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1.

INTRODUÇÃO
Na área química, principalmente no que se trata sobre às análises
quantitativas, é comum a necessidade de determinar a concentração de
determinadas soluções ou determinar certa substâncias químicas em
determinados produtos. Para se determinar estas medidas quantitativas
utiliza-se, com mais frequência, métodos analíticos no qual o mais utilizado e
a volumetria.
Na volumetria utiliza-se uma solução padrão, de concentração já
conhecida, e cuidadosamente preparada para que não ocorra contaminação
que acarrete erros maiores na análise. Esta solução será utilizada para titular
um volume conhecido da solução de concentração desconhecida. A titulação
é um dos métodos que está entre os procedimentos analíticos mais
confiáveis. Segundo Skoog, (2006),
“ Em uma titulação, o analito que é a substância a ser padronizada
reage com um reagente padronizado chamado de titulante em uma
reação de estequiometria conhecida. Geralmente, a quantidade de
titulante é variada até que a equivalência química seja alcançada,
como indicado pela mudança de cor de um indicador químico ou pela
mudança na resposta de um instrumento mudança física do analito. A
quantidade do reagente padronizado necessária para atingir a
equivalência química pode ser relacionada com a quantidade de analito
presente, quanto maior a concentração do analito, maior será o volume
de solução padrão utilizado. Portanto, a titulação é um tipo de
comparação química. “

No método de padronização de Mohr a prata e normalmente utilizada para


determinar cloretos nas amostras. Segundo Infopedia (2019)

"O método de Mohr consiste num processo de detecção do ponto


final em uma volumetria de precipitação. Esse método se baseia na
formação de um segundo precipitado.

Na obtenção do ponto final utiliza-se como indicador um segundo


precipitado, que inclua a partícula titulante. Esse precipitado deve
obedecer às seguintes condições: a sua cor deve ser completamente
diferente da do precipitado formado no decorrer da titulação, de modo
a que a sua formação possa ser detectada visualmente, e deve
começar a formar-se imediatamente a seguir à precipitação completa

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do íon a titular, sendo necessário, para isso, que a sua solubilidade
seja ligeiramente superior à do precipitado formado na titulação.

O indicador (segundo precipitado) tem de ser devidamente


escolhido de modo que a sua precipitação não se dê antes de atingido
o ponto de equivalência, nem muito depois dele."

Nesse método e usado como indicador o cromato de potássio (K2CrO4), pelo


fato de que até o ponto de equivalência (quando 100% do cloreto reagiu com os
íons de Ag+), ele não reage com nenhum íon, e após o ponto de equivalência,
ele passa a reagir com os íons de prata em excesso, atingindo a coloração
vermelho-amarronzada, que na verdade são precipitados muito finos dispersos
na solução, o cromato de prata (Ag2CrO3).

É importante ressaltar que esse método é aplicável somente para


determinação de íons cloretos e brometos em amostras.

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2. OBJETIVOS
Determinar a concentração de cloretos através do método de Mohr.

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.1. Materiais, reagentes e equipamentos
3.1.1. Materiais
 Bureta de 25 mL
 Erlenmeyaer
 Béquer de 50 mL
 Bastão de vidro
 Pipeta graduada de 10 mL

3.1.2. Reagentes
 Cromato de potássio (K2CrO4) 5% p/v
 Cloreto de sódio (NaCl)
 Nitrato de prata (AgNO3) 0,10 M
 Carbonato de cálcio (CaCO3)
 Água deionizada

3.1.3. Equipamentos
 Suporte universal
 Garras
 Pipetador mecânico

3.2. Metodologia
PADRONIZAÇAO DE SOLUÇAO DE NITRATO E PRATA 0,1 MOL/L -
MÉTODO DE MOHR
 No béquer 01, pesou-se 0,1084 g de NaCl.
 Em seguida completou-se com agua destilada até 50 ml e
homogeneizou.
 No erlenmeyaer pipetou-se 1 ml de cromato de potássio 5% p/v.
 Em seguida pegou-se o béquer 01 e despejou a solução no
erlenmeyaer, homogeneizando-o em seguida.

