A rede urbana combinados para definir as regiões de influência dos
centros urbanos, tendo sido identificadas 12 redes de a. Capital regional A – constituído por 11 cidades, com medianas de 955 mil habitantes e 487 rela-
brasileira primeiro nível (Mapa 1). cionamentos2;
b. Capital regional B – constituído por 20 cidades, Hierarquia dos centros urbanos com medianas de 435 mil habitantes e 406 rela- As cidades foram classificadas em cinco grandes cionamentos; e níveis, por sua vez subdivididos em dois ou três subní- c. Capital regional C – constituído por 39 cidades Neste estudo, estabeleceu-se, inicialmente, veis (item Metodologia, Estudo atual), a saber: com medianas de 250 mil habitantes e 162 rela- uma classificação dos centros1 e, a seguir, foram 1. Metrópoles – são os 12 principais centros urbanos cionamentos. delimitadas suas áreas de atuação. Na classificação, do País, que caracterizam-se por seu grande porte 3. Centro sub-regional – integram este nível 169 cen- privilegiou-se a função de gestão do território, ava- e por fortes relacionamentos entre si, além de, em tros com atividades de gestão menos complexas, do- liando níveis de centralidade do Poder Executivo e do geral, possuírem extensa área de influência direta. minantemente entre os níveis 4 e 5 da gestão ter- Judiciário no nível federal, e de centralidade empre- O conjunto foi dividido em três subníveis, segundo a ritorial; têm área de atuação mais reduzida, e seus sarial, bem como a presença de diferentes equipa- extensão territorial e a intensidade destas relações: relacionamentos com centros externos à sua própria mentos e serviços (item Metodologia, Estudo atual). a. Grande metrópole nacional – São Paulo, o maior rede dão-se, em geral, apenas com as três metrópo- O levantamento das ligações entre as cidades per- conjunto urbano do País, com 19,5 milhões de ha- les nacionais. Com presença mais adensada nas áreas mitiu delinear suas áreas de influência e esclarecer a bitantes, em 2007, e alocado no primeiro nível da de maior ocupação do Nordeste e do Centro-Sul, e articulação das redes no território. Verificou-se que o gestão territorial; mais esparsa nos espaços menos densamente povoa- conjunto de centros urbanos com maior centralida- b. Metrópole nacional – Rio de Janeiro e Brasília, com dos das Regiões Norte e Centro-Oeste, estão também de – que constituem foco para outras cidades, con- população de 11,8 milhões e 3,2 milhões em 2007, subdivididos em grupos, a saber: formando áreas de influência mais ou menos exten- respectivamente, também estão no primeiro nível a. Centro sub-regional A – constituído por 85 cida- sas – apresenta algumas divergências em relação ao da gestão territorial. Juntamente com São Paulo, des, com medianas de 95 mil habitantes e 112 re- conjunto dos centros de gestão do território. Neste constituem foco para centros localizados em todo lacionamentos; e último, há casos de atuação restrita ao próprio ter- o País; e b. Centro sub-regional B – constituído por 79 cida- ritório municipal, exercendo funções centrais apenas c. Metrópole – Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, Sal- des, com medianas de 71 mil habitantes e 71 rela- para a população local. Inversamente, há cidades não vador, Belo Horizonte, Curitiba, Goiânia e Porto cionamentos. classificadas como centro de gestão do território cuja Alegre, com população variando de 1,6 (Manaus) a 4. Centro de zona – nível formado por 556 cidades centralidade foi identificada a partir do efeito pola- 5,1 milhões (Belo Horizonte), constituem o segun- de menor porte e com atuação restrita à sua área rizador que exercem sobre outras. A hierarquia dos do nível da gestão territorial. Note-se que Manaus imediata; exercem funções de gestão elementares. centros urbanos assim identificados levou em conta a e Goiânia, embora estejam no terceiro nível da ges- Subdivide-se em: classificação dos centros de gestão do território, a in- tão territorial, têm porte e projeção nacional que a. Centro de zona A – 192 cidades, com medianas de 45 tensidade de relacionamentos e a dimensão da região lhes garantem a inclusão neste conjunto. mil habitantes e 49 relacionamentos. Predominam de influência de cada centro, bem como as diferen- 2. Capital regional – integram este nível 70 centros ciações regionais. De fato, diferenças nos valores ob- que, como as metrópoles, também se relacionam 1 Para as cidades que constituem grandes aglomerações urbanas, a unidade de ob- servação foi o conjunto da Área de Concentração de População - ACP ou de suas tidos para centros em diferentes regiões não necessa- com o estrato superior da rede urbana. Com capa- sub-áreas. As ACPs são definidas como grandes manchas urbanas de ocupação riamente implicam distanciamento na hierarquia, pois cidade de gestão no nível imediatamente inferior contínua, caracterizadas pelo tamanho e densidade da população, pelo grau de urbanização e pela coesão interna da área, dada pelos deslocamentos da população a avaliação do papel dos centros dá-se em função de ao das metrópoles, têm área de influência de âm- para trabalho ou estudo. As ACPs se desenvolvem ao redor de um ou mais núcleos urbanos, em caso de centros conurbados, assumindo o nome do município da capi- sua posição em seu próprio espaço. Assim, centros bito regional, sendo referidas como destino, para tal, ou do município de maior população. As 40 ACPs, constituídas por agregação localizados em regiões menos densamente ocupadas, um conjunto de atividades, por grande número de de 336 municípios, são: Manaus, Belém, Macapá, São Luís, Teresina, Fortaleza, Ju- azeiro do Norte–Crato−Barbalha, Natal, João Pessoa, Campina Grande, Recife, Pe- em termos demográficos ou econômicos, ainda que municípios. Como o anterior, este nível também trolina–Juazeiro, Maceió, Aracaju, Salvador, Feira de Santana, Ilhéus−Itabuna, Belo apresentem indicativos de centralidade mais fracos Horizonte, Ipatinga–Coronel Fabriciano–Timóteo, Juiz de Fora, Uberlândia, Vitória, tem três subdivisões. O primeiro grupo inclui as ca- Rio de Janeiro, Campos dos Goytacazes, Volta Redonda–Barra Mansa, São Paulo, do que os de centros localizados em outras regiões, pitais estaduais não classificadas no nível metropo- Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Curitiba, Londrina, Maringá, Florianópolis, Joinville, Porto Alegre, Caxias do Sul, Pelotas–Rio Grande, Campo Grande, Cuiabá, podem assumir o mesmo nível na hierarquia. litano e Campinas. O segundo e o terceiro, além da Goiânia e Brasília. A ACP de São Paulo está dividida, tendo como núcleo principal a As áreas de influência dos centros foram delinea- diferenciação de porte, têm padrão de localização cidade de São Paulo, sendo Campinas, Jundiaí, Santos, São José dos Campos e So- rocaba os outros núcleos. Na ACP de Porto Alegre, identifica-se subdivisão embrio- das a partir da intensidade das ligações entre as cidades, regionalizado, com o segundo mais presente no nária, tendo Porto Alegre como núcleo principal e Novo Hamburgo–São Leopoldo como sub-núcleo (CASTELLO BRANCO, 2006). com base em dados secundários e dados obtidos por Centro-Sul, e o terceiro nas demais regiões do País. 2 O número de relacionamentos é calculado como o número de vezes em que, no questionário específico da pesquisa (Anexo), que foram Os grupos das Capitais regionais são os seguintes: questionário da pesquisa, o centro foi mencionado como destino