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ALAP

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO AMAPÁ

GRAMÁTICA
MORFOSSINTAXE DAS CLASSES
GRAMATICAIS – PARTE III

Pós-edital

Livro Eletrônico
BRUNO PILASTRE

Doutor em Linguística pela Universidade de


Brasília. É autor de obras didáticas de Língua
Portuguesa (Gramática, Texto, Redação Oficial
e Redação Discursiva). Pela Editora Gran Cur-
sos, publicou o “Guia Prático de Língua Portu-
guesa” e o “Guia de Redação Discursiva para
Concursos”. No Gran Cursos Online, atua na
área de desenvolvimento de materiais didáti-
cos (educação e popularização de C&T/CNPq:
http://lattes.cnpq.br/1396654209681297).

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GRAMÁTICA
Morfossintaxe das Classes Gramaticais – Parte III
Prof. Bruno Pilastre

Morfossintaxe das Classes Gramaticais - Parte III............................................4


1. Emprego e Sentido das Classes Gramaticais ...............................................4
1.1. Pronome..............................................................................................4
1.2. Conjunção.......................................................................................... 10
1.2.1 Classificação das Conjunções:............................................................. 11
1.3. Preposição......................................................................................... 12
Resumo.................................................................................................... 14
Glossário.................................................................................................. 15
Questões de Concurso................................................................................ 20
Gabarito................................................................................................... 33
Gabarito Comentado.................................................................................. 34
Referências............................................................................................... 52

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MORFOSSINTAXE DAS CLASSES GRAMATICAIS - PARTE III


1. Emprego e Sentido das Classes Gramaticais
Olá! Chegou o momento de fecharmos o conteúdo de “emprego e sentido das

classes gramaticais”. Nesta aula, trabalharemos três classes gramaticais: os prono-

mes, as conjunções e as preposições.

Essas classes possuem função coesiva: referenciam e articulam o texto, ge-

rando sentidos. Eu ministrarei essa aula da mesma forma que as anteriores. Isso

porque as bancas adotam essa nomenclatura. Primeiramente, apresentarei uma

definição de cada classe, seguida de ilustração. Cada classe será caracterizada por

sua morfologia e sua semântica (incluindo função coesiva, textual). As proprieda-

des sintáticas serão exploradas superficialmente, já que há a aula sobre orações

coordenadas e subordinadas, momento em que exploraremos em detalhes as con-

junções e as preposições. Os pronomes serão detalhados principalmente na aula

sobre o período simples.

Dito isso, podemos começar, certo?

Ah, não se esqueça de fazer os exercícios! Apenas com eles é possível “sentir”

a banca, identificando os padrões na cobrança dos conteúdos.

Aos trabalhos!

1.1. Pronome

A Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) organiza a classe dos pronomes da

seguinte maneira:

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PRONOME

1. Classificação do pronome:

Pessoal reto

oblíquo (reflexivo, não reflexivo)

e tratamento

Possessivo

Demonstrativo

Indefinido

Interrogativo

Relativo

2. Flexão do pronome

a) gênero: masculino

feminino

b) número: singular

plural

c) pessoa: primeira

segunda

terceira

3. Locução pronominal

Na classificação acima, você pode perceber que há diferentes tipos de prono-

mes: pessoais, possessivos, interrogativos etc. Essas diferenças são de natureza

semântica, morfológica e sintática. Na morfologia, as  flexões dos pronomes são

importantes para identificar as relações sintáticas (e, claro, semânticas). E as ban-

cas examinadoras, principalmente o Cebraspe, avaliam esse tipo de conhecimento

contextualizado, envolvendo morfologia, semântica (interpretação) e sintaxe!

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Para definir um pronome, temos que usar uma palavra pouco conhecida, dícti-

co, que significa “aquilo que se refere à situação em que o enunciado é produzido,

ao momento da enunciação e aos atores do discurso”. Vixe, professor, a palavra

é desconhecida e o significado da palavra é complicado... Fique tranquilo(a), vou

esclarecer.

Quando eu digo algo como “Eu comprei este celular pela internet”, as formas

pronominais Eu e este fazem referência a alguma coisa. Mas a quais coisas? A for-

ma pronominal Eu faz referência a quem comunica a mensagem. A mesma pessoa

que comprou o celular é a pessoa que informa que comprou o celular. Essa forma

pronominal indica, então, um ator do discurso.

A forma pronominal este também faz referência a algo. No caso da frase “Eu

comprei este celular pela internet”, o pronome este indica que o item comprado

pela internet (o celular) está próximo ao enunciador (ao Eu). Se a frase fosse “Eu

comprei esse celular pela internet”, o pronome esse indica que o objeto comprado

(o celular) está perto do receptor da mensagem (aquele a quem eu dirijo a minha

fala). E, por fim, se a frase fosse “Eu comprei aquele celular pela internet”, o sig-

nificado também mudaria: o objeto comprado (celular) está distante do enunciador

(aquele que produz a mensagem) e do receptor (aquele que recebe a mensagem).

Ficou claro? Essa ilustração serve para traduzir a ideia de que as formas prono-

minais são dícticas (ou seja, os pronomes fazem referência à situação em que o

enunciado (a mensagem) é produzido).

Os pronomes também fazem referência internamente ao texto. Por exemplo,

vamos observar a sequência de frases a seguir:

A professora chegou atrasada. Ela quase nunca faz isso.

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Dois pronomes se destacam na segunda frase (Ela nunca faz isso). Como fa-

lante do português, você certamente sabe quais são os referentes desses dois pro-

nomes, não é? O pronome Ela faz referência ao nome professora (primeira frase)

e o pronome isso faz referência ao evento chegar atrasada.

Cada tipo de pronome faz referência a um aspecto da situação em que o enun-

ciado é produzido. Vejamos a que situação cada tipo de pronome faz referência

(apresento também os representantes de cada tipo):

a) Pronomes Pessoais: fazem referência aos participantes dos eventos e a

elementos textuais prévios (como nomes e eventos). Cada tipo de pronome pesso-

al (retos e oblíquos) exercem funções sintáticas específicas (que serão detalhadas

nas aulas sobre sintaxe, ok?).

Retos Oblíquos átonos Oblíquos tônicos


me
eu mim
te
tu ti
o, a, lhe, se
ele/ela ele/ela/si
nos
nós nós
vos
vós vós,
os, as,
eles/elas eles/elas/si
lhes, se

b) Pronomes Possessivos: indicam posse. Funcionam, tipicamente, como ad-

jetivos, concordando com o substantivo com que se relacionam.

• meu, minha/meus, minhas;

• teu, tua/teus, tuas;

• seu, sua/seus, suas;

• nosso, nossa/nossos, nossas;

• vosso, vossa/vossos, vossas;

• seu, sua/seus, suas.

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c) Pronomes Demonstrativos: indicam seres ou coisas referidas no momento

da enunciação.

• este(s), esta(s), isto;

• esse(s), essa(s), isso;

• aquele(s), aquela(s), aquilo.

d) Pronomes Indefinidos: referem-se à terceira pessoa de modo indetermi-

nado. Quando ocorrem na sintaxe, tendem a ser núcleo de sintagma nominal.

• Algum(a)(s);

• Alguém;

• Nenhum(a)(s);

• Ninguém;

• Outro(a)(s);

• Outrem;

• Muito(a)(s);

• Pouco(a)(s);

• Certo(a)(s);

• Vários(as);

• Tanto(a)(s);

• Quanto(a)(s);

• Qualquer;

• Quaisquer;

• Nada;

• Cada;

• Algo.

