Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. Definição e epidemiologia....................................... 3
2. Características gerais................................................ 4
3. Estrutura das células fúngicas............................... 7
4. Morfologia....................................................................10
5. Reprodução.................................................................13
6. Classificação dos fungos.......................................17
Referências bibliográficas .........................................20
MICOLOGIA 3
1. DEFINIÇÃO E
EPIDEMIOLOGIA
A Micologia é definida como o estu-
do de microrganismos conhecidos
por fungos e leveduras. Acredita-se
que exista mais de 5 milhões de es-
pécies no Reino Fungi, sendo, depois
dos insetos, o grupo de organismos
mais diverso do planeta. No período
pré-histórico, os fungos comestíveis,
os venenosos e os alucinogênicos já
eram conhecidos (Figura 1). Entretan-
to, durante várias décadas, os fungos
foram pouco explorados pela medici-
na, apesar de terem um papel crucial
na saúde humana. Esses organismos
convivem conosco todos os dias e são
encontrados praticamente em qual- Figura 1. Cogumelo Boletus. Pintura em acrilico.Autora:
quer local do ambiente, inclusive em Regina M de Vasconcellos C de Oliveira. Fonte: Tópicos
de microbiologia, 4°ed.
nós, seres humanos. Além do ponto
de vista da medicina, estes organis-
mos são úteis como decompositores Acredita-se que existam pelo menos
de resíduos orgânicos, causando a 250 mil espécies de fungos, sendo
decomposição ou a degradação de que menos de 150 foram descritos
alimentos, transformando-os em ele- como patógenos humanos. A nossa
mentos assimiláveis pelas plantas. relação com os fungos podem envol-
Eles também têm implicações em vá- ver tanto fatores benéficos, quanto
rias áreas: Medicina humana e veteri- maléficos. Quem nunca comeu um
nária, Farmácia, Nutrição, Fitopatolo- pão, bolo ou cerveja que contenha
gia, Agricultura, Biotecnologia, entre leveduras? Então! Muitos fungos são
outras. comestíveis e fazem parte da nossa
mesa todos os dias. Além disso, quem
nunca ouviu falar sobre o antibiótico
Penicilina? Pois é, sua origem também
vem dos fungos. Alguns fungos estão
constantemente presentes no nosso
corpo, sem gerarem doença, princi-
palmente na boca, pele, intestino e
MICOLOGIA 4
2. CARACTERÍSTICAS
GERAIS
Figura 2. Morango mofado. Fonte: Raven et al., 1992.
Os fungos interagem de várias ma-
neiras com os seres humanos e os
MICOLOGIA 5
Termogenia Cromogenia
Devido a propriedades fermentativas Os fungos são cromóparos, ou seja,
presente em alguns tipos de fungos, eles possuem a particularidade de di-
como as leveduras, pode haver um fundir no meio em que se reproduzem,
aumento da temperatura do meio em pigmentos que produzem. Por conta
que se desenvolvem. Isso ocorre por- disso, eles podem “colorir” o ambiente
que estas fermentações são reações ou apenas pigmentar os seus micé-
exotérmicas, ou seja, liberam calor. Por lio e esporos. Quando os pigmentos
exemplo, a oxidação total de 180g de vão para o meio, os fungos se cha-
glicose pela levedura Saccharomyces mam Cromóparos, quando o pigmen-
cerevisiae, produz cerca de 700.000 to fica retido em partes do fungo, eles
calorias. Essas fermentações ocor- se chamam Cromóforos. É por conta
rem pela presença de diversas enzi- disso que algumas culturas fúngicas
mas presentes dos mais variados ti- apresentam-se com variadas colora-
pos de fungos: Glicidases (sacarases, ções: negra, vermelha, amarela, bran-
maltases etc.), Enzimas Proteolíticas ca, acastanhada, verde etc.
(proteases, peptidases) e ainda fos-
fatases, asparaginase, oxirredutase,
dehidrogenase, entre outras. Vias de dispersão
Apesar de poder se dispersar por
meio da água, sementes, insetos, car-
Acidez do meio
regado por animais ou até seres hu-
A maioria dos fungos se desenvolvem manos, a principal via de dispersão é
em um pH entre 5,6 e 7. No entanto, o ar atmosférico, através dos ventos.
eles possuem tolerância em uma am- Os fungos que se dispersam pelo ar
pla faixa de variação. Os fungos fila- atmosférico são denominados de fun-
mentosos podem crescer na faixa de gos anemófilos e tem importância em
pH entre 1,5 e 11, já as leveduras não alergias no homem e como agentes
toleram pH alcalino. Muitas vezes, a deteriorantes de diversos materiais.
pigmentação dos fungos está rela-
cionada com o pH do substrato. Os
meios com pH entre 5 e 6, com ele- Metabólitos
vadas concentrações de açúcar, alta Outra característica bem importante
pressão osmótica, tais como geleias, para a medicina, é o fato de que os
favorecem o desenvolvimento dos fungos podem produzir metabolitos.
