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Núcleos atómicos e Fusão nuclear: núcleos com baixa energia de ligação por nucleão

(núcleos leves) originam um núcleo com maior energia de ligação


por nucleão e, portanto, mais estável.
Radioatividade Fissão (ou cisão) nuclear: um núcleo pesado pode cindir-se e
originar núcleos de massas semelhantes com maiores energias
Partículas α: núcleos de átomos de hélio (He2+). de ligação por nucleão e, portanto, mais estáveis.
Estabilidade nuclear: existe quando as forças nucleares fortes,
que são atrativas entre protões e neutrões, predominam sobre
as forças de repulsão elétrica entre protões. Se essa condição
não se verificar, os núcleos serão instáveis.
Radioatividade: emissão espontânea de partículas ou de
radiação por núcleos atómicos instáveis.

Energia de ligação nuclear e estabilidade dos núcleos

Equivalência massa-energia de Einstein


 permite concluir que a uma diferença de massa, na
formação de átomos ou de núcleos atómicos,
corresponde uma diferença de energia. Processos de estabilização dos núcleos: decaimento
E = mc2 ΔE = Δmc2 radioativo. Propriedades das emissões radioativas α, β

Δm = Z mp + N mn – M Decaimento
Núcleo atómico: é sempre mais estável do que os seus nucleões radioativo: emissão
separados. de partículas com
carga ou de fotões
Energia de ligação nuclear de alta energia, por
 diferença de energia entre os nucleões separados e os núcleos instáveis,
nucleões ligados no núcleo. É a energia necessária para originando-se outros
separar os constituintes do núcleo. É cerca de um núcleos estáveis ou
milhão de vezes superior à energia de ligação atómica. ainda radioativos,
mas de mais baixa
B = [Z mp + N mn – M] c2 energia.
Emissões α, β– e γ
Unidade de massa atómica unificada: é 112 da massa do átomo
de carbono-12.
Massa do protão 1,007 28 u
Massa do neutrão 1,008 67 u
Massa do eletrão 0,000 55 u
1 u = 1,660 54 × 10–27 kg3.

Partículasα: são núcleos de hélio.


Energia de ligação por nucleão
• Têm pequeno poder de penetração: são facilmente detidas por
• é máxima para o níquel-62,
uma folha de papel ou de metal; penetram apenas na superfície da
ferro-58 e ferro-56 (8,8 MeV /
pele e cerca de 5 cm no ar.
nucleão), pelo que esses núcleos
• Têm grande poder ionizante; no caso de contaminação interna
são mais estáveis;
(ingestão, inalação, entrada na circulação sanguínea) é a emissão
• é mínima para o deutério
radioativa mais danosa para as células.
(hidrogénio-2), pelo que é
• São ligeiramente defletidas por um campo magnético por terem
relativamente fácil separar os seus
carga elétrica.
nucleões;
Partículas β–: são eletrões.
• tem um valor médio de 8 MeV /
• Têm maior poder de penetração do que as partículas α (penetram
nucleão (linha vermelha na Fig. 5);
1 cm ou 2 cm nos tecidos humanos e alguns metros no ar).
• é quase constante para A > 30;
• Têm poder ionizante menor do que o das partículas α.
• decresce suavemente para A > 56 (núcleos pesados);
• São fortemente defletidas por um campo magnético por terem
• cresce rapidamente até A = 20 (núcleos leves), embora se
carga elétrica e menor massa do que as partículas α.
observe um comportamento irregular; a partir daí, cresce
suavemente até A = 56. Radiação γ: radiação eletromagnética de muito alta frequência.
• Tem elevado poder de penetração: só é absorvida por espessas
Reações nucleares: transformações de núcleos envolvendo placas de chumbo.
elevada energia • Tem poder ionizante inferior ao das partículas α e β–.
• Não é defletida por campos magnéticos porque é eletricamente
neutra.
Decaimento α Decaimento Decaim
β- ento γ
Natureza Núcleos de hélio (2 Eletrões Fotões
protões e 2 neutrões) Cisão do núcleo
Massa 2 mp + 2 mp = 4 u me ≈11836u de urânio ao
Carga +2e -e absorver um
Velocidade ≈ 2 × 107 m s–1 ≈ 2 × 108 m ≈ 3 × 108 neutrão.
s–1 m s–1
Capacidade de 1 ≈ 100 ≈ 1000
Reações em
penetração
relativa cadeia:

Decaimento radioativo: pode ser descrito por uma equação


onde se verifica a conservação da carga elétrica e a conservação
do número de massa.
Partículas Símbolo Notação
Protão p
Neutrão n
Eletrão
Fusão:
Positrão
Neutrino
Antineutrino

Lei do Decaimento Radioativo; atividade de uma


amostra radioativa; período de semidesintegração
Atividade de uma amostra radioativa: número de decaimentos
por unidade de tempo. É diretamente proporcional ao número
de núcleos da amostra.A sua unidade SI é o becquerel (Bq).

A = – dN/dt
A = λN ou – dN/dt = λN
Constante de decaimento: é uma característica do núcleo. Está
relacionada com o período de semidesintegração.

Lei do Decaimento Radioativo


O número de núcleos de uma amostra radioativa, N, diminui
Decaimentos radioativos: há sempre libertação de energia, pois exponencialmente com o tempo:
os núcleos-filho são sempre mais estáveis do que os núcleos-pai.
N(t) = N0 e–λt
Reações de fissão nuclear e de fusão nuclear N0: número inicial de núcleos
Fissão: λ: constante de decaimento

Período de semidesintegração
Bombardeamento de um núcleo de urânio-235 por um neutrão. ou tempo de meia-vida, T1/2:
tempo ao fim do qual o
número de núcleos se reduz a metade. Se t = T1/2, então N =
N0/2: N0/2 = N0 e–λT1/2 ⇒T1/2 = ln2/λ

A(t) = A0 e–λt
Radioatividade: efeitos biológicos,
aplicações e detetores
As emissões radioativas ionizam átomos e moléculas dos
organismos vivos, danificando as células. Esse efeito ionizante
depende da energia transferida para o organismo vivo por
unidade de massa, do tipo de emissão (emissões diferentes com
a mesma energia por unidade de massa têm diferente poder
ionizante) e do tipo de tecido vivo que é atingido. Os efeitos
biológicos da radioatividade manifestam-se a curto prazo
(náuseas, perda de apetite, febre, hemorragias, etc.) e a longo
prazo (efeitos genéticos, com mutações nas células reprodutoras,
e efeitos somáticos, como o aparecimento de doenças
cancerígenas).

Na agricultura, utilizam-se marcadores radioativos para


estudar o metabolismo das plantas e a ação dos adubos e
pesticidas. Na indústria, usam-se isótopos radioativos para
esterilizar produtos alimentares e farmacêuticos, pois não
alteram a sua qualidade nem deixam produtos tóxicos. Usam-se
ainda para detetar defeitos em materiais e verificar desgaste de
peças.

Em medicina nuclear, para terapêutica e diagnóstico de


doenças, usam-se fontes radioativas com emissões gama com
tempos de meia-vida relativamente curtos. Na terapêutica de
doenças cancerígenas, a energia da radiação foca-se numa região
limitada, poupando os tecidos vizinhos sãos. É usado, muitas
vezes, o co-balto-60.

Uma técnica de diagnóstico médico que também usa


emissores radioativos é a Tomografia por Emissão de Positrões
(sigla PET, da designação em inglês), a qual permite obter
imagens de uma certa zona do corpo (Fig. 25) a partir da
deteção de fotões. São administrados emissores β+ (positrões)
ao doente, com tempos de meia-vida de 2 a 100 minutos. Os
positrões emitidos aniquilam-se com eletrões de acordo com a
reação.

e+ + e–→ 2γ

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