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e) Pronomes Interrogativos: pronomes indefinidos que podem ser usados

em frases interrogativas.

• Que;

• O que;

• Quem;

• Qual;

• Quanto;

• Quando;

• Onde;

• Por que;

• Como.

f) Pronomes Relativo: fazem referência a um nome antecedente (e, sintatica-

mente, são responsáveis por introduzir uma oração subordinada adjetiva).

• Que;

• Quem;

• Onde;

• Cujo(a)(s);

• Quando;

• Como;

• O qual;

• A qual;

• Os quais;

• As quais.

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Pronto, apresentei os representantes de cada tipo de pronome. Ao longo das

aulas de sintaxe, abordarei como cada pronome se comporta.

Na continuação de nossa aula, você estudará as conjunções e das preposições. Es-

sas duas classes compartilham uma propriedade morfológica, destacada a seguir.

Conjunções e preposições NÃO sofrem flexão. Ou seja: conjunções e preposições

são morfologicamente INVARIÁVEIS!

Na aula 3, vimos também que as conjunções e preposições estão no grupo de

classes fechadas, o  que significa dizer que há um número limitado de itens que

funcionam como conjunções e preposições.

Pronto, destacamos duas propriedades morfológicas fundamentais das conjun-

ções e das preposições: são invariáveis e constituem uma classe fechada.

As conjunções e as preposições são classes funcionais: são utilizadas na articulação

dos itens da frase. É muito importante saber que cada uma dessas classes articu-

lam os itens de maneira diferente.

CONJUNÇÕES: unem itens sintaticamente equivalentes (de mesmo valor sintático).

PREPOSIÇÕES: unem itens sintaticamente distintos (de valor sintático diferente).

1.2. Conjunção
Também apresentarei o conteúdo sobre conjunção com a abordagem da Nomen-

clatura Gramatical Brasileira. Os exemplos dos principais representantes de cada

conjunção (ou locução conjuntiva) estão entre parênteses e não constam na NGB:

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1.2.1 Classificação das Conjunções:

a) Coordenativas:

• aditivas (e, nem, não só...mas também, tampouco, tanto...quanto);

• adversativas (mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto);

• alternativas (ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer, seja...seja);

• conclusivas (logo, pois (quando está deslocado), portanto, por conseguinte,

assim, então, por isso);

• explicativas (Pois, que, porque, porquanto).

b) Subordinativas:

• integrantes (que, se);

• causais (pois, porque, visto que, como, uma vez que, na medida em que,

porquanto, haja vista que, já que);

• comparativas (como, mais...(do) que, menos...(do) que tão...como, tanto...

quanto, tão...quanto, assim como);

• concessivas (embora, conquanto, não obstante, ainda que, mesmo que, se

bem que, posto que, por mais que, por pior que, apesar de que, a despeito

de, malgrado, em que pese);

• condicionais (se, caso, sem que, se não, a não ser que, exceto se, a menos

que, contanto que, salvo se, desde que);

• consecutivas (tão (tamanho, tanto, tal)...que, de modo que, de manei-

ra que);

• finais (para, para que, a fim de que, de modo que, de forma que, de sorte

que, porque);

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• temporais (quando, enquanto, assim que, logo que, desde que, até que,

mal, depois que, eis que);

• proporcionais (à proporção que, à medida que, quanto mais, ao passo que);

• conformativas (conforme, consoante, como, segundo).

1.3. Preposição
Semanticamente, as  preposições exprimem circunstâncias (espaço, tempo,

modo, causa, meio, fim etc.), mediando a relação entre dois elementos. Por exem-

plo:

DE

A
ANEL OURO
COM

SEM

O elemento que une os substantivos ANEL e OURO é uma preposição. Cada op-

ção de combinação gera uma interpretação distinta.

No quadro a seguir, apresento os valores semânticos das preposições segundo

o professor e gramático Bechara (1999). No entanto, observo que esses valores

semânticos são considerados na tabela de modo isolado. É possível, a depender do

contexto em que o corre, que o pronome assuma uma interpretação distinta.

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a
limite
até
chegada ao
aproximação ao seu limite
término limite como obstáculo contra
dinâmico
por
afastamento mera direção para
origem de
afastamento desde
horizontal ante (perante), trás
Preposição
situação definida e superior sobre
concreta vertical sob
inferior

estático ou positiva com


dinâmico concomitância sem
negativa
situação imprecisa
em
imprecisão
imprecisão
posição intermediária entre

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RESUMO
PRONOMES: fazem referência a um aspecto da situação em que o enunciado

é produzido. No texto, exercem função coesiva, integrando elementos ao longo da

cadeia referencial.

CONJUNÇÕES E PREPOSIÇÕES: são formas funcionais que integram itens na

estrutura sintática. Morfologicamente, são invariáveis.

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GLOSSÁRIO
(baseado no Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa, 2009)

Aditiva (conjunção)

Conjunção coordenativa que liga dois termos equivalentes da mesma oração ou

duas orações coordenadas (por exemplo: e, nem); conjunção aproximativa, con-

junção copulativa.

Adjetivo (pronome)

Pronome que modifica um substantivo, dando ideia de posse, de localização es-

pacial ou temporal, de quantidade indeterminada, de indefinição etc. (por exemplo:

meu, teu, seu, este, esse, aquele, algum, nenhum, certos, vários, um etc.).

Adversativa (conjunção)

Conjunção coordenativa que liga dois termos da mesma oração ou duas orações

de função idêntica, conotando-as, porém, de um sentido opositivo (por exemplo:

mas, contudo, no entanto, porém etc.).

Alternativa (conjunção)

Conjunção coordenativa que liga dois termos da mesma oração, ou duas ora-

ções, de sentido dessemelhante, determinando que, a  verificar-se um dos fatos

mencionados, o outro deixará de se cumprir (por exemplo: ou [repetido ou não];

nem, ora, quer, seja [repetidos] etc.); conjunção disjuntiva.

Causal (conjunção)

Conjunção que inicia uma oração subordinada exprimindo uma relação de cau-

sa, isto é, explicitando que o que se diz na oração subordinada é causa ou motivo

para o que se diz na oração principal (por exemplo: como, pois, porque, visto que

etc.).

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Comparativa (conjunção)

Conjunção que inicia uma oração subordinada com o papel de segundo membro

de uma comparação, de um cotejo (por exemplo: assim como, como, do que, que

etc.).

Concessiva (conjunção)

Conjunção que inicia uma oração subordinada que exprime uma oposição ao

que é dito na oração principal, não sendo capaz, porém, de anular ou impedir o fato

mencionado (por exemplo: ainda que, embora, mesmo que etc.).

Conclusiva (conjunção)

Conjunção coordenativa que serve para ligar à anterior uma oração que denota

uma conclusão, uma consequência ou uma ilação (por exemplo: assim, logo, pois,

portanto etc.).

Condicional (conjunção)

Conjunção que inicia uma oração subordinada contendo uma hipótese ou uma

condição necessária para que se cumpra a asserção da oração principal (por exem-

plo: a menos que, a não ser que, caso, desde que etc.).

Conformativa (conjunção)

Conjunção que inicia uma oração subordinada na qual está expressa uma ideia

de acordo, conforme com a asserção da oração principal (p.ex.: como, conforme,

consoante, segundo etc.).

Conjunção

Vocábulo invariável, usado para ligar uma oração subordinada à sua principal,

ou para coordenar períodos ou sintagmas do mesmo tipo ou função.

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Coordenativa (conjunção)

Conjunção que relaciona termos ou orações de mesma função gramatical; as

conjunções coordenativas classificam-se em aditivas, adversativas, alternativas,

conclusivas e explicativas.

