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padaria

ANO 6 NÚMERO 9 EDIÇÃO 69

moderna

MOINHOS
&
FA R I N H A S
Conheça todos os moinhos de trigo do país
e suas marcas de farinha especial e comum

EDITORA

MANÁ
FESTAS
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Dicas para
faturar mais neste
Natal

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EDITORIAL

A ousadia necessária
Dar o pontapé inicial em mudanças radicais é uma decisão difícil em
qualquer segmento de mercado, porque subentende deixar de lado práticas
e costumes que estão arraigados à empresa – e a quem trabalha nela. Abrir
mão do bom e velho modo de trabalhar dá a sensação de estar se jogando
fora toda experiência que se tem. É como deixar de lado o conhecimento ad-
quirido pela vivência frente ao negócio. É por isso que muitos panificadores
relutam em adotar técnicas novas de produção, como as câmaras de contro-
le de fermentação ou o uso de pré-misturas, ou não se arriscam a informa-
tizar a empresa, integrando controles administrativos e de produção.
Mas a dura realidade do mercado tem mostrado que muitas empresas
acabam se lançando a essa recuperação do tempo perdido para voltar a dis-
putar a preferência do cliente e recuperar participação no mercado. Lamen-
tavelmente, uma grande parcela dessas panificadoras deixa para mergulhar
nesse processo de transformação apenas quando a água já está no pescoço,
quando já não há muito que fazer para salvar a empresa.
São tentativas derradeiras e desesperadas de salvar o patrimônio cons-
truído por vários anos e com muito suor, sem contudo haver mesmo aí um
planejamento para a recuperação. Ou seja, o erro de se manter avesso à tec-
nologia e atualização é revertido abruptamente para o outro extremo, no
erro de se tentar saídas mágicas gastando-se valores exorbitantes em mu-
danças mal planejadas. Muitas vezes esse é apenas o golpe fatal, que serve
inclusive de desculpa para a derrocada da empresa.
Assumir uma decisão estratégica requer do empreendedor muita firmeza
e visão de onde quer chegar, mas de nada adiantará todo conhecimento do
mundo se não houver uma ousadia na sua implementação. E isso significa
ter a coragem de mudar antes que a situação fique insustentável. Ter a ca-
pacidade de assumir que algumas coisas não estão funcionando muito bem
e ter o arrojo para buscar a ajuda de profissionais especializados, consulto-
res e fornecedores que dominam o assunto.
Dar o braço a torcer não é prova de incapacidade, mas é uma demons-
tração de sabedoria e sensatez. Porque é insano ficar esperando que as mu-
danças surjam e continuar fazendo as coisas do mesmo jeito de sempre.
Lembre-se que tomar as atitudes que precisam ser tomadas é que vai
fazer sua panificadora se destacar das demais. Se ficar chorando os cli-
entes perdidos e reclamando do governo resolvesse alguma coisa, poucas
empresas teriam dificuldades no Brasil. Levante a cabeça e faça o que
precisa ser feito!
Cássio Eduardo Moraes Barbosa
Editor

3
ÍNDICE Edição 69 – Setembro de 2003
Expediente
Redação
Editor Responsável
Cássio Eduardo Moraes Barbosa
editor@padariamoderna.com.br
Assistente de Redação

padaria Conheça os moinhos do Brasil Vanessa Gomes de Almeida


ANO 6 NÚMERO 9 EDIÇÃO 69

MATÉRIA-PRIMA reportagem@padariamoderna.com.br
moderna
Padaria Moderna traz, de maneira Conheça os moin Projeto gráfico
MOINHOS
&
FA R I N H A S
Conheça todos os moinhos de trigo do país
e suas marcas de farinha especial e comum
inédita, uma lista com todos os
moinhos de trigo do Brasil, com A
farinha de trigo, ingrediente
primordial da panificação, é
produzida no Brasil por 136
empresas, que totalizam cerca
de 150 moinhos. O Rio Grande
do Sul, tradicional plantador do cere-
al, concentra a maior parte das unida-
nais. Entretanto é cada
número de empresas que
prir outros mercados.
E, exatamente para a
panificador a estar bem
poder fazer parcerias co
necedores é que estamo
Roberto Manoel da Cunha
Diagramação
FQG Artes
Fotolito
este guia, inédito. Além Ruralgraf
EDITORA

MANÁ
FESTAS
suas marcas de farinha comum e des de processamento, atreladas na
maioria das vezes a empresas regio- moinhos você encontra
Impressão
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Dicas para
faturar mais neste
Duograf
Natal
especial e telefone para contato. Moinho
A.Dallagnoll & Cia. Ltda
Farinha comum
Iguaçu
Farinha Esp
Dona Maria
Adelino Antoniazzi Indústria Moageira Ltda.

Agrícola Horizonte Ltda


Caçula

Trigoni
Antoniazzi Es
Especial/Anto
HorizonteTrig
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Diretor Comercial
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Página 14 Alessio e Cia Ltda. -
Anaconda Ind. e Agrícola de Cereais S.A
Antoniazzi e Cia Ltda.
Armando Menegaz & Cia Ltda.
São Domingos
Fofa
Jaci/Beloni
São Domingos
Anaconda/Alv
Maria Inês/Flo
Santa Lucia/E
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podendo ser feita em padarias de qualquer porte. sa, jornalista profissional registrado no Ministério do Tra-
balho sob número 20296/SP, em conformidade com a Lei
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Telégrafos. Abrangência: 26 Estados do Brasil.
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Ponto-de-Vista FILIADA AO MEMBRO DO

Empresas A retomada do crescimento, pelo ISSN


1415-3297

Notícias do setor. senador Aloizio Mercadante.


EDITORA

Página 6 Página 38 MANÁ Feliz a nação cujo


Deus é o Senhor
INSTITUTO VERIFICADOR DE CIRCULAÇÃO

4
EMPRESAS

Brunella cria bolo


para o mês das crianças
A Brunella, tradicional confeitaria, disponibilizará
durante todo o mês de outubro o Bolo Kids, especial
para as crianças ou para comemorações de aniversári-
os, a qualquer hora. Feito à base de pão-de-ló de cho-
colate recheado com mousse de chocolate meio amar-
go, cobertura de fondue de chocolate e confeitos colo-
ridos, o bolo custa R$37,50 o quilo. O Grupo RA, funda-
do em 1958, é o responsável pela administração da
Brunella e de outras confeitarias e cafeterias.

Melitta recebe prêmio Perfetti Van Melle


por lançamento amplia linha Happydent
A Melitta do Brasil recebeu o prêmio “Lançamento do A Perfetti Van Melle está reposicionando três diferentes
Ano”, concedido pela Abras, Associação Brasileira dos Su- produtos sob a marca Happydent: Happydent White,
permercados, em duas categorias: bazar, com o filtro de Happydent Xylit e Happydent Com Suco de Fruta.O Happy-
papel Melitta Eco, e mercearia, com o Café com Leite Me- dent White é uma goma de mascar sugar free que ajuda a
litta. “Para nós esta premiação é muito importante, em manter o branco natural dos dentes; Happydent Xylit e
especial, porque é o reconhecimento da qualidade e da Happydent com Suco de Fruta são as novidades, o primeiro
inovação dos nossos produtos”, afirma Monica Pasini, ge- com o mesmo conceito do antecessor Vivident Xylit: uma
rente de marketing da empresa. goma de mascar sem açúcar,com fórmula rica em xilitol,que
ajuda a neutralizar a acidez da boca, provocada após as re-
Parmalat amplia produção feições, e o segundo, Happydent com Suco de Fruta, é uma
em Pernambuco goma de mascar sabor frutas vermelhas, produzido com
A Parmalat inaugurou recentemente as novas instala- suco de frutas natural.A nova linha Happydent já está sendo
ções de sua fábrica em Garanhuns, PE, cidade em que já comercializada em todo território nacional, em bares, lan-
atua desde 1994. Com investimentos de mais de R$ 20 chonetes, padarias, lojas de conveniências e outros.
milhões, nos últimos três anos, a unidade conquista a po-
sição de indústria de produtos lácteos mais importante Groselha Milani Light já representa
do Nordeste. No local, além das linhas de produção de 10% das vendas da Wessanen
leite pasteurizado, passam a funcionar as de refrigera- A Wessanen do Brasil, detentora da marca Milani, de
dos, com grande ampliação do mix de produtos. sucos concentrados e xarope de groselha, comemora a
boa aceitação da Groselha Milani Light, que já represen-
Abima doará ta 10% das vendas da empresa, desde seu lançamento
15 toneladas de macarrão no ano passado. Segundo a Wessanen, aproximadamen-
Dia 25 de outubro é o Dia Internacional do Macarrão, te 16% dos brasileiros bebem groselha com freqüência.
comemorado em todo o mundo desde 1998. Para lem-
brar a data, a Abima, Associação Brasileira das Indústrias Minasgás aponta
de Massas Alimentícias, realiza há seis anos o Macarrão vantagens do GLP
Gourmet Fashion. Este ano, o evento irá reunir cerca de A Minasgás, empresa do grupo SHV, aponta as vanta-
500 convidados que irão saborear os pratos à base de gens técnicas e de custos da adoção do GLP como fonte de
macarrão dos 12 chefs de cozinha, convidados para o en- energia em equipamentos comerciais e industriais. Em pa-
contro. Durante o evento, a Abima irá doar 15 toneladas darias, os fornos a gás já provaram sua eficiência e econo-
de macarrão para entidades assistenciais de todo o país. mia. Hoje, um quilo de GLP custa em media entre R$ 2,50 e
Ao longo do mês que antecede o evento, a entidade R$3,00 dependendo da região em que esteja sendo vendi-
continua recebendo doações. do. O preço varia em função de custo com frete.
6
Urano comemora
acordos de exportação
A Urano está comemorando os resultados de sua
participação na Abras, importante feira do setor su-
permercadista que aconteceu em conjunto com a
Sial Mercosul 2003 (Salão Internacional de alimenta-
ção). Durante o evento a empresa foi presenteada
com a visita do presidente Lula ao seu estande, mas
além disso, a empresa comemora importantes acor-
dos comerciais fechados com o mercado externo,
principalmente Uruguai, Bolívia e Argentina.

