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Data Center: Tratando de Missão Crítica

Artigo 05

Conceitos Básicos de Projeto Elétrico para Data Centers

Eduardo Sousa
Brasília, 18 de julho de 2018.
Projeto e Construção
Sumário Data Center: Tratando de Missão Crítica

Conceitos Básicos de Projeto Elétrico para Data Centers

Resumo ................................................................................................................................... 1

1. Introdução ............................................................................................................................ 2

2. Desenvolvimento ................................................................................................................. 3

2.1. Disponibilidade da Infraestrutura .................................................................................. 3

2.2. Tecnologia Empregada ................................................................................................. 3

2.3. Topologia do Sistema Elétrico ...................................................................................... 3

2.4. Cálculo de Disponibilidade ............................................................................................ 7

3. Conclusões ........................................................................................................................ 13

Referências ............................................................................................................................ 14

Informações de Contato ........................................................................................................ 15


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Resumo
Considerando a infraestrutura física de um data center, o sistema elétrico é o mais
importante. Devido à sua criticidade, a alimentação elétrica dos equipamentos de TI deve ser
de boa qualidade e garantir a alta disponibilidade do data center.

Ressalta-se que a configuração do sistema elétrico (topologia) do data center, com suas
contingências (nível de redundância), é o que define suas características de disponibilidade
e confiabilidade.

Dessa forma, o primeiro passo para execução do projeto elétrico de um data center é a
definição da disponibilidade desejada de sua infraestrutura física e o conhecimento da
capacidade de carga elétrica a ser sustentada.

A configuração
do sistema
elétrico
(topologia) do
data center, com
suas
contingências
(nível de
redundância), é o
que define suas
características de
disponibilidade e
confiabilidade.
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1. Introdução
Para projetar um data center, primeiramente, é necessário identificar os requisitos de negócio
da empresa. Assim, listar as prioridades e funcionalidades necessárias, ajudará a determinar
a melhor topologia para o data center. Além disso, delinear as principais ideias e conceitos
ajudará a estruturar um projeto focado e eficaz para atendimento das necessidades da
empresa.

Para definir adequadamente os requisitos básicos de um projeto elétrico, além das


necessidades de negócio e as operações desejadas do data center, deve-se considerar,
também, os seguintes critérios:

• Disponibilidade da infraestrutura;
• Tecnologia empregada (tipo de equipamento);
• Topologia do sistema elétrico.

Para projetar um
data center,
primeiramente, é
necessário
identificar os
requisitos de
negócio da
empresa.
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2. Desenvolvimento
2.1. Disponibilidade da Infraestrutura
Primeiramente, para elaboração de um projeto elétrico para data center, é preciso determinar
a disponibilidade desejada da sua infraestrutura física. Basicamente, deve-se avaliar se o
data center pode sofrer alguma indisponibilidade para execução de atividades de
manutenção e a sua tolerância a falhas.

Dessa forma, caso a empresa possa interromper as suas atividades por períodos planejados,
deve-se informar quanto tempo de inatividade pode ocorrer sem afetar as operações de seu
negócio. Devido à criticidade de seus negócios, instituições financeiras, empresas de
colocation ou instituições diretamente relacionadas à geração de receita ou segurança
exigem os mais altos níveis de disponibilidade de seus data centers.

2.2. Tecnologia Empregada


Em seguida, deve-se considerar a tecnologia a ser empregada pelos equipamentos de TI que
serão sustentados pelo sistema elétrico do data center. Para tanto, deve-se considerar as
seguintes questões:

• Configuração das fontes de alimentação:


o Single ou dual;
• Tensão de alimentação dos equipamentos de TI:
o Monofásica, bifásica ou trifásica;
• Consumo de energia dos equipamentos de TI;
• Densidade de carga de TI:
o kW/Rack, kW/Fileira, kW/PDU;
• Fator de potência das fontes de alimentação dos equipamentos de TI.

2.3. Topologia do Sistema Elétrico


Existem 03 (três) topologias básicas para o sistema elétrico de um data center:

• N: possui o número exato de componentes, sem redundância.


• (N+1): possui um componente adicional, para garantir uma redundância mínima.
• 2N: possui o dobro de componentes e caminhos de distribuição necessários, o que
proporciona redundância máxima.