De tratamento (pronome)

Palavra ou expressão usada para a segunda pessoa do discurso, em lugar dos

pronomes pessoais tu e vós [por exemplo: você(s), o(s) senhor(es), a(s) senho-

ra(s), Vossa(s) Senhoria(s), Vossa(s) Excelência(s) etc.], ou para a terceira pessoa

do discurso, no lugar de ele, ela, eles, elas (por exemplo: Sua(s) Alteza(s), Sua(s)

Majestade(s)) (em ambos os casos o verbo fica na terceira pessoa singular ou plu-

ral).

Demonstrativo (pronome)

Pronome adjetivo ou substantivo que tem função díctica, ou seja, situa (no es-

paço ou no tempo) os seres e as coisas mencionados num enunciado em relação às

pessoas que participam da comunicação.

Díctico (dêictico/dêitico)

Diz-se de ou cada um dos elementos indiciais da linguagem, que figuram lado a

lado com as designações simbólicas ou conceituais; referem-se à situação em que

o enunciado é produzido, ao momento da enunciação e aos atores do discurso.

Explicativa (conjunção)

Conjunção coordenativa que liga duas orações, numa das quais se explica ou se

justifica a asserção contida na outra (pois, porque, que etc.).

Final (conjunção)

Conjunção que inicia uma oração subordinada que exprime a finalidade daquilo

afirmado pela oração principal (por exemplo: a fim de que, para que etc.)

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Indefinido (pronome)

Pronome que se refere à terceira pessoa de modo indeterminado, p.ex.: algo,

alguém, algum, outro, qualquer, outrem, nada, ninguém etc.

Integrante (conjunção)

Conjunção iniciadora de oração subordinada que desempenha função sintática

de sujeito, objeto direto ou indireto, predicativo, complemento nominal, ou aposto

de outra oração (são elas: que, se).

Interrogativo (pronome)

Pronome indefinido que pode ser us. em frases interrogativas, por exemplo:

quem chegou? quantos vencerão? qual é o seu carro?

Pessoal (pronome)

Pronome que serve para substituir as pessoas, que são três: a primeira, a que

fala (eu, nós); a segunda, com quem se fala (tu, vós); e a terceira, de quem se fala

(ele, ela, eles, elas).

Possessivo (pronome)

Pronome que modifica um substantivo dando a ideia de posse, de relação, de

ser parte de (algo) etc., por exemplo: meu livro, seu carro, nossas amigas, sua

irmã, meu clube, meu pé etc.

Preposição

Palavra gramatical, invariável, que liga dois elementos de uma frase, estabe-

lecendo uma relação entre eles. Semanticamente, exprimem circunstâncias (de

tempo, causa, modo, meio, fim etc.)

Pronome

Palavra que representa um sintagma nominal ou termo usado com a função de

um nome, um adjetivo ou toda uma oração que a segue ou antecede.

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Proporcional (conjunção)

Conjunção que inicia uma oração subordinada que refere um fato ocorrido ou a

ocorrer concomitantemente com o fato da oração principal (à medida que, à pro-

porção que, enquanto, quanto mais... mais etc.).

Relativo (pronome)

Pronome que se refere a um nome antecedente, introduzindo uma oração adje-

tiva, por exemplo: o livro que compramos agradou a Pedro; este é o homem cujo

filho venceu a corrida.

Subordinativa (conjunção)

Conjunção que introduz uma oração subordinada, ligando-a à sua oração prin-

cipal, na formação de um período composto por subordinação; as conjunções su-

bordinativas classificam-se em causais, comparativas, concessivas, condicionais,

conformativas, consecutivas, finais, integrantes, proporcionais e temporais.

Substantivo (pronome)

Pronome que nunca se usa junto a um nome, e sim, sempre substituindo-o,

podendo ser demonstrativo, indefinido, interrogativo etc. (por exemplo: isto, isso,

aquilo, algo, alguém, ninguém, quem, tudo, nada).

Temporal (conjunção)

Conjunção que inicia uma oração subordinada que expressa uma circunstância

de tempo (antes que, ao tempo que, assim que, depois que, desde que, logo que,

mal, quando etc.).

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1    (CESPE/STM/ANALISTA/2018)

31| Seja como for, enquanto não chega esse dia, os livros

estão aqui, como uma galáxia pulsante, e as palavras, dentro

deles, são outra poeira cósmica flutuando, à espera do olhar

34| que as irá fixar num sentido ou nelas procurará o sentido novo,

porque assim como vão variando as explicações do universo,

também a sentença que antes parecera imutável para todo o

37| sempre oferece subitamente outra interpretação, a possibilidade

duma contradição latente, a evidência do seu erro próprio.

Aqui, neste escritório onde a verdade não pode ser mais do que

40| uma cara sobreposta às infinitas máscaras variantes, estão os

costumados dicionários da língua e vocabulários, os Morais e

Aurélios, os Morenos e Torrinhas, algumas gramáticas, o

43| Manual do Perfeito Revisor, vademeco de ofício [...].

Na linha 39, o emprego de “neste” decorre da presença do vocábulo “Aqui”, de

modo que sua substituição por nesse resultaria em incorreção gramatical.

Questão 2    (CESPE/STM/ANALISTA/2018)

Disse tudo isso a mim mesmo quando era tempo de

mo dizer, e, se não soube tirar melhor partido de minhas

16| reflexões, não foi por não as ter feito a tempo e por não as ter

bem amadurecido. Lançado, desde a infância, no torvelinho da

sociedade, aprendi cedo, por experiência, que não era feito

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19| para viver nela, onde nunca conseguiria chegar ao estado

de que meu coração precisava. Cessando, portanto, de procurar

entre os homens a felicidade que sentia não poder encontrar,

22| minha ardente imaginação já saltava por cima da

recém-iniciada época de minha vida, como sobre um terreno

desconhecido, para descansar em uma situação tranquila

25| em que me pudesse fixar.

Sem alteração dos sentidos do texto, a oração “em que me pudesse fixar” (l. 25)

poderia ser reescrita da seguinte forma: à qual eu pudesse ser fixado.

Questão 3    (CESPE/TRF1ª/ANALISTA/2017)

1| A linguagem — seja ela oral ou escrita, seja mímica

ou semafórica — é um sistema de símbolos, signos ou

signos-símbolos, voluntariamente produzidos e

4| convencionalmente aceitos, mediante o qual o ser humano se

comunica com seus semelhantes, expressando suas ideias,

sentimentos ou desejos.

7| A linguagem ideal seria aquela em que cada palavra

designasse apenas uma coisa, correspondesse a uma só ideia ou

conceito, tivesse um só sentido. Como tal não ocorre em

10| nenhuma língua conhecida, as palavras são, por natureza,

enganosas, porque polissêmicas ou plurivalentes.

Isoladas de contexto ou situação, as palavras quase

13| nada significam de maneira precisa, inequívoca (Ogden e

Richards são radicais: “as palavras nada significam por si

mesmas”): “...o que determina o valor da palavra é o contexto,

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16| o qual, a despeito da variedade de sentidos de que a palavra

seja suscetível, lhe impõe um valor ‘singular’; é o contexto

também que a liberta de todas as representações passadas, nela

19| acumuladas pela memória, e que lhe atribui um valor ‘atual’”.

Assim, por mais condicionada que esteja a significação de uma

palavra ao seu contexto, sempre subsiste nela, palavra, um

22| núcleo significativo mais ou menos estável e constante, além de

outros traços semânticos potenciais em condições de se

evidenciarem nos contextos em que ela apareça. Se, como

25| entendem Ogden e Richards, as palavras por si mesmas nada

significassem, a cada novo contexto elas adquiririam

significação diferente, o que tornaria praticamente impossível

28| a própria intercomunicação linguística.