Hugo Cini investirá


R$ 2 milhões para crescer
A Hugo Cini está investindo R$ 2 milhões na aquisição de
uma nova máquina sopradora de garrafas PET, adquirida junto
à empresa italiana SMI Group, a fim de aumentar sua produtivi-
dade, minimizar custos, reduzir o consumo de energia e melho-
rar a qualidade do produto final. Segundo o diretor industrial,
Nilo Cini Junior,o equipamento será totalmente financiado pela
própria empresa fabricante, por um período de quatro anos,
onde a Hugo Cini espera um retorno do investimento num pe-
ríodo de no máximo sete anos.O novo equipamento propiciará
à empresa lançar no mercado nacional uma nova linha de pro-
dutos não carbonatados e uma linha de refrigerantes light.

Philip Morris Brasil Nutrella ingressa no


comemora 30 anos mercado de vitaminados
A Philip Morris Brasil está comemorando 30 anos de pre- A Nutrella está lançando as Nutrellinhas Power, pães
sença no país. Para marcar o aniversário a empresa lança o enriquecidos com quatro vitaminas, cálcio e ferro, resul-
Voluntar, Programa Empresarial de Voluntariado, que objeti- tado de uma parceria da empresa com a multinacional
va apoiar e motivar a participação de seus empregados em Roche do Brasil, líder no mercado farmacêutico nacional.
iniciativas que beneficiem as comunidades locais.Os empre- O produto marca as comemorações de 30 anos de fun-
gados voluntários serão estimulados a atuar em organizaçõ- dação da empresa. Conforme Daniel Neitzke, diretor de
es e projetos nas mais diversas áreas: assistência social, cida- marketing da Nutrella, o lançamento deverá ser o pri-
dania, cultura, educação, esporte, meio ambiente e saúde, meiro de uma série de alimentos enriquecidos e vitami-
beneficiando crianças, jovens, adultos e idosos. nados que a empresa fará nos próximos meses.

Cade aprova compra da Visconti pela Bauducco


O Conselho Administrativo de Defesa Econômica 53% em bolos sazonais. O Cade aprovou a operação pois
(Cade) aprovou a aquisição da Visconti pela Bauducco. A constatou, que apesar da alta concentração, a negocia-
operação concentrou em uma mesma companhia as ção não acarretará abuso de poder, aumento de preços
duas maiores marcas de panetone do mercado nacional. ou redução da oferta dos produtos aos consumidores. O
Com a compra a Bauducco domina 83% do mercado. A órgão disse que haverá competição no segmento de bo-
concentração em outros segmentos também foi alta, los e panetones devido à presença das grandes compa-
91% em colomba pascal, 24% em bolos e "bolinhos" e nhias de alimentos, além da produção ser terceirizada.

10
Padarias do Paraná
concluem o Propan

O Propan, Programa de Apoio à Panificação,


certificou 14 padarias paranaenses. O certifica-
do indica as padarias com níveis de qualidade
e excelência, tanto nos produtos e serviços,
como no atendimento e administração. Para as
padarias atingirem a certificação foram realiza-
dos sete módulos, com duração de sete meses,
distribuídos em 135 horas de treinamento e 30
horas de consultoria. As empresas tiveram um
crescimento em média de 18% nas vendas,
com algumas chegando aumentar 30% do fa-
turamento e uma redução nas perdas e des-
perdícios chegando em torno de 15%.

Congrepan termina Coca-Cola aposta


com bons resultados no limão
O Congrepan, XXV Congresso Brasileiro da Panifi- Observando o paladar brasileiro que gosta de “coca
cação e Confeitaria, que aconteceu em Joinville, SC, com gelo e limão”, a Coca-Cola Brasil está lançando Coca-
reuniu 1,7 mil empresários, tendo representantes de Cola Light Lemon. O refrigerante chegou ao mercado em
todos os estados do país. Na solenidade de encerra- setembro, e sua fórmula foi desenvolvida por brasileiros
mento, os panificadores entregaram a “Carta de Join- e testada em inúmeras pesquisas realizadas pela marca
ville” ao presidente da Abip, Marcos Salomão. Nesta ao logo dos últimos 18 meses. O lançamento conta tam-
carta, representantes do setor estabeleceram algu- bém com suporte nos pontos de venda. Foram criadas
mas prioridades e atividades para o segmento até o peças diferenciadas para os estabelecimentos comerci-
próximo congresso, que acontecerá em Belo Horizon- ais, além de um novo expositor, um rack transparente ilu-
te, no segundo semestre de 2005. minado e decorado com imagens do produto.
MATÉRIA-PRIMA
Conheça os moinhos do Brasil
nais. Entretanto é cada vez maior o farinha (comum e especial), telefone

A
farinha de trigo, ingrediente
primordial da panificação, é número de empresas que buscam su- para contato e regiões atendidas. As
produzida no Brasil por 136 prir outros mercados. informações foram todas atualizadas
empresas, que totalizam cerca E, exatamente para auxiliar você junto aos fabricantes, que estão lista-
de 150 moinhos. O Rio Grande panificador a estar bem informado e dos em ordem alfabética, conforme a
do Sul, tradicional plantador do cere- poder fazer parcerias com novos for- razão social. Faça bom proveito des-
al, concentra a maior parte das unida- necedores é que estamos publicando tas informações valiosas que somente
des de processamento, atreladas na este guia, inédito. Além do nome dos Padaria Moderna oferece a você.
maioria das vezes a empresas regio- moinhos você encontra as marcas de Bons negócios!

Moinho Farinha comum Farinha Especial Telefone Região que atende


A.Dallagnoll & Cia. Ltda. Iguaçu Dona Maria (45) 286-1236 PR
Adelino Antoniazzi Indústria Moageira Ltda. Caçula Antoniazzi Especial/Caçula
Especial/Antoniazzi Especial Panificação (55) 222-3800 RS
Agrícola Horizonte Ltda. Trigoni HorizonteTrigoni/Nonita (45) 254-1611 PR, SP, MG, BA e PE
Alessio e Cia Ltda. - São Domingos São Domingos (49) 647-0138 SC
Anaconda Ind. e Agrícola de Cereais S.A. Fofa Anaconda/Alvalade 0800-168333 SP e PR
Antoniazzi e Cia Ltda. Jaci/Beloni Maria Inês/Flocos de Neve (55) 222-8989 RS
Armando Menegaz & Cia Ltda. Santa Lucia/Extras (54) 311-2022 RS
Badotti Agroindustrial do Paraná Ltda. Badotti (45) 225-4544 PR, PA, CE, RN, PE, AL,
SE, BA, DF, GO, MG,
AM,AC, RO, ES, MT,
MS, SP e RJ
Beneficiadora de Alimentos Achiles Piovezan Ltda. Ervalence (49) 542-1136 SC
Benjamim Zago Indústria Moageira Ltda. Magnólia Branca Dalva/Dona Rina (55) 263-1156 RS
Braswey S.A. Indústria e Comércio Anhanguera Anhanguera 0800-168885 Brasil
Buaiz S.A. Indústria e Comércio Beija-Flor/Fardo 1 (24) 2252-0062 MG, ES, RJ e SP
Bunge Alimentos S.A. Record Suprema(Brasil), Veneranda (Sul) (47) 331-2222 Brasil
Cargill Agrícola S.A. Cargill/Letizia (11) 5099-3311 SP
Comercial e Industrial Antônio Viel Ltda. Horizonte (49) 552-0158 SC
Comércio e Indústria Schadeck S.A. Formosa Alvasan (47) 653-2312 SC e PR
Cooperativa Agrária Mista Entre Três Rios Ltda. Bom Prato -
Agrária para panificação (42) 625-8000 PR, SC e SP
Cooperativa Agrícola Alto Uruguai Ltda. Raízes (55) 3535-9600 RS
Cooperativa Agrícola Cairú Ltda. Anita (54) 462-3044 RS
Cooperativa Agrícola Mista Ibirairas Ltda. Lourdes/Coopibi (54) 242-1586 RS
Cooperativa Agrícola Mista Rio Branco Ltda. Ridente Ridente/Nordeste (54) 291-1237 RS
Cooperativa Agrícola Tapejara Ltda. Cotapel/Copasso Saúde/Da Prima (54) 344-1588 RS, SC, PR, SP, MG, RJ,
ES,MT, MS, GO e DF
Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito
Federal Ltda. Buriti Buriti (61) 309-6500 DF e MG
Cooperativa Agropecuária Ipê Ltda. Ipê Ipê (54) 233-1114 RS
Cooperativa Agropecuária Mourãoense Ltda. Coamo Coamo (44) 518-0123 Brasil
Cooperativa Agropecuária União Ltda. Ana Bella Dona Lola/Ana Bella (44) 543-1797 PR, SP, MG, MT, MS, RO,
AC e AM
Cooperativa Central Regional Iguaçu Ltda. Bruma Blanca (44) 649-6103 PR, SP, MG, MS, GO
RJ e BA
Cooperativa Mista Campo Novo Ltda. Cotricampo Cotricampo (55) 3528-1188 RS e SC
Cooperativa Mista Linha Cereja Ltda. Comarcel/Vigiana/Nordeste (51) 3747-1175 RS
Cooperativa Mista São Luiz Ltda. Semeador Semeador (55) 3512-6170 RS
Cooperativa Pifilhense de Produtos Alimentícios Ltda. Copal (54) 531-1222 RS
Cooperativa Regional Alfa Ltda. Juba 0800-497777 SC, GO, MT, AP, PB, PE,
SE e AL
Cooperativa Regional Auriverde Ltda. Realta/Auriverde Realta/Auriverde (49) 646-0222 RS, SC e PR
Cooperativa Tritícola de Getúlio Vargas Ltda. Saudável Saudável (54) 337-1066 Brasil
Cooperativa Tritícola de Júlio de Castilhos Ltda. SuperJuc Cotrijuc/Dona Júlia (55) 271-1866 RS

