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ESCOTEIRO
COLABORAÇÃO
Equipe Nacional de Competências
DESENVOLVIMENTO
Lola Maringoni Guimarães
Marcos Clayton Fernandes Pessoa
Simoni Aparecida Santana
REVISÃO
Rodrigo Robleno
DIAGRAMAÇÃO
Angelica Maciel Buch
COORDENAÇÃO
Marcos Ramacciato
Marjorie Friedrich
Vitor Augusto Gay
2
ÍNDICE
04.
INTRODUÇÃO
05.
TRABALHO VOLUNTÁRIO
09.
ESCOTISMO COMO VOLUNTARIADO
14.
A POLÍTICA NACIONAL DE ADULTOS
NO MOVIMENTO ESCOTEIRO
20.
PESQUISAS MUNDIAIS SOBRE O
IMPACTO DO MOVIMENTO ESCOTEIRO
22.
OBJETIVO GERAL
24.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
26.
JUSTIFICATIVA
30.
METODOLOGIA
32.
O QUE INVESTIGAR NO QUESTIONÁRIO?
36.
REFERÊNCIAS
3
INTRODUÇÃO
4
1 TRABALHO
VOLUNTÁRIO
5
TRABALHO pode ser positivo/prazer ou negativo/so-
frimento de acordo com as característi-
cas das tarefas realizadas, a organização,
6
o homem contemporâneo em seu afã de contribuam positivamente para seu bem-
buscar um pouco de felicidade. -estar e desenvolvimento profissional.
As mudanças socioeconômicas ocor- Selli, em 2008, descreve como a rea-
ridas nas últimas 40 décadas, acarreta- lização da atividade voluntária atua para
ram o aumento do índice de desemprego, aliviar as tensões determinadas pelo sis-
redução dos postos de trabalho e cres- tema do trabalho formal, sem, contudo, se
cente exigência de qualificação por parte contrapor ou alterar tal sistema. As razões
do trabalhador, o que limita as escolhas e alegadas, fundamentando a ideia de ser o
o investimento em capacitação. voluntário o maior beneficiado do traba-
Nesse contexto, as pessoas buscam lho por ele realizado, estão relacionadas
outros espaços para a atuação e o exercí- ao aprendizado de novas habilidades e
cio das práticas sociais, fazendo crescer competências, à superação de si mesmo,
movimentos que satisfaçam as neces- ao redimensionamento do cotidiano e ao
sidades que o trabalho remunerado dei- encontro com a própria humanidade. O
xou de suprir. A atuação voluntária parece contato, a convivência e a participação
preencher tais lacunas, permitindo àque- na vida do outro, desperta a sensibilidade
les que se envolvem nesse movimento humana no voluntário e, em uma relação
encontrarem diversos níveis de satisfa- de permuta entre as pessoas, a coopera-
ção de suas necessidades individuais ção é própria da condição humana. A in-
(SANTANA, 2019). terpretação sobre o voluntário ser o maior
Em diversos países, estudos buscam beneficiado está relacionada ao fato de o
identificar as motivações para a inserção voluntariado buscar condições para uma
em atividades voluntárias, sendo as mais existência digna e verdadeiramente hu-
recorrentes: mana.
Nesse contexto, o trabalho voluntário
(a) valores pessoais; expressa uma exigência no plano da re-
alização pessoal, caracterizado como um
(b) autoconhecimento; lugar de refúgio e um espaço para encon-
trar motivos para viver com maior intensi-
(c) autodesenvolvimento; dade e conferir um sentido útil à existên-
cia E os benefícios coletivos do trabalho
(d) melhoria da autoestima; voluntário, as motivações, traduzem um
comprometimento com a transformação
(e) preocupações com a comunidade. e bem-estar social.
