Curso: Programa de Pós-Graduação em História

Disciplina: História Ambiental

Professores: Samira Peruchi Moretto e Miguel Mundstock Xavier de Carvalho
Aluno: Daniel Dalla Zen

DEAN, Warren. A Ferro e fogo: A História e a Devastação da mata brasileira. São Paulo:
Companhia das Letras, 1996. P. 13 a 37.
Resumo

O historiador estadunidense Warren Dean (1996), em seu primeiro capítulo do livro A

Ferro e Fogo, faz um panorama histórico do desenvolvimento, e da evolução da Floresta da
Mata Atlântica, abordando sobre suas características e sua relação com o ser humano. Sua
pesquisa se baseia na metodologia da História Ambiental. Em suas palavras, “uma história da
exploração e destruição” do meio ambiente.
Para Dean (1996) as intervenções humanas nunca realizam suas expectativas, os
campos empobrecem o solo perde fertilidade, as cidades entram em colapso, constituindo uma
luta entre o mundo natural e o desejo humano.
Ao pautar seu estudo na relação entre a floresta e o homem, Dean (1996), descreve
como a floresta tropical é um lugar inóspito para o homem, a necessidade de se hidratar como
se estivesse em um deserto, a quantidade de insetos e o perigo com os animais são alguns dor
perigos.
Segundo o autor, é difícil ter uma noção no tempo presente de como era a Mata
Atlântica antes da chegada do homem, pois, em sua maior parte é composta de uma floresta
secundária, e grande parte já passou por algum grau de intervenção: extrativismo ou poluição.
A partir desta constatação, se interroga sobre à viabilidade de restaurar a Mata Atlântica aos
seus padrões originais, chegando a conclusão que talvez seja impossível representá-la, e que
podemos apenas ter uma estimativa através de analogias ou especulações.
Dean (1996), faz um histórico das glaciações e sua relação para a constituição da
Floresta Atlântica, apontando o surgimento e a extinção de espécies animais e vegetais em
cada período. Com isso, faz uma metáfora ao dizer que “a floresta é um palimpsestos de
formas e relações superpostas, refletindo a experiência evolutiva em padrões geográficos
complexos e intrigantes”.
Durante a última glaciação, a Mata Atlântica ampliou seu território consolidando suas
fronteiras históricas, com a mais recente crise glacial o hominídeo em busca de caça saiu da
Europa e chega a América, através da passagem pelo estreito de Bering, chegando à América
encontra o “império da Mata Atlântica” maduro para sua conquista.