14
Cooperativa Tritícola Erechim Ltda. Nobre Nobre (54) 520-8600 RS, SC, PR, SP e RJ
Cooperativa Tritícola Espumoso Ltda. Rio do Sol (54) 383-3500 RS
Cooperativa Tritícola Mista Alto Jacuí Ltda. Cotrijal (54) 332-2500 RS e SC
Cooperativa Tritícola Regional Santo Angelo Ltda. Biondina/Cotrisa/
Dois Pinheiros (55) 3312-0300 RS
Cooperativa Tritícola Regional Serrana Ltda. Coter Coter (55) 3781-1200 RS
Cooperativa Tritícola Sananduva Ltda. Cotrisana (54) 343-149 RS
Cooperativa Tritícola Santa Rosa Ltda. Cotrerosa Nutrerosa (55) 3512-5201 RS, SC e MT
Cooperativa Tritícola São Luizense Ltda. Copatrigo (55) 3352-4400 RS
Cooperativa Tritícola Sarandi Ltda. Cotrisal Cotrisal (54) 361-5000 RS
Cooperativa Tritícola Taperense Ltda. Cotrisoja Cotrisoja (54) 385-3000 RS
Domingos Costa Indústria Alimentícia S.A. Yara/Alvorada/Vilma 0800-7015866 MG, RJ, ES, BA, RS e SP
Emege Produtos Alimentícios S.A. Emege/Rei Massas Emege/Rei Massas (62) 269-9000 MT, MS, GO, DF, BA, SE,
AL, PB, PE, RN, PI, CE,
MA, MG e SP
Franzoi & Cia Ltda. Saborosa Saborosa (54) 228-2622 RS, SC e PR
Furian Bergoli Indústria e Comércio de Cereais Ltda. Bella Duquesa (55) 3377-1300 RS
Germani Alimentos Ltda. Germani Germani (54) 228-0359 RS, SC, PR e SP
Grande Moinho Cearense S.A. Dona Maria Dona Maria (85) 266-6203 BA, SE, AL, PB, PE, RN,
PI, CE, MA, PA, RR, AC,
AM, TO, AP
Hugo Z. Guerra & Cia Ltda. Barrilense/Mozanida/Catedral 55) 3744-2752 RS e SC
Indústria de Alimentos Tradição Ltda. Tradição Tradição (45) 223-2338 PR, SC, SP, MG, RJ e MT
Indústria e Comércio de Cereais Tabajara Ltda. Vitória (44) 232-1478 MT, SP, BA, PR e DF
Indústria e Comércio de Trigo Mariópolis Ltda. Dona Hilda (46) 226-1489 SC e PR
Industrial Aurora Ltda. Aurora Aurora (49) 325-4045 SC
Industrial Moageira Ltda. Cereal Pluma/Lina (49) 563-1044 SC
Indústrias Reunidas São Jorge S.A. São Jorge São Jorge (11) 4997-3900 BA, SE, AL, PB, PE, RN, PI,
CE, MA, SP, RJ, MG e SC
Integral Alimentos S.A. Trigosol Trigofar (54) 339-1148 RS
Irmãos Letti & Cia. Ltda. Maletti Maletti (49) 222-1255 SC e RS
Imãos Três & Cia. Ltda. Mosana Portenha/Estrela D'Alva (55) 3754-1047 SC e RS
Irmãos Trevisan S.A. Indústria, Comércio e Agricultura Tulipa (51) 3722-2469 RS e RJ
Irmãos Zanetti & Cia. Ltda. Caçador/Boa Massa Caçador/Boa Massa (54) 359-1126 RS
Dona Benta Alimentos S.A. Tropical Soberana/Jangada/DonaBenta 0800-851733 Brasil
Moinho Oxford Ltda. Weiss Weiss (47) 635-0348 PR e SC
Ludovico J. Tozzo & Cia. Ltda. Tozzo/Dona Joana (49) 358-9000 SC
Moeste Indústria e Comércio Ltda. Finesse (55) 430-3327 RS
Mogal Indústria Moageira Ltda. RoseFlor (54) 284-9800 SC, RJ, PR, MG, RS
Moinho Água Branca Água Branca Industrial Bianca Massa/Bianca/Água Branca (11) 3714-1322 RS, SC, PR, SP, MG, MS
Moinho Aliança Ltda. Aliança/Centro Oeste (64) 645-2829 GO, MT, MG, TO
Moinho Boa Vista Ltda. Boa Vista (41) 632-1182 PR
Moinho de Trigo Bom Sucesso Ltda. Fernanda Fernanda (46) 234-1126 PR e SC
Moinho Brasil Ltda. Rivalda/Encantada (51) 3751-1327 RS
Moinho Carlos Guth Ltda. Guth Guth (41) 245-0045 -
245-0101 RJ, MG, SP, CE
Moinho Casquense Ltda. Casquense (54) 347-1023 RS
Moinho Catarinense S.A. Werner Pura Werner Especial/Alice Especial (47) 642-3669 PR e SC
Moinho Dallas Ltda. Dallas Dallas (67) 456-1257 MS
Moinho de Sergipe S.A. Sarandi Sarandi (79) 215-5656 BA, AL e SE
Moinho de Trigo 2N Ltda. 2N 2N (43) 472-1402 PR
Moinho de Trigo Arapongas Ltda. Arapongas (43) 252-2011 Brasil
Moinho de Trigo Centro-Oeste Ltda. Santa Inês Centro Oeste (64) 613-1033 GO e MT
Moinho de Trigo Mabel Ltda. Mabel (62) 238-6190 GO, PA, PI, DF, MG,
MT e MS
Moinho de Trigo Ogliari Ltda. Ogliari (49) 433-0862 PR, SC e RS
Moinho de Trigo Santo André S.A. Spiga D'Ouro/3 irmãs/Sabrina Santo André Especial -
Spiga D'Ouro Premium (11) 4996-7500 SP
16
Moinho Dias Branco S.A Indústria e Comércio Monarca Medalha de Ouro/Medalha de Prata -
Adoite (85) 466-3599 Norte e BA, SE, AL, PB,
PE, RN, PI, CE, MA
Moinho do Nordeste S.A. Nordeste Nordeste (54) 293-1088 RS, SC, PR, SP, MG
Moinho Estrela Ltda. Amizade/Fidalga Bentevi/Pan Fácil (51) 3337-3877 Brasil
Moinho Globo Indústria e Comércio Ltda. Globo/Venturelli (43) 232-1223 PR, SP, MG, SC
Moinho Guarujá Ltda. Guarujá/Mehl (49) 642-0267 PR e SC
Moinho Hortolândia Ltda. Extra Extra (19) 3887-3021 SP
Moinho Ijuí Ltda. Argentina Lorijuí/Argentina/Edelweisse (55) 3332-8882 RS, PA, AC e MA
Moinho Itaipú Ltda. Sete Quedas Sete Quedas (45) 541-1679 SP, PR e GO
Moinho Mafrense Indústria e Comércio Ltda. Nova Aliança Mafrense/Carina/Nova Aliança (47) 643-0070 SC e PR
Moinho Martelli Ltda. Martelli Martelli (49) 347-0399 PR e SC
Moinho Motrisa S.A. Sarandi Sarandi (82) 326-3311 PE, PB, RN, BA e AL
Moinho Pacífico Indústria e Comércio Ltda. Pacífico Pacífico (11) 3061-5699 Brasil
Moinho Paraguassu Ltda. Paraguassu (47) 652-2138 SC e PR
Moinho Paulista Ltda. Invencível Nita (13) 3228-6800 SP, RJ, MG, SC, RS, MT,
GO e RO
Moinho Popular S.A. Semolinda Semolinda (51) 472-5955 RS
Moinho Santa Lúcia Ltda. Seleta Splendida (85) 260-9838 AM, PA, TO, RR, RO, AC,
AP, BA, SE, AL, PB, PE,
RN, PI, CE, MA
Moinho São Jerônimo Ltda. Marta (51) 651-1300 RS
Moinho Sete Irmãos Ltda. Lunar/Tia Nena (34) 3233-6660 MG, MT, GO, MA, DF,
RO e TO
Moinho Sul Mineiro S.A. SM/Clarice SM Especial (35) 3219-5900 MG, RJ e SP
Moinho Taquariense Ltda. Confiança Motasa/Ella (51) 653-1466 SC, RJ, PR, SP
Moinho Tihel Ltda. Nutriel Nutriel (55) 3329-1312 RS e SC
Moinho Tomazzoni Ltda. Tomazzoni Tomazzoni (54) 224-1946 RS
Moinho União Ltda. Bado/Bella Bianca (49) 562-1420 SC
Moinho Vacaria Industrial e Agrícola Ltda. Boa Safra Boa Safra/Cisne/Maria Clara (54) 232-1855 RS, SC, PR, SP, MG,
RJ e ES
Moinho Xanxerê Indústria e Comércio Ltda. Dona Zefa Dona Zefa (49) 433-0403 PR, SP, RJ e SC
Moinhos Cruzeiro do Sul S.A. Lux (51) 477-9900 RS, SC, SP, RJ, PE e MA
Moinhos Galópolis S.A. Roseflor/Rosesol (54) 284-9800 RS, SC, ES, MG e RJ
Moinhos Garota S.A. Garota Garota (51) 3371-1144 RS, SC, SP, MG, MS e GO
Moinhos Prifal Ltda. Nevada Nevada (51) 472-5744 SC, PR, RJ, SP, RS e BA
Moinhos Trigoflor Ltda. Flor da Serra Flor da Serra/Trigoflor/Laura (49) 522-0977 SC
Moinhos Vera Cruz S.A. Útil/Juiz de Fora Alterosa/Vera Cruz/Santa Luzia (32) 3221-3699 MG e RJ
Moinhos Vicato Indústria e Comércio Ltda. Gardenia/Beatriz/Vicato/Sananduva (54) 343-8000 RS, SC. PR, MT, MS, GO,
AC e BA
Moinhos do Paraná Ltda. Ouro Verde (41) 256-0720 PR, RS, SC, RJ, SP, BA,
MG e GO
NutriSul S.A. Produtos Alimentícios Libardoni/Casaredo (49) 344-8000 SC, RS e PR
Ocrim S.A. Produtos Alimentícios Mirella Mirella (11) 3714-5522 SP, PA e AM
Olivan Indústria e Comércio Ltda. Vigorosa (54) 283-1322 RS
Peron Ferrari S.A. Comércio de Cereais Evita Peron (46) 225-4026 SP e PR
Predileto Alimentos S.A. Rosa Branca Rosa Branca (11) 3618-2300 Brasil
Richard Saigh Indústria e Comércio S.A. 101/Santa Clara (11) 4229-4277 SP, MG, BA e RJ
Roadiclane Indústria e Empacotamento Ltda. Rota Rota (45) 206-1008 Brasil
S.A. Moageira e Agrícola Irati Irati (42) 423-2500 SP, RJ, MG e PR
São Rafael Sementes e Cereais Ltda. Dona Nena (46) 232-1143 PR
Sangalli Busa S.A. Indústria e Agropecuária São Roque/Bella (51) 3751-6030 RS
Santa Cruz S.A. Administradora Mercantil e Industrial Caravelas (11) 3337-8188 SP
Sociedade Moageira Pada Ltda. Pada/Apetitta/Ladela (49) 552-0142 SC, RS e PR
Sociedade Moageira Riqueza Ltda. Riqueza Riqueza (49) 675-0011 RS, SC e PR
Sotrigo - Sociedade Tritícola de Goias Ltda. Sotrigo/Lolita/Lara Sotrigo/Lolita/Lara (62) 316-6006 GO, PR, SP e MG
Specht Produtos Alimentícios Ltda. Specht Specht (49) 522-3033 SC, PR, RS, SP e MG
Sperafico Moinhos Ltda. Acássia Acássia (45) 277-1018 SP, MG e PR
Tondo S.A. Orquidea/Flor de Lis (54) 223-2300 RS, SC, PR, SP, MG e RJ
Triângulo Sol Indústria e Comércio Ltda. Graciosa Graciosa (41) 362-2066 Brasil, exceto BA, MT e AM
Viviana Alimentos Ltda. Donatea Viviana/Donatea/Olli (51) 671-2011 RS
18
REFORMA
Aumente suas vendas
com a reforma da padaria