A diferença entre o Brasil e os Estados
Partindo do pressuposto que as pes- Unidos no que se refere ao voluntariado
soas formam sua autoimagem, em parte, é que, na sociedade estadounidense, os
tendo seu grupo social como referência, estudos sobre voluntariado são mais fre-
Boezeman e Ellemers (2008) apontam a quentes e as ações voluntárias são faci-
necessidade de investimento em progra- litadas pela existência de organizações e
mas de suporte e desenvolvimento do tra- canais de acesso estruturados. Há tam-
balho voluntário, para atrair e consolidar a bém um estímulo ao reconhecimento so-
atuação dos mesmos. A identificação das cial e apoio aos voluntários, o que reforça
concepções do próprio voluntário deve a autoestima e o sentimento de gratifica-
ser considerada pelos programas institu- ção dos mesmos.
cionais, já que a escolha pelos grupos ou As Cartas do Brasil, escritas pelo pa-
instituições leva em conta aspectos que dre Manoel da Nóbrega, constituem os
7
primeiros registros de atividade voluntá- comprometimento e a visão crítica.
ria organizada. Os tipos mais antigos de O voluntário se beneficia de sua ação,
organizações da sociedade civil, surgi- seja de maneira espiritual, afetiva, política
dos no período colonial, estavam voltados ou ideológica. E a organização que apoia e
para a assistência social, com destaque recebe essa força de trabalho também se
para os orfanatos, ligados à Igreja Cató- beneficia, melhorando sua coesão social,
lica, e para as Santas Casas de Miseri- diretamente ligada à questão da respon-
córdia, que desde meados do século XVI sabilidade social, conforme Beckhauser e
prestam atendimento hospitalar filantró- Domingues (2017). No entanto, o trabalho
pico à população. voluntário, embora seja uma ação espon-
Um novo padrão de voluntariado co- tânea e gratuita, não dispensa regras, pla-
meçou a surgir a partir da década de 1990 nejamento e organização.
no Brasil; a ênfase passou a ser a educa-
ção, capacitação profissional, preserva-
ção ambiental, promoção da ética na po-
lítica e nos negócios, cultura e defesa de
direitos. Esse novo voluntário não busca
apenas a mudança por meio de mobiliza-
ções e debates, ele age e busca promo-
ver as mudanças que lhe são possíveis,
reivindicando políticas públicas para sua
área de atuação (Corullón & Medeiros Fi-
lho, 2002).
À medida que o terceiro setor estabe-
lece alianças estratégicas com o primeiro
e com o segundo setor, surge uma con-
corrência entre as próprias organizações
não lucrativas, cada uma buscando um
lugar de destaque para ser competitiva e
obter financiamentos. Essa concorrência
entre as ONGs faz surgir um movimento
de profissionalização e, com isso, emerge
a necessidade de estruturação do traba-
lho voluntário nessas organizações.
Os voluntários que têm chegado às
instituições do terceiro setor apresentam
uma diversidade de perfis que vão, desde
pessoas interessadas em auxiliar nas ati-
vidades rotineiras da instituição, até pes-
soas que possuem projetos próprios, ten-
do como foco a demanda atendida. Essa
gama de possibilidades faz com que seja
importante, mais do que uma gestão ra-
cional e eficaz, uma organização do traba-
lho que tenha a preocupação de preservar
e potencializar a diversidade existente no
conjunto de voluntários, fomentando o
8
2
ESCOTISMO
COMO
VOLUNTARIADO
9
ESCOTISMO Continuando a fechar as lacunas entre
pessoas e gerações, construindo comuni-
dades mais fortes, mais felizes e mais co-
RIADO
habilidades práticas de empregabilidade
que os jovens levarão consigo até a idade
adulta, ajudando-os a ter sucesso.
O Escritório Mundial na Região Europeia
desenvolveu um documento, em 2007,
O plano de metas atual - Skills for Life com objetivo de destacar o papel impor-
(Habilidades para a vida), para o período tante que o Escotismo pode desempenhar
de 2018 a 2022, é uma política que, entre como organização líder no setor voluntário.