Nos trechos “lhe impõe” (l. 17) e “lhe atribui” (l. 19), o pronome ‘lhe’ refere-se a

“palavra” (l. 16), de modo que seriam gramaticalmente corretas as reescritas im-

põe a ela e atribui a ela.

Questão 4    (CESPE/PJC-MT/DELEGADO/2017)

1| A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a

honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços,

semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente

4| da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na

estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte; promove a

desonestidade, a venalidade, a relaxação; insufla a cortesania,

7| a baixeza, sob todas as suas formas.

De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver

prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto

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10| ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem

chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha

de ser honesto.

13| E, nessa destruição geral das nossas instituições, a

maior de todas as ruínas, Senhores, é a ruína da justiça,

corroborada pela ação dos homens públicos. E, nesse

16| esboroamento da justiça, a mais grave de todas as ruínas é a

falta de penalidade aos criminosos confessos, é a falta de

punição quando ocorre um crime de autoria incontroversa, mas

19| ninguém tem coragem de apontá-la à opinião pública, de modo

que a justiça possa exercer a sua ação saneadora e benfazeja.

No último parágrafo do texto, a forma pronominal “la”, em “apontá-la” (l.19), re-

toma:

a) “a ruína da justiça” (l.14).

b) “autoria incontroversa” (l.18).

c) “ação dos homens públicos” (l.15).

d) “falta de punição” (l. 17 e 18).

e) “a mais grave de todas as ruínas” (l.16).

Questão 5    (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017)

Na teoria constitucional moderna, cidadão é o

16| indivíduo que tem um vínculo jurídico com o Estado, sendo

portador de direitos e deveres fixados por determinada

estrutura legal (Constituição, leis), que lhe confere, ainda, a

19| nacionalidade. Cidadãos, em tese, são livres e iguais perante a

lei, porém súditos do Estado.

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No segundo parágrafo do texto, o pronome “lhe” (l.18) faz referência a:

a) “Estado” (l.16).

b) “portador de direitos e deveres” (l.17).

c) “nacionalidade” (l.19).

d) “teoria constitucional moderna” (l.15).

e) “cidadão” (l.15).

Questão 6    (CESPE/FUNPRESP-JUD/ANALISTA/2016)

1| Minha tia, Mary Beton, devo dizer-lhes, morreu de

uma queda de cavalo, quando estava em Bombaim. A notícia

da herança chegou certa noite quase simultaneamente com a da

4| aprovação do decreto que deu o voto às mulheres. A carta de

um advogado caiu na caixa do correio e, quando a abri,

descobri que ela me havia deixado quinhentas libras anuais até

7| o fim da minha vida.

As formas pronominais “a” (l. 5) e “ela” (l. 6) referem-se a “A carta” (l. 4).

Questão 7    (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018)

11| Após espiões poloneses

terem roubado uma cópia da máquina, Turing e o campeão de

13| xadrez Gordon Welchman construíram uma réplica da Enigma

na base militar de Bletchey Park. A máquina replicava os

rotores do sistema alemão e tentava reproduzir diferentes

16| combinações de posições dos rotores para testar possíveis

soluções. Após quatro anos de trabalho, Turing conseguiu

quebrar a Enigma, ao perceber que as mensagens alemãs

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19| criptografadas continham palavras previsíveis, como nomes e

títulos dos militares.

No trecho “para testar possíveis soluções” (l. 16 e 17), o emprego da preposição

“para”, além de contribuir para a coesão sequencial do texto, introduz, no período,

uma ideia de finalidade.

Questão 8    (CESPE/SEEDF/ASSISTENTE/2017)

1| Não têm conta entre nós os pedagogos da

prosperidade que, apegando-se a certas soluções onde,

na melhor hipótese, se abrigam verdades parciais,

4| transformam-nas em requisito obrigatório e único de todo

progresso. É bem característico, para citar um exemplo, o

que ocorre com a miragem da alfabetização. Quanta inútil

7| retórica se tem desperdiçado para provar que todos os

nossos males ficariam resolvidos de um momento para o

outro se estivessem amplamente difundidas as escolas

10| primárias e o conhecimento do abc.

A preposição “para” (l.7) introduz, no período em que ocorre, uma ideia de finali-

dade.

Questão 9    (CESPE/SEEDF/PROFESSOR/2017)

9| Quando nos perguntamos o que é a

10| consciência, não temos melhor resposta que a de Louis

11|Armstrong quando uma repórter perguntou-lhe o que era o jazz:

12| “Moça, se você precisa perguntar, nunca saberá”.

Seriam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto caso fosse introduzida

a preposição sobre imediatamente após “perguntou-lhe” (l.11).

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Questão 10    (CESPE/STM/ANALISTA/2018)

1| Não sou de choro fácil a não ser quando descubro

qualquer coisa muito interessante sobre ácido

desoxirribonucleico. Ou quando acho uma carta que fale sobre

4| a descoberta de um novo modelo para a estrutura do ácido

desoxirribonucleico, uma carta que termine com “Muito amor,

papai”. Francis Crick descobriu o desenho do DNA e escreveu

7| a seu filho só para dizer que “nossa estrutura é muito bonita”.

Estrutura, foi o que ele falou. Antes de despedir-se ainda disse:

“Quando chegar em casa, vou te mostrar o modelo”. Não

10| esqueça os dois pacotes de leite, passe para comprar pão,

guarde o resto do dinheiro para seus caramelos e, quando

chegar, eu mostro a você o mecanismo copiador básico a partir

13| do qual a vida vem da vida.

Não sou de choro fácil, mas um composto orgânico

cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam

16| o desenvolvimento e o funcionamento de todos os seres vivos

me comove. Cromossomas me animam, ribossomas me

espantam. A divisão celular não me deixa dormir, e olha que eu

19| moro bem no meio das montanhas. De vez em quando vejo

passarem os aviões, mas isso nunca acontece de madrugada —

a noite se guarda toda para o infinito silêncio.

22| Acho que uma palavra é muito mais bonita do que

uma carabina, mas não sei se vem ao caso. Nenhuma palavra

quer ferir outras palavras: nem desoxirribonucleico, nem

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25| montanha, nem canção. Todos esses conceitos têm os seus

sinônimos, veja só, ácido desoxirribonucleico e DNA são

exatamente a mesma coisa, e os do resto das palavras você

28| acha. É tudo uma questão de amor e prisma, por favor não abra

os canhões. Que coisa mais linda esse ácido despenteado,

caramba. Olhei com mais atenção o desenho da estrutura e

31| descobri: a raça humana é toda brilho.

A substituição da expressão “e olha que eu moro bem no meio das montanhas” (l.

18 e 19) por embora eu more entre montanhas manteria a coerência do trecho

no qual se insere, mas alteraria seu nível de formalidade.

Questão 11    (CESPE/PC-MA/ESCRIVÃO/2017)

1| Se, nos Estados Unidos da América, surgem mais e

mais casos de assédio sexual em ambientes profissionais —

como os que envolvem produtores e atores de cinema —, no

4| Brasil, o número de processos desse tipo caiu 7,5% entre 2015

e 2016.

Até setembro de 2017, foram registradas 4.040 ações

7| judiciais sobre assédio sexual no trabalho, considerando-se só

a primeira instância.

Os números mostram que o tema ainda é tabu por

10| aqui, analisa o consultor Renato Santos, que atua auxiliando

empresas a criarem canais de denúncia anônima. “As pessoas

não falam por medo de serem culpabilizadas ou até de

13| represálias”.