U
ma situação econômica difí- e o material necessário. Dessa manei-
cil na maioria das vezes não ra você evita despesas imprevistas e
deixa margem para qualquer gastos desnecessários. a loja era toda de madeira, mas para
empresário pensar em inves- incentivar a produção local do inox
timento. Porém, essa idéia Um exemplo de sucesso (produto que sustenta a região) Antô-
errônea pode estar impedindo um au- A Pão Total acredita na reforma da nio estruturou toda a loja com o mate-
mento nas vendas e a conseqüente padaria como uma estratégia que traz rial. “É bonito e valoriza a região, que
melhoria dos negócios. retorno. Inaugurada em 1990, a pada- é capital do inox. Na própria estrutura
A reforma da padaria é sempre ria já sofreu duas grandes reformas, física estamos prestigiando o produto
algo pouco pensado pelo panificador. uma em 1997 e outra no ano passado. da região”, conta.
O conceito de reforma vem atrelado à Segundo Antônio, o objetivo é acom- A padaria recebeu ainda um siste-
sujeira, bagunça, despesas e queda de panhar sempre as mudanças da panifi- ma de climatização, que alcança todos
vendas no período. Entretanto, como cação. Ele explica que a reforma deve os 150 m2 da loja. A idéia foi criar um
vem mostrando o mercado, adequar pensar em oferecer três coisas aos cli- ambiente agradável para o cliente, o
sua loja às novas concepções do con- entes: agilidade, comodidade e con- que faz com que ele permaneça mais
sumidor traz benefícios lucrativos à forto. tempo dentro do estabelecimento. A
padaria. Hoje, essa padaria mineira conta iluminação também é importante,
O segredo está em planejar a refor- com um novo layout, mais moderno e deve expor bem o produto, mas não
ma pensando em cada detalhe, otimi- planejado de maneira que facilita o pode agredir a vista do cliente. Para
zando o tempo e os custos, sem perder fluxo de clientes dentro da loja. A isso, Antônio utilizou lâmpadas em-
faturamento. A panificadora Pão To- grande diferença está na promoção do butidas em toda estrutura acima dos
tal, em Coronel Fabriciano, MG, fez auto-serviço. Antônio reorganizou a balcões expositores.
no ano passado uma reestruturação da loja a fim de ampliar o seu mix de E por falar em balcões exposito-
loja. A reforma começou da fachada e produtos e facilitar a movimentação res, Antônio sugere a troca dos re-
atingiu até a área de produção. Segun- do cliente dentro da loja. frigeradores e dos balcões antigos
do Antônio Eugênio, proprietário da A estratégia foi usada para que um por mais modernos, pois isso atrai
padaria, a reforma foi executada em novo serviço fosse implantado, o self- ainda mais a atenção do cliente e
60 dias, sem nenhuma queda nas ven- service. Hoje, todos os produtos fabri- otimiza espaço na loja.
das, pois todo trabalho era feito du- cados pela padaria são vendidos a Hoje, a Pão Total é exemplo de su-
rante a noite e madrugada. peso. Essa reestruturação gerou um cesso. Portadora de diversos selos de
O panificador segue explicando aumento nas vendas de 15% a 20%, qualidade e sempre investindo, a pa-
que planejou a reforma durante seis calcula Antônio. daria se tornou ícone no setor. Um
meses. O planejamento estratégico Além disso, o proprietário acredita exemplo que deve incentivá-lo a se
auxilia na contenção das despesas que a padaria pode ser um agente de planejar para uma reforma, para um
com a reforma. É importante relacio- incentivo ao crescimento do local avanço. “Somos guerreiros da panifi-
nar o que exatamente será feito na loja onde está instalada. Antes da reforma cação”, finaliza Antônio.