outras ações, apoia e capacita voluntários O Euro.Scout.Doc destina-se a quem traba-
que tornam o escotismo uma realidade. lha principalmente no nível nacional com a
É uma proposta para unir comunidades preocupação de garantir que o Escotismo
e contribuir para uma sociedade melhor, continue a desempenhar um papel de lide-
mas acima de tudo, é uma estratégia para rança no setor voluntário. Esse documen-
desenvolver nos jovens as melhores habi- to procura fornecer pensamentos sobre
lidades, um suporte para o melhor futuro como o Escotismo pode ajudar a definir o
possível. valor social do voluntariado, descrevendo
10
os propósitos do Escotismo, definindo-o depende de adultos competentes, prepa-
como a responsabilidade de fornecer um rados para oferecer seus serviços e de-
serviço necessário por compromisso pes- dicar seu tempo, energia, entusiasmo e
soal, sem esperar recompensa ou com- comprometimento para contribuir com o
pensação financeira equivalente. E, prin- desenvolvimento e a qualidade do Movi-
cipalmente, refletir sobre a consciência de mento.
ser um voluntário adulto no programa de De acordo com o princípio do “benefí-
educação escoteira. cio triplo”, o voluntariado, através do Es-
A publicação da Organização Mundial cotismo, demonstrou afetar diretamente
do Movimento Escoteiro (OMME, que em e influenciar positivamente o desenvol-
inglês é WOSM) - Volunteering in Scou- vimento pessoal individual dos voluntá-
ting – Adults in Scouting, de 2016, destaca rios, permitindo, a estes, desenvolverem
que o escotismo age a favor de uma cau- competências essenciais de liderança
sa e para o benefício geral da sociedade e outras habilidades para a vida que os
em todas as partes da comunidade. Para capacitarão em suas atividades diárias,
isso, é necessário que o escotismo seja como fomentar a cooperação intercultu-
inclusivo, com propósito e permita o cres- ral e intergeracional, o diálogo e a apren-
cimento e desenvolvimento individual; dizagem; fortalecer o senso de identidade
duradouro, robusto e adaptável, reconhe- e de pertencimento a uma comunidade;
cendo a natureza dinâmica do movimen- e aumentar as oportunidades de experi-
to; mensurável, permitindo que o valor do mentar a participação na tomada de deci-
voluntariado seja melhor compreendido. sões e planejamento. Muitas dessas com-
O Escotismo é geralmente descrito petências são valorizadas externamente,
como um “benefício triplo”, pois apresen- pois atendem às necessidades dos em-
ta um efeito positivo na organização, no pregadores do setor público e privado.
voluntário e na comunidade em geral. Quando se trata de jovens adultos, por
11 Para alcançar sua missão, o Escotismo estarem em uma fase mais intensa de
desenvolvimento de suas vidas, os be- abrangendo atividades de treinamento e
nefícios pessoais para os voluntários são educação, bem como a administração e
ampliados. O desenvolvimento de habi- gerenciamento das estruturas da Asso-
lidades transferíveis específicas, como ciação e outras atividades de apoio rea-
trabalho em equipe, resolução de proble- lizadas. Mais importante, o voluntariado
mas e comunicação; a obtenção de novas contribui para a socialização de jovens e
habilidades técnicas ou práticas e um au- adultos (construção de capital social), os
mento real da confiança e da autoestima apoia a se tornarem cidadãos ativos dis-
são alguns dos benefícios reais. postos a fazer a diferença e contribui para
Assim, o voluntariado é uma oportuni- o desenvolvimento de valores e atitudes
dade real e intensa de desenvolvimento compartilhados, entre eles a solidarieda-
pessoal e influencia no desenvolvimento de social, inclusão social e relacionamen-
de competências diretamente relevantes to mútuo.
para a empregabilidade, fatores que se As atividades voluntárias do escotismo
destacam como um grande diferencial reúnem pessoas que dificilmente teriam
para essa parte da população que está contato umas com as outras, aumentan-
entrando no mercado de trabalho. Cos- do, assim, o Capital Social. Os Valores pro-
tuma-se citar que, pelo fato de um jovem porcionados por esse capital social são
ou idoso, à procura de emprego, ser ou ter diversos, visto que ele combina, na vida
sido escoteiro, aumenta suas chances e comunitária, a participação no Escotismo
potencial de sucesso. como voluntário, o envolvimento em ati-
A comunidade em geral também se vidades mais amplas, como assuntos da
beneficia dos voluntários do Escotismo, comunidade, e a sociabilidade informal e
isso se reflete de maneira prática pelo va- confiança social.