fungos nas porções em contato com O metabolismo dos fungos tanto pro-
o ar. duzem uma vitamina como uma to-
xina, tanto um antibiótico como um
MICOLOGIA 6
Simbioses com
plantas e animais
Microrganismos de
grande impacto na vida
humana e para natureza
Reciclagem de matéria
nos ecossistemas
Ecologia
Pode gerar aumento da
temperatura do meio Decomposição da
matéria orgânica
Termogenia Nutrição
CARACTERISTICAS
GERAIS
Temperatura Acidez
Ambiente saturado de
umidade é o melhor
Figura 4. Bolores. Fonte: Material complementar Figura 5. Cogumelos. Fonte: Disponível em: https://postal.pt
do livro Sistemática Vegetal: Fungos, 2015.
ESTRUTURA
Heterotróficos por absorção Endomembranas
DA CÉLULA
Figura 6. Hifa contínua ou cenocítica. Fonte: Tópicos de Figura 7. Hifa septada. Fonte: Tópicos de microbiologia,
microbiologia, 4°ed. 4°ed.
Figura 8. Tipos de hifas. Fonte: Material Complementar ao livro Sistemática Vegetal I: Fungos, 2015.
SAIBA MAIS!
A Tinea nigra é uma ceratofitose que se manifesta pelo aparecimento de manchas enegre-
cidas ou na tonalidade café-com-leite, ocorrendo principalmente na palma da mão, mas que
pode surgir em qualquer localização do corpo, como na região plantar, na região glútea, no
abdome e até na unha. As margens da lesão podem apresentar-se ligeiramente elevadas e
são levemente descamativas. No entanto, não há prurido.
Contínuas ou septadas
Hifas
Conjunto de hifas Pastosas ou cremosas
MORFOLOGIA
Septos Colônias filamentosas
Agrupamento de micélios
Figura 11. Esporos assexuados. A: Blastoconídios e pseudo-hifas (Candida). B: Clamidósporos (Candida). C: Artrós-
poros (Coccidioides). D: Esporângios e esporangiósporos (Mucor). E: Microconídios (Aspergillus). F: Microconídios e
macroconídios (Microsporum). Fonte: Microbiologia médica e imunologia. Warren, 10°ed.
ESTRUTURA PRODUTORA
CONÍDEOS
DE CONÍDEOS
GERMINAÇÃO MICÉLIO
HIFAS
ASSEXUADA
REPRODUÇÃO
FÚNGICA
SEXUADA
ESTADO
HETEROCARIÓTICO
FUSÃO DOS
FUSÃO DOS NÚCLEOS
CITOPLASMAS
MICÉLIO ZIGOTO
GERMINAÇÃO MEIOSE
ESTRUTURA PRODUTORA
ESPORO
DE ESPOROS
MICOLOGIA 17
Divisão ascomycota
É nesse grupo que estão inclusos os
fungos de hifas septadas. A sua prin-
cipal característica é o asco, estrutura
em forma de saco ou bolsa, no inte-
rior do qual são produzidos os ascós-
poros, esporos sexuados, com forma,
número e cor variáveis para cada es-
pécie. As espécies patogênicas para
o homem se classificam em três clas-
ses: Hemiascomycetes, Loculoas-
comycetes e Plectomycetes.
MICOLOGIA 18
Divisão zygomycota
Fungos de hifas septadas e
presença de asco
MAPA GERAL
Micélio
Septos
Hifas
SEXUADA OU ASSEXUADA
Colônias de leveduras
e filamentosas
REPRODUÇÃO FÚNGICA
Corpo de frutificação
Microrganismos de
grande impacto na vida
MORFOLOGIA
humana e para natureza
MICOLOGIA
Divisão ascomycota
ESTRUTURA
Divisão basidiomycota
Parede celular de quitina
Divisão zygomycota
Uni ou pluricelulares
Divisão deuteromycota
Eucariontes
Heterotróficos
por absorção
MICOLOGIA 20
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
OLIVEIRA, Jeferson Carvalhaes de. Tópicos em Micologia Médica / Jeferson Carvalhaes de
Oliveira – Rio de Janeiro; 2014. 230 págs.
Levinson, Warren. Microbiologia médica e imunologia [recurso eletrônico] / Warren Levin-
son ; tradução: Martha Maria Macedo Kyaw. – 10. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre :
AMGH, 2011.
KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; ASTER, Jon C. Robbins patologia básica. 9. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2013.
Raven P. H., Evert, R.F., Eichhorn, S.E., 1992. Biologia Vegetal. Rio de Janeiro, Guanabara
Koogan S.A. 5º ed. 728p.
SANTOS, Elisandro Ricardo Drechsler dos. Material Complementar ao livro Sistemática Ve-
getal I: Fungos – Florianópolis, 2015.
MURRAY, P.R.; ROSENTHAL, K.S.; KOBAYASHI, G.S.; PFALLER, M.A. Microbiologia Médica.
4A Ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2004.
MICOLOGIA 21