20
FESTAS
Dicas para faturar mais neste Natal
Ele sugere ainda que se mude o

O
tradicional panetone é sempre o
carro-chefe das padarias no final nome dos produtos, e cita o exemplo do
do ano. O Brasil é hoje o segun- panetone salgado, que na sua opinião
do maior produtor de panetones não é panetone e deveria levar outro
no mundo, com a tendência cres- nome. “Respeite o panetone, as variaçõ-
cente de consumo do panetone artesa- es são bem-vindas desde que recebam
nal. O consumidor atual cada vez mais nomes diferentes”, conclui o gerente.
preocupado em consumir produtos fres- venda não somente pelo seu sabor, mas, Trocar o nome dos produtos deixa claro
cos, e não industrializados, proporcio- pela diversidade de opções”. A própria para o consumidor que a padaria está
nou o aumento gradativo das vendas Emulzint espera um crescimento de inovando, e isto é bom.
deste tipo de produto. 10% nas vendas de produtos natalinos A Emulzint sugere algumas outras
Para a padaria esta é uma grande van- este ano, incentivando estas variações. variações também, como: pão de frutas,
tagem competitiva. Que lugar melhor que Acreditando nisso, as empresas forne- rosca folheada, pão cuca com uvas, bo-
a padaria para o consumidor encontrar cedoras já se organizaram para atender o lodoro, bolo gallup, bolo rei, panetone
produtos frescos? O panificador que sou- panificador em suas necessidades. A integral, dentre outras receitas que po-
ber enxergar esta tendência como uma UBF, por exemplo, criou um módulo de dem ser solicitadas à empresa ou encon-
oportunidade, pode incremen- tradas no site da mesma.
tar seus produtos e vender A Dona Benta Alimen-
mais no fim do ano. “Essa tos também apresenta novi-
época tem que ser valorizada. dades ao mercado para o
O panificador tem tudo para natal deste ano. A empresa
vender seus produtos, basta está lançando uma pré-mis-
estimulá-los”, diz Luís Farias, tura para um bolo de nozes
gerente de atendimento ao cli- e mistura para bolinhos de
ente da UBF. chuvas no sabor panetone,
O panetone artesanal propicia ao pa- treinamento através do qual seus clientes para o consumidor fazer em casa..
nificador a vantagem de atrair e fideli- aprenderão a variar receitas desde o pro- São estes artifícios que o panificador
zar clientes com a variação do produto. cesso de modelagem até o acabamento. A deve saber combinar para diferenciar o
O panetone por si só pode ser encontra- empresa espera para este ano um cresci- Natal neste ano. Mas não deve se esque-
do em todas as padarias, seja industria- mento de 15% a 20% com produtos nata- cer que outros fatores também fazem da
lizado ou não. Mas ao criar variações de linos. E isso pode se refletir no mercado. receita um sucesso: a decoração da loja,
receitas e produtos diferenciados, o pa- a promoção dos produtos fabricados
nificador está demonstrando autentici- (degustação é uma boa estratégia) e o
dade e exclusividade. Aquele “tipo” de bom atendimento ao cliente.
panetone só será encontrado “naquela” O ideal é aproveitar os cursos ofe-
padaria. recidos pelos fornecedores, e todo o
Segundo Marilucia Campão, do material que estes disponibilizam para
marketing da Emulzint, “se o objetivo é o ponto-de-venda. O segredo está na
agregar mais valor ao ponto de venda criatividade, no fazer diferente. Está
em épocas natalinas, a padaria deve ofe- Para Luís Farias, o panetone tradicio- em não esperar o Papai Noel, e colocar
recer ao seu cliente uma gama de varia- nal deve continuar a ser o signo do natal a mão na massa.
ções que agregam valor ao ponto de nas lojas. “Mantenha as frutas, chocola-
tes e nozes”, diz. Mas Farias comple-
menta sugerindo que se crie da massa
base do panetone outros produtos, como
amsterdã (massa base recheada com ce-
rejas, em formato diferente), stollen (for-
mato, acabamento e cobertura diferenci-
ada), pandoro (massa de bolo com a base
de panetone) ou sorvetone (massa base
recheada com sorvete). A variação está
nos recheios e na cobertura.
22
PRAGA
Eliminando o desconhecido caruncho
os meios de se sanar o problema. A agên- purezas, é que permitirá um armazena-

U
m problema que vem ameaçando
a produtividade de algumas pa- cia explica que existem agrotóxicos indi- mento sadio. Após a limpeza, o trata-
darias e outros estabelecimentos cados para o combate do caruncho, toda- mento periódico de toda a estrutura do
comerciais que trabalham com via sua modalidade de emprego é especi- estoque com inseticidas protetores de
alimentos são os carunchos. Es- fica para aplicação em expurgo de grãos longa duração é uma necessidade para
tes são besouros que atacam os produtos armazenados em silos e galpões hermeti- evitar a reinfestação de insetos no local.
armazenados como feijão, arroz, trigo, camente fechados e/ou confinados. Não é
milho, farinhas e farelos, chás e outros autorizado seu uso em alimentos processa- Conheça os carunchos
produtos desidratados. A ação desses in- dos ou industrializados, como no caso da mais comuns:
setos nos produtos armazenados depre- farinha de trigo. Têm emprego domissani-
cia o produto qualitativamente e quanti- tário autorizado apenas para aplicação por Sitophilus oryzae, Sitophilus zeamais
tativamente, causando perda de peso, entidades especializadas para executar ser- (Caruncho ou gorgulho do arroz ou do milho)
depreciação do produto para consumo e viço de expurgos em locais hermetica- Principal praga dos cereais ar-
perda do valor comercial. mente fechados ou confinados. Trata-se de mazenados e também de produ-
Esses insetos ao infestarem produtos um agrotóxico altamente tóxico (classe I), tos acabados (macarrão, biscoito
armazenados encontram alimento fácil que pode trazer grandes danos à saúde de etc.). Ocorrência: encontrado
em quantidade e qualidade, abrigo, tem- trabalhadores e consumidores, se não fo- em todos os continentes. Brilhante,
peratura e umidade favoráveis. Possuem rem respeitadas as instruções quanto ao apresenta-se com quatro pontos
elevado potencial reprodutivo e alta capa- seu emprego e medidas de segurança. vermelho-alaranjados na parte traseira e
cidade adaptativa, além de existirem cen- O importante é comunicar ao fornece- furos torácicos redondos e não ovais.
tenas de tipos de carunchos. dor a presença dos insetos em seus pro- Além de milho e arroz, pode atacar
Há ainda a infestação nos produtos dutos, o que é apenas uma parte do pro- outros cereais. Ciclo de Vida: 25 dias,
acabados e já embalados, tais como ma- cesso de exterminação do problema. O sob condições ótimas de 30º C e 70% de
carrão, chocolate, bolachas, fubás, fari- próximo passo é o descarte dos produtos umidade relativa (14% de umidade do
nhas e rações animais. Isso ocorre por- infectados e uma higienização do local. grão). Faixa de desenvolvimento: 13 a
que na infestação da matéria-prima os Deve-se procurar uma empresa especiali- 35º C, sendo temperatura ótima de 30º C.
ovos de diversos besouros e traças são zada nessas espécies de pragas e avaliar Biologia: ovos - são colocados nos ce-
tão pequenos e resistentes que passam qual o melhor procedimento a ser toma- reais armazenados, ou ainda no campo.
incólumes por todas as etapas de indus- do, no tocante à dedetização. Larvas - são imóveis, alimentando-se
trialização, possibilitando que os inse- vorazmente do próprio grão. Desenvol-
tos apareçam nos produtos acabados, Como evitar o caruncho vem-se dentro dos grãos. Adultos -
muitas vezes já colocados no mercado. É importante armazenar adequada- voam ativamente, alimentando-se dos
A maioria das pragas e insetos que mente a farinha de trigo e outros ingre- cereais, podendo viver por seis meses.
atacam grãos armazenados, como tri- dietnes em local fresco, pouco úmido e Em grãos quentes, sua multiplicação é
go, milho, soja, arroz, feijão, entre ou- devidamente fechado. Além disso, tome acelerada, e suas larvas alimentam-se
tros, não vem da lavoura, mas são cri- cuidado com as embalagens de papelão vorazmente.
ados dentro do próprio local onde es- que são usadas por fornecedores. Não
tão guardados esses produtos. A falta permita que elas entrem na área de esto- Sitophilus granarius
de limpeza nas unidades armazenado- cagem. O papelão ondulado e o próprio (Caruncho ou gorgulho do trigo)
ras pode resultar em produtos de baixa interior das caixas podem trazer os ca- Ocorrência: distribuído em todos os
qualidade, sem colocação no mercado, runchos, além de baratas e outras pra- continentes. Típico de regiões de
ou até inviabilizar a manutenção das gas. clima temperado (sul do Brasil),
estruturas para guardar os grãos. Daí, Segundo a Embrapa de Passo Fundo, atacando cereais e produtos aca-
a importância de saber escolher os for- RS, a medida mais importante é a limpe- bados. Brilhante, não tendo pon-
necedores, e até comunicar o ocorrido za e a higienização da unidade armaze- tos vermelho-alaranjados na parte trasei-
àqueles que estão distribuindo os pro- nadora. A maior parte das pragas são cri- ra e apresenta furos torácicos ovais e não
dutos com os insetos. adas dentro do próprio depósito. A eli- redondos. Ciclo de Vida: aproximada-
Como sanar a praga minação total de focos de infestação mente 40 dias, sob condições ótimas de
A Anvisa, Agência Nacional da Vigi- dentro da padaria, como resíduos de fa- temperatura (26º C) e umidade relativa
lância Sanitária, não informa com precisão rinhas, grãos, poeiras, entre outras im- de 65% (14% de umidade do grão). O
24
tempo de desenvolvimento de ovo a por fêmea. Larvas - são móveis, pre- Liposcelis corrodens
adulto varia de 28 a 108 dias, dependen- ferindo alimentar-se dos embriões dos Ocorrência: comum em armazéns
do da temperatura. À temperatura ótima cereais e resíduos. Adultos - alimen- graneleiros, moinhos e plantas
de 24 - 25º C leva 36 dias; a 12º C pode tam-se dos embriões de grãos partidos de processamento de alimen-
levar 209 dias. Esta espécie pode desen- e farinhas. Apresentam vida longa. tos. Pequeno, achatado e de
volver-se em grãos com umidade de 11% Voam intensamente. coloração esbranquiçada, ante-
e abaixo. A longevidade média dos adul- nas similares a pêlos longos. Ciclo de
tos é de 140 a 142 dias. Biologia: Ovos - Oryzaephilus surinamensis Vida: 21 dias sob condições ótimas de
são colocados no interior dos grãos, até (Besouro da cevada, nozes etc.) temperatura (27º C) e umidade relati-
300 ovos por fêmea (apenas um ovo por Ocorrência: cosmopolita, importante va (70%). Biologia: Ovos - são
grão). Larvas - desenvolvem-se nos praga de grãos quebrados. Apre- depositados aleatoriamente sobre as
grãos, podendo sobreviver por até 10 se- senta corpo achatado, marrom- superfícies. Crisálidas - aparência se-
manas em temperatura mínima de 5º C. escuro, com seis projeções simi- melhante aos adultos, porém menores
Adultos - Os élitros são soldados e não lares a dentes em cada lado do e mais pálidas. Adultos - apresentam
podem voar. protórax. Ciclo de Vida: O. vida longa, alimentam-se de resíduos
surinamensis (L.) mínimo de 25 dias, e correm rapidamente. Sua presença,
Rhizopertha dominica em condições ótimas de temperatura a em geral, significa deficientes condi-
(Besouro de cereais e farinhas) 30 - 35º C e umidade relativa de 70 - ções de armazenamento.
Ocorrência: ocorre no mundo todo, 90%. O. mercator (Fauvel) tem condi-
constituindo-se em uma impor- ções ótimas de temperatura a 30º C e Trogoderma granarium
tante praga dos cereais. Extrema- umidade relativa de 70%. Biologia: (Besouro do arroz e outros grãos)
mente voraz. Ovos - colocados aleatoriamente sobre Ocorrência: amplamente disseminado,
Ciclo de Vida: 25 dias em con- os grãos, em número de 200 a 300 por atacando cereais e subprodutos,
dições ótimas de temperatura a fêmea. Larvas - são móveis e têm de- tortas de oleaginosas, frutas se-
32º C e umidade relativa de 70% (13% senvolvimento rápido em condições de cas, sementes e grãos de legumi-
de umidade do grão). É capaz de desen- alta umidade do grão (maior que 14%). nosas. Ainda não encontrado no
volver-se em intervalos de temperatura Adultos - podem viver por até 3 anos. Brasil. Importante praga sob o ponto de
de 16 a 39º C e umidade relativa míni- Alimentam-se de grãos quebrados, não vista fitossanitário para importadores e
ma de 25%. são capazes de voar e andam grandes exportadores. Inseto de formato oval e
Biologia: Ovos - são colocados na su- distâncias rapidamente. Podem entrar peludo, de coloração marrom-averme-
perfície ou entre os grãos, em número facilmente em alimentos embalados. lhada. Ciclo de Vida: 27 dias sob con-
de até 500 por fêmea. Larvas - móveis dições ótimas de temperatura (32º C) e
quando jovens, alimentando-se ativa- Cryptolestes ferrugineus de umidade (70%). Sobrevive em con-
mente de grãos e subprodutos. Adultos (Besouro de diversos grãos) dições muito secas (2% de umidade re-
- alimentam-se, e produzem grande Ocorrência: ataca grãos com falhas lativa) e, também, sob temperaturas ele-
quantidade de farinhas. Voam ativa- no pericarpo, com sobrevi- vadas de até 44º C. Biologia: Ovos -
mente. Apresentam vida longa. vência em todo o mundo. são depositados aleatoriamente em nú-
Achatado, marrom-claro, an- mero de 126 por fêmea. Larvas - são
Tribolium castaneum (Besouro) tenas compridas. Ciclo de móveis, normalmente estão em fissuras
Ocorrência: mundial, também impor- Vida: de 22 - 24 dias sob condições e fendas. Podem sobreviver em condi-
tante praga dos cereais (arroz, ótimas de temperatura entre 32 - 35º ções desfavoráveis por vários anos (di-
milho, trigo etc), atacando pre- C e 70% de umidade relativa (14% apausa). Adultos - apresentam vida
ferencialmente os embriões, de umidade do grão). Biologia: curta, não se alimentam, e não são capa-
quando já partidos (comum em Ovos - colocados aleatoriamente em zes de voar.
farinhas). fissuras ou pontos quebrados dos
Achatado, marrom-avermelhado, lados grãos. Larvas - são móveis, alimen- Stegobium paniceum
com frisos em paralelo. tam-se preferencialmente dos embri- Ocorrência: comum em produtos ar-
Ciclo de Vida: 26 dias em condições óti- ões, mas também do endosperma. mazenados, porém mais sério
mas de temperatura a 35º C e umidade Adultos - vida longa, em torno de 9 em alimentos processados e es-
relativa de 70%. meses. Alimentam-se de farelos, fa- peciarias, frutas secas, semen-
Biologia: Ovos - são postos aleatoria- rinhas e grãos quebrados. Voam e tes, tortas de oleaginosas, coco
mente, por vários meses, até 450 ovos andam muito rapidamente. ralado. Corpo oval, com pouco pêlo.