A Tabela 1 apresenta uma descrição sucinta das principais características das topologias
básicas empregadas em projetos elétricos de data center.
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Tabela 1: Topologias básicas de um sistema elétrico para data center.

TOPOLOGIA REDUNDÂNCIA VANTAGENS DESVANTAGENS

Menor número de componentes.


Manutenção e falhas causarão a
N - Capacidade Básica Sem redundância
indisponibilidade da carga de TI.
Menor custo: capital inicial e manutenção.

Melhor gerenciamento da carga devido ao


(N+1) - UPS Redundante Módulo UPS redundante Barramento UPS é um ponto único de falha.
compartilhamento do barramento UPS.

Barramento UPS reserva está sempre Requer a instalação de sistema de


disponível em caso de manutenção e falha. transferência de carga.
(N+1) - Redundância em Bloco Componentes redundantes
Menor eficiência devido à baixa utilização do
Melhor gerenciamento de carga.
equipamento redundante.

Requer a instalação de sistema de


Todos os equipamentos são utilizados.
transferência de carga.
(N+1) - Redundância Distribuída Componentes redundantes
Gerenciamento rigoroso para garantir uma
Melhor relação custo-benefício.
distribuição de carga adequada.

Redundância completa de componentes e


2N - Dupla Redundância Dois sistemas idênticos Alto custo: capital inicial e manutenção.
caminhos de distribuição.

2.3.1. N – CAPACIDADE BÁSICA

Basicamente, a energia flui da concessionária, por meio do sistema UPS, até as unidades de
distribuição de energia (PDUs) que alimentam a carga de TI. Se a concessionária de energia
falhar, o gerador receberá a carga e o sistema UPS preencherá a lacuna de falta de energia
durante essa transição.

Nessa topologia, não há redundância de componentes ou caminhos de distribuição. O


sistema elétrico possui apenas a capacidade básica (N) para sustentar a carga de TI do data
center, não garantindo a disponibilidade em caso de falha ou manutenção.

Figura 1: Exemplo de um sistema elétrico com topologia N – Capacidade Básica.


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2.3.2. (N+1) – UPS REDUNDANTE

Nessa topologia, há um módulo UPS redundante (N+1) para sustentar a carga de TI do data
center em caso de falha ou manutenção.

Figura 2: Exemplo de sistema elétrico com topologia (N+1) - UPS Redundante.

2.3.3. (N+1) – REDUNDÂNCIA EM BLOCO

Nessa topologia, cada conjunto de PDUs possui um módulo UPS exclusivo, além de um
módulo UPS reserva (N+1) para sustentar a carga de TI em caso de falha ou manutenção.

Figura 3: Exemplo de sistema elétrico com topologia (N+1) - Redundância em Bloco.


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2.3.4. (N+1) – REDUNDÂNCIA DISTRIBUÍDA

Nessa topologia, a carga de TI é distribuída uniformemente através das PDUs e módulos


UPS, sendo que há um módulo UPS adicional (N+1) para sustentar a carga de TI em caso
de falha ou manutenção. Por exemplo, se existem 03 (três) módulos UPS sustentando a
carga de TI, cada módulo deve estar carregado com no máximo 66% de sua capacidade.

Figura 4: Exemplo de sistema elétrico com topologia (N+1) - Redundância Distribuída.

2.3.5. 2N – DUPLA REDUNDÂNCIA

Nessa topologia, há dois caminhos de distribuição completos (2N) para alimentação da carga
de TI. Dessa forma, uma falha ou manutenção em algum componente ou caminho de
distribuição não prejudicará a disponibilidade da carga de TI.

Figura 5: Exemplo de sistema elétrico com topologia (2N) - Dupla Redundância.


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2.4. Cálculo de Disponibilidade


Depois de concluir com êxito as etapas iniciais, com base em requisitos comerciais
específicos, as próximas práticas recomendadas referem-se ao cálculo da disponibilidade do
sistema elétrico do data center.

Os cálculos de disponibilidade fornecem um meio para entender a confiabilidade prevista no


projeto do data center. Esses cálculos ajudarão a equipe de projeto a direcionar recursos
adicionais para determinar a redundância adequada para cada componente do sistema.

