores terão a sua execução orçamental bloqueada
assinatura de novos contratos programas de projetos até a regularização dos seus dados.
na área social, sem prejuízo do dever de justificação
da utilização de verbas adiantadas ao abrigo de cada 9- Os produtos gerados pelas Unidades de Gestão e
contrato programa. Apoio estarão apenas sujeitos a um seguimento financeiro.

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I Série — n o 6 «B.O.» da República de Cabo Verde — 18 de janeiro de 2020 133

CAPÍTULO XV empréstimo ou donativo que tenha conhecimento,


acompanhados da sua respetiva programação
DISPONIBILIDADE FINANCEIRA financeira de desembolsos, à DGT e DNOCP;
E FINANCIAMENTO
Secção I
b) O MNEC, através da Direção Nacional de Assuntos
de Política Externa e Cooperação (DNAPEC),
Disponibilidade Financeira deve encaminhar à DNP, DGT e DNOCP cópia
de todo e qualquer acordo de financiamento
Artigo 70º externo por donativo celebrado, acompanhado da
respetiva programação financeira de desembolsos;
Regime de disponibilidade financeira

1- Ficam sujeitos ao regime duodecimal as unidades c) A DGT, através do Serviço das Operações Financeiras
orçamentais de natureza Finalística e de Gestão e Apoio. (SOF), deve lançar todos os DUC referentes à
previsão de desembolsos de acordos de empréstimo
2- Ficam sujeitos ao regime de programação financeira externo com pagamento direto a projetos, com
as unidades orçamentais de natureza de Investimento. base na programação financeira dos acordos;

3- Para efeito de disponibilização de verbas no âmbito d) A DGT, através do Serviço de Tesouraria e Contas
do n.º 2, é obrigatório a apresentação prévia, pelos (STC), deve lançar todos os DUC referentes à
departamentos requisitantes e para cada projeto, de uma previsão de desembolsos de acordos de donativo
programação de desembolsos trimestral, a qual pode vir externo com pagamento direto a projetos e da
a ser atualizada consoante a necessidade, de acordo com Ajuda Orçamental, com base na programação
a execução e com as disponibilidades de tesouraria. financeira dos acordos;
4- Aos Institutos e fundos cuja receita própria cobre a e) O sector responsável pelo projeto com financiamento
totalidade da despesa orçamentada, não estão sujeitos externo direto deve inscrevê-lo, especificando
aos constrangimentos financeiros do Tesouro, desde que o valor completo do financiamento, conforme
o instituto possua saldo positivo em sua conta. a designação dada ao projeto ou unidade no
Artigo 71º
acordo de financiamento e efetuar o registo no
SIGOF, por financiador e tipo de financiamento,
Adiantamento de verba incluindo os valores de contrapartida nacional,
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quando previstos;
1- Pode ser estabelecido para cada projeto um adiantamento
até 30% (trinta por cento) da dotação disponível, mediante f) O sector responsável pelo projeto ou unidade deve
programação financeira trimestral. preencher toda a informação do projeto com
financiamento externo diretamente no Módulo
2- O limite estabelecido no número anterior pode ser de Seguimento e Avaliação do SIGOF, conforme
ultrapassado em casos atendíveis, autorizados pelo artigo 69.º;
DGT, sob proposta do serviço ordenador a que o projeto
diretamente respeite. h) A DGT, através do Serviço de Tesouraria e
Secção II Contas (STC), deve programar ou atualizar a
programação financeira dos DUC dos acordos
Financiamento de financiamento externo direto por donativo,
com base nos contratos resultantes;
Artigo 72º
i) A DGT, através do Serviço das Operações Financeiras
Financiamento externo
(SOF), deve programar ou atualizar a programação
Os pagamentos ao abrigo de acordos internacionais financeira dos DUC dos acordos de financiamento
só podem ser processados diretamente pelo financiador externo direto por empréstimo, com base nos
no estrangeiro para empresas não-residentes, de acordo contratos resultantes.
com a definição vigente na lei fiscal.
3- A execução dos desembolsos deve ser efetuada
Artigo 73º respeitando a seguinte ordem de atos e respetivos
intervenientes:
Desembolso externo
a) O setor responsável pelo projeto ou unidade
1- O pedido de desembolso, referente a projetos com
deve inserir e auditar os valores medidos dos
financiamento direto por empréstimos e/ou donativos
indicadores dos projetos;
externos, deve ser feito mediante inserção de um cabimento
no e-gov no mesmo valor, que permita a identificação do
b) O setor responsável pelo projeto ou unidade deve
projeto conforme o acordo de financiamento.
inserir um cabimento por cada fatura recebida
2- O planeamento e programação dos desembolsos dos prestadores de serviço ou fornecedores,
devem ser efetuados respeitando a seguinte ordem de especificando o número da fatura, anexando
atos e respetivos intervenientes: no primeiro cabimento o contrato;