26
Antena em forma de clava solta, nos sentam tamanho inferior em relação a os produtos ou perto deles. Larvas -
últimos segmentos. Ciclo de Vida: em outras traças que atacam os grãos ar- movimentam-se sobre os produtos ou
torno de 40 dias, sob condições ótimas mazenados. Ciclo de Vida: entre 4 - 5 sacarias, alimentando-se e produzindo
de temperatura (30º C) e de umidade semanas em condições ótimas de tem- fios de seda, que podem formar exten-
relativa (80%). Pode sobreviver na peratura (30º - 32º C) e de umidade sas teias. Quando crescem por comple-
faixa de 15 a 34º C de temperatura, a relativa (75%). Biologia: ovos - depo- to, deixam os produtos e se movimen-
35% de umidade relativa. Biologia: sitados sobre os grãos armazenados tam em direção às estruturas ou abertu-
Ovos - depositados aleatoriamente. ou ainda no campo. Larvas - não se ras das embalagens. Pupas - podem
Larvas - são móveis, podendo estar locomovem. Desenvolvem-se no inte- formar-se imediatamente, transforman-
no interior de fissuras e fendas de es- rior dos grãos. Pupas - formadas no do-se em traças adultas. Porém, grande
truturas, bem como no interior dos interior dos grãos. Adultos - não se parte apenas se transforma no ano se-
produtos armazenados. Adultos - alimentam, têm vida curta e voam guinte, mantendo a infestação. Adultos
apresentam vida curta, não se alimen- muito. - não se alimentam e têm vida curta.
tam e não voam. Têm hábitos noturnos e geralmente
Plodia interpunctella (Traça) voam em direção à cobertura das estru-
Prostephanus truncatus Ocorrência: importante praga de cere- turas. Vivem 13 a 14 dias e uma fêmea
(Besouro do milho) ais, frutas secas, armazéns, chega a colocar 279 ovos.
Ocorrência: é uma praga típica do moinhos e plantas processado-
milho. Ataca antes e depois de ras de alimentos. Muito presen- Ephestia kuehniella
colhido. Praga importante na te em clima quente. Alta capaci- (Traça da farinha)
África, México e América Cen- dade de produção de seda (teias), in- Ocorrência: mundialmente distribuí-
tral. Alimenta-se também de festando a superfície dos grãos arma- do. Dependendo da temperatura
madeira, mandioca seca e trigo. Corpo zenados. Ciclo de Vida: 25 dias em e umidade, uma fêmea pode co-
cilíndrico, com a parte traseira em for- condições ótimas de temperatura (30º locar até 562 ovos. A temperatu-
mato bastante quadrado. Ciclo de C) e de umidade relativa (70%). Biolo- ra favorável é de 26º C. À tem-
Vida: 26 dias, em condições ótimas de gia: ovos - são depositados aleatoria- peratura de 27º C, o tempo de geração
temperatura (30º C) e de umidade rela- mente sobre a superfície dos produtos (ou desenvolvimento de uma geração)
tiva (75%). Pode sobreviver na faixa a granel ou sacaria (até 400 por fê- varia de 43 a 72 dias e 140 a 243 dias a
de temperatura entre 18 e 38º C e em mea). Larvas - movimentam-se super- 10º C. A temperatura limite para o seu
umidade relativa entre 40 e 90%. Tam- ficialmente através dos grãos, produ- desenvolvimento é 35º C. Ciclo de
bém é capaz de sobreviver em grãos zem teias e se alimentam, preferencial- Vida: 3 a 4 meses, sob condições ade-
de milho com 9% de umidade. Biolo- mente, de embriões. Produzem grande quadas de temperatura (28º C) e de
gia: ovos - as fêmeas põem os ovos no quantidade de seda, pouco antes de sua umidade relativa (70%). Biologia: De
interior dos grãos ou nas farinhas. transformação em pupas. Pupas - for- forma geral é similar à E. elutella, po-
Larvas - são imóveis, vivendo dentro mam-se no interior e superfície dos rém, as larvas tornam-se pupas nos ali-
dos grãos e em farinhas produzidas produtos. Adultos - têm vida curta e mentos. Ovos - são depositados próxi-
pelos adultos. Adultos - apresentam não se alimentam. Apresentam hábitos mos aos produtos dos quais se alimen-
vida longa, alimentam-se de grãos, noturnos e concentram sua infestação tam. Larvas - movem-se rapidamente,
produzindo grande quantidade de fari- na superfície. alimentando-se e lançando fios de seda,
nhas. São voadores. formando teias. Crescem totalmente e
Ephestia elutella (Traça) formam pupas nos próprios produtos
Sitotroga cerealella Ocorrência: muito comum em climas que estão infestando. Os fios de seda
(Traça dos cereais) tropicais e temperados, atacan- formam massas compactas que podem
Ocorrência: também conhecida do principalmente fumo, cho- chegar a obstruir tubos e condutos de
como “Traça dos Cereais”, colate e frutas secas, entre ou- moinhos de trigo e servem de refúgio a
cosmopolita. Importante praga tras, além de residências e lo- outros insetos que danificam grãos e
dos produtos armazenados. jas. É uma praga de grande importân- produtos armazenados. Adultos - não
Vive na superfície dos grãos cia. Além de fumo, danifica farinhas, se alimentam e têm o hábito de vôo
armazenados a granel e ensacados. Os produtos moídos de cereais, cacau etc. próximo às estruturas de cobertura.
adultos não são capazes de penetrar Ciclo de Vida: 50 - 90 dias sob condi- Apresentam maior intensidade de vôo
profundamente na massa. Podem tam- ções ótimas de temperatura. ao alvorecer e no crepúsculo. Têm vida
bém atacar os grãos no campo. Apre- Biologia: ovos - são depositados sobre curta (aproximadamente 14 dias).