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Segundo Santos, os canais de denúncia para coibir

corrupção nas corporações já recebem queixas de assédio e

16| ajudam a identificar eventuais predadores. Para ele,

“o anonimato ajuda, já que as pessoas se sentem mais

protegidas para falar”.

19| A lei só tipifica o crime quando há chantagem de um

superior sobre um subordinado para tentar obter vantagem

sexual. Se um colega constrange o outro, em tese, não há

22| crime, embora tal comportamento possa dar causa a reparação

por dano moral.

No texto, a correção gramatical e o sentido do trecho ‘O anonimato ajuda, já que

as pessoas se sentem mais protegidas para falar’ (l. 17 e 18) seriam preservados

caso se substituísse o termo “já que” por:

a) a fim de que.

b) ainda que.

c) contanto que.

d) uma vez que.

e) logo que.

Questão 12    (CESPE/TCE-PB/AUXILIAR/2017)

1| O medo do esquecimento obcecou as sociedades

europeias da primeira fase da modernidade. Para dominar sua

inquietação, elas fixaram, por meio da escrita, os traços do

4| passado, a lembrança dos mortos ou a glória dos vivos e todos

os textos que não deveriam desaparecer. A pedra, a madeira, o

tecido, o pergaminho e o papel forneceram os suportes nos

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7| quais podia ser inscrita a memória dos tempos e dos homens.


No espaço aberto da cidade, no refúgio da biblioteca,
na magnitude do livro e na humildade dos objetos mais
10| simples, a escrita teve como missão conjurar contra a fatalidade
da perda. Em um mundo no qual as escritas podiam ser
apagadas, os manuscritos podiam ser perdidos e os livros
13| estavam sempre ameaçados de destruição, a tarefa não era fácil.
Paradoxalmente, seu sucesso poderia criar, talvez, outro
perigo: o de uma incontrolável proliferação textual de um
16| discurso sem ordem nem limites.
O excesso de escrita, que multiplica os textos inúteis
e abafa o pensamento sob o acúmulo de discursos, foi
19| considerado um perigo tão grande quanto seu contrário.
Embora fosse temido, o apagamento era necessário, assim
como o esquecimento também o é para a memória. Nem todos
22| os escritos foram destinados a se tornar arquivos cuja proteção
os defenderia da imprevisibilidade da história. Alguns foram
traçados sobre suportes que permitiam escrever, apagar e
25| depois escrever de novo.
No texto, as relações sintático-semânticas do período “Embora fosse temido, o apa-
gamento era necessário, assim como o esquecimento também o é para a memória”
(l. 20 e 21) seriam preservadas caso a conjunção “Embora” fosse substituída por:
a) Por conseguinte.
b) Ainda que.
c) Consoante.
d) Desde que.

e) Uma vez que.

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Questão 13    (CESPE/STF/ANALISTA/2013)

Na oração “guiava-me a promessa do livro” (l.22), o pronome “me” exerce a função

de complemento da forma verbal “guiava”.

Questão 14    (CESPE/SEE-AL/PROFESSOR/2013)

1| Quando se pensa em educação popular, logo se

2| recorre às ideias do educador Paulo Freire, que,

3| durante toda a sua vida, se dedicou à questão do educar para a

4| vida.

Na linha 2, o termo “que” poderia ser substituído por cujo, haja vista se tratar de

pronome relativo referente ao educador e escritor Paulo Freire.

Questão 15    (CESPE/SEE-AL/SECRETÁRIO ESCOLAR/2013)

1| O secretário escolar é mais do que um mero executor

de tarefas burocráticas, pois é um profissional que tem em

mãos dados essenciais para pensar estrategicamente o processo

4| pedagógico da escola, bem como para gerenciar a memória

documental dos sujeitos que nela estão ou estiveram inseridos.

A amplitude de suas funções coloca-o em relação

7| direta e permanente com diferentes áreas de atuação da unidade

educativa, o que exige sua interação com todos os envolvidos

no trabalho escolar.

10| Às vezes, esse profissional é a ponte entre aqueles que

tomam decisões gerenciais e os que executarão tais decisões;

muitas vezes, porém, ele toma decisões e executa tarefas

13| relevantes e decisivas. É, pois, nesse momento, verdadeiro

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assessor, função que exige competências básicas bem

específicas e formação voltada essencialmente para questões

16| educacionais.

Cristiane de C. R. Abud.

Internet: www.uems.br

(com adaptações).

No segundo parágrafo, os termos “suas” (l.6), “-o” — em “coloca-o” (l.6) — e “sua”

(l.8) exercem a função de pronomes e estabelecem uma cadeia de coesão com o

referente “secretário escolar” (l.1).

Questão 16    O termo “pois” (l.13) explicita uma relação sintática de conclusão.

Questão 17    (CESPE/ANCINE/ANALISTA/2013)

14| O cinema ideal seria aquele onde não houvesse

15| absolutamente nenhum ponto de luz.

A substituição do vocábulo “onde” (l.14) por em que manteria a correção gra-

matical e o sentido original do texto.

Questão 18    (CESPE/SEGESP-AL/PERITO CRIMINAL/2013)

1| Uma tecnologia desenvolvida pelo Instituto de

Química da Universidade de Brasília (UnB) aumenta a precisão

da perícia criminal e baixa seus custos. O grupo, formado por

4| pesquisadores, alunos e peritos da Polícia Federal, desenvolveu

marcadores visuais que possibilitam rastrear um projétil,

identificar a distância de um tiro em até 12 metros do local do

7| disparo e apontar a estatura do atirador.

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No primeiro período do texto, o pronome “seus” (l.3) está empregado em referên-

cia à expressão “perícia criminal” (l.3).

Questão 19    (CESPE/FUB/ASSISTENTE/2013)

1| A educação superior no Brasil não pode ser discutida

2| sem que se tenha presente o cenário em que ela surgiu [...]

Caso a expressão “em que” (l.2) fosse substituída por o qual, seriam mantidas

a correção e a coerência do texto.

Questão 20    (CESPE/MJ/SUPERIOR/2013)

1| Marilena Chaui, filósofa brasileira, afirma que, para

a classe dominante brasileira (os “liberais”), democracia é o

regime da lei e da ordem. Para a filósofa, no entanto, a

4| democracia é “o único regime político no qual os conflitos são

considerados o princípio mesmo de seu funcionamento”

A expressão ‘no qual’ (l.4) poderia ser substituída pelo vocábulo onde, sem pre-

juízo para a correção e para as ideias do texto.

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GABARITO
1. C

2. E

3. C

4. b

5. e

6. E

7. C

8. C

9. E

10. C

11. d

12. b

13. C

14. E

15. C

16. C

17. C

18. C

19. E

20. E

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GABARITO COMENTADO
Questão 1    (CESPE/STM/ANALISTA/2018)

31| Seja como for, enquanto não chega esse dia, os livros

estão aqui, como uma galáxia pulsante, e as palavras, dentro

deles, são outra poeira cósmica flutuando, à espera do olhar

34| que as irá fixar num sentido ou nelas procurará o sentido novo,

porque assim como vão variando as explicações do universo,

também a sentença que antes parecera imutável para todo o

37| sempre oferece subitamente outra interpretação, a possibilidade

duma contradição latente, a evidência do seu erro próprio.

Aqui, neste escritório onde a verdade não pode ser mais do que

40| uma cara sobreposta às infinitas máscaras variantes, estão os

costumados dicionários da língua e vocabulários, os Morais e

Aurélios, os Morenos e Torrinhas, algumas gramáticas, o

43| Manual do Perfeito Revisor, vademeco de ofício [...].