a) A DNP, através do Serviço de Mobilização de c) A DGT, através do SOF, deve liquidar as despesas
Recursos (SMR), deve encaminhar todos os resultantes do desembolso de empréstimo externo
acordos de financiamento externo celebrados, por com pagamento direto emitido no estrangeiro;

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134 I Série — n o 6 «B.O.» da República de Cabo Verde — 18 de janeiro de 2020

d) A DGT, através do SOF, deve lançar o DUC por 5- Fica expressamente proibido o pagamento às entidades
desembolsos realizados por empréstimo externo e serviços da Administração Pública direta e indireta,
direto a projetos, efetuando a compensação incluindo as empresas do setor empresarial do Estado, que
correspondente; tenham dívidas fiscais e para fiscais para com o Estado.
e) A DGT, através do STC, deve lançar o DUC por 6- Nos termos do número anterior, devem as respetivas
desembolsos realizados por donativo externo entidades serem notificadas e, para o efeito, serem-lhes
direto a projetos, efetuando a compensação apresentadas um, eventual, acordo para o encontro de
correspondente. contas com o Estado.
4- As alterações e reprogramações dos desembolsos 7- Para efeitos de aplicação do disposto no número 1,
devem ser efetuadas respeitando a seguinte ordem de fica expressamente proibido o pagamento de valor em
atos e respetivos intervenientes: numerário superior a 1.000$00 (mil escudos).
a) A DGT, através da SOF, deve analisar a sustentabilidade Secção II
da dívida em relação às novas adendas, mediante
apresentação de nova proposta de financiamento Incumprimento
da adenda contratual pela DNP, e submeter para
aprovação do membro do Governo responsável Artigo 75º
pela área das Finanças;
Incumprimento e publicação
b) A DNP, através do SMR, deve submeter as adendas
contratuais aos credores externos, para aprovação 1- O incumprimento dos prazos fixados no artigo
de disponibilidade de financiamento; anterior impacta negativamente nas métricas dos gestores
c) A DNOCP, através do Serviço de Orçamental (SO), e técnicos que integram as etapas do processamento das
efetua as alterações orçamentais que sustentem despesas, para efeitos de avaliação de desempenho, sem
a adenda, mediante aprovação do membro do prejuízo da responsabilização disciplinar e financeira.
Governo responsável pela área das Finanças.
2- É publicada, trimestralmente, no portal da DNOCP,
CAPÍTULO XIV do Ministério das Finanças a lista do prazo médio de
cada etapa do processamento de despesas executadas
PRAZO MÁXIMO DE PAGAMENTO por cada entidade.
3 569000 000000

Secção I CAPÍTULO XV
Prazos
POLITICAS ATIVAS DE EMPREGO
Artigo 74º
Artigo 76º
Prazo de pagamento
Contratação de jovens para o primeiro emprego
1- É fixado um prazo máximo de quarenta e cinco dias
para o pagamento de faturas referentes ao fornecimento de 1- As pessoas coletivas ou singulares, enquadradas
bens e serviços à Administração Pública direta e indireta. no regime de contabilidade organizada, que contratem
jovens para o primeiro emprego, beneficiam de isenção
2- O processo de pagamento é desencadeado pelo relativamente às prestações devidas pelas entidades
fornecedor de bens e serviços, mediante a apresentação patronais para os regimes obrigatórios de segurança social.
das faturas, nos termos legalmente fixados pelo CIVA;
3- Para o cumprimento do disposto no numero 1, 2- Consideram-se jovens, para efeitos do número anterior,
são estabelecidos os seguintes prazos para as fases de os indivíduos com idade superior a 18 e inferior a trinta e
processamento das despesas: sete anos e que à data do contrato, nunca tenham exercido
atividade profissional ao abrigo de contrato trabalho.
a) Sete dias para a cabimentação da fatura, a contar
da data da respetiva receção, anexando todos 3- São condições de acesso e manutenção, pelas pessoas
os comprovativos legalmente exigidos; coletivas ou singulares, do benefício referido no n.º 1:

b) Cinco dias para a autorização pelo setor ou gestor a) Ter a situação contributiva regularizada perante
da unidade ou projeto, a contar da cabimentação; a entidade gestora dos regimes obrigatórios
da segurança social e a administração fiscal;
c) Seis dias para o Controlador Financeiro, a contar
da data da autorização pelo setor ou gestor da b) Celebrar com o trabalhador contrato de trabalho,
unidade ou projeto; com duração igual ou superior a 1 (um) ano;
d) Cinco dias para a liquidação pela DGOPG do c) Ter ao seu serviço um número de trabalhadores
sector, a contar do visto prévio do Controlador subordinados superior ao que tinha:
Financeiro;
e) Vinte e dois dias para a emissão de pagamento i. Em dezembro do ano anterior; ou
de escudos pela DGT, a contar da liquidação
ii. No mês imediatamente anterior ao da contratação
pela DGOPG.
de novos trabalhadores, no caso de a entidade
4- Os prazos fixados no presente artigo são contados empregadora ter iniciado a sua atividade no
em dias úteis. mesmo ano.

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I Série — n o 6 «B.O.» da República de Cabo Verde — 18 de janeiro de 2020 135

d) Pagar as prestações devidas pelo trabalhador, para b) Tratar-se de uma primeira inscrição no regime
a entidade gestora dos regimes obrigatórios de obrigatório da segurança social;
segurança social;
c) O cumprimento das condições de acesso exigidas
e) Ter o contratado idade superior a dezoito e inferior no número 3.
a trinta e sete anos.
CAPÍTULO XVI
4 - Para requerer a isenção, as pessoas coletivas ou
singulares, devem submeter à entidade gestora dos
DIFERENCIAÇÃO POSITIVA
regimes obrigatórios de segurança social:
a) Um requerimento, em modelo a ser definido por Artigo 77º
esta, contendo todos os documentos referidos
no número anterior; Desembolso de diferenciação positiva

b) Este requerimento, bem como os documentos que o 1- O desembolso da verba da diferenciação positiva é
acompanham, devem ser entregues, pela pessoa efetuado em regime duodecimal, juntamento com o FFM.
coletiva ou singular, no mês seguinte ao da
celebração do contrato de trabalho. 2- Os municípios são obrigados a remeter os relatórios
de reporte anual, com a execução física e financeira dos
5- A contagem do período de isenção é suspensa se o contrato projetos financiados pela verba da descriminação positiva,
de trabalho for suspenso devido a situações devidamente sem prejuízo do devido controlo do Tribunal de Contas.
comprovadas de incapacidade ou impossibilidade para o
trabalho por parte do trabalhador. CAPÍTULO XVI
6- O direito à isenção cessa nas seguintes situações:
INSPEÇÕES PERIÓDICAS
a) Fim do período de isenção;
Artigo 78º
b) Deixem de se verificar as condições de acesso;
Auditorias
c) Falta de entrega, no prazo legal, das declarações
de remuneração ou a não inclusão de quaisquer
trabalhadores nas referidas declarações; As entidades que tenham violado o disposto no
3 569000 000000

presente diploma ou que apresentem riscos acrescidos


d) Cessação do contrato de trabalho por iniciativa de incumprimento ficam sujeitas a auditorias periódicas
da pessoa coletiva ou singular com base em pela Inspeção-Geral de Finanças (IGF).
despedimento sem justa causa, despedimento
coletivo, despedimento por extinção do posto CAPÍTULO XVIII
de trabalho ou despedimento por inadaptação;
DISPOSIÇÕES FINAIS
e) Nas situações em que a entidade beneficiária da
isenção do pagamento de contribuições passe Artigo 79º
a ter dívida à entidade gestora dos regimes
obrigatórios de segurança social ou à administração Transparência
fiscal, o direito à isenção cessa a partir do mês
seguinte àquele em que contraiu a dívida. É publicada, trimestralmente, no portal da DNOCP,
do Ministério das Finanças, uma lista das entidades
7- A isenção ou redução da taxa contributiva pode ser
que violem os princípios da unicidade de caixa, unidade,
retomada a partir do mês seguinte àquele em que tiver
universalidade e integralidade, bem como daquelas que
lugar a regularização da situação contributiva à entidade
não tenham remetido as devidas informações, no âmbito
gestora dos regimes obrigatórios de segurança social ou
da execução do Orçamento do Estado e da consolidação
à administração fiscal.
da conta geral do Estado.
8- As falsas declarações ou a utilização de qualquer
outro meio de que resulte a isenção ou redução indevida Artigo 80º
da obrigação de contribuir constitui infração punível nos
termos da lei penal e contraordenacional. Entrada em vigor

