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Recife, 2016
OBJETIVO
Permitir ao aluno a execução de projetos de sistemas pneumáticos comumente
encontrados no setor produtivo, aplicando os conceitos e métodos estudados na
disciplina.
(a) (b)
Figura 1: Prensa de dobra e estampagem (a). Representação dos acionamentos dos cilindros.
De acordo com a Figura 1 (b) a sequência de acionamento desejada é: A+, B+, C+, C-,
D+, D-, B-, A-. Para a obtenção das equações booleanas usou-se o Método do Mapa de
Karnaugh Extendido (Figura 2).
Figura 2: Mapa de Karnaugh Extendido para o problema
Foram utilizados dois elementos de memória (X e Y) com vista a ter-se uma execução
satisfatória do sistema de acordo com o que é requerido no problema. Após a
realização do Mapa, as equações foram então obtidas:
A+ = y’. S . x’
B+ = a1 . y’ . x’
C+ = b1 . x’ . y’
X+ = c1 . y’
C- = x
D+ = c0 . y’ . x
Y+ = d1
D- = y
X- = d0 . y
B- = x’ . y
A- = b0 . y . x’
Y- = a0
Determinadas as equações, fez-se a montagem (Figura 3) e a simulação do circuito
eletropneumático com o auxílio do software pneumático da Festo.
A partir da equação 1, calculou-se o mínimo diâmetro aceitável dos pistões.
√
F p.φ
Dp = 2 π.P t
(1)
Onde:
Dp – Mínimo diâmetro aceitável do pistão (cm).
Fp – Força de projeto, força necessária para execução da operação (Kp).
φ - Fator de correção da força do projeto, Tabela 1.
Pt – Pressão de trabalho (Kp/cm²).
Adotou-se uma pressão de trabalho de 6kp/cm², normalmente utilizada na indústria.
Cilindro A:
500 N corresponde a aproximadamente 50,97 kp.
√
50,97 . 1,25
Dp = 2 π. 6
Dp = 3, 68 cm = 1, 44"
Cilindros B, C e D:
800 N corresponde a aproximadamente 81,55 kp.
√
81,55 . 1,35
Dp = 2 π. 6
Dp = 4, 83 cm = 1, 90"
Com o auxílio da Tabela 2, determinou-se os diâmetros de cada um dos atuadores. O
cilindro A foi estabelecido com o diâmetro de 1 polegada e meia, e os demais com 2
polegadas.
O cálculo do consumo de ar dos cilindros foi feito de acordo com o método Parker
onde o primeiro passo consiste na determinação da velocidade de curso por meio da
fórmula:
Ct
V = t
(2)
onde:
Ct = Curso do cilindro em dm.
t = Tempo para realizar o curso (avanço ou retorno) vale o que for menor.
V = Velocidade de deslocamento (dm/s).
Cilindro A:
O menor tempo de curso do cilindro acontece no seu retorno, num período de 4
segundos.
8 dm
V = 4s
V = 2 dm/s
Calculada a velocidade de deslocamento, o consumo de ar é determinado por meio da
fórmula:
T c = 6, 92 .
Dp = 1,5 “
Ar = 0,114 dm².
Então:
Q = 2 . 0, 114 . 6, 92
Q = 1, 58 N l/s .
Considerando uma temperatura de 20° C.
8 dm
V = 6s
V = 1, 33 dm/s .
1,013+6
Tc = 1,013
T c = 6, 92 .
Dp = 2 “
Ar = 0,203 dm²
Então:
Q = 1, 33 . 0, 203 . 6, 92
Q = 1, 87 N l/s
Novamente considerando uma temperatura de 20° C.
DIMENSIONAMENTO DAS VÁLVULAS PNEUMÁTICAS
A vazão de uma válvula é o volume de fluido que pode passar através dela em um
determinado tempo.
Onde:
No sistema internacional (S.I.)
Cv = a x Ct x A x Fc
tc x 29
(5)
onde:
a = Área interna do cilindro em polegadas quadradas (in2)
Ct = Curso de trabalho em polegadas (in)
A = Constante conforme tabela
P + 14,7
Fc = Fator de compressão: tabela ou Fc = 14,7
P = Pressão de entrada em psig
tc = Tempo para realização do curso (avanço ou retorno) em segundos(s)
Considerando queda de pressão admitida de 0,7 bar e pressão de entrada de 8,3 bar,
pode-se determinar a constante (A) conforme a tabela a seguir:
Tabela 3: Tabela para determinação constante para várias quedas de pressão
A = 0,029
Fc = 9,2
1,77 . 31,49 . 0,029 . 9,2
Cv = 4 . 29
C v = 0, 13
As curvas de vazão mostradas no gráfico de Cv , Figura 4, são para uma válvula teórica
com Cv = 1 e para o ar nas condições normais de temperatura e pressão (20°C, 760 mm
Hg e 36% umidade relativa).
É possível então, a partir de tais curvas, calcular a vazão real de uma válvula
conhecendo-se a pressão inicial e o Cv escolhido, ou a pressão inicial e final desejada e
o Cv escolhido.
Logo:
Qr = 0, 13 . 30, 65
Qr = 3, 98 l/s
C v = 0, 15
Qr = 4, 59 l/s