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 Titulou-se essa solução com nitrato de prata (AgNO3), lentamente, até
que a solução ficasse com uma cor vermelho amarronzada, que
persistiu sobre agitação forte.
 Anotou-se o volume titulado de nitrato de prata.
 O procedimento foi realizado em duplicada no béquer 02 no qual a
massa pesada foi de 0,1041 g de NaCl e repetiu-se a titulação.
 Anotou-se o volume titulado de nitrato de prata.

CORREÇÃO DE BRANCO DO INDICADOR

 No béquer 03 pesou-se 0,5053 g de carbonato de cálcio na balança


analítica de precisão.
 Realizou-se a média do valor titulado de nitrato de prata feito que foi de
9,45 ml.
 Adicionou-se 50 ml mais o valor da média feita anterior 9,45 ml de agua
destilada no béquer, e homogeneizou.
 Em um erlenmeyaer adicionou-se 1 mL de cromato de potássio 5% p/v.
 Em seguida despejou-se a solução do béquer no erlenmeyaer,
homogeneizou e realizou-se a titulação.
 Titulou-se lentamente com nitrato de prata (AgNO3), até que a solução
ficasse levemente marrom, não podendo passar de 0,1 ml.

3.3. Equações
 Cloreto de sódio + Nitrato de prata
NaCl(aq) + AgNO3(aq) ↔ AgCl(s) + NaNO3(aq)
2 AgNO3(aq) + K2CrO4(aq) ↔ Ag2CrO3(s) + KNO3(aq)
 Correção de branco do indicador
2 AgNO3(aq) + CaCO3(aq) = Ca(NO3)2(aq) + Ag2CO3(s)
K2CrO4(aq) + Ag2CO3(s) = Ag2CrO4(s) + K2CO3(aq)

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4. Resultados e Discursões
4.1. Padronização de solução de nitrato de prata 0,1 mol/L – Método de
Mohr

Primeiro, pesou-se 0,10g de cloreto de sódio, e para cada massa pesada, foi
feito a titulação com nitrato de prata, que atingiu os seguintes volumes:

VOLUME DE NITRATO DE
TITULAÇÃO MASSA DE NaCl (g) PRATA (ml)

1 0,1084 9,6 ml

2 0,1041 9,3 ml

MEDIA 0,1062 9,45 ml

Tabela 01: Massa de cloreto de sódio pesada, volume de nitrato de prata gasto, e a média
de cada um deles.

4.2. Correção do branco indicador.


VOLUME DE NITRATO
TITULAÇÃO MASSA DE CaCO3 (g) DE PRATA (ml)

3 0,5053 0,1

Tabela 02: Massa de cloreto do carbonato de cálcio, volume de nitrato de prata gasto na
titulação.

Obs. Foi adicionado 9,45 ml de agua destilada nos 50 ml da solução para


correção do branco indicador.

4.3. Calculo

MMNaCl =58,44 g/mol

n(número de mols)AgNO3 = n(número de mols)NaCl


MolaridadeAgNO3*(VolumeAgNO3 – VolumeBranco) = massaNaCl___
MassaMolarNaCl
MAgNO3*(9,45x10-3 – 0,1x10-3) = 0,1062 g_
58,44 g/mol
MAgNO3 = 0,1943 mol/L

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5. CONCLUSÕES
Nesta prática, tivemos a chance de aumentar nosso conhecimento prático
sobre a técnica de titulação, exigindo atenção no ponto de viragem e
conseguimos observar outros indicadores que e bastante útil em análise de
íons de cloreto e brometo.
Os objetivos foram completamente alcançados, além de ter agregado
mais conhecimento técnico a respeito do laboratório e dos equipamentos

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6. REFERÊNCIAS
SKOOG, D. A, WEST, D. M., HOLLER, F. J, CROUCH, S. R. Fundamentos
de Química Analítica, Editora Thomson, tradução da 8ª edição, 2006. Cap.
14, pág. 353.

Disponível em: https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$metodo-de-mohr


Acesso: 16 de junho, 16h30min.

BASSET, Jennifer et al. Vogel: análise química quantitativa. 6 eds. LTC,


2002.

VOGEL, A. I. Análise Química Quantitativa. 5.ed. Rio de Janeiro: Guanabara

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