Para realizar este cálculo, você precisa conhecer o MTTF, o MTBF e o MTTR. Esses valores
estão disponíveis nos manuais dos fabricantes dos equipamentos ou estimados no IEEE Gold
Book.

• MTTF (Mean Time To Failure): Tempo Médio Para Falha


• MTBF (Mean Time Between Failures): Tempo Médio Entre Falhas
• MTTR (Mean Time To Repair): Tempo Médio Para Reparo

Entender as dependências de falha ajudará a manter a operação adequada do data center


por meio de uma preparação proativa. O diagrama na figura abaixo ilustra os indicadores de
manutenção que contribuem para os cálculos de disponibilidade.

Figura 6: Diagrama de disponibilidade e indicadores de manutenção.

A Tabela 2 apresenta os principais parâmetros e equações para executar a análise completa


da disponibilidade da topologia de um data center. Primeiramente, esses cálculos devem ser
realizados individualmente para cada componente do sistema. Em seguida, deve-se avaliar
a disponibilidade total do sistema, considerando a topologia e a distribuição dos componentes
da infraestrutura física do data center.
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Tabela 2: Parâmetros e equações para cálculo de disponibilidade.

INDICADOR REPRESENTAÇÃO EQUAÇÃO

Conexão em Série s ou + -

Conexão em Paralelo p ou // -

Tempo Médio Para Falha MTTF -

Tempo Médio Para Reparo MTTR -

Tempo Médio Entre Falhas MTBF

Taxa de Falha λ

Disponibilidade do Sistema A

Indisponibilidade do Sistema U

Confiabilidade R

Probabilidade de Falha P

2.4.1. CONEXÕES EM SÉRIE E PARALELO

Depois de calcular a taxa de falhas, a disponibilidade e o MTTF para cada componente do


sistema elétrico, deve-se identificar o esquema de conexão nas várias topologias projetadas
para comparar ou maximizar a disponibilidade do data center.

Todo componente de infraestrutura está conectado em série ou em paralelo. Série refere-se


a uma conexão direta entre dois dispositivos. Paralelo é quando um barramento conecta dois
ou mais dispositivos. A figura abaixo mostra as diferenças entre os dois métodos de conexão.

Figura 7: Tipos de conexões - Série e Paralelo.

Na Tabela 3, apresentam-se os cálculos necessários para análise da disponibilidade em


sistemas série e paralelo.
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Tabela 3: Cálculo de disponibilidade em sistemas série e paralelo.

INDICADOR SÉRIE PARALELO

Taxa de Falha (λ)

Disponibilidade do Sistema (A)

Tempo Médio Para Reparo (MTTR)

2.4.2. EXEMPLO PRÁTICO

A Tabela 4 apresenta os dados para a análise da disponibilidade de um sistema elétrico que


pode ser implantado em um data center. Consiste em um alimentador, transformador,
gerador, quadro de alimentação principal (main switchboard - MSB), UPS e uma PDU.

Tabela 4: Dados para o cálculo de disponibilidade.


EQUIPAMENTO MTTF (horas) MTTR (horas) TAXA DE FALHA (λ) DISPONIBILIDADE (A)
Cabeamento 3.500.000,00 8,00 0,00000029 0,99999771
Quadro de Alimentação (MSB) 2.500.000,00 24,00 0,00000040 0,99999040
Gerador 500.000,00 48,00 0,00000200 0,99990401
USCA 1.500.000,00 8,00 0,00000067 0,99999467
PDU 2.500.000,00 8,00 0,00000040 0,99999680
Transformador 2.000.000,00 250,00 0,00000050 0,99987502
UPS 1.000.000,00 24,00 0,00000100 0,99997600
Concessionária 7.500,00 6,00 0,00013333 0,99920064
Disjuntor 2.500.000,00 8,00 0,00000040 0,99999680
Painel de Distribuição 2.200.000,00 4,00 0,00000045 0,99999818

Observe que esses dados são fictícios e usados apenas para ilustrar esse exemplo. Ao
realizar a análise da disponibilidade de seu data center, consulte o IEEE Gold Book e os
manuais dos fabricantes dos componentes do sistema elétrico.