28
FORNECEDOR
CCL completa 70 anos no mercado de laticínios
A CCL– Cooperativa Central de Laticínios do fisticadas pesquisa de mercado, aliada à qualidade mercado, são prote-
Estado de São Paulo completou 70 anos em setem- de seus produtos e aos investimentos constantes em gidas por uma ino-
bro. Criada por oito cooperativas do Vale do Paraí- tecnologia, conferiram à CCL um reconhecimento vadora embalagem
ba, interessadas em ampliar a produtividade e in- por parte dos consumidores, que se tornaram fiéis cartonada, com tam-
vestir em qualidade, a iniciativa tem até hoje o ob- à marca ao longo das décadas. pa plástica, o que fa-
jetivo de valorizar o cooperativismo dentro do se- Como uma tradição familiar, os produtos da cilita sua utilização
tor, como o caminho para fortale- CCL foram passando de pelos consumidores.
cer o empreendimento leiteiro, a geração para geração, No segundo semes-
utilização do leite como alimento com a diferença de que a tre de 2002, dois
e os seus respectivos produtores. cooperativa soube acom- anos após a venda
Desde de sua fundação, em panhar a passagem do de parte do negócio
setembro de 1933, a CCL constru- tempo, mantendo-se atual à Danone, quando
iu uma história marcada pelo pio- e inovadora. Na década de passou a concentrar-
neirismo. Seu primeiro produto, 70, por exemplo, lançou o se na produção e
ainda em 1933, foi o leite pasteuri- leite com sabor com a venda de leite pasteurizado, leite em pó, leite lon-
zado integral, envasado e distribu- marca Glut, o primeiro ga-vida, manteiga e creme de leite pasteurizado, a
ído em garrafas de vidro esteriliza- produto longa-vida do CCL voltou a ampliar e diversificar sua linha de
das e lacradas com tampas metáli- mercado brasileiro. Mais produtos com o lançamento do Doce de Leite Long
cas – processo que duraria algumas décadas. No fi- tarde, a CCL iniciaria a produção do leite longa- e da Manteiga Light Paulista com Alto Teor de Fi-
nal dos anos 60, a CCL colocou no mercado o leite vida UHT, que faz parte da atual linha de produção. bras, única no mercado.
B e introduziu os saquinhos plásticos para envase do Na oferta do leite pasteurizado, o pioneirismo Neste início de século 21, a CCL mantém a tradi-
leite – novidades que foram mais tarde adotadas pe- destaca ainda hoje o leite tipo B Top, lançado há ção de ter o leite como o negócio, sempre buscan-
los concorrentes, forjando um hábito que os consu- seis anos. Trata-se de um produto pasteurizado, do a inovação, o atendimento aos consumidores e
midores aceitaram muito bem. homogeneizado, cuja produção e distribuição, des- o pioneirismo que marcaram seus 70 anos de histó-
Essa capacidade de reconhecer e antecipar as de a fazenda até o consumidor, obedece a critérios ria. No entanto, o futuro da CCL são as crianças e
necessidades das pessoas, em uma época em que ainda mais apurados de garantia da qualidade. As a família, afinal a cooperativa sabe que tem mais
nem se falava em técnicas de marketing ou em so- excelentes propriedades do leite Top, único do 70 anos pela frente.
RECEITA
Bolo de Aniversário
Ingredientes friar um pouco e
Massa desenforme. Re-
1 xícara (chá) de leite pasteurizado tipo B Top Paulista serve.
1 colher (sopa) de manteiga extra Paulista sem sal
6 ovos grandes Recheio 1
1 1/2 xícara (chá) de açúcar Bata na batedeira
1 coher (chá) de aroma de baunilha as gemas com o
2 1/2 xícaras (chá) de farinha de trigo açúcar até obter
1 colher (sopa) de fermento em pó. um creme claro.
Reserve.
Recheio 1 (Creme de Chocolate) Leve ao fogo (baixo) em banho-maria o chocolate com o cre-
2 gemas me de leite pasteurizado paulista até derreter.
2 colheres (sopa) de açúcar Espere amornar e acrescente ao creme claro reservado. Bata
100 g de chocolate meio amargo picado na batedeira a manteiga extra Paulista sem sal por 10 minu-
1/2 xícara (chá) de creme de leite pasteurizado Paulista tos. Acrescente o deoce de leite Long cremoso, o rum e bata
100 g de manteiga extra Paulista sem sal bem.
1 lata de doce de leite Long cremoso (390 g) Junte o creme reservado e bata mais um pouco.
2 colheres (sopa) de rum
Recheio 2
Recheio 2 (Creme de Baunilha) Bata na batedeira o creme de leite pasteurizado paulista até o
1 xícara (chá) de creme de leite pasteurizado Paulista (200 ml) ponto de chantily. Reserve. Bata as gemas com o açúcar até
4 gemas obter um creme claro.
1/2 xícara (chá) de açúcar Sem parar de bater, junte o amido de milho, a farinha e, aos
2 colheres (sopa) de amido de milho poucos, o leite pasteurizado tipo B Top Paulista, até misturar
1 colher (sopa) de farinha de trigo bem. Passe para uma panela e leve ao fogo (baixo) mexendo
500 ml de leite pasteurizado tipo B Top Paulista morno sempre até engrossar. Junte a baunilha, a manteiga extra
1 colher (chá) de aroma de baunilha Paulista sem sal, misture e deixe esfriar. Bata novamente.
1 colher (sopa) de manteiga extra Paulista sem sal Acrescente o chantily reservado e bata até obter um creme
liso.
Cobertura
1 embalagem de 500 g de creme de leite pasteurizado Paulista Cobertura
3 colheres (sopa) de açúcar Bata o creme de leite pasteurizado Paulista com o açúcar até
o ponto de chantily.
Calda para umedecer o bolo
1 xícara (chá) de água Calda para umedecer o bolo
1/2 xícara (chá) de açúcar Leve ao fogo todos os ingredientes até ferver. Deixe esfriar.
2 cravos
1 canela em pau Frutas
Leve ao fogo (médio) as frutas vermelhas, o açúcar e o suco
Frutas de limão.
500 g de frutas vermelhas congeladas (framboesa, amora, Cozinhe por 10 minutos. Passe em uma peneira (reserve as
morango) frutas), espere a calda amornar um pouco, junte a fécula de ba-
1 xícara (chá) de açúcar tata e leve ao fogo, mexendo sempre até engrossar levemente.
1 colher (sopa) de suco de limão
1 colher (chá) de fécula de batata ou amido de milho Montagem
Corte o bolo em 2 partes obtendo 3 camadas. Umedeça a pri-
Modo de preparo meira camada com a calda para umedecer o bolo. Passe o cre-
Massa me de chocolate. Cubra com a segunda camada de bolo, ume-
Aqueça o leite pasteurizado tipo B Top Paulista com a deça, recheie com o creme de baunilha e as frutas reservadas.
manteiga extra Paulista sem sal até derreter a manteiga. Coloque outra camada de bolo e umedeça-a . Coloque o
Deixe amornar e reserve. Bata bem na batedeira os ovos chantily reservado em um saco de confeitar com o bico pitan-
com o açúcar por 10 minutos. Diminua a velocidade, ga e cubra o bolo.
acrescente a baunilha e o leite morno reservado alternando
com a farinha. Rendimento: 24 porções
Desligue a batedeira e junte o fermento, misturando deli-
cadamente. Dica: Se preferir, ao fazer a calda de frutas, substitua as frutas
Coloque em uma forma redonda (28 cm de diâmetro) untada vermelhas, o açúcar e o suco de limão por frutas em calda.
e enfarinhada.
Leve ao forno (médio) por cerca de 40 minutos. Deixe es- Receita gentilmente cedida por CCL

32
PESQUISA
Estudo revela crescimento
de consumo da Classe C
D/E, que caiu cinco. do mandato

O
estudo Painel de Consumo
da Classe C, produzido pela Observando a evolução dos ganhos do governo
LatinPanel, empresa dos de penetração, os destaques ficaram FHC. Em
grupos Ibope, Taylor Nel- para suco em pó e sucos prontos para 2002, os pro-