9- Anualmente, far-se-á uma avaliação do cumprimento O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao
das obrigações derivadas deste incentivo. da sua publicação.
10-A entidade gestora dos regimes obrigatórios de Aprovado em Conselho de Ministros, aos 31 de dezembro
segurança social é reembolsada pela perda de receita de 2020. — Os Ministros, José Ulisses de Pina Correia e
não arrecadada decorrente de tal isenção, nos termos de Silva e Olavo Avelino Garcia Correia
um Protocolo a celebrar com o Ministério das Finanças.
11- A entidade gestora dos regimes obrigatórios de Promulgado em 17 de janeiro de 2021.
segurança social verifica:
Publique-se.
a) A inexistência de dívidas para com ela por parte
das pessoas coletivas e singulares que solicitam O Presidente da República, JORGE CARLOS DE
o benefício; ALMEIDA FONSECA.

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ANEXO I
136 I Série — n o 6 «B.O.» da se
(A que República de 12
refere o n.º Cabo Verde 11º)
do artigo — 18 de janeiro de 2020

ANEXO I
(A que se refere o n.º 12 do artigo 11º)

Anexo
Processamento, Visto Creditação

Dezembro
Dezembro

Dezembro

Dezembro
Cabimentação, Controladores Pagamento na Conta
Designação
Autorização Financeiros (Tesouro) (Bancos Comerciais)
(Sectores) (M. Finanças)
Pensão da Função Publica I Remessa Dia 05 (DNOCP) 1 Dia 10 3 Dia 11 4 Dia 12 7
Previdência Social Dia 09 4 Dia 10 8 Dia 11 10 Dia 12 11
Chefia do Governo Dia 10 7 Dia 12 9 Dia 13 10 Dia 14 11
Ministerio do Desporto Dia 10 7 Dia 12 9 Dia 13 10 Dia 14 11
Ministério Defesa Dia 10 7 Dia 12 9 Dia 13 10 Dia 14 11
Ministerio Da Cultura e das Industrias Criativas Dia 10 7 Dia 12 9 Dia 13 10 Dia 14 11
Ministério Das Finanças Dia 14 7 Dia 16 9 Dia 17 11 Dia 18 14
Ministerio Da Familia E Da Inclusao Social Dia 16 7 Dia 18 10 Dia 19 11 Dia 20 14
Ministério do Turismo e Transporte Dia 17 9 Dia 19 11 Dia 20 14 Dia 21 15
Ministerio Economia Maritima Dia 17 9 Dia 19 11 Dia 20 14 Dia 21 15
Ministério Industria, Comércio e Energia Dia 17 9 Dia 19 11 Dia 20 14 Dia 21 15
Ministério Da Agricultura e Ambiente Dia 18 9 Dia 20 11 Dia 21 14 Dia 22 15
Ministério Das Infraestruturas, do Ordenamento do Territorio e Habitação Dia 19 10 Dia 21 14 Dia 22 15 Dia 23 16
Ministério Dos Negocios Estrangeiros e Comunidades Dia 19 10 Dia 21 14 Dia 22 15 Dia 23 16
Ministérios Administração Interna Dia 19 10 Dia 21 14 Dia 22 15 Dia 23 16
Ministério Da Educação I Dia 16 10 Dia 18 14 Dia 19 15 Dia 20 16
Ministério Da Educação II Dia 18 11 Dia 20 15 Dia 21 16 Dia 22 17
Ministério Da Educação III Dia 21 14 Dia 23 16 Dia 24 17 Dia 25 18
Ministério Da Justiça E Trabalho Dia 21 14 Dia 23 16 Dia 24 17 Dia 25 18
3 569000 000000