Em seguida, há um esquema simples do sistema elétrico. Ressalta-se que o símbolo // denota


uma conexão em paralelo, enquanto + denota uma conexão em série. Conforme
demonstrado abaixo, a análise da disponibilidade do referido sistema pode ser dividida em
03 (três) partes:

• Parte 1 = [(Concessionária + Cabeamento + Disjuntor + Transformador) // (Gerador


+ USCA + Cabeamento + Disjuntor)] + Quadro de Alimentação
• Parte 2 = Disjuntor + Cabeamento + UPS + Cabeamento + Disjuntor + Painel de
Distribuição
• Parte 3 = Disjuntor + Cabeamento + PDU
• Sistema = Parte 1 + Parte 2 + Parte 3
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Figura 8: Exemplo de esquema elétrico para cálculo de disponibilidade.

Finalmente, a Tabela 5 apresenta os cálculos para análise da disponibilidade do sistema.

Tabela 5: Exemplo de cálculo de disponibilidade.

COMPONENTE MTTF (horas) MTTR (horas) TAXA DE FALHA (λ) DISPONIBILIDADE (A)
PARTE 1 (Concessionária // Gerador)
Concessionária 7.500,00 7,00 0,00013333 0,99906754
Cabeamento 3.500.000,00 8,00 0,00000029 0,99999771
Disjuntor 2.500.000,00 8,00 0,00000040 0,99999680
Transformador 2.000.000,00 250,00 0,00000050 0,99987502
Série 1 - Concessionária - 7,91 0,00013452 0,99893719
Gerador 500.000,00 48,00 0,00000200 0,99990401
USCA 1.500.000,00 8,00 0,00000067 0,99999467
Cabeamento 3.500.000,00 8,00 0,00000029 0,99999771
Disjuntor 2.500.000,00 8,00 0,00000040 0,99999680
Série 2 - Gerador - 31,86 0,00000335 0,99989319
Série 1 // Série 2 - 6,34 0,00000002 0,99999989
Quadro de Alimentação (MSB) 2.500.000,00 24,00 0,00000040 0,99999040
PARTE 1 - 23,24 0,00000042 0,99999029
PARTE 2 (Sistema UPS)
Disjuntor 2.500.000,00 8,00 0,00000040 0,99999680
Cabeamento 3.500.000,00 8,00 0,00000029 0,99999771
UPS 1.000.000,00 24,00 0,00000100 0,99997600
Cabeamento 3.500.000,00 8,00 0,00000029 0,99999771
Disjuntor 2.500.000,00 8,00 0,00000040 0,99999680
Painel de Distribuição 2.200.000,00 4,00 0,00000045 0,99999818
PARTE 2 - 13,02 0,00000283 0,99996321
PARTE 3 (PDU)
Disjuntor 2.500.000,00 8,00 0,00000040 0,99999680
Cabeamento 3.500.000,00 8,00 0,00000029 0,99999771
PDU 2.500.000,00 8,00 0,00000040 0,99999680
PARTE 3 - 8,00 0,00000109 0,99999131
SISTEMA (PARTE 1+ PARTE 2+ PARTE 3)
SISTEMA - 12,75 0,00000433 0,99994481
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2.4.3. DISTRIBUIÇÃO DA CARGA DE TI

A operação ideal do data center requer uma distribuição eficiente da carga de TI. Assim, os
seguintes fatores devem ser levados em consideração ao implantar equipamentos de TI em
um data center:

• Dados elétricos dos equipamentos de TI;


• Topologia do sistema de distribuição de energia;
• Corrente nominal dos disjuntores de proteção, classificação e ajustes de “trip’;
• Planos de contingência e “disaster recovery”.

Os dados elétricos dos equipamentos de TI devem estar disponíveis através dos manuais e
catálogos dos fabricantes. No diagrama unifilar de um projeto elétrico, normalmente,
apresentam-se os seguintes dados:

• Corrente nominal (A);


• Tensão nominal (V);
• Potência Aparente (VA);
• Potência Ativa (W).

Ao distribuir a carga de TI no data center, é importante entender a interdependência dos


equipamentos instalados, visando priorizar e encontrar a melhor disposição para seu
ambiente de produção. Provavelmente, você terá que fazer alguns sacrifícios na implantação
final, visando o balanceamento adequado da carga instalada.