Stockphoto
son Sofres e NDP, aponta beber, que ganharam 19 pontos percen- dutos de bai-
que a classe C obteve um crescimento tuais de penetração no consumo da xo preço
relativo no consumo de bens não du- classe C, no período avaliado pela pes- passaram a Classe média recuperou espaço
ráveis no mercado brasileiro, entre quisa. As sobremesas prontas também ocupar 24% da cesta de compras da
1998 e 2002, tomando como base o avançaram nos lares da classe C, ga- classe média. Em 1998, ao final do
desempenho médio de 59 categorias nhando 14 pontos percentuais de pene- primeiro mandato, os produtos de pre-
nos segmentos de bebidas, alimentos, tração em quatro anos, fenômeno regis- ço baixo representavam 20% das
higiene e limpeza. trado também por leites aromatizados compras. A substituição ocorreu nos
No ano de 98, a classe média res- (13%), queijos petit suisse (13%), cal- produtos de preço alto, que represen-
pondia por 32% das vendas da cesta dos (12%) e iogurte (12%), para citar tavam 37% da cesta de compras, em
avaliada. Em 2002, passou a respon- em alguns exemplos. 1998, e passaram a representar 33%,
der por 35%, o maior aumento do pe- No panorama coletado pela Latin- em 2002. Os produtos de preço inter-
ríodo, à frente das classes A/B, que Panel, o preço de produtos passou a mediário permaneceram estáveis, re-
somou mais dois pontos percentuais e sensibilizar mais a classe C no final presentando 43% da cesta.
PRODUTOS
Sorvete trufado é visual, possui sistema de fechamento di-
novidade para o verão ferenciado, o que permite melhor apro-
Produto premium da veitamento e maior vida útil ao produto.
linha de cones da Nes- Florestal Alimentos: 0800-7077144.
tlé, o Troppo ganhou
uma nova versão: Trop- Linha de cereais
po Trufa. A combinação apresenta nova embalagem
é sorvete de creme, re- A linha Kellness de cereais está com
cheado com sorvete de um novo visual. As novas embalagens,
trufa, coberto com xaro- mais modernas e colo-
pe de chocolate e casta- ridas, permitem melhor
nhas de caju, na casquinha de biscoito visualização do produ-
e com a tradicional pontinha de choco- to, além de sua identifi-
late no final. Nestlé: 0800-7702460. cação imediata. A ver-
são Granola em especi-
Sal agora na al foi incrementada
versão líquida com o sabor amêndoa e
Cisne Líquido é o úni- canela. Kellogg’s: 0800-118811.
co sal na versão spray
do Brasil. Com uma TEF com ECF facilita
embalagem diferencia- a venda por cartão
da de 250 ml, o equiva-
lente a 2.500 porções,
o produto combina as
qualidades já conheci-
das do sal Cisne com a
praticidade do spray.
Cisne: 0800-177667.

Amendoins com
coberturas diferenciadas O Multi Caixa Backup é uma solu-
Os Ovinhos de ção de TEF, Transferência Eletrônica
Amendoim Aperitivo de Fundos, já com ECF, Emissor de
da Yoki são snacks ex- Cupom Fiscal, para operações com
clusivos que têm duas cartão de crédito e débito, com sistema
coberturas crocantes regularizado de acordo com a legisla-
nos sabores Queijo e ção. O equipamento trabalha com as
Bacon, Cebola e Sal- principais bandeiras dos cartões. Ura-
sa, Queijo e Ervas. no: 0800-514276.
Produtos disponíveis
em embalagens de 80 g. Yoki: (11) Água mineral
4346-4036. com tampa PHS
A Lindoya Ve-
Chocolate granulado rão está lançando
na versão lata no mercado de
O chocolate granu- água mineral o
lado Neugebauer se novo conceito de
apresenta ao merca- tampa PHS, Prati-
do agora em latas de cidade, Higiene e
400 g. A nova emba- Segurança, para
lagem, mais prática e garrafões retornáveis de 10 e 20 lts.
com atraente apelo Lyndoia: 0800-128800.

37
Ponto-de-Vista
A retomada do crescimento
Aloizio Mercadante
mentadas em outras esferas - como a rene-

O
governo do presidente Lula assu-
miu a direção do país em uma con- gociação das dívidas dos assentados da re-
juntura extremamente complexa e forma agrária e dos produtores familiares,
difícil devido ao agravamento dos que beneficiou mais de 825 famílias, a dis-
desequilíbrios estruturais que, acu- ponibilização de R$ 5,4 bilhões para o fi-
mulados nas áreas externa e fiscal ao lon- nanciamento da agricultura familiar, a ex-
go dos últimos anos, foram levados a ní- pansão de 26% no crédito para a agricul-
veis extremos pela crise cambial, deflagra- tura comercial-, isso envolve ações, várias
da a partir de abril de 2002, e às incertezas das quais já em execução, em vários pla- tos à escala regional (Mercosul e Grupo
do período eleitoral. nos interligados. Andino, por exemplo) são peças essenci-
Esse legado do goveno anterior redu- O primeiro deles é o barateamento e a ais para avançar em direção a esse objeti-
ziu fortemente as opções de política e o ampliação do crédito à produção e ao con- vo. Mas existem outros fatores relevantes
raio de manobra da nova administração. sumo não só pela redução dos juros bási- que podem limitar ou alavancar esse esfor-
Como ensina a experiência, não há saída cos e do "spread" bancário como median- ço. Um deles é a eventual renovação do
fácil para crises dessa natureza e magnitu- te um conjunto de outros mecanismos, acordo com o FMI.
de. Foi necessário adotar, com grandes sa- como o microcrédito, a criação de linhas O Brasil deu, ao longo de 2003,
crifícios para a população, medidas duras de financiamento para os aposentados a ta- uma demonstração de capacidade e res-
direcionadas a reverter a crise cambial, a xas reduzidas, o estímulo à formação de ponsabilidade na gestão de uma situa-
controlar a inflação, a reorganizar as finan- cooperativas de crédito e a abertura de li- ção de extrema dificuldade. Superada a
ças públicas e a restaurar a credibilidade nhas especiais no BNDES para as peque- crise, o país tem todas as condições para
externa do país. nas e médias empresas. se transformar em um caso exemplar
Apesar das fragilidades ainda existen- Um segundo plano de atuação é a de- para os países em desenvolvimento. O
tes, os avanços realizados são notáveis: a soneração, temporária e condicionada à momento é, portanto, oportuno para que
cotação do dólar caiu acentuadamente, es- sustentação do emprego, e o seu repasse o FMI, que vem de uma experiência de
tabilizando-se em torno de R$ 3; o risco- para os preços dos produtos de setores fracassos recorrentes na aplicação de
país despencou de 2.400 para menos de com alto grau de complexidade e integra- políticas restritivas do crescimento,
800 pontos; restabeleceram-se os fluxos ção na cadeia produtiva, como a indústria possa, através de uma parceria com o
de financiamento externo às empresas - o automobilística, e das linhas de produção governo brasileiro, dar uma nova di-
coeficiente de rolagem das dívidas, que ti- de bens populares de consumo de massa - mensão a sua missão institucional. O
nha caído abaixo de 20% ao final de 2002, eletrodomésticos, móveis e material de Brasil quer mudar e seu êxito pode ser
nos últimos meses tem sido superior a construção etc. também o êxito do FMI. Mas, para isso,
100%; o país voltou a colocar títulos sobe- Igualmente importante é a gestão da é necessário flexibilizar as condiciona-
ranos, alongando o perfil da dívida exter- política cambial com vistas à preservação lidades que limitam o investimento.
na; o déficit nas transações correntes caiu da competitividade da produção nacional É essencial para o Brasil, dispor de
do patamar de US$ 17 bilhões para um e a consolidação da trajetória de expansão maior flexibilidade em pelo menos qua-
saldo positivo de US$ 1,3 bilhão nos últi- das exportações, essenciais para a redução tro aspectos principais: a exclusão dos
mos 12 meses, mercê do aumento recorde da vulnerabilidade externa e para a estabi- investimentos das empresas estatais da
do saldo da balança comercial propiciado lização da economia em médio prazo. O contabilidade do gasto fiscal, o rebaixa-
pelo crescimento de 24% das exportações país conseguiu acelerar notavelmente suas mento dos tetos impostos ao sistema
nos sete primeiros meses de 2003; a dívi- exportações em 2003 em um cenário inter- público de financiamento para a imple-
da pública líquida caiu de 62,2% em outu- nacional marcado pela retração econômi- mentação de programas de infra-estru-
bro de 2002 para 55,4% do PIB em junho ca, o que é indicativo da magnitude do es- tura e outras atividades básicas nos Es-
passado; e a inflação, que havia superado forço que vem sendo realizado. Sua conti- tados e nos municípios, a diminuição
a casa dos 30% ao final de 2002, mostra nuidade, no entanto, poderia ser ameaçada das restrições à expansão do crédito in-
queda consistente em todos os seus índi- por uma valorização excessiva do real. terno global e o aumento da capacidade
ces, com taxas inferiores a 7% nas proje- Por último, o crescimento sustentável de endividamento dos entes federativos
ções para 12 meses. da economia brasileira, em condições de adimplentes.
O controle das variáveis críticas - a permitir o equacionamento dos seus gra- Esses aspectos são vitais para viabili-
taxa de inflação e o coeficiente de rolagem ves problemas sociais, depende essencial- zar a convergência entre as políticas de
da dívida externa - permitiu três reduções mente da retomada do processo de inves- preservação da estabilidade e de retomada
consecutivas da taxa básica de juros, a úl- timento, de modo a sair dos baixos níveis do crescimento econômico, sem o que não
tima das quais de 2,5 pontos percentuais, a atuais, da ordem de 14% do PIB (a preços há solução sustentável para os problemas
maior desde 1999, apontando o início de de 1980), para patamares de, pelo menos, do país.
uma nova política econômica, voltada 20%. Os projetos estruturantes incluídos
no PPA e na programação do BNDES, o Aloizio Mercadante é secretário de Relações In-
para a reativação da economia e para a ex-
programa de parceria com o setor privado ternacionais do Partido dos Trabalhadores e
pansão do emprego. Além dos programas
sociais inovadores e das políticas imple- e as ações de coordenação de investimen- líder do governo no Senado.

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