Ministério da Saúde e Segurança Social Dia 21 14 Dia 24 16 Dia 25 17 Dia 26 18

ANEXO II Clausula 2ª
Custo
(A que se refere o n.º 8 do artigo 68º)
O custo total do(s) projeto (s), é o valor correspondente
MODELO DO CONTRATO PROGRAMA a ……………….
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS Clausula 3.º
Localização e Beneficiários
ORGÂNICA DO SECTOR DO DEPARTAMENTO
SECTORIAL O projeto a ser desenvolvido beneficiará a zona de
…………… no Concelho de ………
CONTRATO PROGRAMA N/Ref: _____ Departamento Clausula 4ª
sectorial/Ano
Duração
Entre:
O prazo de execução do projeto é de……………(dias/
O Departamento(s) sectorial(ais) adiante designado 1.º mês/ano) a contar da data da assinatura.
outorgante, representado neste ato pelo(a) Director(a) Clausula 5ª
Geral do Planeamento, Orçamento e Gestão ou outro(s) Financiamento
representante(s) do (s) departamento(s) sectorial(ais).
O projeto é financiado pelo Governo, através do (tipo de financiador)
E e enquadra-se no Programa ………………………………......
Projeto/Unidade……………………………
A Entidade Executante, adiante designada 2.º outorgante
e representada neste ato pelo …, Clausula 6º
Formas e modalidades de desembolso
ao abrigo da Lei XXXX, que aprova o Orçamento do
Estado para o ano XXXX e do disposto no Decreto-lei 1- O desembolso das verbas para a execução do projeto,
XXXX, que aprova as normas e procedimentos da execução na componente do financiamento do governo, processa-se
do Orçamento do Estado para Ano XXXX é celebrado o da seguinte forma:
presente contrato que se rege pelas cláusulas seguintes: a) Adiantamento de _________________, correspondente
Clausula 1ª à _____% do valor referido no artigo 2.º, após a
assinatura do contrato;
Objeto e Finalidade
b) Os restantes ________ % serão disponibilizados,
1- O presente contrato destina-se ao financiamento em tranches, no prazo máximo de 15 (quinze)
do(s) projeto(s) ………………………. dias úteis, a contar de ……….., mediante a
apresentação de todos os elementos justificativos
2- O(s) projeto(s) tem por objetivo………………………………………… de despesa e (quando aplicado) certificação da 3
3- Este projeto tem como atividade: execução física pelos ministérios responsáveis
pelas áreas específicas1;
……………………………………………………………………… 1
Infraestrutura, agricultura e ambiente.

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I Série — n o 6 «B.O.» da República de Cabo Verde — 18 de janeiro de 2020 137

2- O pedido de pagamento e os elementos referidos Clausula 8ª


no número anterior da presente cláusula, devem ser Gestão e avaliação do programa
enviados pela 2.ª Outorgante ao departamento sectorial
que representa o primeiro outorgante ou Comissões 1- A 2.ª outorgante assegura a boa gestão das verbas
especiais criadas para o efeito. disponibilizadas, a elaboração de todos os documentos
de prestação de contas referidos no presente contrato.
3- Nos casos em que os documentos apresentados estejam
incompletos ou com insuficiências, o 2.º outorgante será 2- A monitorização, a meio percurso e avaliação final
comunicado pelo departamento sectorial que representa o do programa são efetuadas pelas seguintes entidades:
primeiro outorgante ou Comissões especiais criadas para
o efeito, para num prazo de 10 dias as suprir. a) departamento(s) sectorial(ais) que representa(m)
o primeiro outorgante ou Comissões especiais
4- O incumprimento do prazo referido no número criadas para o efeito;
anterior implica a suspensão imediata do desembolso,
até à regularização da situação, ficando a 2.ª outorgante b) serviços competentes do Ministério das Finanças
diretamente responsável pelas consequências daí e pelo 2.º outorgante, no tocante à execução
advenientes. financeira.
5- As verbas desembolsadas são depositadas na 3- Da avaliação física deve constar, para além do
conta bancária da 2.ª outorgante n.º _______________ relatório de execução, a documentação fotográfica
sediada________________________, com o número de atualizada do avanço de execução do programa, cuja cópia
Identificação Fiscal (NIF) …………………… será obrigatoriamente remetida à Direção Nacional do
Clausula 7ª Planeamento.
Prestação de contas Clausula 9ª
Trabalhos e obras a mais
1- A 2.ª outorgante organiza e arquiva os documentos
de prestação de contas relativos a cada desembolso, 1- O presente contrato não contempla o financiamento
conforme se indica: de obras e trabalhos a mais nem despesas excecionais.
a) Cópias das faturas ou recibos dos pagamentos 2- A 2.ª outorgante é responsável por todos e quaisquer
efetuados aos fornecedores de bens e serviços; tipos de trabalhos a mais necessários para a realização
b) Folhas de salários, comprovativos dos pagamentos do projeto, quaisquer que sejam a sua origem.
efetuados aos trabalhadores, quando aplicado; Clausula 10º
3 569000 000000