Na linha 39, o emprego de “neste” decorre da presença do vocábulo “Aqui”, de

modo que sua substituição por nesse resultaria em incorreção gramatical.

Certo.

Como vimos em nossa aula, a forma pronominal neste (em + este) situa a localiza-

ção do falante (primeira pessoa, seta para baixo). Em termos textuais, o pronome

este é usado na catáfora (seta para frente). Usamos as setas para ilustrar esses

valores:

ESTE

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Questão 2    (CESPE/STM/ANALISTA/2018)

Disse tudo isso a mim mesmo quando era tempo de

mo dizer, e, se não soube tirar melhor partido de minhas

16| reflexões, não foi por não as ter feito a tempo e por não as ter

bem amadurecido. Lançado, desde a infância, no torvelinho da

sociedade, aprendi cedo, por experiência, que não era feito

19| para viver nela, onde nunca conseguiria chegar ao estado

de que meu coração precisava. Cessando, portanto, de procurar

entre os homens a felicidade que sentia não poder encontrar,

22| minha ardente imaginação já saltava por cima da

recém-iniciada época de minha vida, como sobre um terreno

desconhecido, para descansar em uma situação tranquila

25| em que me pudesse fixar.

Sem alteração dos sentidos do texto, a oração “em que me pudesse fixar” (l. 25)

poderia ser reescrita da seguinte forma: à qual eu pudesse ser fixado.

Errado.

O pronome relativo que, na linha 25, quando substituído por a qual, deve ser com-

binado com a preposição em, resultando na forma na qual. Isso porque a preposi-

ção não pode ser a, como sugere a questão, uma vez que o verbo fixar, transitivo

indireto, exige a preposição em.

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enganosas, porque polissêmicas ou plurivalentes.

Isoladas de contexto ou situação, as palavras quase

13| nada significam de maneira precisa, inequívoca (Ogden e

Richards são radicais: “as palavras nada significam por si

mesmas”): “...o que determina o valor da palavra é o contexto,

16| o qual, a despeito da variedade de sentidos de que a palavra

seja suscetível, lhe impõe um valor ‘singular’; é o contexto

também que a liberta de todas as representações passadas, nela

19| acumuladas pela memória, e que lhe atribui um valor ‘atual’”.

Assim, por mais condicionada que esteja a significação de uma

palavra ao seu contexto, sempre subsiste nela, palavra, um

22| núcleo significativo mais ou menos estável e constante, além de

outros traços semânticos potenciais em condições de se

evidenciarem nos contextos em que ela apareça. Se, como

25| entendem Ogden e Richards, as palavras por si mesmas nada

significassem, a cada novo contexto elas adquiririam

significação diferente, o que tornaria praticamente impossível

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Nos trechos “lhe impõe” (l. 17) e “lhe atribui” (l. 19), o pronome ‘lhe’ refere-se a

“palavra” (l. 16), de modo que seriam gramaticalmente corretas as reescritas im-

põe a ela e atribui a ela.

Certo.

Primeiramente, a questão está correta quando diz que o nome palavra é o refe-

rente dos pronomes lhe (l.17) e lhe (l.19). Em segundo lugar, os verbos impor e

atribuir, ambos transitivos direto e indireto, selecionam objeto indireto introduzido

pela preposição a. O pronome de terceira pessoa ela pode ser regido pela prepo-

sição a. Por fim, o pronome oblíquo tônico lhe é o substituto adequado a comple-

mentos indiretos (objetos indiretos) de terceira pessoa.

Questão 4    (CESPE/PJC-MT/DELEGADO/2017)

1| A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a

honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços,

semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente

4| da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na

estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte; promove a

desonestidade, a venalidade, a relaxação; insufla a cortesania,

7| a baixeza, sob todas as suas formas.

De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver

prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto

10| ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem

chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha

de ser honesto.

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13| E, nessa destruição geral das nossas instituições, a

maior de todas as ruínas, Senhores, é a ruína da justiça,

corroborada pela ação dos homens públicos. E, nesse

16| esboroamento da justiça, a mais grave de todas as ruínas é a

falta de penalidade aos criminosos confessos, é a falta de

punição quando ocorre um crime de autoria incontroversa, mas

19| ninguém tem coragem de apontá-la à opinião pública, de modo

que a justiça possa exercer a sua ação saneadora e benfazeja.

No último parágrafo do texto, a forma pronominal “la”, em “apontá-la” (l.19), re-

toma:

a) “a ruína da justiça” (l.14).

b) “autoria incontroversa” (l.18).

c) “ação dos homens públicos” (l.15).

d) “falta de punição” (l. 17 e 18).

e) “a mais grave de todas as ruínas” (l.16).

Letra b.

Temos aqui uma questão que solicita a compreensão da conexão entre o pronome

e o nome referido. Vemos que em todas as opções há um nome (ou sintagma no-

minal) de gênero feminino e em número singular. Potencialmente, todos poderiam

ser retomados pela forma pronominal la. No entanto, o termo mais próximo é, po-

tencialmente, o referente a ser retomado — no caso do texto em análise, trata-se

de autoria controversa.

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Questão 5    (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017)

Na teoria constitucional moderna, cidadão é o

16| indivíduo que tem um vínculo jurídico com o Estado, sendo

portador de direitos e deveres fixados por determinada

estrutura legal (Constituição, leis), que lhe confere, ainda, a

19| nacionalidade. Cidadãos, em tese, são livres e iguais perante a

lei, porém súditos do Estado.

No segundo parágrafo do texto, o pronome “lhe” (l.18) faz referência a:

a) “Estado” (l.16).

b) “portador de direitos e deveres” (l.17).

c) “nacionalidade” (l.19).

d) “teoria constitucional moderna” (l.15).

e) “cidadão” (l.15).

Letra e.

Para resolver a questão, temos que observar o verbo confere, na linha 18. Por ser

transitivo direto e indireto, seleciona um objeto direto e um objeto indireto. O ob-

jeto direto é a nacionalidade e o objeto indireto é a alguém (e este “alguém” é

a resposta da questão). Lembre-se: o pronome lhe pode substituir complemento

preposicionado (objeto indireto). Em termos de interpretação do texto analisado,

é o Estado que confere a nacionalidade ao cidadão. Portanto, o objeto indireto

(substituído e retomado pelo pronome lhe) é ao cidadão.

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Questão 6    (CESPE/FUNPRESP-JUD/ANALISTA/2016)

1| Minha tia, Mary Beton, devo dizer-lhes, morreu de

uma queda de cavalo, quando estava em Bombaim. A notícia

da herança chegou certa noite quase simultaneamente com a da

4| aprovação do decreto que deu o voto às mulheres. A carta de

um advogado caiu na caixa do correio e, quando a abri,

descobri que ela me havia deixado quinhentas libras anuais até

7| o fim da minha vida.

As formas pronominais “a” (l. 5) e “ela” (l. 6) referem-se a “A carta” (l. 4).

Errado.

Apenas a forma pronominal a (l.5) faz referência ao termo a carta. O pronome ela

(l. 6) faz referência ao termo Minha tia, Mary Beton (l.1).

Questão 7    (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018)

11| Após espiões poloneses

terem roubado uma cópia da máquina, Turing e o campeão de

13| xadrez Gordon Welchman construíram uma réplica da Enigma

na base militar de Bletchey Park. A máquina replicava os

rotores do sistema alemão e tentava reproduzir diferentes

16| combinações de posições dos rotores para testar possíveis

soluções. Após quatro anos de trabalho, Turing conseguiu

quebrar a Enigma, ao perceber que as mensagens alemãs

19| criptografadas continham palavras previsíveis, como nomes e

títulos dos militares.