lor econômico do voluntariado, com base Assim, como parte desse processo,
no comprometimento individual e dis- tem-se que os voluntários são mais efica-
ponibilidade e dedicação do seu tempo, zes e ganham mais, pessoalmente e pro-
12
fissionalmente, se forem adequadamente tunidades de adquirir competências e ha-
treinados, qualificados e equipados. Além bilidades que tenham um efeito transfor-
disso, o desenvolvimento pessoal contí- mador em si e em suas comunidades, ao
nuo também é visto como fundamental mesmo tempo que oferece a oportunida-
durante o voluntariado no Escotismo. de de desenvolver as competências para
Esse compromisso com o treinamen- desempenhar uma determinada função
to e o apoio de cada voluntário aumenta dentro da organização, o Escotismo se
as oportunidades de oferecer melhores faz comprometido em apoiar o desen-
programas e apoio aos jovens durante o volvimento pessoal do voluntariado, sua
trabalho com eles. Esse compromisso é aquisição de habilidades transferíveis em
um dos recursos do Escotismo em todo o diferentes contextos (por exemplo, local
mundo e se reflete na abordagem do Es- de trabalho e outras organizações) e o
cotismo em apoiar voluntários. A colabo- aumento do seu envolvimento geral com
ração com parceiros (organizações sem a comunidade. O que destaca a relevância
fins lucrativos, setor comercial, estatal e do aprendizado e da aquisição de compe-
privado) é uma ação fundamental para tências por voluntários no Escotismo, em
apoiar essa missão. outras esferas de suas vidas.
Ao oferecer aos voluntários reais opor-
13
3
A POLÍTICA
NACIONAL DE
ADULTOS NO
MOVIMENTO
ESCOTEIRO
14
A POLÍTICA ção é demonstrado como funcionam os
pontos do Método Escoteiro, bem como
as ferramentas do Programa Educativo,
MOVIMENTO
o Movimento Escoteiro no Brasil, destaca
o processo de gestão por competências
como ferramenta adequada para a pro-
15
Atuação do APF no Ciclo de Vida do Adulto
DECISÕES PARA
CAPTAÇÃO DESEMPENHO O FUTURO
ACOMPANHAMENTO
renovação
determinação de
acordo de
4
necessidades (vagas) desenvolvimento da avaliação
trabalho tarefa + apoio
voluntário,
nomeação
1 reconhecimento
3
contato com
detecção de necessi-
dades de formação:
desligamento
experiências perfis + materiais de
formativas apoio
2 realocação
estabelecimento do
Plano Pessoal de
Formação
captação e ENCAMINHAMENTO
seleção ou
renovação
monitoramento e acompanhamento
retenção
16
4. Descentralização, aproximando dos e mulheres, com igualdade de oportuni-
adultos as oportunidades de aprendizado, dades em todos os processos.
reconhecendo seus contextos sociais e
culturais. 12. Qualidade, favorecendo uma me-
lhora contínua dos adultos e da institui-
5. Acessibilidade e flexibilidade, faci- ção, assegurando processos de gestão
litando o acesso ao sistema de formação atualizados e sistematizados.
mediante a oferta de múltiplas oportuni-
dades de aprendizado, incluindo aquelas 13. Inserção juvenil, reconhecendo e
que possam ser providas por ofertas ex- valorizando qualidades, capacidades e
ternas ao Movimento Escoteiro. complementaridade entre as gerações,
com igualdade de oportunidades em to-
6. Horizontalidade, permitindo que os dos os processos, para garantir a renova-
atores envolvidos nos processos formati- ção natural e adequada na instituição.
vos interajam, respeitando-se mutuamen-
te, em um processo educativo de contínuo 14. Emprego da tecnologia, oferecen-
enriquecimento e retroalimentação. do oportunidades para as boas práticas
de gestão no Movimento Escoteiro, de-
7. Transparência, favorecendo o aces- senvolvimento de estratégias de recru-
so às informações e a confiança dos adul- tamento on-line, capacitações, uso de
tos em todos os processos e decisões sistemas eletrônicos para a administra-
relacionadas ao processo de gestão de ção de adultos, acesso a ferramentas de
adultos. aprendizagem e desenvolvimento pessoal
e a administração e gestão de equipes.