c) Balancete sintético mensal dos recebimentos e Alteração, interpretação e integração do Contrato


pagamentos efetuados.
1- O presente contrato não pode ser alterado pelos
2- Os elementos previstos no número anterior devem outorgantes, sem autorização prévia do Ministro das
ser disponibilizados pela 2.ª outorgante para consulta, Finanças.
sempre que a entidade responsável pela fiscalização os
solicitar, devendo, igualmente, fazer parte integrante do 2- A interpretação do contrato pelas partes e a integração
relatório final do projeto. de lacuna, faz-se nos termos da lei administrativa para
o efeito e subsidiariamente, pela lei civil.
3- O incumprimento do disposto no número anterior
implica a suspensão imediata do financiamento, até Clausula 11ª
à regularização da situação, ficando a 2.ª outorgante Anexos
diretamente responsável pelas consequências daí
advenientes. Constituem anexos ao presente contrato os seguintes
documentos:
4- A utilização dos recursos transferidos para fins
diversos que não constam do presente contrato-programa, a) Ficha do projeto
comprovada pela análise dos documentos de prestação
de contas ou pela avaliação do projeto, poderá implicar a b) Orçamento do projeto com a descrição detalhada
suspensão imediata do financiamento, sem prejuízo de 2.º dos trabalhos a executar.
outorgante repor no prazo de 30 dias após a comunicação
do departamento sectorial que representa o primeiro Elaborado e assinado em duas vias
outorgante ou Comissões especiais a entidade executante
com o conhecimento do membro do Governo responsável Praia, ……. de mês de Ano
pela área das finanças o montante indevidamente utilizado. Pelo Ministério Sectorial
5- Nos casos previstos nos números anteriores, compete DGPOG
ao Ministro das Finanças, ordenar a suspensão do
financiamento, mediante solicitação e informação do(s) _________________________
departamento(s) sectorial(ais) que representa o primeiro
outorgante ou Comissões especiais criadas para o efeito, Sr(a). ……
sem prejuízo do controlo próprio do Ministério das Finanças,
ficando o 2.º outorgante diretamente responsável pelas Pela Entidade executante
consequências daí advenientes.
_________________________
6- Os elementos justificativos das despesas devem ser
validados e certificados pelos departamentos governamentais Sr(a). …….
responsáveis pelo financiamento. /Cargo/
7- Não serão assinados novos contratos programas,
enquanto não for justificada a utilização das verbas Aprovado em Conselho de Ministros, aos 31 de dezembro
adiantadas. de 2020. — Os Ministros, José Ulisses de Pina Correia e
Silva e Olavo Avelino Garcia Correia.

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138 I Série — n o 6 «B.O.» da República de Cabo Verde — 18 de janeiro de 2020


3 569000 000000

I SÉRIE

BOLETIM
O FI C I AL
Registo legal, nº 2/2001, de 21 de Dezembro de 2001

Endereço Electronico: www.incv.cv

Av. da Macaronésia,cidade da Praia - Achada Grande Frente, República Cabo Verde


C.P. 113 • Tel. (238) 612145, 4150 • Fax 61 42 09
Email: kioske.incv@incv.cv / incv@incv.cv

I.N.C.V., S.A. informa que a transmissão de actos sujeitos a publicação na I e II Série do Boletim Oficial devem
obedecer as normas constantes no artigo 28º e 29º do Decreto-lei nº 8/2011, de 31 de Janeiro.

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