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Guião do Trabalho Nº 1
Elaborado por: António Andrade (ATA), Pedro Melo (PMA) e Alexandre Silveira (ASI)
Versão V21/22
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1. Objetivos do trabalho
1.1 Determinação da razão de transformação
1.2 Determinação da tensão de curto-circuito nominal
1.3 Determinação dos parâmetros do circuito equivalente por fase referido ao primário e
respetiva indicação dos cálculos associados
2. Material a utilizar
• 1 transformador monofásico 220/63,5V ou 220/127V - (2x63,5V)
• 2 pinças amperimétricas - Prova11
• 2 multímetros digitais Fluke 179 TRMS
• 1 wattímetro analógico (preto) ou pinças wattimétricas
• 1 fonte regulável de tensão alternada
3. Introdução Teórica
O transformador é uma máquina elétrica estática reversível que absorve energia elétrica através
de um enrolamento (primário) e a fornece, transformada, através de um ou mais enrolamentos
(secundário), isolados eletricamente do primeiro. O transformador possibilita o transporte e
distribuição de energia elétrica que, por razões técnicas, económicas e de segurança necessitam
de diferentes níveis de tensão de serviço.
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3.1 Modelo equivalente do transformador monofásico
O transformador monofásico real pode ser modelizado pela associação dum transformador ideal
(sem perdas) com um conjunto de elementos exteriores que representam as imperfeições do
transformador real. Desta forma, o circuito equivalente pode ser representado por:
Onde:
r1 – Resistência do enrolamento primário
r2 – Resistência do enrolamento secundário
x1 – Reactância de fugas do enrolamento primário
x2 – Reactância de fugas do enrolamento secundário
R0 – Resistência equivalente associada às perdas no ferro
Xm – Reactância de magnetização
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Contudo, o circuito ilustrado pode ser simplificado uma vez que a queda de tensão em r1 e x1 é
normalmente pequena. Assim, o paralelo (Ro//jXm) do circuito equivalente é deslocado para
montante dos mesmos elementos (r1 e jx1), tornando a configuração do novo circuito como
ilustrado na figura 2:
Note-se que o elemento r1 e o elemento jx1 foram agrupados com os parâmetros r2 e jx2 do
secundário, obviamente transferidos para o lado primário. Assim, ficamos com a resistência e
reatância de fugas combinadas do primário e secundário, que podem ser obtidas por:
R1eq = r1 + m2.r2
X1eq = x1 + m2.x2
m – Razão de transformação
O circuito equivalente do transformador pode ainda ser redesenhado de modo a referir todos os
seus parâmetros ao secundário. Neste caso, o esquema tomará o nome de circuito equivalente
simplificado referido ao secundário sendo a sua configuração como ilustrado na figura 3:
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Fig. 3 - Circuito equivalente simplificado do transformador (referido ao secundário)
Note-se que todos os parâmetros foram transladados para o secundário sendo determinados por:
R2eq = (r1 / m2)+ r2
X2eq = (x1 / m2)+ x2
R02 = (R0 / m2)
Xm2 = (Xm / m2)
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3.2.1 Ensaio em circuito aberto
O ensaio de circuito aberto (ou vazio) consiste na alimentação do primário do transformador a
uma tensão nominal ficando o enrolamento secundário sem qualquer carga para alimentar. Neste
ensaio, toda a energia consumida pelo transformador serve para alimentar as suas perdas no
ferro (pFE). Isto é, a potência medida no ensaio em vazio P0 será igual a P0=U1n.I10.cosφ0 e que
será igual a P0=r1. I102+pFE. Como a corrente em vazio I10 é muito pequena, considera-se que
P0=pFE.
A partir dos resultados do ensaio em vazio calculam-se os parâmetros R0, Xm e m através das
seguintes expressões:
R0 = U1n/Ia
Xm = U1n/Im
Ia = I10.cosφ0
Im = I10.senφ0
cosφ0 = P0 / (U1n*I10)
A essa tensão de alimentação dá-se o nome de tensão de curto-circuito nominal sendo o seu
valor expresso em percentagem:
U1cc
ez = U cc (%) = 100 %
U1 N
Sendo um dos valores importantes das características dos transformadores, é frequente a sua
indicação nas especificações dos transformadores (na chapa de características) e representa o
valor da tensão no enrolamento primário que, em caso de curto-circuito no secundário, limita a
corrente de curto-circuito ao valor da corrente nominal.
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A partir dos resultados do ensaio em curto-circuito calculam-se os parâmetros R1eq, X1eq e Ucc,
através das seguintes expressões:
Z1eq = U1cc/I1cc
R1eq = Z1eq.cosφcc
X1eq = Z1eq.senφcc
cosφcc = Pcc / (U1cc*I1cc)
Sendo as perdas no ferro proporcionais ao quadrado da tensão de alimentação, que neste caso é
baixa, considera-se que a potência absorvida pelo transformador no ensaio em curto-circuito é
igual às perdas por efeito de joule, isto é Pcc=pj .
4. Parte experimental
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Regular o valor da tensão de alimentação (U1n) para o valor da tensão nominal do primário
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Fazer a leitura e registo dos valores das tensões, corrente e potência ativa nos aparelhos de
medida:
Desligar a alimentação.
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Regular suavemente a tensão de alimentação do primário (U 1cc) (F5-F7 na fonte de
alimentação), até que a corrente do primário atinja o valor nominal da corrente do primário,
Fazer a leitura e registo dos valores da tensão, correntes e potência activa nos aparelhos de
medida:
Desligar a alimentação.
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Responda as seguintes questões para se preparar para o teste do moodle
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