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No trecho “para testar possíveis soluções” (l. 16 e 17), o emprego da preposição


“para”, além de contribuir para a coesão sequencial do texto, introduz, no período,
uma ideia de finalidade.

Certo.
A preposição para possui, na sentença analisada, a ideia de finalidade. Traduzin-
do, temos que a reprodução de diferentes combinações tinha por fim as possíveis
soluções.

Questão 8    (CESPE/SEEDF/ASSISTENTE/2017)


1| Não têm conta entre nós os pedagogos da
prosperidade que, apegando-se a certas soluções onde,
na melhor hipótese, se abrigam verdades parciais,
4| transformam-nas em requisito obrigatório e único de todo
progresso. É bem característico, para citar um exemplo, o
que ocorre com a miragem da alfabetização. Quanta inútil
7| retórica se tem desperdiçado para provar que todos os
nossos males ficariam resolvidos de um momento para o
outro se estivessem amplamente difundidas as escolas
10| primárias e o conhecimento do abc.
A preposição “para” (l.7) introduz, no período em que ocorre, uma ideia de finali-
dade.

Certo.
Questão semelhante à anterior. Para reconhecer a ideia de finalidade na preposição
para, faça a reescritura utilizando, no lugar da preposição, as formas com a fina-

lidade de, com o intuito de, com o propósito de:

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“Quanta inútil retórica se tem desperdiçado com a finalidade/o intuito/o pro-


pósito de provar que [...]”.

Questão 9    (CESPE/SEEDF/PROFESSOR/2017)


9| Quando nos perguntamos o que é a
10| consciência, não temos melhor resposta que a de Louis
11|Armstrong quando uma repórter perguntou-lhe o que era o jazz:
12| “Moça, se você precisa perguntar, nunca saberá”.
Seriam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto caso fosse introduzida
a preposição sobre imediatamente após “perguntou-lhe” (l.11).

Errado.
A preposição sobre não pode ser introduzida na construção analisada. A explicação
é a seguinte. O verbo perguntar, na sentença, é transitivo direto e indireto: per-
guntar algo (o que era o jazz) a alguém (lhe = a ele). Se houvesse a presença da
preposição sobre, a construção ficaria assim (reescrita): “uma repórter perguntou
sobre o que era o jazz a ele”. Essa frase, segundo a norma gramatical, é incorreta,
já que a preposição sobre está introduzindo um objeto direto.

Questão 10    (CESPE/STM/ANALISTA/2018)


1| Não sou de choro fácil a não ser quando descubro
qualquer coisa muito interessante sobre ácido
desoxirribonucleico. Ou quando acho uma carta que fale sobre
4| a descoberta de um novo modelo para a estrutura do ácido
desoxirribonucleico, uma carta que termine com “Muito amor,
papai”. Francis Crick descobriu o desenho do DNA e escreveu

7| a seu filho só para dizer que “nossa estrutura é muito bonita”.

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Estrutura, foi o que ele falou. Antes de despedir-se ainda disse:

“Quando chegar em casa, vou te mostrar o modelo”. Não

10| esqueça os dois pacotes de leite, passe para comprar pão,

guarde o resto do dinheiro para seus caramelos e, quando

chegar, eu mostro a você o mecanismo copiador básico a partir

13| do qual a vida vem da vida.

Não sou de choro fácil, mas um composto orgânico

cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam

16| o desenvolvimento e o funcionamento de todos os seres vivos

me comove. Cromossomas me animam, ribossomas me

espantam. A divisão celular não me deixa dormir, e olha que eu

19| moro bem no meio das montanhas. De vez em quando vejo

passarem os aviões, mas isso nunca acontece de madrugada —

a noite se guarda toda para o infinito silêncio.

22| Acho que uma palavra é muito mais bonita do que

uma carabina, mas não sei se vem ao caso. Nenhuma palavra

quer ferir outras palavras: nem desoxirribonucleico, nem

25| montanha, nem canção. Todos esses conceitos têm os seus

sinônimos, veja só, ácido desoxirribonucleico e DNA são

exatamente a mesma coisa, e os do resto das palavras você

28| acha. É tudo uma questão de amor e prisma, por favor não abra

os canhões. Que coisa mais linda esse ácido despenteado,

caramba. Olhei com mais atenção o desenho da estrutura e

31| descobri: a raça humana é toda brilho.

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A substituição da expressão “e olha que eu moro bem no meio das montanhas” (l.

18 e 19) por embora eu more entre montanhas manteria a coerência do trecho

no qual se insere, mas alteraria seu nível de formalidade.

Certo.

A conjunção embora traduz corretamente o valor concessivo do trecho no qual se

insere. A ideia de concessão, como vimos, exprime uma oposição ao que é afirma-

do na oração principal, mas não é capaz de anular ou impedir o fato mencionado.

Como vemos pela natureza do texto em análise, a frase original é menos formal

(é informal). Se se fizer o uso da conjunção embora, o texto se torna mais formal.

Questão 11    (CESPE/PC-MA/ESCRIVÃO/2017)

1| Se, nos Estados Unidos da América, surgem mais e

mais casos de assédio sexual em ambientes profissionais —

como os que envolvem produtores e atores de cinema —, no

4| Brasil, o número de processos desse tipo caiu 7,5% entre 2015

e 2016.

Até setembro de 2017, foram registradas 4.040 ações

7| judiciais sobre assédio sexual no trabalho, considerando-se só

a primeira instância.

Os números mostram que o tema ainda é tabu por

10| aqui, analisa o consultor Renato Santos, que atua auxiliando

empresas a criarem canais de denúncia anônima. “As pessoas

não falam por medo de serem culpabilizadas ou até de

13| represálias”.

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Segundo Santos, os canais de denúncia para coibir

corrupção nas corporações já recebem queixas de assédio e

16| ajudam a identificar eventuais predadores. Para ele,

“o anonimato ajuda, já que as pessoas se sentem mais

protegidas para falar”.

19| A lei só tipifica o crime quando há chantagem de um

superior sobre um subordinado para tentar obter vantagem

sexual. Se um colega constrange o outro, em tese, não há

22| crime, embora tal comportamento possa dar causa a reparação

por dano moral.

No texto, a correção gramatical e o sentido do trecho ‘O anonimato ajuda, já que

as pessoas se sentem mais protegidas para falar’ (l. 17 e 18) seriam preservados

caso se substituísse o termo “já que” por:

a) a fim de que.

b) ainda que.

c) contanto que.

d) uma vez que.

e) logo que.

Letra d.

São equivalentes do termo já que: dado que, visto que, uma vez que. O valor

da locução conjuntiva é de explicação, introduzindo o seguimento que denota uma

explicação para o que foi dito anteriormente. As expressões em (a), (b), (c) e (e)

são distintas semanticamente, havendo alteração de sentido caso estejam empre-

gadas no lugar de já que.

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Questão 12    (CESPE/TCE-PB/AUXILIAR/2017)

1| O medo do esquecimento obcecou as sociedades

europeias da primeira fase da modernidade. Para dominar sua

inquietação, elas fixaram, por meio da escrita, os traços do

4| passado, a lembrança dos mortos ou a glória dos vivos e todos

os textos que não deveriam desaparecer. A pedra, a madeira, o

tecido, o pergaminho e o papel forneceram os suportes nos

7| quais podia ser inscrita a memória dos tempos e dos homens.

