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E lá se foi mais um ano, durante esse período aprendemos ainda mais a administrar as
dificuldades da vida cotidiana condominial dentro dessa pandemia mundial que ainda faz
parte das nossas vidas e, talvez, ainda vá fazer parte por alguns anos.
Esse último ano foi um ano para se reinventar, um ano para sobreviver, um ano para
buscar alternativas e seguir uma jornada alterada por um vírus. Um bug na rotina do
mundo. A partir daí o que era mera divergência, se tornou intolerância, o que era
desrespeito virou violência, dois polos antagônicos sobre um mesmo assunto que
colocou o individualismo e o politicamente correto, sobreposto ao bom senso, à
educação e o respeito ao próximo.
Busquei de toda forma entender esse organismo vivo condominial para oferecer a
melhor contrapartida diante dos intemperes econômicos diante do quadro de pandemia
vivido por todos nós. Entendi que administrar um condomínio, assim, como administrar
qualquer coisa na vida, não se faz de forma aleatória, é necessário conhecimento e ajuda
daqueles que já vivenciaram todas as dificuldades que existem dentro de um
condomínio, é ai que surgem os meus colaboradores, que para alguns pareceu não serem
participativos, mas, pelo contrário, foram mais do que necessários, aos quais eu só posso
agradecer e dessa vez nominalmente, Antônio (605bl02), Mariza (702bl01), Rubens
(503bl01), Elias (409bl1), Eliane (205bl02), Claudia (205bl01), Leo (808bl2) e Taqueshi
(606bl1). Também tive a relevante contribuição da Milce e do nosso zelador de muitos
anos José Procópio, cuja dedicação nos últimos anos e durante a minha gestão foram
fundamentais para ajudar a estabelecer a hierarquia funcional e a conservação e
manutenção predial.
Em outros sentidos, quero agradecer aos que de forma discreta e até indireta
contribuíram com a nossa gestão, podendo destacar nosso velho e conhecido Walter,
vulgo Tinti (506bl2), Vinicius (907bl2), Reinaldo (1009bl2), Ricardo (1005bl1) e Luciene
(1005bl1).
E claro que toda ajuda é bem vinda, todas as reclamações, observações, criticas são
avaliadas, foi então que eu percebi que havia a necessidade de se buscar mais
conhecimento técnico, pois não seria suficiente obter ajuda do colaborador Vinicius que
atua como síndico profissional em outros condomínios, da nossa colaboradora Milce que
também concluiu o respectivo curso de administração condominial junto ao SECOVI e
diante da experiência de mais de 20 (vinte) anos de administração condominial do
Rubens, e foi assim que também realizei o curso de administração condominial do
SECOVI.
Esse ano de 2021 não foi fácil, o estado precário da estrutura do condomínio, não só no
que diz respeito a parte aparente e área de convivência, mas também na parte estrutural
e hidráulica do condomínio que já comporta mais de 40 (quarenta) anos de existência,
exige muita atenção e estratégia para realizar a manutenção periódica, levantamos obras
inadequadas, algumas soluções paliativas e outras medidas superficiais sem o devido
cuidado e técnica necessária para garantir o tempo de vida útil indeterminado da
estrutura. É evidente que diante das intemperes e desgastes naturais da edificação em
algum momento determinados problemas irão surgir, porém, com problemas estruturais
graves temos que tomar decisões e realizar obras que as vezes não são aquelas que os
moradores idealizam, mas aquelas que ninguém vê, ao ficar diante da queda do teto da
cantina, do vazamento da prumada de incêndio no bloco 1 e inúmeras infiltrações e
vazamentos pelo terraço do condomínio e em outras partes da edificação percebemos
esse tipo de problema.
Os vazamentos por sua vez vêm acarretando o aumento do consumo de água e há quem
diga que o síndico causou o aumento da conta d’água de propósito, porém, o que não
estão vendo são os vazamentos nas descargas e torneiras, estrutura hidráulica e
conexões velhas e deterioradas por falta de manutenção e conservação.