2.4.4. INFORMAÇÕES SOBRE OS RACKS DE TI

Primeiramente, você deve definir a quantidade de equipamentos de TI que planeja


implementar em cada rack e descrever suas principais características:

• Tensão nominal;
• Potência máxima de cada equipamento de TI (nominal);
• Potência média de cada equipamento de TI (prevista);
• Nível de redundância das fontes de alimentação (single ou dual);

Comece com os racks mais críticos e defina onde eles serão implantados. Para equipamentos
críticos, é vital que o sistema elétrico possa suportar uma falha sem afetar a carga de TI. Para
tomar decisões em relação à distribuição da carga de TI, você deve ter um profundo
conhecimento da distribuição de energia no data center. Assim, na fase de planejamento, é
necessário explicar como a infraestrutura fornecerá a energia necessária aos racks. Garanta
que a distribuição de carga não excederá o carregamento máximo dos painéis de distribuição.
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Você também não deve exceder a capacidade dos geradores (considerar, além dos
equipamentos de TI, a carga necessária para alimentar os demais sistemas de um data
center, tal como o sistema de climatização). Ao implantar os racks de TI, distribua a carga
uniformemente entre as três fases do sistema elétrico. Provavelmente, você vai revisar o seu
projeto várias vezes até que atenda a todos os seus objetivos.

Depois que os racks são implantados, é importante monitorar a integridade do data center
em uma base contínua para identificar proativamente soluções para possíveis problemas. A
implantação de medidores de qualidade de energia e a análise de tendência do consumo de
energia são essenciais para a gestão do sistema elétrico de um data center.

2.4.5. TEMPO DE OPERAÇÃO (UPTIME)

Tempo de operação (uptime) é uma métrica que valida os cálculos de disponibilidade,


analisando os dados de consumo de energia em tempo real do data center. A figura abaixo
apresenta um gráfico que compara o tempo de operação do data center semanalmente. Você
também pode criar um gráfico semelhante mantendo registros do tempo de operação por
rack de TI. Assim, a soma dos dados referentes a todos os racks valida o tempo total de
atividade do data center.

Ao distribuir a
carga de TI no
data center, é
importante
entender a
interdependência
dos
Figura 9: Exemplo de gráfico para monitoramento do uptime de um data center.
equipamentos
instalados,
visando priorizar
e encontrar a
melhor
disposição para
seu ambiente de
produção.
Pág. 13 Data Center: Tratando de Missão Crítica

3. Conclusões
O sucesso do projeto de um data center é impulsionado pelos requisitos de negócio. Para
criar um projeto eficiente, você deve definir os requisitos de negócio, o nível de redundância
e o tempo de atividade desejado do data center. Elabore projetos que atendam a essas
necessidades e calcule a disponibilidade de cada proposta para determinar uma que atenda
às expectativas e garanta o nível de redundância desejado do sistema elétrico do data center.

Para criar um
projeto eficiente,
você deve definir
os requisitos de
negócio, o nível
de redundância e
o tempo de
atividade
desejado do data
center.
Pág. 14 Data Center: Tratando de Missão Crítica

Referências
MARIN, Paulo Sergio. Data Centers Engenharia: Infraestrutura Física. São Paulo: PM
Books, 2016.

VERAS, Manoel. Datacenter: Componente Central da Infraestrutura de TI. Rio de Janeiro:


BRASPORT, 2009.

Data Center Site Infrastructure Tier Standard: Topology. Uptime Institute, 2014.

Data Center Site Infrastructure Tier Standard: Operational Sustainability. Uptime


Institute, 2014.

GENG, Hwaiyu. Data center handbook. Hoboken: John Wiley and Sons, 2015.
Pág. 15 Data Center: Tratando de Missão Crítica

Informações de Contato
Eduardo da Costa Sousa
Engenheiro Eletricista
Coordenador de Engenharia e Facilites
educosta.sousa@gmail.com
Perfil Profissional (LinkedIn)

Eduardo Sousa é Coordenador de Gestão de Engenharia e


Facilities, responsável por coordenar a operação e execução
dos serviços de engenharia e manutenção nos Data Centers da
Dataprev, visando garantir a disponibilidade operacional da
infraestrutura (facilities) dos ambientes de missão crítica da
empresa. É graduado em Engenharia Elétrica, com pós-
graduação em Gerenciamento de Projetos e especialização em
Data Center, além de possuir diversas certificações nesta área.

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