No espaço aberto da cidade, no refúgio da biblioteca,

na magnitude do livro e na humildade dos objetos mais

10| simples, a escrita teve como missão conjurar contra a fatalidade

da perda. Em um mundo no qual as escritas podiam ser

apagadas, os manuscritos podiam ser perdidos e os livros

13| estavam sempre ameaçados de destruição, a tarefa não era fácil.

Paradoxalmente, seu sucesso poderia criar, talvez, outro

perigo: o de uma incontrolável proliferação textual de um

16| discurso sem ordem nem limites.

O excesso de escrita, que multiplica os textos inúteis

e abafa o pensamento sob o acúmulo de discursos, foi

19| considerado um perigo tão grande quanto seu contrário.

Embora fosse temido, o apagamento era necessário, assim

como o esquecimento também o é para a memória. Nem todos

22| os escritos foram destinados a se tornar arquivos cuja proteção

os defenderia da imprevisibilidade da história. Alguns foram

traçados sobre suportes que permitiam escrever, apagar e

25| depois escrever de novo.

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No texto, as relações sintático-semânticas do período “Embora fosse temido, o apa-

gamento era necessário, assim como o esquecimento também o é para a memória”

(l. 20 e 21) seriam preservadas caso a conjunção “Embora” fosse substituída por:

a) Por conseguinte.

b) Ainda que.

c) Consoante.

d) Desde que.

e) Uma vez que.

Letra b.

O valor da conjunção embora é de concessão (exprime uma oposição ao que é

dito na oração principal, não sendo capaz, porém, de anular ou impedir o fato

mencionado). Por conseguinte é uma conjunção consecutiva; consoante é uma

conjunção conformativa; desde que é uma conjunção condicional; uma vez que,

por fim, é uma conjunção explicativa.

Questão 13    (CESPE/STF/ANALISTA/2013)

Na oração “guiava-me a promessa do livro” (l.22), o pronome “me” exerce a

função de complemento da forma verbal “guiava”.

Certo.

O sujeito do verbo guiava está posposto, isto é, depois do verbo. Na ordem canô-

nica SVO (sujeito verbo objeto), a ordem é a seguinte:

A promessa do livro guiava-me. O pronome me, então, é complemento do verbo

guiar.

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Questão 14    (CESPE/SEE-AL/PROFESSOR/2013)

1| Quando se pensa em educação popular, logo se

2| recorre às ideias do educador Paulo Freire, que,

3| durante toda a sua vida, se dedicou à questão do educar para a

4| vida.

Na linha 2, o termo “que” poderia ser substituído por cujo, haja vista se tratar de

pronome relativo referente ao educador e escritor Paulo Freire.

Errado.

O pronome cujo estabelece relação de posse:

[possuidor] cujo [posse]

Cada um dos elementos unidos pelo pronome cujo deve pertencer à classe dos

substantivos.

Nenhum desses critérios é atendido na construção: Paulo Freire, cujo, durante toda

a sua vida, se dedicou à questão [...]

O estranhamento do resultado da substituição que-cujo é uma comprovação da

impossibilidade de substituição.

Questão 15    (CESPE/SEE-AL/SECRETÁRIO ESCOLAR/2013)

1| O secretário escolar é mais do que um mero executor

de tarefas burocráticas, pois é um profissional que tem em

mãos dados essenciais para pensar estrategicamente o processo

4| pedagógico da escola, bem como para gerenciar a memória

documental dos sujeitos que nela estão ou estiveram inseridos.

A amplitude de suas funções coloca-o em relação

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7| direta e permanente com diferentes áreas de atuação da unidade


educativa, o que exige sua interação com todos os envolvidos
no trabalho escolar.
10| Às vezes, esse profissional é a ponte entre aqueles que
tomam decisões gerenciais e os que executarão tais decisões;
muitas vezes, porém, ele toma decisões e executa tarefas
13| relevantes e decisivas. É, pois, nesse momento, verdadeiro
assessor, função que exige competências básicas bem
específicas e formação voltada essencialmente para questões
16| educacionais.
Cristiane de C. R. Abud.
Internet: www.uems.br
(com adaptações).
No segundo parágrafo, os termos “suas” (l.6), “-o” — em “coloca-o” (l.6) — e “sua”
(l.8) exercem a função de pronomes e estabelecem uma cadeia de coesão com o
referente “secretário escolar” (l.1).

Certo.
Na cadeia referencial do primeiro parágrafo, o referente a ser retomado pelas elip-
ses e pelos pronomes é o sintagma nominal O secretário escolar. Não há, ao lon-
go desse trecho, outro referente potencial para as formas pronominais destacadas.

Questão 16    O termo “pois” (l.13) explicita uma relação sintática de conclusão.

Certo.
A conjunção conclusiva pois, no trecho em análise, é equivalente às formas por-

tanto, assim, logo.

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Questão 17    (CESPE/ANCINE/ANALISTA/2013)

14| O cinema ideal seria aquele onde não houvesse

15| absolutamente nenhum ponto de luz.

A substituição do vocábulo “onde” (l.14) por em que manteria a correção grama-

tical e o sentido original do texto.

Certo.

O pronome onde está empregado em sentido locativo (a sala de cinema é um local

físico bem delimitado). A forma em que também possui a semântica locativa, daí

a possibilidade de substituição.

Questão 18    (CESPE/SEGESP-AL/PERITO CRIMINAL/2013)

1| Uma tecnologia desenvolvida pelo Instituto de

Química da Universidade de Brasília (UnB) aumenta a precisão

da perícia criminal e baixa seus custos. O grupo, formado por

4| pesquisadores, alunos e peritos da Polícia Federal, desenvolveu

marcadores visuais que possibilitam rastrear um projétil,

identificar a distância de um tiro em até 12 metros do local do

7| disparo e apontar a estatura do atirador.

No primeiro período do texto, o pronome “seus” (l.3) está empregado em referên-

cia à expressão “perícia criminal” (l.3).

Certo.

O pronome possessivo seus deve concordar com o termo que o segue (a coisa pos-

suída): custos. Os custos são da perícia criminal (e aí encontramos o possuidor).

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Questão 19    (CESPE/FUB/ASSISTENTE/2013)

1| A educação superior no Brasil não pode ser discutida

2| sem que se tenha presente o cenário em que ela surgiu [...]

Caso a expressão “em que” (l.2) fosse substituída por o qual, seriam mantidas a

correção e a coerência do texto.

Errado.

Como há a preposição em, a forma de substituição deve ser no qual.

Questão 20    (CESPE/MJ/SUPERIOR/2013)

1| Marilena Chaui, filósofa brasileira, afirma que, para

a classe dominante brasileira (os “liberais”), democracia é o

regime da lei e da ordem. Para a filósofa, no entanto, a

4| democracia é “o único regime político no qual os conflitos são

considerados o princípio mesmo de seu funcionamento”

A expressão ‘no qual’ (l.4) poderia ser substituída pelo vocábulo onde, sem preju-

ízo para a correção e para as ideias do texto.

Errado.

Não há, no trecho em análise, regime político (antecedente da forma no qual),

assim não pode ser interpretado com sentido locativo — daí a impossibilidade de

substituição pela forma onde.

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REFERÊNCIAS
BECHARA, E. Moderna Gramática Portuguesa. Rio de Janeiro: YHL, 1999.

CUNHA, C.; CINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo. 5. ed.

Rio de Janeiro: Lexicon, 2008.

HOUAISS, A. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. São Paulo:

Editora Objetiva. 2009.

ROCHA LIMA. Gramática normativa da língua portuguesa. 49. ed. Rio de Ja-

neiro: José Olympio, 2011.

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