No mesmo sentido, a conta de energia elétrica, cuja variação foi dentro do esperado,
oscilando entre R$ R$ 23.489,50 em Janeiro de 2.021 e fechando o ano em R$
R$25.020,36 em dezembro de 2021, ou seja, um aumento de R$ 1.530,86.
Todos esses problemas exigem a participação ativa dos moradores em avisar, participar
dos problemas de forma positiva, na medida em que tomam conhecimento dos
problemas e os apontam à administração do condomínio, que deverá atuar com o serviço
de conservação e manutenção adequado, saneando o problema de forma eficaz e não de
forma paliativa.
Esse ano teve dois problemas graves para administrar, o elevado consumo de água,
decorrente de vazamentos e infiltrações e o elevado índice de inadimplência decorrente,
na maioria dos casos que chegou ao meu conhecimento, por redução da renda familiar
seja por desemprego ou por falta de recurso por profissionais liberais.
A atual gestão estava preparada para aquele momento crítico, conseguimos formar um
saldo positivo no fundo de reserva condominial até dezembro de 2020, o que nos
permitiu não só deixar de aplicar um reajuste na cota condominial de 2021, como
também nos ajudou a segurar as contas elevadas, diante da inadimplência e elevado
custo de manutenção do condomínio, sem a necessidade de lançar mão de uma cota
extra para sustentar eventual débito orçamentário.
Ainda assim, fomos capazes de custear sem cota extra, revisão das mangueiras de
incêndio, limpeza da caixa d’agua e cisternas, aquisição de extintores de incêndio para
cada pavimento residencial dos dois blocos do condomínio, restauração do teto da
cantina, manutenção das paredes de madeira da cantina contaminadas de cupim e
substituição por parede de gesso, conserto do vazamento da prumada de incêndio do
bloco 01 e restauração dos apartamentos danificados pela infiltração da tubulação
danificada, pinturas das escadas de incêndio dos dois blocos, pintura das portarias,
impermeabilização da segunda parte do terraço com infiltração nos apartamentos dos
últimos andares, pintura e restauração dos apartamentos afetados pelas infiltrações
decorrentes das chuvas torrenciais e transbordo da caixa d’água, além de todos esses
trabalhos, ainda mantemos ativos os serviços de manutenção de monitoramento
eletrônico, antena coletiva e interfones, bombas hidráulicas, além da manutenção e
conservação da piscina, sauna e academia e a folha de pagamento em dia.
Ainda há muito a ser feito nas caixas d’água e cisternas, churrasqueira, quadra
poliesportiva, playground, portaria, monitoramento eletrônico para carros e pedestres,
bicicletário, sistema de abastecimento de energia solar, fachada do edifício, etc.,
certamente não se encerram todas as medidas em um único ano, também não haveria
meios de concluir com a dificuldade financeira que atravessamos e o elevado custo de
tais serviços devido não só a complexidade do trabalho, mas também pelo tamanho da
edificação a ser trabalhada.
Vale frisar que decisões administrativas nem sempre vão agradar a todos, porém, é
extremamente difícil tomar decisões que agradem a todos, podendo destacar o próprio
elevador que ora está sendo modernizado, porém, está longe de ser unanimidade a
iniciativa tomada pela atual gestão. Administrar é tomar decisões que nem sempre vão
agradar toda a coletividade de moradores, porém, vai impactar na vida de todos os
condôminos, e fica difícil definir se a decisão e certa ou errada, sob pontos de vistas
distintos e opostos, o que tentamos é sempre olhar para a coletividade.
Além disso, ainda temos que observar a organização interna e a disciplina não só pelo
patrimônio comum, mas também pelas regras de convivência, dias de festas, frequência
de convidados, cujo respeito e educação pelo próximo e as regras gerais de convivência e
circulação interna devem ser acatadas.
Abraços a todos.