8. Personalização, reconhecendo e
homologando as competências do indi- Assim, seguindo o primeiro princípio
víduo, suas características individuais e o estabelecido na PNAME, o Movimento
contexto no qual está inserido, para que Escoteiro passou a buscar desenvolver,
possa estruturar seu Plano Pessoal de em todos os adultos voluntários, compe-
Formação com a orientação de um As- tências que os habilitem a desempenhar
sessor Pessoal de Formação. suas funções nos Escoteiros do Brasil. As
competências foram divididas em duas
9. Aprendizagem significativa, vincu- categorias: as Competências Essenciais,
lando permanentemente os conhecimen- aquelas que deverão ser desenvolvidas
tos, habilidades e atitudes com as situa- por todos os adultos voluntários perten-
ções e problemas do cotidiano das tarefas centes ao Movimento Escoteiro; e as Es-
do adulto, considerando a realidade local. pecíficas, aquelas que se relacionam di-
retamente com os aspectos técnicos do
10. Participação, promovendo a toma- cargo ou função. Essas competências
da de decisão conjunta entre os adultos são estabelecidas para avaliar o desem-
e aqueles que orientam e acompanham penho adequado das tarefas desenvolvi-
seus processos de gestão. das que são direcionadas para o cargo e
as funções que aquele adulto irá desen-
11. Equidade de gênero, reconhecendo volver durante seu Ciclo de Vida no Mo-
e valorizando qualidades, capacidades, vimento Escoteiro, no período vigente em
diferenças e similaridades entre homens cada cargo.
17
APRENDIZAGEM PERMANENTE
GESTÃO DE MUDANÇAS
E AUTODESENVOLVIMENTO
RESULTADOS
RELAÇÕES
COMPROMISSO
INTERPESSOAIS -DESEMPENHO
-COERÊNCIA
-QUALIDADE
-PARTICIPAÇÃO
TRABALHO EM EQUIPE
CONSCIÊNCIA
ORGANIZACIONAL
PLANEJAMENTO Competências Essenciais -
Retirado do livreto Competências
ESTRATÉGICO e Rotas de Aprendizagem
18
A Confederação Nacional das Indús- Karnal destaca como fundamentais para
trias, que também acompanhou o Fórum a evolução pessoal e profissional nos
Econômico Mundial - FEM, apontou que próximos tempos ele destaca Estratégia,
nas grandes empresas, metade da força Gestão de tempo, propósito, liderança,
de trabalho precisa passar por novos trei- aprendizagem, resiliência, inteligência
namentos e buscar se desenvolver, além emocional, autonomia, empatia, adapta-
do fato de que, no Brasil, as empresas bilidade, cooperação, inovação, atendi-
têm dificuldades de preencher vagas em mento, entre outras.
aberto por falta de qualificação profissio- Deste modo, quando comparadas as
nal para ocupação das mesmas. competências destacadas pelo mercado
Em 2020, no ano em que a pandemia como fundamentais para o futuro, com
da COVID-19 assolou o mundo todo, e fez as competências que a PNAME busca de-
com que muitos processos e trabalhos senvolver em todos os adultos que atuam
fossem repensados, Leandro Karnal e como voluntários no Movimento Escotei-
Luiza Trajado ministraram um mini cur- ro, percebe-se uma clara sobreposição,
so pela PUC RS nomeado “Competências provando que, além de estarem se pre-
profissionais, emocionais e tecnológicas parando para o bom desenvolvimento em
para tempos de mudança”. Neste curso, sua função de voluntário, estão desen-
abordaram diversas competências que se volvendo competências que poderão ser
fazem, e farão necessárias para a adapta- aplicadas em sua vida fora do movimento
ção de todo individuo no novo mercado de escoteiro.
trabalho. Entre as 16 competências que
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4
PESQUISAS
MUNDIAIS
SOBRE O
IMPACTO DO
MOVIMENTO
ESCOTEIRO
20
PESQUISAS • que todos os participantes da pes-
quisa tenham participado do programa
educativo nos anos 70, pois nessa época
IMPACTO DO
va, mente e relacionamentos e, ainda, um
foco no desenvolvimento pessoal.
22
OBJETIVO tenção dos adultos dentro do Movimento
Escoteiro.
23
6
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
24
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
• investigar os impactos do Método
Escoteiro no desenvolvimento pessoal e
profissional do adulto voluntário;
25
7
JUSTIFICATIVA
26
JUSTIFICA- sociais; ao lado da realidade de viver em um
mundo incerto em constantes mudanças,
dentro de uma sociedade dividida pela fé,
27
isso não porque uma parte da sociedade novas partes do país, é imprescindível a
era melhor do que outra, mas porque ele participação de financiadores e doadores;
percebeu que a cooperação, o respeito para isso faz-se necessário uma política
pelos outros e a celebração da diferença de gestão sistematizada, com metodolo-
beneficia a todos. gia e organização. O que pode ser valida-
É responsabilidade dos adultos pen- do através dos dados apresentados após
sarem em maneiras novas e criativas de a investigação proposta neste projeto.
apoiar os jovens para lidar com isso, posi- Considerando ainda que é intrínseco a
tivamente. Se faz necessário voluntários todas as pessoas buscar atuar, e dedicar
para ajudar os jovens a desenvolverem seu tempo, para realizar trabalhos que se-
habilidades para a vida, a tomar decisão jam de algum modo recompensador, es-
para que eles possam trazer o sentimen- pecialmente quando se trata do trabalho
to de pertença que o Escotismo cria para voluntário, visto que, o fator financeiro é
cada comunidade. inexistente; é fundamental compreender
Assim, a formação dos adultos no Mo- e elucidar os motivos que fazem a atua-
vimento Escoteiro também precisou se ção do voluntário no Movimento Escoteiro
adaptar, desenvolvendo novas competên- um real diferencial para a vida do adulto.
cias para a maior assertividade na atua- Portanto, a proposta de investigar a efi-
ção dos voluntários. A avaliação dessas cácia da aplicabilidade do Método Esco-
competências na aplicabilidade além do teiro hoje no Brasil, e o impacto que esses
escotismo é uma ferramenta importante resultados causam em seus adultos volun-
para compreender o impacto e o diferen- tários se faz necessária para validar a prá-
cial que a atuação dentro do Escotismo tica dessa proposta de voluntariado como
provoca na vida do voluntário. ferramenta importante nas transforma-
Para ajudar o escotismo a chegar a ções pessoais e sociais do voluntário.
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29
7
METODOLOGIA
30
METODOLOGIA
Utilizar a metodologia de pesquisa descritiva através da análise de dados coletados
em uma pesquisa de campo, através de um questionário com questões direcionadas para
as temáticas investigadas conforme objetivos definidos.
2) Desenvolver uma
pesquisa elaborada
1) Investigação de
e realizada no Brasil,
referencial teórico
com intuito de
internacional sobre o
comparação com os
valor do voluntariado
dados internacionais
proposto no Escotismo
apresentados nessas
Mundial;
referências;
31
8
O QUE
INVESTIGAR NO
QUESTIONÁRIO?
32
O QUE INVESTIGAR
NO QUESTIONÁRIO?
1. O tempo de voluntariado.
33
34
9. Divisão das competências:
b. Competências interculturais.
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REFERÊNCIAS
ANDRADE. Robson Braga. O futuro do trabalho e o trabalhador do Futuro. Agência
de Notícias CNI. 23 de Outubro de 2019. Disponível em https://noticias.portaldaindustria.
com.br/artigos/robson-braga-de-andrade/o-futuro-do-trabalho-e-o-trabalhador-do-fu-
turo/ acesso em 28 de setembro de 2020.
CALDANA, A. C. F., SOUZA, L. B., & CAMILOTO C. M. Sentidos das ações voluntárias:
desafios e limites para a organização do trabalho. Psicologia & Sociedade, 24(1), 170-177.
2012.
WOSM EUROPEAN REGION, The Value of Volunteering, Adult Resources Core Group,
2007.
37
O VOLUNTARIADO
ESCOTEIRO
E SEU IMPACTO NO ADULTO
VOLUNTÁRIO
38